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O JULGAMENTO DAS NAÇÕES

O julgamento das nações
    
E acontecerá, naquele dia, que terás imaginações no teu coração e conceberás um mau desígnio [...] a fim de tomar o despojo, e de arrebatar a presa, e tornar a tua mão contra as terras desertas que agora se habitam e contra o povo que se ajuntou dentre as nações, o
qual tem gado e possessões e habita no meio da terra (Ez 38.10,12). 
As fabulosas riquezas da Palestina Geográfica,têm despertado, há muito, a cobiça dos
russos, e explica todo o seu interesse pela criação de Israel. 
A Rússia também conhecia a tendência socialista dos judeus, principalmente da juventude, e
sabia que o movimento trabalhista era muito forte em Israel antes de 1947.

 De fato, foi apoiando-se no Mapai, que representava os trabalhadores, e no partido religioso que Davi Ben Gurion se elegeu presidente em 1948.
 É natural que, promovendo a criação de Israel na Palestina, a Rússia esperasse ampliar a sua influência em todo o Oriente Médio a partir do novo país.
A Palavra de Deus deixa bem clara a intenção de Gogue:
Assim diz o Senhor J
EOVÁ: E acontecerá, naquele dia, que terás imaginações no teucoração e conceberás um mau desígnio. E dirás: Subirei contra a terra das aldeias não
muradas, virei contra os que estão em repouso, que habitam seguros; todos eles habitam
sem muro e não têm ferrolho nem portas; isso a fim de tomar o despojo, e de arrebatar a
presa, e tornar a tua mão contra as terras desertas que agora se habitam e contra o povo
que se ajuntou dentre as nações, o qual tem gado e possessões e habita no meio da terra
(Ez 38.10-12).

 Quando a Rússia deixar cair a máscara que ainda agora ostenta e invadir a Palestina, muitos lhe
dirão:

 “Vens tu para tomar o despojo? Ajuntaste o teu bando [...] para tomar o gado e as possessões,
para saquear grande despojo?” (Ez 38.13).

  Mas a que grande despojo se refere a Palavra de Deus?

 Comecemos pelo mar Morto, onde o valor dos sais minerais ali depositados é quase incrível.
Quando Jerusalém foi conquistada pelo general Allenby, em 1917, um geólogo britânico começou
a investigar as riquezas do mar Morto e chegou à conclusão de que a impressionante quantidade de
vários sais minerais ali existentes chegava ao valor assombroso de 1,3 trilhões de dólares àquela
época! 

    O cientista inglês calculou o valor do brômio em 260 milhões, o da potassa em setenta bilhões de dólares e o do cloreto de magnésio em 825 bilhões de dólares, além de grandes valores em outros minerais.
Referindo-se a essas mesmas riquezas, o escritor Júlio Minhan pergunta: “Como estão estas
riquezas?” — e responde:
Estão em sais que as indústrias de todo o mundo procuram desesperadamente — vinte e
dois bilhões de toneladas de cloreto de potássio, toneladas de tremolita, ou seja, asbesto
comercial. Incluindo as inúmeras toneladas de sais dos metais preciosos, há muitos outros,
e, como seria cansativa sua enumeração, nos limitaremos a dizer que a fortuna que pode
ser retirada do mar Morto daria para comprar todos os países de influência muçulmana na
Ásia, Europa e Egito, em contrapeso.
Isto, que já seria muito, ainda não é tudo! Pesquisas feitas no subsolo da Palestina
revelaram grandes jazidas de minérios de ferro, prata, chumbo, antimônio, níquel, tório,
tungstênio e o urânio tão procurado atualmente para produzir o isótopo U-235.
Se a Palestina não continua a
manar leite e mel, como no passado, mana rios de ouro e
pode muito bem ser que, por causa desses rios de ouro, árabes, ingleses e judeus se matam
lá furiosamente.

Mais recentemente, descobriram-se, no deserto do Negueve, enormes jazidas de xisto, avaliadas
de início em cinqüenta milhões de toneladas. Esse produto é um bom substituto do petróleo, ainda
escasso em Israel, mas que certamente poderá vir a ser descoberto a qualquer momento, aumentando
ainda mais o já impressionante tesouro da Terra Santa.
Somente a fortuna do mar Morto foi considerada superior ao valor de todo o ouro já extraído das
entranhas da terra, e foi também avaliada como sendo superior a toda a riqueza reunida da
Inglaterra, dos Estados Unidos, da França, da Alemanha e da Itália!
Da ambição russa ninguém duvida. Ela apossou-se de oitenta por cento do trigo e de 85 por cento
do equipamento industrial dos seus países satélites, além de transferir da Espanha para Moscou
toneladas de ouro, numa ousada operação que ficou registrada nos anais da espionagem
internacional.
A exaltada posição de Israel no meio das nações, o canal de Suez, os campos petrolíferos da
Mesopotâmia e a incrível riqueza do mar Morto fazem da Palestina o cerne crítico da terra e

constituem o principal motivo da invasão predatória dos russos, tão necessitados de posições
importantes para dominar o mundo, e do petróleo árabe para alimentar sua gigantesca máquina de
guerra.

As intenções russasA maioria absoluta dos estudiosos da Bíblia afirma que Gogue é a Rússia, por ser este o único
país que possui todas as características exigidas pela profecia bíblica. Dentre as afirmações do
referido texto sagrado, duas são de fundamental importância para a compreensão deste assunto: 1) a
invasão ocorrerá “
no fim dos anos”; 2) Gogue virá “das bandas do Norte”.
Ora, estamos vivendo nos últimos tempos e, atualmente, a região ao norte da Palestina está
ocupada pela Rússia! Todos os povos mencionados como acompanhantes de Gogue, entre eles a
Pérsia, estão a aproximar-se dele mais e mais.
Nasceu na Idade Média a idéia de que a Rússia estaria predestinada por Deus para ser a senhora
do mundo. Para reforçar ainda mais essa atitude, Ivã IV, o Terrível, que assumiu o trono de
Moscóvia em 1533, ampliou o seu reino de trinta mil quilômetros quadrados para um milhão, com
uma população na época de 12 milhões de pessoas, somente inferior, na Europa, à da França.
A partir desse famoso monarca, que em 1547 adotou oficialmente o título de “césar” (tzar ou
czar), todos os imperadores russos consideravam-se sucessores dos césares.
O escritor Marcos Margulies relaciona interessante registro acerca dessa pretensão russa. Em
1829, o filósofo Peter Iacovlevitch Chaadaev (1794-1856) afirmou: “A Rússia é grande em demasia
para seguir uma política nacional; sua tarefa no mundo é a política do gênero humano [...] A
Providência nos fez demasiadamente fortes para podermos ser nacionalistas. Ela nos colocou além
dos interesses nacionais: ela nos confiou os interesses da humanidade”.
Na mesma época, exclama o poeta F. I. Tiutchev: “Desde que a Rússia, mesmo sem
Constantinopla, em suas fronteiras atuais se torne o império cristão em pleno sentido do termo e o
reino da justiça e misericórdia, também o resto lhe será dado em adição!”
“Em 1589, o metropolita de Moscou outorgou-se o título de Patriarca autocéfalo de todas as
Rússias, e Ecumênico — isto é, universal. No ato da criação do patriarcado, assim se dirigiu seu
primeiro titular, Jeremias, ao tzar: ‘Seu grande reino, ó pio tzar! é a Terceira Roma. Ultrapassa a
todos os demais em sua devoção. Todos os reinos cristãos se unem no seu. Sois (sic) o único
soberano cristão no mundo, soberano de todos os verdadeiros cristãos!”
O escritor Margulies informa-nos, ainda, que, em 1974, a coletânea de várias
Crônicas antigas
sobre o início da nação eslavo-russa
descobria, finalmente, as origens “verdadeiras” de Moscou:
“A cidade foi fundada”, diz o cronista, “por Mosoc, sexto filho de Jafé, neto de Noé, que a Bíblia
menciona em Gênesis 10.2. Sucessora universal de Roma e Bizâncio e sucessora russa de Kiev e
Vladimir, Moscou surgia assim como a mais antiga urbe do mundo. À primazia espiritual unia-se a
cronológica. Filoteu de Pskov comparava o tzar a Noé, salvador dos homens no dilúvio. Dmitri
Donskoi, o vencedor dos tártaros, era glorificado como Gideão, Saul e Davi. Em 1912, um
estudioso russo compilou todos estes fatos e escreveu a seu respeito uma tese: ‘
Rus, novy Izrael’ ‘Rus [Rússia], novo Israel’”.
Acerca do antigo nome da Rússia, é interessante notar que ele aparece em vários documentos
históricos como sendo Rus, ou Rhos, o que corresponde claramente ao termo usado por Ezequiel
(38.3,
Versão brasileira). “Baseando-se em Nestor (confirmado, no caso, por Annales Bertianini), o
substantivo feminino Rus designa coletivamente um organizado grupo varejo, de características
militares, que acompanha seu chefe. Daí, ‘trazer toda a Rus’ significa, positivamente, trazer consigo
todos os grupos guerreiros dependentes do chefe ou do príncipe. Deste termo nasceria depois a
denominação do país — doravante governado pelos príncipes varegos através da Rus”.

Como se percebe, são antigas as pretensões dos russos de governarem o mundo. É por isso que a
Rússia planeja lançar milhares de homens na conquista da Palestina. A Bíblia informa: “Virás, pois,
do teu lugar, das bandas do Norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, grande
ajuntamento e exército numeroso; e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem, para
cobrir a terra; no fim dos dias, sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra” (Ez 38.15,16).
Será essa a última e a maior aventura dos estadistas russos. Eles alimentam esse diabólico
propósito há muitos anos, pois já provaram, em mais de uma ocasião, suas intenções expansionistas.
Por força das armas, do terror e do extermínio, apoderaram-se de diversas nações vizinhas ao seu
território durante a Segunda Grande Guerra, e ainda ocuparam, por via indireta, diversos países no
Sudeste asiático e na África negra.
Em relação à Terra Santa e ao riquíssimo Oriente Médio, os russos sabem que, “quem ficar com a
Palestina, governará finalmente o mundo”, como afirmou Napoleão Bonaparte no início do século
XIX. Por quê? Porque a Palestina é o cruzamento natural entre três continentes e está localizada no
meio da terra. Assim diz Deus referindo-se a Jerusalém: “Esta é Jerusalém, que coloquei no meio
das nações e terras que estão ao redor dela” (Ez 5.5, EC).

A medida da injustiçaDeus tem as suas próprias maneiras de punir uma nação. Algumas recebem um juízo rápido e
desaparecem, como a poderosa Assíria e diversos pequenos reinos do passado. Outras são
castigadas mediante a humilhação de se tornarem reinos pequenos, às vezes dominadas por
estrangeiros, como o Egito, a Pérsia, a Babilônia, a Grécia etc.
No caso da Rússia, os motivos divinos são hoje bem conhecidos. Foi nesse país que os israelitas
mais sofreram com os pogrons, em um período que vai desde 1871 a 1921. E, assim que terminaram
os pogrons, o ódio ao povo israelita passou a ser exercido pelo regime comunista.
É fato sobejamente conhecido que o comunismo não pode subsistir num mundo ideologicamente
dividido. O marxismo prega um só regime em todo o planeta, razão pela qual a Rússia gastava
verdadeira fortuna na tarefa de exportar sua filosofia para todas as nações livres e consolidar a
comunização nas áreas por ela conquistadas. Somente a manutenção do comunismo em Cuba, nos
primeiros anos do governo Fidel Castro, teria custado à Rússia um milhão de dólares por dia.
As metas do comunismo nunca mudaram desde a sua implantação no final da Primeira Guerra
Mundial. Em 1919, Josef Stalin, como porta-voz de Lênine, afirmou, referindo-se à divisão política
do mundo: “O mundo dividiu-se em dois campos irreconciliáveis: o campo do imperialismo e o
campo do socialismo”. Quarenta anos mais tarde, numa Resolução do XXI Congresso do PCUS
(Partido Comunista da União Soviética), declarou Nikita Khruschev: “Agora, há no mundo dois
sistemas sociais: o capitalismo, que está nos últimos estertores, e o socialismo, que está
transbordando com uma crescente força vital e goza do apoio dos trabalhadores de todos os países”.
Essa declaração otimista explica outra, de 1957, quando Khruschev falava a uma assistência na
União Soviética acerca de coexistência pacífica: “Mas naturalmente temos que compreender que
não podemos coexistir eternamente. Um de nós tem que ir para a sepultura. Não queremos ir para a
sepultura. Elas [as potências ocidentais] tampouco querem ir para a sepultura. Que fazer, então?
Temos que empurrá-las para a sepultura”.

O marxismo, sendo fundamentalmente oposto a qualquer outro regime, sempre pregou a subversão
com o objetivo de assumir as rédeas do governo mundial. Um especialista em ciências políticas
analisou a doutrina de Marx em contraste com os princípios democráticos, tomando como exemplo
os próprios Estados Unidos:
A contradição existente entre o marxismo e a tradição norte-americana surge com maior
aspereza em quase todas as áreas às quais se estende o intelecto humano — como, por
exemplo, na psicologia, onde os marxistas tratam o procedimento humano como um
produto infinitamente plástico do meio social, enquanto nós estudamos as qualidades
indeléveis comuns a todos os homens em toda a parte.
• Na sociologia, onde insistem em afirmar que a relação existente entre as classes é um
caso de exploração e de luta, enquanto nós a encaramos como um caso de cooperação e
interdependência;
• no terreno econômico, que julgam ter influência dominadora na vida, nos pensamentos e
nos valores humanos, mas que nós encaramos como apenas uma das três ou quatro maiores
influências;
• na história, cuja maravilhosa complexidade transformaram em modelo de luta de classes
e um cataclismo social, e que encaramos em termos de origens múltiplas e misteriosas;
• na teoria política, que os ensina a temer o poder do Estado liberal e a confiar

inteiramente no poder da ditadura do proletariado, mas que nos ensina a recear o poder
sem peias posto em mãos humanas;
• nos princípios do constitucionalismo, que encaram como uma fraude burguesa, e que nós
consideramos como a essência de um governo livre;
• e, sobretudo, na filosofia, nas idéias básicas que auxiliam o homem a aproximar-se tanto
das grandes maravilhas como dos pequeninos fatos do mundo em que vive. Toda a sua
doutrina está escravizada a um materialismo rígido, enquanto a nossa constitui uma
mistura sutil de racionalismo, idealismo, empirismo e pragmatismo — em suma, de todos
os caminhos que levam ao conhecimento, e que os marxistas desprezam e ridicularizam.

Mais adiante, o mesmo autor salienta que “nosso sistema de idéias mostra-se aberto aos novos
pensamentos e às novas evidências. Possui crenças monolíticas sobre a dignidade do homem, a
excelência da liberdade, os limites da política e a presença de Deus; mas, sobre tais crenças, mesmo
como um desafio à última, os homens gozam de absoluta liberdade de pensamento. Por este motivo,
julgamos difícil encarar com muito respeito um sistema de idéias tão monístico como o marxismo.
Ou melhor, pensamos que é muito mais difícil ainda suportá-lo, sobretudo ante as inúmeras provas
que temos diante dos olhos, mostrando que o monismo, ao mundo das idéias, leva ao absolutismo no
mundo dos acontecimentos”.

É certo que a intensa campanha russa pelo domínio do mundo através do comunismo resultou num
completo e humilhante fracasso. A cortina de ferro já não existe, o muro de Berlim já caiu e os
satélites da Rússia são hoje nações independentes em busca de um desenvolvimento que o
totalitarismo marxista nunca produziu.
Mas as grandes mudanças políticas e sociais ocorridas na Rússia, longe de invalidarem a
profecia, representam cumprimentos de outras predições bíblicas. Em Isaías 43.6, que trata do
retorno do povo israelita para a Palestina, Deus diz: “Direi ao Norte: Dá; e ao Sul: Não retenhas”.
O Norte, que claramente indica a Rússia, não permitia que os judeus partissem, mas agora milhões
deles estão se dirigindo à sua antiga pátria! O Sul é clara indicação da Etiópia, que também tentava
impedir a saída dos judeus, mas não pôde retê-los.
Por outro lado, se Deus vai tratar diretamente com a Rússia nos montes de Israel, aquela nação
está agora sozinha para cumprir as profecias. As agudas crises econômicas e políticas por que passa
a grande nação do Norte podem ser prenúncios de juízos vindouros, como querem alguns, mas
prefiro vê-las como uma resposta divina às orações da igreja subterrânea da Rússia e uma grande
oportunidade das igrejas do Ocidente de levarem o evangelho ao carente povo russo.
Quando chegar o momento exato de Deus puxar a Rússia e seus aliados até os montes de Israel,
todo o terreno estará preparado. Ignorando ou não a Palavra de Deus, os soviéticos já revelaram
suas reais intenções, através de um selo de correio emitido em 1930, no valor de 14 copeques, no
qual o texto de Ezequiel 38 e 39 não poderia ser melhor ilustrado.
O fundo representa a União Soviética. Vê-se a cavalaria vermelha, a lembrar um dos
quatro cavaleiros do Apocalipse. A Rússia está ao norte da Palestina e a linha negra por
baixo dos cavalos representa o caminho a seguir pelos cavaleiros e aponta diretamente
para a Palestina. Todo o fundo do desenho é ocupado por uma nuvem que representa de
modo perfeito a visão de Ezequiel. Pode-se ver o mar de Azov e desenhada a provável
rota do exército vermelho.

Guilherme Beirnes, editor de O grito da meia-noite, afirma que as três estradas ilustradas no selo
apontam diretamente para o Sul da Turquia — a Togarma da Bíblia — em direção a Israel. “Seus
exércitos são demonstrados como prontos para atacar, partindo da seção montanhosa do Sul da
Turquia”.
Há um detalhe na profecia de Ezequiel que não deve passar despercebido. É o que faz referência
aos cavalos e cavaleiros de Gogue, que também ilustram o selo de correio referido. De fato, a
Rússia possui hoje a mais numerosa cavalaria militar do mundo, e com toda certeza será esta a
principal força terrestre a ser utilizada por Gogue em sua campanha contra a Terra Santa, por se
adequar perfeitamente à acidentada topografia do caminho que leva à Palestina através da Turquia e
que caracteriza o próprio solo israelense.

Centro de ateísmo num berço de religiões?As autoridades da antiga União Soviética sempre afirmaram que sem o ateísmo o completo plano
de Karl Marx não poderia subsistir. Por isso surgiram tantas campanhas contra a religião naquele
país.
De fato, Marx deixou bem claro o seu conceito acerca de toda espécie de religião:
Para se buscar hoje em dia a origem das idéias religiosas há que volver-se ao passado,
à origem não explicada das dores sofridas e a sua aparência inevitável metamorfoseada
em instituição sobrenatural. Ainda que a massa seja o joguete do modo de produção, as
misérias que o regime capitalista cria e aquela sofre, conservarão a seus olhos um caráter
sobre-humano, e, portanto, persistirá esse terror desconhecido que apavora, isto é, o
sentimento religioso.
A religião não é outra coisa senão o
refluxo das forças sociais na mente, as últimas
forças externas cuja maneira de ser faz crer ao homem que dimanam de uma força superior
[...] O déspota terrestre, o capitalista,
arrastará na sua queda o fantasma celeste;regendo o homem a produção em lugar de ser regido por ela; encontrando enfim o bemestar sobre a terra; tendo noção clara e precisa de sua situação no universo em geral e na
sociedade em particular, desaparecerá universalmente a necessidade desse gênero de
esperanças e consolos, que são a conseqüência da tirania hoje misteriosa para as massas,
assim como a crença em um ser supremo, dispensador soberano dos gozos e dos
sofrimentos.
Nós outros, fogosos anti-católicos, ridículos afeiçoados a batismos civis e outros ritos,
que
imaginamos libertar a sociedade civil de toda ligação mística e mistificadoraporque comemos carne em sexta-feira santa, fazemos do livre pensamento a primeira
condição da regeneração social; e não vemos, ou não queremos ver, que as religiões não
são organismos independentes do
meio econômico em que se movimentam.(Grifos meus.)
Abraçando tão entusiasticamente as doutrinas marxistas, os comunistas russos trabalham em busca
de um governo mundial liberto, também, do “ópio do povo” — a religião. É impossível, portanto,
conciliar marxismo e fé religiosa, daí a intensiva campanha anti-religiosa levada a efeito nos países
vermelhos.
Idelfonso Albano, numa réplica ao livro
O poder soviético, de Hewlett Johnson, mostra com
riqueza de detalhes o que tem sido a perseguição religiosa na Rússia de 1917 a 1938:
Em 1919, vários comunistas foram encarregados da campanha anti-religiosa. Em 1921,
organizaram-se células atéias nas cidades e no campo. O 12º congresso do partido
comunista, realizado em 1923, adotou uma sistemática campanha anti-religiosa, surgindo,
em virtude disso, dois jornais,
O sem Deus e O sem Deus na Oficina.
Em 1925, fundou-se o União dos Sem-deus, com o fim de propagar o ateísmo em todo o
país. Essa entidade contava, em 1926, com 2.421 células e 87.033 membros; em 1927 seu
número chegava a 3.121 células e 138.402 membros. Em 1929 foi inaugurado um museu
da central anti-religiosa em Moscou, capaz de proporcionar ao visitante, dentro de poucas
horas, uma educação anti-religiosa completa. Em 1933, esse museu remeteu para as
províncias 179 pequenas exposições ambulantes, destinadas também a propagar o ateísmo

marxista-leninista.
Albano continua a sua análise da perseguição religiosa na Rússia informando que, para os
comunistas de cultura mediana, a “União” preparou um método altamente eficaz. Por poucos rublos,
podia-se adquirir conferências redigidas pelo Conselho Central da União, acompanhados de
dispositivos luminosos para projeção. Essas conferências eram destinadas a secundar a poderosa
ação dos teatros, do rádio e sobretudo dos cinemas, que trabalhavam cada qual em sua área para
acabar com toda espécie de deísmo.
A campanha anti-religiosa alcançou grande progresso nos anos trinta, chegando a possuir oitenta
mil células e sete milhões de militantes sem-deus. Entre 1932 e 1936, lançou-se um plano
qüinqüenal anti-religioso, que previa o fechamento das igrejas ainda abertas, a expulsão de pessoas
religiosas das empresas e repartições do Estado, a proibição de toda a literatura religiosa, a
preparação de 150 filmes anti-religiosos etc.
Em fins de 1963, informa ainda Albano, a cruzada anti-religiosa na então União Soviética entrou
em nova fase. O Comitê Central do Partido Comunista estabeleceu uma instituição especial
denominada Instituto para o Ateísmo Científico, projetado para dirigir todas as atividades ateístas.
A imprensa foi colocada à disposição do novo organismo para que desacreditasse a
superstição
religiosa.
No propósito de propagar o ateísmo, os periódicos soviéticos passaram a publicar artigos
condenando o individualismo cristão e o seu amor ao próximo, princípios abertamente opostos ao
coletivismo marxista e ao seu implacável ódio a todos os não-comunistas. Especialmente o
princípio cristão de amar o próximo passou a ser ridicularizado nos periódicos comunistas, sob a
alegação de que é absurdo amar os inimigos da humanidade, ou seja, todos os governos nãocomunistas do mundo.
Na moral marxista, a origem ideológica e a classe do indivíduo determinarão se ele deve ser
amado ou odiado. Aos “capitalistas” e “imperialistas” não se deve amar, mas odiar. O progresso do
comunismo sempre se baseou no ódio, jamais no amor.
Ainda na década de 1960, houve também uma ofensiva contra a religião para fora da cortina de
ferro, como parte da estratégia comunista internacional que visava o domínio do mundo em médio
prazo. Através da espionagem e da falsa conversão, pretendeu-se enfraquecer internamente as
estruturas religiosas e dar um sentido marxista à sua mensagem. Em parte como resultado dessa
ofensiva, surgiu na América Latina a chamada teologia da libertação, que confunde evangelização
com contextualização, igreja com comunidade, pobre com proletário, rico com burguês, pecado com
opressão e o evangelho da paz com revolução armada.
Essa ofensiva comunista bem cedo conseguiu atingir o Concílio Mundial de Igrejas. Em sua 3
ªAssembléia Geral, realizada em Nova Délhi, em 1961, ficou patente a infiltração comunista naquela
organização ecumênica:
Através da recepção da Igreja Ortodoxa Russa, o Conselho aceita a participação
comunista. Líderes ingênuos do Conselho insistem em que não há nada de político nisso
[...] Mas os dez eclesiásticos de batina que tomaram parte na delegação russa de dezesseis
membros em Nova Délhi, chefiada pelo arcebispo Nikodim de Yaroslav e Rostov, foram
expoentes alarmantes da classe comunista. Os seis leigos de roupa comum, inclusive o
intérprete V. Zaitsen, quanto aos atos e à aparência davam substância à afirmação de que
eram policiais secretos [...].

Em 1975, o padre polonês Miguel Poradowski, radicado no Chile, denunciou que os comunistas,
pelo fato de considerarem a igreja como o ópio do povo, pretendiam controlá-la a fim de tomarem o
poder, e culpou o Vaticano pela queda de Saigon em mãos dos comunistas. No México, em 1977, um
padre afirmou perante 15 mil fiéis que o comunismo era a única solução para o problema da miséria
no mundo.
Na mesma década de 1970, o arcebispo Arrigo Pintonello, de Roma, em carta aberta ao papa,
informou que o comunismo e o ateísmo já haviam contaminado mais de noventa por cento do clero
jovem da Igreja Católica, e lamentou o silêncio da sua igreja ante os crimes comunistas, por ele
assim enumerados: 66 milhões de mortos sob o governo de Stalin, na URSS; 150 milhões de vítimas
de Mao Tsé-tung, na China; 2,5 milhões de assassinatos no Camboja; destruição de 5.945 templos;
extinção do episcopado nas prisões e no exílio, juntamente com 1.500 sacerdotes, na Ucrânia.
Todas as esperanças de liberdade religiosa na Rússia, decorrentes dos acordos de Helsinque,
quando os soviéticos prometeram ao Ocidente respeitar os direitos humanos, ruíram por terra. A
organização Ajuda à Igreja Necessitada informava, em 1978, que a nova constituição soviética
reforçava a posição monopolística do Partido Comunista, dando-lhe base legal, e obrigava todos os
cidadãos a trabalharem para a edificação da sociedade comunista atéia.
Idelfonso Albano esclarece ainda que enquanto a propaganda, dentro e fora da Rússia, exaltava a
liberdade dos cidadãos, os crentes e os não-crentes que defendiam a liberdade de consciência eram
submetidos a castigos severos, e só o fato de uma pessoa proclamar-se religiosa era interpretado
como sintoma de anormalidade psíquica.
Apesar dos insistentes pedidos de milhares de fiéis e da pressão de organismos internacionais
que defendiam a liberdade de religião e de pensamento, os sacerdotes e pastores mais ativos eram
enviados pelo governo às prisões, aos hospícios ou aos campos de concentração; a educação
religiosa para as crianças continuou proibida, e os filhos de pais religiosos continuaram a ser
discriminados na escola e obrigados a receber uma educação atéia. Como resultado, o número de
igrejas diminuiu na Rússia.
É difícil prever até onde o regime comunista impediu o avanço da evangelização da Rússia. Dos
seus 150 milhões de habitantes em fins de 1998, 35 milhões se diziam ortodoxos e apenas um por
cento da população professava a fé cristã evangélica, e isso apesar do esforço missionário pela
evangelização do país desde o fim do comunismo.

Semeadura e colheitaSe a Rússia, desde 1917, manifestou sempre o firme propósito de banir Deus da vida do seu povo
e destruir toda espécie de religião no mundo, não é de admirar que ela almejasse um dia ocupar a
Palestina, que é berço de três religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Lênine disse: “Nossa propaganda exige a propaganda do ateísmo”, e Stalin se vangloriava de
reunir o maior exército já constituído para ser enviado à Terra Santa. Antes da sua morte, Stalin
teria declarado que, se houvesse Deus, ele haveria de destruí-lo, mas que provaria ao mundo que
Deus não existe.
Teria Deus se esquecido de todas as afrontas feitas a Ele pelos russos durante a vigência do
comunismo e de todos os crimes cometidos contra os que confessam o nome dEle, quer cristãos,
quer judeus?
O modo como Deus tem tratado as nações que se levantam contra Ele e o seu povo mostra que o
dia da Rússia chegará. Deus, na sua misericórdia, derrubou por terra a cortina de ferro e o muro de
Berlim, em 1991, para que duas coisas ocorressem dentro de seu propósito de cumprir as profecias.
Primeira, a Rússia haveria de permitir a saída dos judeus de seu território, conforme Isaías 43.6
(“Direi ao Norte: Dá”), e Ezequiel 37.13 (“Quando eu abrir as vossas sepulturas”). Segunda, o
evangelho haveria de ser anunciado também ao sofrido povo russo (Mt 24.14), o que vem
acontecendo ultimamente mediante gigantesco esforço missionário de evangélicos do mundo todo,
inclusive do Brasil.

A grave crise econômica, política e social por que passa a nação russa torna solenes as recentes
palavras de um estudioso dos eventos de nossa época:
A União Soviética pode ter desaparecido, mas a Rússia — a despeito dos dramáticos
esforços em busca da democracia e da liberdade — está, neste mundo cada vez mais
instável, mais perigosa do que nunca. Jamais devemos nos esquecer de que a Rússia e
suas ex-repúblicas representam um paradoxo da História. Eles têm uma economia
doméstica de Terceiro Mundo e um padrão de vida acoplado a um complexo industrial
militar de alcance mundial. A única coisa que eles têm para vender a um perigoso e
lucrativo Oriente Médio é o melhor armamento de destruição de massa que o dinheiro
pode comprar. Este é o tipo de ambiente — combinado com o remanescente desta colossal
infra-estrutura militar — que produz o controle militar.

Outro profundo estudioso das profecias bíblicas, cujo ministério pelo rádio e pela televisão
alcança 25 mil cidades dos Estados Unidos e 160 nações ao redor do globo, fala que a atual Rússia
pós-
perestroika está pronta para cumprir o que as profecias prevêem:
O urso não está hibernando. Ele está acordado, faminto, e pronto para atirar-se sobre o
mundo, exatamente como a Palavra de Deus tem profetizado.

Ressurgirá a União Soviética?
Quando caiu o comunismo no Leste Europeu, líderes cristãos de todo o mundo pressentiram que aperestroika não passava de uma oportunidade que Deus estava dando aos cristãos de todo o mundo
de fazer que aqueles países também ouvissem o evangelho.
A rapidez com que agências missionárias e grandes denominações evangélicas do Ocidente,
inclusive do Brasil, acorreram àqueles países levando a Palavra de Deus atestava a certeza de que a
porta da liberdade não permaneceria aberta por muito tempo. De fato, a liberdade religiosa
começou a ser cerceada em 1998, quando o parlamento russo e o presidente Bóris Yeltsin,
pressionados por Alexei II, líder máximo da Igreja Ortodoxa Russa, aprovaram um projeto que
proíbe a abertura de novos trabalhos missionários e novas igrejas no país. Segundo esse projeto,
somente igrejas com um mínimo de 15 anos de registro têm liberdade de funcionamento.
Adriano Marinho da Costa Júnior, que entrou na Rússia em 1995 como missionário evangélico,
não descarta a possibilidade do retorno do regime comunista:
A igreja russa teme perder a liberdade religiosa. Com a nova lei, a polícia nos pede
outros documentos e uma autorização para evangelização nas ruas. No salão onde fazemos
as reuniões, precisamos estar bem documentados e sempre com um russo ao nosso lado.
Às vezes, a igreja tem que estar registrada no nome de um russo. Lá os cultos são bem
diferentes, e eles não falam muito alto.
A profunda crise política e econômica por que passa a Rússia, especialmente no momento em que
escrevo, revela a possibilidade de um rápido retrocesso em termos de democracia. A esse respeito,
outro estudioso das profecias, escrevendo acerca do desejo da Rússia de voltar a ser uma
superpotência, afirmou:
O império dos soviéticos durante o tempo do governo comunista era uma fonte de
grande orgulho para muitos. A humilhação de perder esse império junto com o
empobrecimento de sua economia trôpega deixou o povo russo saudoso de seu passado,
amargurado com o presente e céptico sobre o seu futuro. É nesse clima que a ditadura
desabrocha, e realmente não é preciso olhar mais para além das recentes eleições na
direção da Duma Russa, para encontrar uma indicação do rumo que a Rússia está
tomando.
Mas a crise econômico-social da Rússia não representa apenas uma ameaça à frágil democracia.
Essa falta de recursos tem prejudicado a manutenção de todo o sistema eletrônico de controle das
armas nucleares. A possibilidade de um foguete balístico nuclear ser disparado por falha técnica ou
eletrônica é hoje muito maior do que no tempo da guerra fria.
A fim de atenuar a gravidade dessa crise, os Estados Unidos têm investido centenas de milhões de
dólares na Rússia e reforçado a vigilância de suas fronteiras, pois algumas armas nucleares
miniaturizadas, que podem ser abrigadas dentro de uma mala comum de viagem, desapareceram do
país e podem estar em mãos até de grupos terroristas do tipo que tem atacado instituições
norte-americanas em várias partes do mundo. 

Uma mala dessas deixada nas proximidades do Capitólio, em Washington, arrasaria tudo numa área quadrada de vários quilômetros, inclusive a Casa Branca. Em 1997, duas pessoas foram presas em Miami pelo FBI por estarem tentando negociar armas russas, saídas daquele país talvez em virtude de suborno ou de descuido dos militares russos.
Esses militares, que têm recebido seu soldo com vários meses de atraso — o que tem
quadruplicado o índice de suicídio entre eles — poderiam, eles mesmos, num ato de desespero,
causar uma destruição de proporções internacionais.
Todo esse caos que envolve a extinta União Soviética torna solenes as advertências de que o
comunismo pode retornar a qualquer momento, ainda mais radical do que antes, e torna bem vivas as
palavras apostólicas: “Quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (2 Ts
5.3)
 .
Nos montes de Israel, cairás, tu, e todas as tuas tropas, e os povos
que estão contigo; e às aves de rapina, e às aves de toda a asa, e aos
animais do campo, te darei por pasto (Ez 39.4).
eliz ou trágico, o destino de um povo muitas vezes depende da sua atitude em
relação à Palavra de Deus. Tal aconteceu e ainda acontece a Israel e a muitas
outras nações. Em cumprimento à ordem imperativa de Jesus, o evangelho da
graça de Deus tem sido proclamado em todo o mundo, para testemunho a todas
as gentes. E os ouvintes, aceitando ou não as Boas Novas, escolhem,
individual e coletivamente, o futuro de sua própria nação.
A Rússia teve também a sua oportunidade de tornarse biblicamente cristã,
mas não soube aproveitá-la. Isso ocorreu no tempo do imperador Alexandre I, no início do século
XIX. Possuidor de um caráter bastante contraditório, mas propenso a reconhecer a sua própria
fraqueza e a se humilhar diante de Deus, Alexandre compreendeu, ao peso das graves circunstâncias
da sua época, que a vida era algo muito sério e por isso procurou meditar e cuidar da formação de

sua própria personalidade.
Na sua insaciável sede de domínio, Napoleão Bonaparte arrasava os países do Ocidente Europeu.
Durante a guerra franco-britânica, em 1805, Alexandre aliouse aos inimigos do ditador francês e
também perdeu a guerra. Teve de pedir a paz em 1807. No ano seguinte, Alexandre aliou-se a
Napoleão e declarou guerra à Suécia, e esta perdeu a Finlândia. A amizade entre os dois estadistas,
todavia, durou pouco, e Napoleão, furioso, ameaçou ocupar a Rússia.
A intenção de Napoleão deixou Alexandre profundamente angustiado, e este procurou um amigo
da sua juventude, o príncipe Galitzin, que abandonara uma vida tormentosa e se convertera ao
evangelho. Os dois estavam diariamente juntos, e a nova vida do príncipe crente impressionou
fortemente o imperador.
Certo dia, Galitzin, ao tomar a Bíblia de sobre a mesa para ler um trecho ao imperador, deixou-a
cair inadvertidamente. Ao apanhá-la, notou que esta se abrira no Salmo 91. Alexandre leu as
palavras e ficou impressionado. Tornou a lê-las. Galitzin disse-lhe que não fora por acaso,
certamente, que a Bíblia se abrira ali, mas por vontade divina. Desde aquele momento Alexandre
mostrou grande interesse pela Bíblia, e mais tarde escreveu:“Eu devorava a Bíblia e suas palavras
deram consolo ao meu coração. Na sua imensa graça, o Nosso Senhor abriu os meus olhos de modo
que entendi o que li. Esta edificação, esta luz interior e muitas outras bênçãos tenho de agradecer à
leitura das Sagradas Escrituras”.

Napoleão invadiu a Rússia, conforme prometera, mas sofreu fragorosa derrota pela espada, pelo
frio e pela fome. Para Alexandre, que conhecia as campanhas napoleônicas, isso era a mão de Deus,
em cumprimento ao Salmo 91. Tornou-se mais fiel ao evangelho e trazia sempre consigo a Bíblia
Sagrada, que lia diariamente. No dia de seu aniversário, 11 de setembro de 1815, Alexandre estava
na França e Napoleão era um conquistador definitivamente derrotado. Depois de passar em revista
seus 150 mil homens, Alexandre ajoelhou-se perante todos e glorificou a Deus pela vitória.
A Sociedade Bíblica Russa, fundada por iniciativa inglesa em 1812, recebera todo o apoio do
imperador, inclusive grandes subsídios. Mas o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa, percebendo que os
seus alicerces estavam sendo minados, moveu tal campanha contra aquela entidade “protestante”
que o imperador não pôde resistir. Galitzin foi obrigado a deixar a presidência da sociedade, e os
líderes do sínodo tomaram o seu lugar, impedindo assim todo o programa de distribuição de
Escrituras naquele país.
Que teria acontecido à Rússia se ela tivesse sido semeada de Bíblias? O comunismo ateu teria ali
prevalecido?
Por essa época, conta-se, houve uma grande fome num dos estados da Rússia, e um padre de uma
freguesia pensou em vender um pouco dos muitos bens da igreja para comprar pão, porém o bispo
afirmou que preferia ver o povo morrer de fome do que consentir que se gastasse ouro da igreja para
matar a fome dos famintos. Essa atitude, tão oposta à doutrina de Jesus de Nazaré, despertou o ódio
de muitos contra a rica igreja e isso, sem dúvida, levou o comunismo a tomar conta de toda aquela
grande nação.

O fim do comunismo?A história moderna do comunismo começou em 1848, quando Karl Marx e Frederik Engels
lançaram O
manifesto comunista.
 O movimento obteve boa repercussão em todo o mundo, mas só logrou ocupar o poder em 1917, na Rússia, na revolução bolchevique liderada por Lênine.
Duvida-se da originalidade do movimento comunista soviético. Historiadores vários afirmam que
os responsáveis pela derrubada do czarismo pouco ou nada tinham de marxistas, tendo havido, isto
sim, o aproveitamento por parte dos comunistas da situação caótica reinante no país. De qualquer
forma, pela primeira vez o sistema foi implantado, à custa de milhões de assassinatos.
Da Rússia o comunismo conquistou outros países até ao ponto de dominar um terço da
humanidade, mas a História testifica que o terrível regime vermelho caminha rapidamente para o seu
próprio fim, graças à poderosa mão de Deus que tem impedido a sua marcha. As profecias dão-nos
a garantia de que o ateísmo não existirá durante o governo do anticristo, que será religioso, e não
materialista e ateísta.
Em edições anteriores deste livro, afirmei que somente Deus podia parar o comunismo,
salientando que o caráter ateísta do sistema constitui uma blasfêmia que o Criador não deixaria ficar
impune. De fato, assim ocorreu.
Acredito que o que ainda restar do comunismo no mundo desaparecerá mediante a liderança do
anticristo no império romano restaurado. A séria crise de autoridade nos governos do mundo tornarseá cada vez mais acentuada, dentro da perspectiva da escatologia bíblica, segundo a qual toda a liderança será um dia concentrada nas mãos do anticristo.
É claro que a hábil política exterior de Ronald Reagan ajudou a fechar o cerco e levar a Rússia à
perestroika, mas por trás de tudo isso está a mão de Deus, respondendo às orações angustiosas de
milhões de crentes que suspiravam pela liberdade de poder cultuar a Deus livremente e de possuir,
pelo menos, um exemplar da Escritura Sagrada.
A
perestroika significa também o cumprimento da promessa de Deus de derrubar a cortina de
ferro e o muro de Berlim para que os judeus pudessem retornar à sua antiga terra. Deus romperia as
sepulturas em que estavam retidos os judeus!

Um julgamento de Deus.Bem no fundo, os comunistas russos alimentam ainda hoje o objetivo de retornar ao poder e
ocupar a Palestina, que é o berço do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, e banir a religião da
face da terra, mas Deus intervirá com o seu braço forte em favor do seu povo, e então será trágico o
fim dos exércitos invasores:
Sucederá, porém, naquele dia, no dia em que vier Gogue contra a terra de Israel, diz o
Senhor Jeová, que a minha indignação subirá a meus narizes. Porque disse no meu zelo, no
fogo do meu furor, que, naquele dia, haverá grande tremor sobre a terra de Israel, de tal
sorte que tremerão diante da minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais
do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão
sobre a face da terra; e os montes cairão, e os precipícios se desfarão, e todos os muros
desabarão por terra. Porque chamarei contra Gogue a espada, sobre todos os meus
montes, diz o Senhor Jeová; a espada de cada um se voltará contra seu irmão. E
contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes
pedras de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os
muitos povos que estiverem com ele. Assim, eu me engrandecerei, e me santificarei, e me
farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Senhor (Ez 38.18-23).
A batalha do gigante Gogue contra o pequeno Israel será das mais terríveis que se possa imaginar,
e não terá similar na história do mundo. Será travada com violência nos mares (“tremerão [...] os
peixes do mar”); o conflito aéreo será horripilante (“tremerão [...] as aves do céu”), e os combates
em terra serão estarrecedores (“tremerão [...] todos os répteis que se arrastam sobre a terra”). Mas a
vitória penderá em favor dos judeus, pelas próprias convulsões da natureza sob intervenção divina,
como afirma a Bíblia:
As montanhas serão arrasadas, as grandes pedras ficarão em pedaços e todas as
muralhas cairão. Farei cair sobre Gogue todo tipo de desgraças, que o encherão de medo.
Sou eu, o Senhor Eterno, quem está falando. Os soldados de Gogue ferirão uns aos outros
com as suas espadas. Eu os castigarei com doenças e mortes. Derramarei chuvas pesadas,
pedras de gelo, fogo e enxofre em cima de Gogue e do seu exército e em cima das muitas
nações que estão do lado dele. Desse modo mostrarei a todas as nações que sou poderoso
e santo. Elas ficarão sabendo que eu sou o Eterno (Ez 38.20-23, BLH, Bíblia na
Linguagem de Hoje).
Quando isso acontecer, o mundo não terá dúvidas de que Deus lutou por Israel, tão grandes,
espantosos e sobrenaturais serão esses julgamentos. As nações entenderão que se tratou de uma
interferência direta do Deus vivo contra o inimigo da retidão e da justiça.
Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. E te farei
voltear, e te porei seis anzóis, e te farei subir das bandas do Norte, e te trarei aos montes
de Israel. E tirarei o teu arco da tua mão esquerda e farei cair as tuas flechas da tua mão
direita. Nos montes de Israel, cairás, tu, e todas as tuas tropas, e os povos que estão
contigo; e às aves de rapina, e às aves de toda a asa, e aos animais do campo, te darei por
pasto (Ez 39.1-4).
A exemplo do que tem ocorrido nas guerras árabeisraelenses, coisas espantosas e humanamente

inexplicáveis poderão ocorrer aos exércitos de Gogue: aviões e tanques enguiçarão em plena
batalha, sem qualquer motivo (“tirarei o teu arco da tua mão esquerda e farei cair as tuas flechas da
tua mão direita”), e os soldados ficarão paralisados de medo ante as tropas israelenses.
A dura linguagem profética mostra ainda que o Deus vivo vai tratar a Rússia como a uma fera,
pondo-lhe seus anzóis e trazendo-a para ser castigada e julgada nas montanhas de Israel.
É interessante notar que o Senhor especifica um número de
anzóis: seis. Esse número, segundo os
teólogos, corresponde ao número do homem, que foi criado no sexto dia e que deve trabalhar seis
dias na semana (Gn 1.26; Êx 20.9; 23.12; 31.15; Lc 13.14 etc.), como veremos mais adiante, no
capítulo 9. Em suma, os seis anzóis ajustam-se perfeitamente a Gogue e aos demais povos que o
acompanharão, livremente ou sob pressão.

As armas dos invasoresLemos na Palavra de Deus uma descrição do material utilizado para fabricação das armas de
guerra usadas por Gogue:
E os habitantes das cidades de Israel sairão, e totalmente queimarão as armas, e os
escudos, e as rodelas, com os arcos, e com as flechas, e com os bastões de mão, e com as
lanças; e farão fogo com tudo isso por sete anos. E não trarão lenha do campo, nem a
cortarão dos bosques, mas com as armas acenderão fogo; e roubarão aos que os roubaram
e despojarão aos que despojaram, diz o Senhor Jeová (Ez 39.9,10).
De um excelente periódico evangélico português, transcrevemos o interessante comentário:
A palavra profética de Deus não tem falhas na sua descrição, no final da dispensação
atual. Em
The Mount Zion Report, John Weston apresenta um material chamado
lignostone, do qual os russos fabricam dezenas de milhares de objetos diferentes para a
guerra. Tudo para a invasão do Oriente Médio. Ele cita Ezequiel 39.9,10 acerca das
armas russas que Israel usará como combustível durante sete anos.
Lignostone é semelhante a [vinte a trinta] pedaços de contraplacado apertado por um
tremendo poder de vapor. É uma invenção holandesa mais forte do que o aço, mais
elástico do que molas da mesma matéria e que arde melhor do que o carvão. Os
holandeses utilizam-no nas suas fábricas de gás; os ingleses, como raios de rodas nos seus
enormes carros de carga, e os russos como material de guerra para aviões, tanques,
espingardas e outros.
É esta matéria que Israel, segundo a profecia de há 2.500 anos, usará como combustível
durante sete anos..

Ah! se os russos soubessem o que os espera em Israel! Será o desmascaramento público da
Rússia.
Pelo fato de ser Joel o profeta dos grandes sinais dos fins dos tempos e das batalhas finais que
consumarão os séculos, é possível que ele fale do fim humilhante da Rússia após a fracassada
investida contra Israel, quando afirma:
E aquele que é do Norte farei partir para longe de vós, e lançá-lo-ei em uma terra seca
e deserta; a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental; e
subirá o seu mau cheiro, e subirá a sua podridão; porque fez grandes coisas (Jl 2.20).
Essa linguagem poderia significar um pequeno e pobre território compreendido pelos desertos da
Sibéria, entre o mar de Bering e o oceano Glacial Ártico.
  

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