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E Os Plantarei Na Sua Terra, e Não Serão Mais Arrancados Da Sua Terra Que Lhes Dei, Diz o Senhor, Teu Deus (Am 9.15).

E Os Plantarei Na Sua Terra, e Não Serão Mais Arrancados Da Sua Terra Que Lhes Dei, Diz o Senhor, Teu Deus (Am 9.15).


E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor,
teu Deus (Am 9.15). 
Escrevendo a sangrenta história dos filhos de Abraão através dos séculos, alguém disse que ela é mais conhecida pelas crônicas de seus massacres. 
A Bíblia trata, de maneira inconfundível, das angústias desse povo entre as nações: 
“ E vos espalharei entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas. E, quanto aos que de vós ficarem, eu meterei tal pavor no seu coração, nas terras dos seus inimigos, que o sonido duma folha movida os perseguirá [...] e não podereis parar diante dos vossos inimigos" [Lv 26.33,36,37].
Mais adiante, continua a Palavra de Deus: 
"O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos [...] O fruto da tua terra e todo o teu trabalho o comerá um povo que nunca  conheceste; e tu serás oprimido e quebrantado todos os dias. E serás por pasmo, por ditado e por fábula entre todos os povos a que o Senhor te levará"[Dt 28.25,33,37].
É impressionante como tais predições tenham sido tão rigorosamente cumpridas. 
Mas assim como, findando a noite, surge a manhã de um novo dia, a aurora raiaria também para o povo judeu, porque também o Senhor prometeu: 
"E, demais disto também, estando eles na terra dos seus inimigos, não os rejeitarei, nem
me enfadarei deles, para consumi-los..." [Lv 26.44] . 
E para muitos, a volta de Israel, como uma nação livre e soberana, tem significado, mais do que o começo de um novo dia, o início de uma nova vida. 
"Quem desejaria possuir uma terra tão estranha?" 
Pergunta Meyer Levin, que responde:
Um povo de temperamento extremo, a amá-la impetuosamente.
 E a história de Israel é a história de um povo e de um lugar, unidos, separados, sempre e sempre. [...] Nenhum drama de amantes separados e reunidos novamente é mais romântico que a história desta gente
e sua terra natal. 
Os amantes passam pela prova de guerra, peste e exílio, sofrem a sedução de exagerada opulência e prazer e ainda assim permanecem fiéis em seu anseio um pelo outro, incessantes, tentando efetuar a reunião que finalmente aconteceu.
Mas não se pode ignorar, na história moderna de Israel, a figura impoluta de Teodoro HerzI, idealista, sonhador e visionário, que tão bem traçou os planos para a redação política de seu povo. Nascido em 2 de maio de 1860, em Budapeste, estudou Direito em Viena e dedicou-se ao jornalismo e à literatura, exercendo as funções de correspondente, em Paris, da Neue Freie Presse, de Viena, de cuja
página literária foi redator durante toda a sua vida.
Estadista nato, embora sem Estado e sem povo organizado, HerzI penetrou fundo no problema judaico e buscou avidamente a sua solução. Em seu livro O Estado judeu, registra:
A questão judaica existe. 
É um pedaço da idade média desgarrado em nosso tempo, e da qual com a melhor vontade do mundo, os povos civilizados não se poderiam desembaraçar. [...].
 A questão judaica existe por toda parte onde os judeus vivem, por menor que seja o seu número. 
E acerca da Palestina: 
E a nossa pátria histórica. 
Esse nome por si só seria um toque de reunir poderosamente empolgante para o nosso povo. Por ocasião da trasladação dos restos mortais de HerzI, de Viena para Israel, em 1949, a poeta Bracha Kopstein escreveu estas palavras: 
Acorda, ao menos por uma hora, e mostra-nos o teu sábio sorriso, e nós te mostraremos a tua profecia...
Esfrega os teus olhos do teu sono letárgico e verás: titãs judaicos estão perto de ti, com espadas desembainhadas contra o céu! 
A teus pés jazem flores frescas, de terra livre arrancadas.
Jorra para ti em carne e ossos o teu sublime sonho realizado. Acorda, ó profeta, ao menos por uma hora
e verás: os que compareceram a esta solenidade: a Bandeira Azul e Branca desfraldada! A língua hebraica viva em nossas bocas! A alegria imperando em nossos corações! A Vitória e toda nossa fé!
Nossos titãs, novos e destemidos líderes, diplomatas, parlamentares, judeus de todas as camadas, e nossas criancinhas, loiras e moreninhas.
Acorda ao menos por uma hora, e verás: no grandioso dia da sua História,
o teu Povo está presente! 
Os ossos secos Conscientemente ou não,Teodoro HerzI teve muito a ver com a profecia de Ezequiel 37. Nesse capítulo Deus mostra como Israel, ao final dos tempos, seria novamente recolocado em sua própria terra. 
Antes, porém, de nos determos na análise desse capítulo, vejamos o que outros profetas registraram:
Levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra [Is 11.12, ARA, Almeida Revista e Atualizada].
Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar,e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho [|r 31.10, ARA],
Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o
fruto [Am 9.14, ARA].
No capítulo 37 de Ezequiel, o vale significa o mundo, os ossos indicam o povo de Israel e as sepulturas
apontam para as nações atuais. Diz o texto: Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo
Espírito do Senhor e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. 
Então me perguntou: Filho do homem, acaso poderão reviver estes ossos? 
Respondi: 
Senhor Deus, tu o sabes. Disse-me ele: Profetiza a estes ossos, e dizeIhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis [vv. 1-5, ARA]. No versículo 11, temos a época para o cumprimento dessa profecia: "Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: 
Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados". 
O tempo desse lamento, e do reconhecimento por parte dos judeus da sua triste e desesperadora condição, teve início a partir de 1871, quando uma grande onda de pogrons exterminou dezenas de milhares deles em centenas de municípios da Rússia. 
Os massacres continuaram rotineiros até 1921.
A ordem dos eventos.
"Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um
ruído..."[v.7,ARA].As notícias acerca da organização de um movimento capaz de conduzir os judeus de volta à sua antiga pátria, levadas a todas as comunidades israelitas do mundo, soaram como uma claridade de esperança. 
Prossegue Ezequiel: "... um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso".
Aqui temos o movimento [ou reboliço] dos ossos, ou seja, a preparação e a viagem à Terra Santa dos
primeiros colonos israelitas, que tiveram de enfrentar grandes dificuldades. 
O ajuntamento dos "ossos" vem ocorrendo como segue. 

Em 1917, ano da Proclamação Balfuor, havia 25 mil judeus na Palestina. 
Esse número aumentou para 83 mil em 1922 e para trezentos mil em 1935, ano em que Hitler se fortalecia na Alemanha e não escondia o seu anti-semitismo.
Em 1937, a população israelita da Palestina já era de 430 mil. 
Dois anos depois a Inglaterra proibiu a entrada dos judeus na Terra Santa, deixando-os, dessa forma, à mercê dos nazistas. 
Em 1945, havia quinhentos mil, e três anos mais tarde, quando Israel proclamou sua independência, número chegava a oitocentos mil. 

Em 1956, já eram 1,9 milhão [quando ocorreu a segunda guerra árabe-israelense]; em 1967,2,8 milhões. Em 1973,3,3; em 1983, mais de quatro milhões, e no final de 1998, cerca de seis milhões.
 "Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito" [v. 8, ARA], Os "tendões" [ou nervos] indicam alianças políticas, militares, o
renascimento da língua hebraica e a recuperação econômica, principalmente através dos kibutzim. Kibutzvem da mesma raiz do verbo hebraico "congregar", usado por jeremias no versículo 10 do capítulo 31 de seu livro. As "carnes" indicam as estruturas políticas que deram forma à nação em 1948, da mesma maneira como o reboco dá forma à parede. 
A "pele" indica proteção e acabamento. 
Em 1948, faltava a Israel um exército organizado. Hoje, as forças armadas israelenses estão entre as mais bem treinadas e equipadas do mundo. Basta dizer que na guerra-reIâmpago de 1967 havia quarenta soldados árabes para cada soldado israelense, e Israel venceu! 
É evidente que as palavras divinas de Amós 9.15 se cumpriram:
"Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus" [ARA].
Embora todos esses ossos estejam unidos, com tendões, carnes e pele, falta-lhes ainda a vida espiritual,
prometida no versículo 14: 
"Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor"[ARA]. 
Note que a palavra "Espírito" aqui, com inicial maiúscula, refere-se ao Espírito Santo, conforme Joel 2.28,29 e Atos 2.17,18. 
O povo de Israel somente será cheio do Espírito Santo quando se converter a Jesus no final do "dia da vingança do nosso Deus" [Is 61.2], ou seja, da Grande Tribulação, do "tempo da angústia para Jacó"
etc., que culminará com a batalha do Armagedom no final do reinado do anticristo. [Veja estas passagens: Jeremias 30.7; João 3.36; Apocalipse 3.10; 7.14; 11.18.].
O profeta Oséias indica esse tempo glorioso, quando todo o Israel será salvo: 
"Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia, nos ressuscitará, e viveremos diante dele" [6.1,2].
Os dois dias correspondem aos dois períodos mencionados em Isaías 61.2: o "ano aceitável do Senhor"
ou "o dia que fez o Senhor", de Salmos 118.24  e o "dia da vingança do nosso Deus", ou seja, o vindouro período de tribulação. Israel só será levantado ao terceiro dia, no Milênio, e então viverá diante do Senhor.
Note que, no que diz respeito a Israel, cada "dia" é marcado por dois eventos: um no início e outro no
fim. 
Assim , o primeiro dia começou com o despedaçamento da nação, no nascimento da Igreja, e
terminará com a cura do despedaçamento, que está ocorrendo em nossos dias e assinala o tempo do arrebatamento da Igreja.
O segundo dia, o dia da ira, começa com a ferida de Israel, no início do período de tribulação, e termina
com a cura da ferida, no final da tribulação, quando Jesus virá em socorro do remanescente israelita, que  se converterá. 
Então a nação ressuscitará espiritualmente no terceiro dia, o Milênio, e viverá diante dEIe,
de Cristo. A Proclamação Balfuor  O retorno dos judeus à sua terra começou precariamente no século XIX, em conseqüência dos horrorosos pogrons praticados livremente contra esse povo nos guetos
de centenas de cidades européias e principalmente na Rússia.
Cada grupo de imigração era conhecido como aliyah, palavra que significa "subida", extraída da expressão bíblica "subindo para Jerusalém". 
Em 2 de novembro de 1917, a Inglaterra inclina-se a favor do sionismo, através da declaração do ministro dos Negócios Exteriores do Governo Britânico, Balfuor, submetida ao Gabinete de Ministros daquele país e por ele aprovada. 
Esse famoso documento, responsável por tantas reviravoltas políticas em todo o mundo e principalmente no Oriente Médio, foi remetido ao Lorde Rotschild. Dizia ele:
O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o  estabelecimento de um Lar Nacional para o povo judeu, na Palestina, e empregará todos os seus esforços para facilitar a realização desse objetivo, estando claramente entendid que não se falará nada que possa acarretar prejuízo aos direitos civis e religiosos das comunidades não judias d  Palestina, bem como aos direitos e ao status político de que
os judeus possam gozar em qualquer outro país.
Agradecer-vos-ei levar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionist  Animados por essa promessa, o movimento imigratório aumentou consideravelmente, em cumprimento à profecia bíblica:
E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e  reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e
plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E os plantarei na sua
terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor, teu Deus. E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra.  
E dirão: 
Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e  assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitada  [Am 9.14,15; Ez 36.24,35]. O castigo e o fubilei Sirvo-me, em parte, dos cálculos feitos por Alex Wachtel, missionário nazareno em Jerusalém, o qual examinou o longo exílio dos judeus à luz do ano bíblico do jubileu. Segundo o mandamento divino, o israelita que tivesse perdido a sua propriedade e tivesse sido feito escravo, receberia novamente a liberdade e a restauração da sua terra após 49 anos, no jubileu. 
Desde o ano 70 d.C. até o ano recente de 1948, quando Israel tornou-se de novo um Estado independente, houve um intervalo de 1878 anos. Israel obteve a posse de toda a terra apenas em 1957, e somente em 1981 o país passou a contar com uma população judaica suficientemente numerosa para sentir-se seguro contra
as nações vizinhas hostis. 
O período de tempo entre 70 e 1981 é de 1911 anos 7 começando com a destruição e dispersão, e terminando com a volta e a segurança. Como somos um povo dirigido pela Bíblia, um precedente bíblico seria de grande ajuda. Dentro do cativeiro babilônico de setenta anos, há um período mais acentuado do exílio, que vai da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, em 587 a.C.,até o regresso do primeiro grupo de judeus, em 538 a.C. Esse período é de 49 anos, que também foi o tempo gasto na restauração de Jerusalém [Dn 9.25], Dividindo-se 1911 por 49, encontramos o número 39.
É interessante notar que o número máximo de açoites que um homem culpado podia receber era de
quarenta [Dt 25.3J. No tempo de Jesus, entretanto, esse número havia sido reduzido para 39 a fim de
evitar que as autoridades, por erro de cálculo, quebrassem a lei. 
Se levarmos em conta que o exílio para os judeus é sempre considerado na Bíblia como um castigo, então para cada ano que o judeu sofria em Babilônia, os judeus haveriam de sofrer, depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, um castigo de 39 anos. 
Esse longo exílio repleto de sofrimentos revela quão profunda era a tristeza de Deus pelo fato de Israel haver rejeitado seu Filho e o levado à morte!
Wachtel conclui: No período de 1911 anos, vemos o número máximo de anos de escravidão e de separação da terra — multiplicado pelo máximo número de golpes que alguém poderia
receber num castigo. Apropriadamente, os dois ensinos se acham no Antigo Testamento, e por isso falam com autoridade tanto para os cristãos como para os judeus.  Há outros cálculos interessantes relacionados  com o moderno Estado de Israel, feitos especialmente por Adam Clarke no início do século XIX e baseados no texto de Daniel 8.8,14, que afirma:
"O bode se engrandeceu sobremaneira; estando, porém, na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado, e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu. Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado" [EC]. O império grego, sendo o primeiro a unir três continentes, estendeu-se pelo Sul da Europa, pela parte ocidental da Ásia e pelo Nordeste da África. 
Mas estando na sua maior força, isto é, quando Alexandre estava no apogeu do seu poderio, "aquele grande chifre foi quebrado", ou seja, Alexandre o Grande morre repentinamente em 323 a.C., com a idade de 33 anos. Entre os versículos 8 e 14 de Daniel está descrita a perseguição dos judeus por Antíoco Epifanes no século segundo antes de Cristo. Na segunda parte do versículo 17, entretanto, Gabriel diz a Daniel: 
"Entende, filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo" [EC], Clarke entende que essa passagem se refere não somente a Antíoco, mas também aos acontecimentos "do fim do mundo".
O primeiro cumprimento da profecia ocorreu 1.150 dias depois que o altar de Deus foi removido por Antíoco. Cada par de tarde e manhã corresponde, nessa interpretação^ um dia. [Ver nota na Bíblia de Estudo Pentecostaí.) Adam Clarke, entendendo também que as 2.300 tardes e manhãs poderiam referir-se a 2.300 anos, conforme sugere Ezequiel 4.6, comenta que se datarmos os anos desde o cumprimento da visão do bode [invasão da Ásia por Alexandre] em 334 a.C., contando 2.300 anos a partir dessa data, chegaríamos ao ano 1966 d.C., quando  o santuário seria purificado mediante a volta dos judeus
à parte antiga de Jerusalém e à área do templo.
Considerando que o ano 1 a.C. é o ano de Rom 753, e o ano 1 d.C. é o ano de Roma 755, omitimos
assim o ano zero, ou 754 de Roma, que deve ser interposto entre 1 a.C. e 1 d.C. Esse ano, acrescentado a 1966, nos daria 1967, ano em que de fato Israel obteve a sua maior vitória nas guerras contra os árabes, passando a ocupar os lugares mais sagrados de Jerusalém. 
Israel proclama a independência Apesar de todos os sofrimentos por que passou o
povo israelita entre as nações, muitos judeus discordaram da criação do Estado de Israel, entre eles o famoso físico Albert Einstein. 
Em 1938, ele expressou seus temores diante do crescimento do nacionalismo judaico. Eu queria muito mais ver um acordo de paz com os  árabes na base de uma vida em comum em paz do que a criação de um Estado judeu. 
Fora considerações práticas, meu conhecimento da natureza essencial do judaísmo  resiste à idéia de um Estado judeu, com fronteiras, exército e uma certa quantidade de poder temporal, não importa quão modesto.
Estou temeroso dos danos internos que o judaísmo sofrerá, especialmente os provenientes do desenvolvimento de um estreito nacionalismo dentro do Estado judeu. Já não somos mais os judeus do período macabeu! O retorno a uma nação no sentido político da palavra seria equivalente a voltar as costas à espiritualização de nossa comunidade, a qual devemos ao gênio de nossos profetas.
Einstein não poderia perceber, como tantos outros judeus também não perceberam e ainda não percebem, que o renascimento de Israel como um país, longe de ser um "voltar as costas à espiritualização", é exatamente um avanço do povo israelita rumo à futura espiritualização, pois o seu renascimento político precede o seu renascimento espiritual.
Esse aspecto espiritual do povo israelita não poderia estar ausente na Declaração da Independência, lida à nação no dia 14 de maio de 1948, no mesmo dia em que os britânicos deixavam o país e as nações árabes iniciavam a primeira guerra oficial não declarada ao novo Estado:
Aqui se forjou sua personalidade espiritual, religiosa e nacional. Aqui tem vivido como povo livre e soberano. Aqui tem legado ao mundo o eterno Livro dos livros. Mais adiante, afirma o histórico documento:
Exortamos os habitantes árabes do Estado de Israel
— ainda em meio à agressão sangrenta que se leva a cabo contra nós desde alguns meses — a manter a paz e a participar na construção do Estado, sobre a base dos plenos direitos civis e de uma representação adequada em todas as suas instituições provisórias e permanentes.
Oferecemos a paz e a amizade a todos os países vizinhos e a seus povos, e os convidamos a cooperar
com o povo judeu independente em seu país, na base da
ajuda mútua. 
O Estado de Israel está disposto a colaborar no esforço comum para o progresso do Médio Oriente em sua totalidade. Chamamos o povo judeu de toda a diáspora a congregar-se em torno da população do Estado, e a ajudá-lo em suas tarefas de imigração e construção, e em sua grande empresa pela materialização de suas aspirações milenárias de redenção de Israel. 
Com a fé no Todo-poderoso, firmamos de nosso próprio punho e letra esta declaração, na sessão do Con­selho Provisório do Estado, sobre o solo da Pátria, na cidade de Tel-Aviv. Este dia, véspera de sábado, é 5 delyar de 5708 [14 de maio de 1948]. 
Seguem-se 38 assinaturas, encabeçadas pela do primeiro presidente, David Ben Gurion.
Operação Tapete Mágico Uma das mais extraordinárias operações de imigração dos tempos modernos realizou-se em 1948. Foi denominada Tapete Mágico, e transportou dezenas de milhares de judeus para Israel, todos procedentes do Iêmen, pequeno país situado na extremidade sul da Arábia, junto ao mar Vermelho. A história desse povo é fascinante. Acredita-se que muitos deles tenham imigrado para o Iêmen nos dias do rei Salomão, e fontes fidedignas confirmam a continuidade deles naquele país desde os primeiros séculos do cristianismo. 
Durante todo esse longo tempo, nunca viram um automóvel, um trem de ferro, um avião, a luz elétrica ou qualquer invento moderno. Toda a sua cultura consistia em saber de cor o Antigo Testamento. Também haviam copiado a Bíblia à mão, de Gênesis a Malaquias, da mesma maneira como faziam os escribas dos dias de Jesus.
Quando cometiam qualquer erro, por menor que fosse, todo o manuscrito era inutilizado, e a tarefa recomeçada. A cópia tinha de ser absolutamente perfeita. Enquanto viveram no Iêmen, esses israelitas sofreram todo o tipo de opressão. Por estarem sempre sujeitos às mudanças da política local, em algumas épocas a situação desses judeus foi comparada à dos escravos. Em 1846, por exemplo, eles foram obrigados a limpar os esgotos da cidade de Sana, enquanto em 1921 um decreto deter­
minava a conversão dos órfãos judeus ao islamismo. 
Como se isto não bastasse, não podiam vestir roupas finas nem usar meias; era-Ihes proibido possuir armas e estudar a Torá fora da sinagoga. Era um verdadeiro milagre que
conseguissem ganhar a vida como ourives, tecelões, ferreiros, marceneiros e mascates. Nessas condições de pobreza geral e de repetidas humilhações, não é de admirar que os movimentos
messiânicos florescessem, sendo reprimidos duramente pelos governantes da época; contudo, os
pseudomessias continuaram a entusiasmar a população até o século XIX. 
Os primeiros imigrantes do Iêmen que chegaram a Israel pareciam seres vindos de outro mundo. Em lugar nenhum, durante todo o exílio do povo judeu, as antigas tradições haviam sido preservadas tão fielmente como entre eles. 
Desde que os primeiros núcleos se
estabeleceram no Iêmen, na época do Segundo Templo, ali viveram virtualmente isolados de qualquer influência cultural externa. Imprensados entre os conquistadores otomanos e a população árabe do Iêmen, foram excluídos por leis discriminatórias da sociedade muçulmana dominante.
Porém, embora perseguidos pelo mundo exterior, dentro de suas comunidades mantinham com extraordinária pureza todos os ensinamentos e os hábitos transmitidos de pai para filho, desde os dias em que o Sinédrio tinha sua sede em Jerusalém. Ao tomar conhecimento da criação do Estado de
Israel, em 1948, os dirigentes iemenitas organizaram u  grande êxodo da Arábia para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion pediu auxílio ao governo americano, o qual enviou aviões comerciais ao porto de Áden, de onde, controlados pelos ingleses, levaram os judeus iemenitas à sua antiga pátria. 
O único meio possível para chegarem ao porto de Áden era a pé, e assim fizeram. Alguns deles caminharam
1.500 quilômetros através de desertos e montanhas. 
Em certas ocasiões, andaram debaixo de temperaturas escaldantes, noutras, sob temperaturas frígidas, muito abaixo de zero. O governo de Israel enviou pessoal e equipamento para filmar este grande êxodo. [...] . Ouviam-se as crianças gritar por água, umas tropeçando, outras caindo, mas podiam-se ouvir também os rabis que, em tom vibrante e estranho, diziam: 
"Dai mais um passo, filhinhos! 
Nós vamos a caminho da pátria para encontrar o Messias". 
Dificilmente eles punham um pé à frente do outro, mas, mesmo tropeçando, prosseguiam.
Ao chegarem a Áden e verem aquelas enormes "aves" enviadas pelo governo israelense para
transportá-los à sua antiga terra, os judeus iemenitas se recusaram a entrar nelas. Então seus rabis leram a profecia de Isaías acerca do futuro retorno dos filhos
de Israel, no capítulo 60, versículo 8, que diz: 
"Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pombas, às suas janelas?"
Depois de explicarem que Deus os mandaria buscar e levar à pátria em asas de águias, os judeus iemenitas subiram resolutamente para os aviões, sem qualquer receio. 
Em 450 vôos, a operação Tapete Mágico transportou cerca de setenta mil israelitas, e muitos deles, ao chegar a Israel, beijaram o solo e perguntaram:
"Onde está o Messias?" 
O deserto floresce .
Foi em circunstâncias as mais adversas que várias comunidades judaicas se instalaram na Terra Santa, principalmente a partir do final da Primeira Guerra Mundial, realizando, a duras penas, o sonho de Teodoro HerzI, um dos mais destacados pais da moderna nação de Israel.
Através de congressos sionistas internacionais, os israelitas discutiram e lançaram as bases de sua futura pátria, muito embora a Inglaterra adotasse uma política egoísta e imediatista e fechasse os olhos aos seus compromissos assumidos em 1917, abandonando as populações judaicas da Palestina à sua própria sorte.
Além das dificuldades de ordem política, os imigrantes judeus, fugindo dos rotineiros massacres na
Europa, tiveram de vencer tremendos obstáculos na Palestina. 
Subjugada durante séculos por povos estranhos, a Terra Santa se foi tornando pouco a pouco em um enorme deserto, a ponto de deixar perplexos os viajantes que a visitavam.
Os turcos fizeram recair sobre cada árvore um imposto, e os beduínos, que odiavam qualquer tipo de
tributo, cortaram-nas uma a uma. 
E à medida que a vegetação desaparecia, as chuvas escasseavam e a desolação avançava, chegando mesmo aos lugares antes bem arborizados e onde outrora erguiam-se florescentes cidades. 
Era o cumprimento da Palavra de Deus, em Levítico 26.33:"... e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas".
Foi exatamente na condição de terra assolada e de cidades desertas que os primeiros judeus encontraram a Palestina. Todavia, trabalhando diuturnamente nas condições mais desfavoráveis possíveis, os novos colonizadores plantaram dezenas de milhões de árvores e drenaram extensos pântanos através de um arrojado programa de recuperação do solo, em que parte do rio Jordão foi
desviada, até que o deserto começasse a florescer.
O crescimento dos desertos tem preocupado tanto nos últimos anos que a O N U criou a palavra
desertificação especialmente para o fenômeno, e tem organizado conferências em várias partes do mundo, especialmente na África, onde o problema é mais grave e requer providências urgentes.
No meio de tanta preocupação internacional, Israel prova que nem tudo está perdido na luta contra o fantasma da desertificação. 
Desde que chegaram os primeiros colonos israelitas aos desertos da Palestina, parece que nada tem sido mais importante para Israel do que transformar desertos em florestas, pomares e jardins. 
Flores e frutos são abundantes no Neguebe e no restante do país, a ponto de esses produtos se tornarem importantes itens de exportação e geradores de divisas.
Mas, por que a imprensa em geral enfatiza tanto as terríveis conseqüências da expansão dos desertos do
mundo e dá tão pouca atenção ao milagre da agricultura no deserto de Israel? 
A resposta é que as boas notícias não vendem tanto quanto as más, nem a ciência é mais interessante do que a política, especialmente em se tratando da política do Oriente Médio e da tendência anti-sionista dos meios de comunicação.
Segundo o professor Arieh Issar, diretor do Instituto de Pesquisa do Deserto [IPD], uma das tragédias básicas do deserto, atualmente, é que a questão é sóciopolítica.
"Ninguém sabe melhor disso do que o israelense. 
Enquanto as árvores de pistacho crescem no Neguebe à base de dois copos d'água por ano, e os kibutzim usam água cujo limite de salinidade é quatro vezes maior do que era considerado o limite há vinte anos, a imprensa prefere concentrar-se nas sutilezas políticas".
O IPD, que tem sido um dos campi da Universidade Ben Gurion do Neguebe, está localizado em Nahal Zin, ao lado do kibutz Sde Boker, e ocupa grandes prédios modernos.
 Mas muito mais importante do que a bela arquitetura são os projetos de pesquisa desenvolvidos
no instituto.
"Os cientistas do deserto não vivem numa torre de marfim, nem o querem", afirma Issar. 
E acrescenta: 
"O instituto tem por trás de si uma filosofia definida. 
Não se pode reconstruir o deserto por controle remoto. 
Não se pode viver longe do deserto se existe interesse de se trabalhar com ele. 
É preciso ser parte dele, é preciso viver nele".
Muitos dos pesquisadores do instituto mudaram-se do Norte e do centro do país para Berseba, e todos eles sabem o que devem fazer: transformar o deserto em terreno adequado à agricultura, à indústria, à habitação e recreação. 
Afirmam os pesquisadores do IPD que há três maneiras de enfrentar o deserto. 
A primeira delas, geralmente adotada pelos Estados Unidos, é a tendência de impor o homem ao deserto. 
A segunda maneira é a dos beduínos, que vivem das sobras do deserto. 
A terceira maneira é a do israelense, que se torna parte do deserto, acentuando o seu equilíbrio ecológico e cuidando em não perturbá-lo.
Outra observação interessante que se pode fazer em relação aos desertos da Palestina é que, pelo menos naquela parte do mundo, a desertificação não pode ser atribuída ao clima, pois este não sofreu nenhuma mudança climática ecologicamente significativa nos últimos dez mil anos. 
Não havendo outra explicação razoável para o problema, resta a profecia de Moisés em Levítico 26.33: "Espalhar-vos-ei por entre as nações, e desembainharei a espada atrás de vós. 
A vossa terra será assolada, e as vossas cidades ficarão desertas" [EC]. 
Em virtude da grande necessidade de poupar água, Israel inventou e adotou um sistema de irrigação à base de borrifo ou respingo, o que lhe permite ser o pioneiro no uso da água salobra. Esta é fornecida diretamente à raiz da planta, limitando assim o grau de salinidade do solo.
Há, no deserto do Negueve, grandes depósitos naturais de água salobra, que estão entre cinqüenta e cem
metros de profundidade e são renovados pelas nuvens. Por isso, muitas fazendas usam essa água na irrigação, às vezes mediante sofisticado sistema computadorizado, que controla a quantidade de água com referência a variáveis como temperatura, vento e secura do solo.
Esse sistema de irrigação à base de água salobra tem permitido ricas safras de tomates, beterrabas, trigo, melões, pepinos e melancias. A restauração dos desertos de Israel é claríssimo cumprimento de muitas profecias, como estas: 
"Então farei que [...] sejam edificados os lugares desertos. Lavrar-se-á a terra deserta, em vez de estar desolada aos olhos de todos os que passam. Dir-se-á: Esta terra desolada ficou como o jardim do Éden (Ez 36.33-35,ARA].
Esta última frase profética tem sido repetida em nossos dias por tantos quantos visitam aquele país.
Realmente, as cidades antigas foram reconstruídas e habitadas, e a triste paisagem desértica foi substituída pelo verde alegre da natureza. 
Hoje, flores colhidas no Neguebe são congeladas e exportadas para as grandes
cidades do mundo, e frutas israelenses alcançam as melhores cotações no mercado internacional.

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