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ARGUMENTOS A CERCA DA EXISTÊNCIA DE DEUS


Porque eu deveria acreditar em Deus?
O assunto aqui em questão, foi pesquisado e ligeiramente adaptado para este blogger,cujos direitos autorais, canaliza-se ao autor"ANTONY FLEW"
Antony Garrard Newton Flew (Londres, 11 de fevereiro de 1923 - Reading, 8 de abril de 2010),[1] foi um filósofo e professor britânico.
 Conhecido e respeitado por várias décadas por seu pensamento ateísta, Flew admitiu em 2004 uma mudança de pensamento abandonando o ateísmo em favor do reconhecimento de uma existência divina e da editora"Jonadabe".
Achei interessante passar, para o nosso conhecimento.
 Nem sempre fui ateu. Comecei a vida de modo bastante religioso. Fui criado num lar cristão e estudei em uma escola particular cristã.
 Na verdade, sou filho de um pregador do Evangelho. Meu pai era produto do Merton College, de Oxford, pastor da igreja metodista criada por Wesley, não da igreja da Inglaterra, que era a estabelecida.
Embora ele dedicasse seu coração ao evangelismo e, como diriam os anglicanos, ao trabalho paroquial, a primeira lembrança que tenho dele é como orientador de estudos do Novo Testamento na escola de teologia metodista de Cambridge.
Mais tarde, ele sucedeu o diretor dessa escola e foi em Cambridge que se aposentou onde ficou o resto da vida.
 Além de suas obrigações acadêmicas básicas, meu pai assumiu a tarefa de representar a igreja metodista em várias organizações formadas por diferentes denominações religiosas. Serviu também, durante um ano, como presidente da Conferência Metodista e do Conselho Federal da Igreja Metodista Livre.
 Na infância, eu me esforçava para isolar ou identificar qualquer sinal de minhas posteriores convicções ateístas.
 Na juventude, estudei na Kingswood School em Bath, conhecida informalmente com K. S., que era, e felizmente ainda é, um internato público
— uma instituição de um tipo que, em qualquer outro país de língua inglesa, seria descrita, de modo paradoxal,como internato particular, A escola foi criada por John Wesley, fundador da igreja metodista, para a educação de rapazes, filhos de pastores.
A escola Queenswood foi fundada um século mais tarde para, de maneira apropriadamente igualitária, educar moças, filhas de pastores metodistas.
 Disseram-me que o Barna Group, uma importante organização crista de censo demográfico, concluiu, através de seus levantamentos, que aquilo em que acreditamos quando temos trezeanos será no que acreditaremos ao morrer.
Seja essa conclusão correta ou não, sei que as crenças que formei no início da adolescência permaneceram comigo pela maior parte de minha vida adulta.
Não me lembro precisamente de como e quando a mudança começou.
Mas com certeza, como acontece com qualquer pessoa que pensa, múltiplos fatores combinaram-se para criar minhas convicções.
Um desses fatores foi o que Immanuel Kant definiu como "uma ânsia da mente não imprópria à sabedoria" e que, acredito, eu tinha em comum com meu pai.
Tanto ele como eu estávamos dispostos a seguir o caminho da "sabedoria" como Kant a descreveu:
"É a sabedoria que tem o mérito de selecionar, entre os inumeráveis problemas que se apresentam, aqueles cuja solução é importante para a humanidade"
.Eu disse, em alguns de meus últimos escritos ateístas, que cheguei à conclusão de que Deus não existe, rápido demais, facilmente demais e por razões que, mais tarde, me pareceram erradas. Reconsiderei longamente e repetidas vezes essa conclusão negativa, mas depois, por quase setenta anos, nunca encontrei base suficiente para garantir qualquer mudança fundamental. Uma das razões para minha conversão ao ateísmo foi o problema do mal.
 Todos os anos, no verão, meu pai levava minha mãe e a mim para uma viagem de férias ao estrangeiro.
 Embora isso não fosse possível para alguém que ganhava salário de pastor, para meu pai era, porque ele passava o início do verão trabalhando na banca examinadora para o certificado de escola superior e era pago por isso.
Outra vantagem era que nossas viagens ficavam mais baratas porque meu pai era fluente em alemão por ter estudado teologia durante dois anos na Universidade de Marburg antes da Primeira Guerra e, assim, levava-nos sempre à Alemanha
— e por uma ou duas vezes levou-nos à França
— sem precisar gastar dinheiro com um agente de viagens.
Por várias vezes, foi escolhido para representar o metodismo em conferências teológicas internacionais e sempre levou minha mãe e a mim, seu único filho, como convidados não participantes.
Fui fortemente influenciado por essas viagens a outros países nos anos antes da Segunda Guerra Mundial e me lembro claramente das faixas e cartazes exibidos fora dos limites de vilas, avisando: "Não queremos judeus aqui".
 Lembro que vi, na entrada de uma biblioteca pública, cartazes que diziam:
"O regulamento desta instituição proíbe o empréstimo de livros a judeus". Uma noite assisti ao desfile de dez mil soldados, usando uniformes marrons, que atravessavam a Bavária.
Nossas viagens expuseram-me a esquadrões da Waffen-SS, com seus homens vestidos de preto e exibindo no quepe uma caveira sobre dois ossos cruzados.
Tais experiências desenharam o cenário de minha juventude e, para mim, assim como para muitos outros, apresentaram um desafio inevitável a respeito da existência de um todo-poderoso Deus de amor.
 Não sei avaliar até que ponto elas influenciaram meu pensamento, mas, no mínimo, despertaram em mim a percepção que me acompanhou durante toda a vida do mal duplo do anti-semitismo e do totalitarismo.
 Alguém pode perguntar se nunca pensei em consultar meu pai pastor sobre minhas dúvidas a respeito da existência de Deus.
Nunca. Pelo bem da paz doméstica e, principalmente para poupar meu pai, tentei, o mais que pude, esconder da família minha conversão irreligiosa,e as idéias que eu tinha acerca de Deus.
 Pelo que sei, consegui fazer isso durante muitos anos.
Mas em janeiro de 1946, quando eu ia completar vinte e três anos, espalhou-se a notícia
— e chegou até meus pais
— de que eu me tornara ateu, que não acreditava em uma vida após a morte e que era pouco provável que voltasse atrás.
 Tão completa e firme foi minha mudança que, em minha casa, concluíram que qualquer discussão sobre o assunto seria em vão.
 No entanto, hoje, mais de meio século depois, sei que meu pai ficaria imensamente feliz por eu ter a opinião que tenho agora sobre a existência de Deus, até porque ele veria nisso uma grande ajuda à causa da igreja cristã.
Vamos começar com uma parábola. Imaginem que um telefone via satélite fosse levado pelo mar até a praia de uma ilha remota habitada por uma tribo que nunca teve contato com a civilização moderna. Os nativos brincam com as teclas e ouvem vozes diferentes quando pressionam os números em certas seqüências.
A princípio, eles supõem que é o aparelho que faz aqueles ruídos, e alguns nativos mais inteligentes, os cientistas da tribo, montam uma réplica exata e pressionam os números novamente. Tornam a ouvir as vozes.
Então, a conclusão lhes parece óbvia: aquela particular combinação de cristais, metais e substâncias químicas produz o que parece voz humana, e isso significa que as vozes são simplesmente propriedades do aparelho.
 O sábio da tribo, porém, convoca os cientistas para uma discussão.
 Pensara muito sobre o assunto e chegara à seguinte conclusão: as vozes que passam através do aparelho só podem estar vindo de pessoas como eles, pessoas vivas e conscientes,embora falando em outra língua.
 Em vez de concluir que as vozes são simplesmente propriedades do aparelho, eles deviam investigar a possibilidade de estarem entrando em contato com outros humanos através de uma misteriosa rede de comunicação.
 Talvez um estudo mais profundo pudesse dar-lhes uma compreensão mais ampla do mundo além da ilha. Mas os cientistas riem do sábio e dizem:
"Escute, quando danificamos o instrumento, as vozes param de chegar até nós, então, elas não são nada mais que sons produzidos por uma combinação especial de lítio, placas de circuito e diodos emissores de luz".
Com essa parábola, vemos como é fácil deixar que teorias pré-concebidas modelem o modo como vemos as evidências, em vez de deixar que as evidências modelem nossas teorias.
Assim, um salto coperniciano pode ser evitado por mil epiciclos ptolomaicos.
Note-se que os defensores do modelo geocêntrico do sistema solar criado por Ptolomeu resistiram ao modelo heliocêntrico de Copérnico usando o conceito de epiciclos para tentar explicar a observação do movimento planetário que entrava em conflito com seu modelo.
 E nisso, me parece, reside o perigo, o mal endêmico do ateísmo dogmático.
Tomemos, por exemplo, declarações como "não devemos pedir explicações sobre por que e como o mundo existe, ele existe, e isso é tudo"; ou "como não podemos aceitar uma fonte de vida transcendente, optamos por acreditar no impossível, ou seja, que a vida surgiu da matéria espontaneamente,por obra do acaso"; ou, ainda, "as leis da física são leis sem lei que surgem do vazio, e ponto final nessa discussão".
Esses, à primeira vista, parecem argumentos racionais que têm uma autoridade especial porque têm um ar de sensatez.
Mas, claro, isso não é sinal de que sejam racionais, nem mesmo argumentos.
Para se argumentar racionalmente, dizendo que o caso é esse e esse, é necessário que se apresentem razões que dêem suporte ao argumento.
Suponhamos que fiquemos em dúvida a respeito do que uma pessoa está argumentando ou, então, mais radicalmente, suponhamos que, com ceticismo, não acreditamos que ela esteja realmente apresentando um argumento.
Nesse caso, uma maneira de tentar entender o que ela está dizendo é procurar as evidências,se existir alguma, que apóiem a verdade de sua declaração.
Se a declaração é de fato um argumento racional, é obrigatório que se ofereçam razões a seu favor, com base na ciência ou na filosofia.
 E qualquer coisa que possa pesar contra a declaração, ou que induza a pessoa que a fez a retratar-se e admitir que estava errada, deve ser exposta.
Mas se não houver razão nem evidência que sustentem o argumento, não há razão nem evidência para considerá-lo racional.
 Quando o sábio da parábola diz aos cientistas que eles devem investigar todas as dimensões da evidência, estava sugerindo que deixar de explorar o que parece razoável e ipso fado promissor é barrar a possibilidade de alcançarem uma mais ampla compreensão do mundo além da ilha habitada pela tribo.admitida por ateístas dogmáticos, aparentemente com tendências científicas, levando-os a conceder que, afinal, deve existir um Deus.
 Dessa maneira, faço a meus ex-companheiros de ateísmo esta simples, mas fundamental pergunta: "O que teria de acontecer, ou de ter acontecido, para dar a vocês uma razão para,dar a vocês uma razão para,pelo menos, pensar na possibilidade da existência de uma Mente superior?".
 Muitas vezes, pessoas que não são ateístas pensam que não há nenhuma evidência plausível, racional, que pudesse ser.
 Bom, deixando a parábola de lado,tudo isso,chegou o momento de eu pôr minhas cartas na mesa, expor minhas próprias opiniões e as razões que as sustentam.
 Eu agora acredito que o universo foi criado por uma Inteligência infinita. Acredito que as intrincadas leis deste universo manifestam o que os cientistas têm chamado de a Mente de Deus.
 Acredito que a vida e a reprodução têm sua origem em uma Fonte divina.
Por que acredito nisso, se ensinei e defendi o ateísmo por mais de meio século?
 A resposta é curta: esse é o retrato do mundo, como eu o vejo, e que emergiu da ciência moderna.
 A ciência mostra três dimensões da natureza que apontam para Deus.
 A primeira é o fato de que a natureza obedece a leis.
 A segunda é a dimensão da vida, de seres movidos por propósitos e inteligentemente organizados que surgiram da matéria.
 A terceira é a própria existência da natureza.
 Mas não é apenas a ciência que tem me guiado.
 O fato de eu ter retomado o estudo dos argumentos filosóficos clássicos também tem me ajudado. Não foi nenhum novo fenômeno ou argumento que me motivou a abandonar o ateísmo.
 Nessas últimas duas décadas, toda minha estrutura de pensamento tem permanecido em estado de migração, e isso foi conseqüência de uma contínua avaliação das manifestações da natureza.
 Quando finalmente cheguei a reconhecer a existência de um Deus, isso não foi uma mudança de paradigma, porque meu paradigma permanece aquele que Platão escreveu em A República, atribuindo-o a Sócrates:
"Devemos seguir o argumento até onde ele nos levar".
 Vocês talvez perguntem como eu, um filósofo, podia me envolver com assuntos tratados por cientistas.
A melhor maneira de responder a isso é com outra pergunta.
Com que estamos lidando aqui, com ciência ou filosofia?
Quando estudamos a interação de dois corpos físicos, por exemplo, duas partículas subatômicas, estamos lidando com ciência. Quando nos perguntamos como é que aquelas duas partículas
— ou qualquer coisa física
 — podem existir e por que existem, estamos lidando com filosofia.
 Quando extraímos conclusões filosóficas de dados científicos, estamos pensando Em resumo, Aristóteles atribuiu, ao Ser que ele considerava a explicação do mundo e de sua ampla forma, os seguintes atributos: imutabilidade, imaterialidade, onipotência, onisciência, unicidade ou indivisibilidade, perfeita bondade e auto-existência. DEUS.

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