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PARA QUEM É A MENSAGEM DE MATEUS 24 E 25 ?

Quando será a volta de Jesus ?

A parábola da figueira é uma representação simbólica da nação judaica.
A resposta é: basicamente aos judeus – e não à Igreja .
Nessa ocasião a Igreja ainda era um mistério.
Somente no Pentecoste ela foi incluída no agir de Deus e, posteriormente, revelada através de Paulo.
Portanto, o texto também não está falando do arrebatamento, quando Jesus virá para buscar Sua Igreja, mas trata da volta de Jesus em grande poder e glória para Seu povo Israel, após a Grande Tribulação (Mt 24.29-31).
Jesus só falou do arrebatamento mais tarde, pouco antes do Getsemani, como está registrado em João 14.
Até então os discípulos, como judeus, só sabiam da era gloriosa do Messias que viria para Israel (por exemplo, Lucas 17.22-37).
Os discípulos a quem Jesus Se dirigiu em Mateus 24 e 25 evidentemente eram judeus.
Em minha opinião, eles simbolizam o remanescente judeu fiel, que crerá no Messias no tempo da Grande Tribulação.
No sermão profético do Senhor Jesus no Monte das Oliveiras, Ele predisse como será a situação dos judeus no período imediatamente anterior à Sua volta.
Falsos profetas e falsos cristos, como são chamados em Mateus 24.5,23,26, representam um perigo para Israel.
A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve preocupar-se mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e em discernir os espíritos (2 Co 11.13; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9).
Filhos de Deus renascidos pelo Espírito Santo certamente não vão sucumbir às seduções de falsos cristos e cair nesses enganos.
O "abominável da desolação" (Mt 24.15) diz respeito claramente à terra judaica, ao templo judaico e aos sacrifícios judeus. Já o profeta Daniel falou a respeito.
E Daniel não falava da Igreja, mas de "teu povo... e de tua santa cidade" (Dn 9.24).
A frase: "então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (Mt 24.16), é bem clara.
Trata-se nitidamente da terra de Israel.
Pois no Novo Testamento a Igreja de Jesus nunca é conclamada a fugir para os montes.
Igualmente o texto que fala do sábado diz respeito aos judeus, aos seus costumes e suas leis (v. 20).
Também a parábola da figueira (v. 32) é uma representação simbólica da nação judaica.
 Do mesmo modo, a expressão "esta geração" (v. 43) aplica-se a Israel.
A que época o Senhor se refere em Mateus 24?
A resposta à pergunta anterior nos conduz automaticamente ao tempo em que esses fatos acontecerão.
Trata-se da época em que Deus começará a agir novamente com Seu povo Israel de maneira coletiva, levando o povo da Aliança ao seu destino final (v. 3), que é a vinda do seu Messias e o estabelecimento de Seu reino.
 O centro de todas as profecias de Mateus 24 e 25 é ocupado pelos sete anos que são os últimos da 70ª semana de Daniel (Dn 9.24-27).
Devemos estar cientes de que esse período é a consumação do século, o encerramento de uma era, e não apenas o transcorrer de um tempo.
 O sinal do fim dos tempos é a última semana, a 70ª semana de Daniel.
Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor.
Todos os sinais que o Senhor Jesus predisse em Mateus 24, que conduzirão à Sua vinda visível (v. 30), têm seus paralelos no Apocalipse, nos capítulos de 6 a 19.
Mas nessa ocasião a Igreja de Jesus já terá sido arrebatada, guardada da "hora da provação" (Ap 3.10).
Os últimos sete anos – divididos em três etapas (Mt 24.4-28)
1. Os versículos 4-8 descrevem, segundo meu entendimento, a primeira metade da 70ª semana de Daniel.
O versículo 8 diz claramente: "porém tudo isto é o princípio das dores". As dores não dizem respeito a uma época qualquer, elas definem especificamente o tempo da Tribulação, comparado na Bíblia "às dores de parto de uma mulher grávida" (1 Ts 5.3; veja também Jr 30.5-7).
O princípio das dores são os primeiros três anos e meio da 70ª semana.
Assim como existem etapas iniciais e finais nas dores que antecedem um parto, também esses últimos 7 anos dividem-se em duas etapas de três anos e meio.
Há um paralelismo e uma concordância quase literal entre Mateus 24.4-8 e Apocalipse 6, onde o Senhor abre os selos de juízo:
Falsos cristos (Mt 24.5) – primeiro selo: um falso cristo (Ap 6.1-2).
Guerras (Mt 24.6-7) – segundo selo: a paz será tirada da terra (Ap 6.3-4).
Fomes (Mt 24.7) – terceiro selo: um cavaleiro montado em um cavalo preto com uma balança em suas mãos (Ap 6.5-6).
Terremotos (Mt 24.7), epidemias (Lc 21.11) – quarto selo: um cavaleiro montado em um cavalo amarelo, chamado "Morte" (Ap 6.7-8).
Nos versículos 9-28 temos a descrição da Grande Tribulação, ou seja, a segunda metade (três anos e meio) da 70ª semana de Daniel.
Nesse tempo muitos morrerão como mártires (Mt 24.9) – quinto selo (Ap 6.9-11).
Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor (Lc 21.11) – sexto selo (Ap 6.12-17).
Em Israel, muitos trairão uns aos outros (Mt 24.10, veja também Mt 10.21).
O engano e a impiedade se alastrarão, o amor esfriará, significando que muitos apostatarão de sua fé (Mt 24.11-12, veja 2 Ts 2.10-11). Quem perseverar até o fim verá a volta do Senhor e entrará no Milênio (Mt 24.13).
O Evangelho do Reino será pregado por todo o mundo (v. 14). Ele não deve ser confundido com o Evangelho da graça, anunciado atualmente. O Evangelho do Reino é a mensagem que será transmitida no tempo da Tribulação pelo remanescente e pelos 144.000 selados do povo de Israel, chamando a atenção para a volta de Jesus, que então virá para estabelecer Seu Reino (compare Apocalipse 7 com Mateus 10.16-23).
Mateus 24.15 refere-se à metade da 70ª semana de Daniel, o começo dos últimos três anos e meio de tribulação.
A "abominação desoladora" não teve seu cumprimento na destruição do templo em 70 d.C., pois refere-se à afirmação de Daniel, que aponta claramente para o fim dos tempos (Dn 12.1,4,7,9,11).
A profecia da "abominação desoladora" de Daniel teve um pré-cumprimento aproximadamente em 150 a.C., na pessoa de Antíoco Epifânio. Daniel 11.31 fala a respeito.
A "abominação desoladora" cumpriu-se parcialmente em 70 d.C. através dos romanos, que destruíram o templo.
Mas "abominável da desolação" de que Jesus fala em Mateus 24.15 será estabelecido apenas pelo anticristo, vindo a ter seu cumprimento pleno e definitivo na metade dos últimos sete anos (como profetizado em Daniel 12). Essa profecia de Daniel é claramente para o tempo do fim (vv. 4,9), referindo-se a um tempo de tão grande angústia como jamais houve antes (v. 1), que durará "um tempo, dois tempos e metade de um tempo".
 É dessa Grande Tribulação, desse período de imenso sofrimento e angústia, que Jesus fala em Mateus 24.21 (veja Jr 30.7).

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL.


Nenhuma passagem do AT revela tanto os mistérios do plano profético de Deus para Israel e as nações quanto o livro de Daniel.Em particular, a profecia das setenta semanas em Daniel 9.24-27 apresenta a chave cronológica indispensável para a profecia bíblica.
A profecia diz respeito tanto ao início quanto ao fim da “ destruição de Jerusalém” .
(Desde a conquista dos babilônios até o segundo advento de Cristo) que denfine também o período denominado “os tempos dos gentios” conforme (Lc 21.24), depois do qual virá o tempo de restauração de Israel terá início (veja Is 2.2-4; Zc 8.1-15; 14.3-21). 
A profecia das setenta semanas, portanto, pertence ao grande acervo de textos sobre a restauração profética, a Israel como consolo em seu tempo de cativeiro.
Estas profecias prometem a redenção messiânica por intermédio da dinastia de Davi em Jerusalém (Is 40. 66; Jr 30.33; Ez 33.48).
A profecia das setenta semanas está incluída na parte do livro de Daniel que registra visões do reino terrestre e futuros, tanto humanos quanto divinos (caps. 7 a 12). 
Ela fornece um modelo profético pura posteriores revelações escatológicas como o Sermão do Monte proferido por Jesus (Mt 24; Mc 13; Lc 21), o sermão do “dia do Senhor” feito por Paulo (2 Ts 2), e a seção sobre a ira divina no livro do Apocalipse (Ap 6.19). 
Os autores do NT usaram a profecia das setenta semanas para predizer eventos futuros, de modo que nós também devecemos interpretá-la de forma futurista.
0 CONTEXTO DA PROFECIA.
 Daniel entendeu, a partir das profecias de Jeremias, que o exílio na Babilônia duraria setenta anos (Dn 9.2; Jr 25.11; 29.10). 
Ele reconheceu que a restauração dependia do arrependimento nacional da nação (Jr 29.10-14), de modo que Daniel intercedeu pessoalmente por Israel com penitência e petições. Ele orou especificamente pela restauração de Jerusalém e do Templo (Dn 9.3-19). Aparentemente, Daniel esperava o cumprimento imediato e completo da restauração de Israel com a conclusão do cativeiro dos setenta anos.
No entanto, a resposta que lhe foi entregue pelo arcanjo Gabriel (a profecia dos setenta anos) revelou que a restauração de Israel seria progressiva e se cumpriria definitivamente somente no tempo do fim (veja também Dn 12).
 VEREMOS A ABRANGÊNCIA DA PROFECIA 
Deus decretou que completaria a redenção messiânica dos judeus e de Jerusalém (incluindo os dois adventos de Cristo) em setenta semanas. Semanas de ano.
Ele apresentou seis objetivos da restauração que se cumpriria no decorrer deste tempo:
(1) “extinguir a transgressão na nação de no mundo.”,
(2) “dar fim aos pecados”,
(3) “expiar a iniqüidade”,
 (4) “trazer a justiça eterna”,
(5) “selar a visão e a profecia”, e
 (6) “ungir o Santo dos santos”.
 Então as setenta "semanas", na realidade, são setenta semanas de anos, ou 490 anos.
 Estes são divididos em sete semanas (49 anos),(= 490 dividido 7)
62 semanas (434 anos)= 62 x 7. e mais  uma semana (7 anos).
A restauração completa de Israel não se cumprirá com o retomo de um remanescente dos exilados depois dos setenta anos.
 Em vez disso, Deus cumprirá as suas promessas sobre o futuro de Israel depois de 490 anos.
Muitos estudiosos cristãos conservadores aplicam esta profecia à vinda e à morte de Jesus, o Messias (9.25-26) e à “destruição da cidade [Jerusalém] e do santuário [Templo]”. 
Estes eventos aconteceram depois das 7 semanas e das 62 semanas, ou  seja 483 anos ( isso e segundo o calendário lunar judeu).
Os 483 anos começaram com o decreto de Artaxerxes a Neemias para reconstruir os muros de Jerusalém em 445 a.C. e terminaram com a morte de Cristo, em 33 d.C.
Os futuristas interpretaram, de maneira clássica, a septuagésima e última semana (no v. 27) como tendo início muito tempo depois do final da sexagésima nona semana. 
Daniel 12 e os textos proféticos do NT que se baseiam na profecia das setenta semanas mostram que os acontecimentos da septuagésima semana descrevem a Tribulação, incluindo a revelação e a destruição do Anticristo.
A Bíblia também chama este período de sete anos de tribulação, 
Dia do Senhor,dia da ira, dia de aflição, dia de angústia,tempo de angústia para Jacó, dia de trevas e de tristeza, e de ira do Cordeiro. 
A septuagésima semana completará a restauração de Israel no tempo do fim (Dn 12.4,9; veja também 8.17). De modo que se segue (e se distingue) da era da Igreja (que é consumada no arrebatamento a volta de Jesus a terra).
O esquema em Daniel retrata a perspectiva pré-milenial e pré-tribulacional das setenta semanas. 
Isto é, mostra o arrebatamento tendo lugar antes da Tribulação, e a segunda vinda de Cristo antes e do Milênio milênio de Cristo. 
Embora nem todos os evangélicos se apeguem a essa  interpretação de arrebatamento pré-tribulacional (alguns são favorável a uma perspectiva meso-tribulacional ou pós-tribulacional), eles concordam que o Anticristo surgirá durante a Tribulação, e poderá estar em uma posição de autoridade antes do arrebatamento, mas as pessoas não o reconhecerão como o Anticristo até que se inicie a Tribulação (2 Ts 2.6, 8). ???
A INTERPRETAÇÃO DA PROFECIA.
A profecia das setenta semanas será cumprida quando os seus os seis objetivos de restauração forem satisfeitos (Dn 9.24)
Os não futuristas afirmam que a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus cumpriram estes objetivos. Por isso consideram que toda a profecia foi cumprida, consecutivamente, sem interrupção, entre a sexagésima nona e a septuagésima semana.
Alguns futuristas concordam que alguns dos objetivos redentores podem ter se cumprido no primeiro advento de Cristo, mas crêem que outros objetivos não podem ser cumpridos isoladamente dos eventos que acompanham o segundo advento. 
Por exemplo, ainda não vemos a resposta ao interesse central de Daniel o tempo do fim do cativeiro dos judeus e de Jerusalém (Dn 9.2).
 A interpretação não futurista apontam para as revoltas temporárias dos judeus, mas todas elas foram malsucedidas e acabaram levando à destruição da cidade e do Templo e ao exílio.
Isto, naturalmente, não oferece nenhuma solução ao pedido específico de Daniel pelo retomo do seu povo a Jerusalém, e pela reconstrução do Templo (9.16-19).
 Como resultado, os não futuristas geralmente saem da interpretação literal histórica e recorrem a um cumprimento simbólico. 
Uma “restauração espiritual” que surge pela expiação de Cristo.  😕 ???
 O anjo Gabriel prometeu a Daniel que aquele que destruísse o Templo seria completamente destruído (9.27), o que nunca  aconteceu.
Em vez disso, Tito, o general romano que destruiu o segundo Templo juntamente com seu pai, o imperador Vespasiano, desfilou com os utensílios do Templo pelas ruas de Roma.
A destruição profética do destruidor do Templo no versículo 27 deve acontecer literalmente, assim como a destruição do Templo no versículo 26 ocorreu literalmente e as referências messiânicas nos versículos 25-26 foram cumpridas literalmente.
 Esta destruição é “decretada” será, claramente, o resultado do juízo divino. 
Somente a interpretação futurista pode se vêr o destruidor do Templo como o Anticristo (2 Ts 2.3-4, Ap 11.1-2), com a sua destruição no segundo advento de Cristo (2 Ts 2.8-9,  Ap 19.11-20), então estará em harmonia com esta profecia.
0 CUMPRIMENTO PROGRESSIVO DA PROFECIA .
Diversos outros fatores também apontam para um cumprimento progressivo futuro destes objetivos. 
Como por exemplo, segundo Daniel 9.24, a profecia de setenta semanas é para todo o Israel, e para Jerusalém. 
Em outras palavras, não é uma promessa universal que atingirá todo o globo. Ela prediz o futuro dos judeus em sua terra histórica em sua cultura.
Em resposta à oração de Daniel, um remanescente judeu retornou a Judá para restabelecer a terra e reconstruir Jerusalém e o Templo. 
Além disso, um Messias judeu veio à terra de Israel para “expiar a iniqüidade” (9.24).
Da mesma maneira como estes eventos se cumpriram literalmente, pode-se esperar que os seis objetivos proféticos das setenta semanas também se cumpram literalmente. 
Estes seis objetivos não foram cumpridos na Igreja neste século. 
Eles se aplicam à nação judaica, no século futuro.
A Missão do Messias. 
Os três primeiros objetivos dizem respeito aos pecados nacional de Israel, e os três últimos têm a ver com a salvação desse povo.
O Messias cumpre este objetivo no seu primeiro do segundo advento. O retorno de Israel, no final dos setenta anos, não “extinguiu a transgressão” , nem “deu um fim aos pecados” , nem “expiou a iniqüidade” .
 Os intérpretes judeus também sustentam que o cumprimento final destes objetivos não fora cumprido com o retorno de Zorobabel e a restauração empreendida por ele, em 538 a.C. 
Segundo o intérprete judeu Abarbanel, o pecado de Israel não requeria setenta anos, mas 490, por causa da transgressão à lei sabática (2 Cr 36.21).
 Outros intérpretes judeus como Rashi e Metzudos afirmaram que isto se referia a um período posterior aos 490 anos, que, segundo acreditavam, tinham terminado com a destruição do segundo Templo.
A Morte do Messias.
 A profecia de Daniel revela claramente que o Messias veio e cumpriu a primeira parte da sua missão (os três primeiros objetivos)no tempo predito nos versículos 25-26, i.e., 483 dos 490 anos.
 No versículo 26,o Messias é morto, e Jerusalém e o Templo são destruídos. 
Isto aconteceu no final do período do segundo Templo, precisamente quando as fontes rabínicas (veja o Talmude babilônio, tratado do Sinédrio 97 a-b) esperavam que o Messias viesse.
A morte do Messias deu um fim ao pecado e expiou a iniqüidade, conforme predito no versículo 24. 
Este ato serve como base para a futura salvação de Israel, no segundo advento(Zc 12.10; Mt 24.30-31; Lc 21.27-28; Rm 11.26-27).
As palavras “tirado... e não será mais” podem querer dizer “sem herdar o reino messiânico” (v. 26). Depois da morte e da ressurreição de Jesus.
Ele disse que o reino ainda era futuro (At 1.6-7).
O Programa do Messias.
O cumprimento dos três últimos obstáculos espera o tempo do fim. 
A expressão "trazer a justiça eterna" refere-se restauração milênial ou “era da Justiça"(veja Is 1.26; 11.2-5; 32.16-18; Jr 23.5-6;33.15-18).
Esta restauração escatológica também pode “selar a visão e a profecia”.
O último objetivo, “ungir o Santo dos santos”, deve considerar uma futura dedicação do Santo dos santos do Templo.
Os Rabinos relaciona isto ao terceiro templo. 
Segundo Tosefta Sotah 13.2, o segundo Templo não tinha sido ungido porque não continha a arca do concerto nem a Shekiná (a presença divina). Quando o Messias retornar em glória, edificará o Templo milenial (veja Ez 40 a 48), e o encherá com a presença divina (Ez 43.1-7). 
Ele o consagrará para uso, por toda a era messiânica (Is 56.6-7;60.7; Jr 33.18; Ez 43.1 1, 18-27; 44.11-28;45.13.46.15;Zc14.16-21).
 Portanto, Daniel descreve a missão do Messias para com Israel, começando com a sua crucificação como o Salvador de Israel, e culminando com o seu reinado como o Rei de Israel. 
Deus cumprirá todos os elementos da oração de Daniel na era futura do reinado do Messias.
O evento notável que leva à conclusão do programa messiânico para Israel na segunda metade da septuagésima semana é a “abominação desoladora”.
Um líder (chamado de “príncipe” como o Messias, no v.25) do povo (os romanos) que destruiu o segundo Templo faria um concerto com os líderes (os muitos) de Israel.
A natureza específica deste concerto não está clara, mas tem a ver com o Templo, de alguma maneira. 
Jesus disse que a futura profanação do Templo seria o sinal inevitável para Israel no tempo da Grande Tribulação (Mt 24.15; Mc 13.14).
 O apóstolo Paulo também usou este sinal como evidência para a ascensão inequívoca do “homem do pecado” (o Anticristo) e do juízo de Deus, que viria na Tribulação (2 Ts.2.9; Ap 13.11.15).
Com a destruição do Anticristo e seus exércitos e aliados por Cristo (Ap 19.20), e o arrependimento nacional de Israel (Rm 11.26-27), a restauração final de Israel e a exaltação de Jerusalém e do santuário de Deus, por que Daniel orava, se cumprirão(veja Is 2.2-3; 4.2-6; Jr 3.17; Ez 37.24-28; 48.35; Zc 8.3-8; 13.1-2; 14.8-20).
Colaboração Pastor (TIM LAHAYE).

O Mundo Terá Um Império Romano Futuro Antes Da volta de Jesus a Terra / A volta Gloriosa De Jesus

Os reis descritos nas profecias de Daniel, A grande estátua do sonho de Nabucodonosor, a besta do apocalipse, Isarel na grande tribulação.

Temos seis grandes impérios visto pelos profetas de Deus no antigo Testamento, antes da volta de Jesus a terra.
Esses impérios oprimiram o povo de Deus em larga escala no passado. 
Egito e Assíria foram os primeiros.
E achou a minha mão as riquezas dos povos como a um ninho, e como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei a toda a terra, e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, ou murmurasse. E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém. Porque assim diz o Senhor DEUS: O meu povo em tempos passados desceu ao Egito, para peregrinar lá, e a Assíria sem razão o oprimiu, Isaías 10:14, Isaías 27:13 e Isaías 52:4.
Daniel viu mais quatro outros Impérios se levantando na palavra profética.
Em Daniel 8.2,3 visto por ele era os Medos Persas e os Gregos.
Os gregos sob liderança de Alexandre o grande.
Daniel identifica o primeiro nas suas visões como sendo a Babilonia de Nabucodonosor.
E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro, Daniel 2:38.
Não pode haver dúvida de que o quarto império seria mesmo Roma. 
Daniel só teve conhecimento disso por meio da revelação  sobrenatural, visto que a conquista romana de 63 aC aconteceu muito tempo depois da profecia textos polêmicos da Bíblia.
Então vemos em Apocalipse, já no Novo Testamento, acréscimo de mais dois impérios opressores do povo escolhido de Deus no fim dos tempos. 
 Isso totaliza oito reinos.
O Apóstolo João escreve, nos anos 90 d.C, que viu uma besta com sete cabeças.
E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.
Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. Apocalipse 13:1, Apocalipse 17:3, Apocalipse 17:9.
Essas  cabeças ou seja montes ou impérios, são representados por uma sucessão de reinados. 
Cinco desses já caíram.
1 - Babilônia.
2 - Medo Persa.
1 - Babilônia. 2 - Medo Persa.  3 - Grécia. 4 - Roma. 5 - O império  romano revivido, ferro e barro.
3 - Grécia.
4 - Roma.
5 - O império  romano revivido, ferro e barro.
E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo, Apocalipse 17:10.
Esse seria o de número seis. A saber o Império Romano dos tempos modernos no Novo Testamento.
O sétimo e último rei ainda anão é vindo, e quando chegar convêm que dure um pouco. Sem dúvida, esse será o Império Romano em sua nova versão a fase final da grande estátua do sonho de Nabucodonosor interpretado por de Daniel 2, os dez dedos dos pés.
E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro, Daniel 2:41-43.
A besta que subirá de Daniel 7, tinha dez chifres, e o decimo primeiro, um chifre pequeno que viu subindo no meio.
Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas, Daniel 7:8.
Em Apocalipse 17.8, diz que a besta com sete cabeça era e já não é;
E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição, Apocalipse 17:11.
A então ela a besta reaparece como oitavo rei, apesar de fazer parte dos 7, na interpretação profética.
Parece que o anjo da revelação supõe que João se lembra de que o rei a besta, de algum mode seria morto no auge da sua carreira demoníaca como diz; (Descerá ao abismo e depois subirá dele).
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará, Apocalipse 11:7.
Ela retoma  a sua vida entre os mortais, ela deverá iniciar seu domínio global de quarenta e dois meses, ou seja três anos e meio da tribulação.
E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia, Apocalipse 13:3, 12, 14.
Esse reino da besta será o maior e o mais opressor de Israel. 
Eis que surge do mar (Isso é dentre as nações o mar de povos: Is 17.12,13; Ap 17.15) uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres... 
Besta, nas Escrituras, refere-se tanto a reinos como a reis (Dn 7.2-7,17,23)
Afirmam alguns teólogos realmente que aqui a besta séria o Império Romano ressuscitado ou restaurado, que aparece a João justamente como apareceu a Daniel, como o quarto animal do cap. 7.7. Os dez chifres ou pontas são dez reinos que existirão nesse Império (Dn 7.24; leia Apocalipse 17.7,12,13). 
A besta será apoiada por todas as nações em troca de promessas fabulosas de “paz e segurança”. 
Visto naturalmente, esse reino será tão magnífico como o reinado de Cristo no Milênio isso é o Milênio de Cristo, mas, na realidade, será um reino brutal, animal, evidenciando o que Daniel previu. 
O início desse domínio de quarenta e dois meses em capítulo 7.25, em 11.36 ao 39, será o domínio mundial do rei que fará tudo segundo a sua vontade e não respeita ninguém.
O Senhor Jesus na sua primeira vinda, descreve esse período como grande aflição quando chegar o fim do mundo, 
Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até                            agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias, E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas, Mateus 24:21,22, 29.                                                                                              Isso seria o estabelecimento do abominável  da desolação descrito por Daniel no capítulo 9.
E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador
Daniel 9:26,27.
Pode ser que a explicação da morte da ultima besta, último rei ferido a espada esteja no livro de Daniel,
E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia, Apocalipse 13:14, enquanto o rei do norte percorre a terra gloriosa a caminho do nordeste africano, ele provavelmente matou a besta, e então é destruído pelo senhor Jesus com fogo direto do céu.
E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele, Ezequiel 38:22.
Isso ao tentar matar a besta que ressuscitou dos mortos,
E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra, Daniel 11:45.
Ela foi eliminada pelo exército de jesus.
Isso faz desse rei a besta o oitavo do livro de Daniel, e mais opressor de Israel.






GOGUE E MAGOGUE RUSSIA

Anzol no queixo

A maioria absoluta dos estudiosos da Bíblia afirma que Gogue é a Rússia, por ser este o único país que possui todas as características exigidas pela profecia bí­ blica.
Dentre as afirmações do referido texto sagrado, duas são de fundamental importância para a compreensão deste assunto:
1] a invasão ocorrerá "no fim dos anos")
2] Gogue virá " das bandas do Norte”.
Ora, estamos vivendo nos últimos tempos e, atualmente, a região ao norte da Palestina está ocupada pela Rússia! 
Todos os povos mencionados como acompanhantes de Gogue, entre eles a Pérsia, estão a aproximar-se dele mais e mais.
Nasceu na idade Média a ideia de que a Rússia estaria predestinada por Deus para ser a senhora do mundo.
 Para reforçar ainda mais essa atitude, Ivã IV, o Terrível, que assumiu o trono de Moscóvia em 1533, ampliou o seu reino de trinta mil quilômetros quadrados para um milhão, com uma população na época de 12 milhões de pessoas, somente inferior, na Europa, à da França..
MOTIVOS DA IN VASÃO ;
A partir desse famoso monarca, que em 1547 adotou oficialmente o título de "césar" [tzar ou czar], todos os imperadores russos consideravam-se sucessores dos césares.
O escritor Marcos Margulies relaciona interessante registro acerca dessa pretensão russa.
Em 1829, o filósofo Peter Iacovlevitch Chaadaev [1794-1856] afirmou:
"A Rússia é grande em demasia para seguir uma política nacional; sua tarefa no mundo é a política do gênero humano [...]
A Providência nos fez demasiadamente fortes para podermos ser nacionalistas. 
Ela nos colocoualém dos interesses nacionais: ela nos confiou os interesses da humanidade".Na mesma época, exclama o poeta 
1. Tiutchev: "Desde que a Rússia, mesmo sem Constantinopla, em suas fronteiras atuais se torne o império cristão em pleno sentido do termo e o reino da justiça e misericórdia, também o resto lhe será dado em adição!"
 "Em 1589,o metropolita de Moscou outorgou-se o título de Patriarca autocéfalo de todas as Rússias, e Ecumênico — isto é, universal.
 No ato da criação do patriarcado,assim se dirigiu seu primeiro titular,Jeremias, ao tzar:'Seu grande reino, ó pio tzar! é a Terceira Roma.
 Ultrapassa a todos os demais em sua devoção.
Todos os reinos cristãos se unem no seu.
Sois [sic] o único soberano cristão no mundo, soberano de todos os verdadeiros cristãos!"
 O escritor Margulies informa-nos,ainda, que, em 1974, a coletânea de várias Crônicas antigas sobre o início da nação eslavo-russa descobria, finalmente, as origens "verdadeiras" de Moscou:
"A cidade foi fundada", diz o cronista, "por Mosoc, sexto filho de Jafé, neto de Noé, que a Bíblia menciona em Gênesis 10.2.
Sucessora universal de Roma e Bizâncio e sucessora russa de Kiev e VIadimir, Moscou surgia assim como a mais antiga urbe do mundo.
 À primazia espiritual unia-se a cronológica.
Filoteu de Pskov comparava o tzar a Noé, salvador dos homens no dilúvio.
 Dmitri Donskoi,o vencedor dos tártaros, era glorificado como Gideão SauI e Davi. Em 1912, um estudioso russo compilou todos estes fatos e escreveu a seu respeito uma tese: 'Rus, novy Izrael' — 'Rus [Rússia], novo Israel'".
Acerca do antigo nome da Rússia, é interessante notar que ele aparece em vários documentos históricos como sendo Rus, ou Rhos, o que corresponde claramente o termo usado por Ezequiel [38.3, Versão brasileira]."
Baseando-se em Nestor [confirmado, no caso, por Annales Bertianini], o substantivo feminino Rus designa coletivamente um organizado grupo varejo, de características militares, que acompanha seu chefe.
Daí, 'trazer toda a Rus'significa, positivamente, trazer consigo todos os grupos guerreiros dependentes do chefe ou do príncipe.
 Deste termo nasceria depois a denominação do país — doravante governado pelos príncipes varegos através da Rus". Como se percebe, são antigas as pretensões dos russos de governarem o mundo. É por isso que a Rússia planeja lançar milhares de homens na conquista da Palestina.
 A Bíblia informa: 
"Virás, pois, do teu lugar, dasbandas do Norte, tu e muitos povos contigo, montadostodos a cavalo, grande ajuntamento e exército numeroso; e subirás contra o meu povo de Israel, como umanuvem, para cobrir a terra; no fim dos dias, sucederáque hei de trazer-te contra a minha terra" [Ez 38.15,16]. 
Será essa a última e a maior aventura dos estadistas russos.
Eles alimentam esse diabólico propósito há muitos anos, pois já provaram, em mais de uma ocasião, suas intenções expansionistas.
 Por força das armas, do terror e do extermínio, apoderaram-se de diversas na­ções vizinhas ao seu território durante a Segunda Grande Guerra, e ainda ocuparam, por via indireta, diversos pa­íses no Sudeste asiático e na África negra.
Créditos pelo Pastor Abraão de Almeida.

O PRESTIGIO DE DANIEL JUNTO A NABUCODENOSOR.

Daniel em Babilônia


Daniel na Corte de Nabucodonosor
 1.1: “No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou”.
Necessariamente, três pontos focais devem ser aqui analisados:
 a) A definição do livro,
b) A pessoa de Daniel,em dois aspectos
c) O cativeiro babilônico.
A definição do livro.
O livro de Daniel é considerado por todos como O APOCALIPSE do Antigo Testamento,em razão de suas predições futurísticas serem enriquecidas e aprofundadas no livro de Apocalipse, no Novo Testamento. Assim, alguns pontos importantes devem ser aqui focalizados, a saber:
“A Bíblia divide a raça humana em três povos: os judeus, os gentios e a Igreja (Cf. 1 Co 10.32)e contém uma mensagem para cada uma das três.
O A.T.trata das duas primeiras divisões. Por exemplo, o livro de Daniel trata dos judeus e dos domínios gentílicos, sem mencionar a Igreja. (Talvez mencione em alguma parte,por inferência).
O N.T. dá a mensagem para a Igreja, e Paulo especialmente, em todas as suas epístolas trata delas,enquanto que temos a palavra final de Deus para judeus,gentios e a Igreja no livro de Apocalipse. Nele, encontramos a Igreja no princípio do livro; Israel no meio, e as nações gentílicas no fim”
. O Apocalipse, um livro maior, contém ;
“22 capítulos, 404 versículos, 12 mil palavras (?) e nove perguntas”.
 Enquanto Daniel, contém ;
“12 capítulos, 357 versículos e 11.706 palavras (?). E bem provável que Daniel foi o seu autor. (Cf. 7.2, 4; 8.1, 15; 9.2).
Visto que esse livro forma uma unidade, segue-se que o autor da primeira parte (histórica): capítulos 1 a 6 foi também quem compôs a segunda (profética): capítulos 7 a 12. Pode-se observar que Daniel fala na primeira pessoa do singular e assevera que as revelações contidas no livro foram feitas a Ele. (Cf. 7.2, 4; 8.1; 9.2, etc.).A autenticidade de seu livro, foi comprovada pelo pró­prio Cristo (Mt 24.15; Mc 13.14). O escritor da epístola aos Hebreus elucida a mesma coisa. (Cf. Hb 11.33 a 34). João,o Apóstolo, faz cerca de vinte e sete (27) referências ao livro de D a n ie l (C o m p . D A N IE L 2 .4 4 ; 5 .4 , 23;7.7, 8,10,13,22, 25; 8.10; 10.5, 6,13; 12.1, 4, 7 com APOCALIPSE 1.7, 8; 2.18; 5.11; 7.14; 9.20; 10.4, 5, 6; 11.15;12.7,10,14; 13.1,2,5,7; 14.14; 17.8; 19.12; 20.15; 21.27; 22.10, etc.). Daniel foi um jovem hebreu da classe nobre, levado cativo a Babilônia por Nabucodonosor, rei do império. Acerca de sua genealogia não sabemos m uita coisa, apenas aquilo que é depreendido do livro que traz o seu nome. Não era sacerdote, como Jeremias e Ezequiel, mas era, como Isaías, da tribo de Judá e provavelmente da Casa Real (Cf 1.3-6), isto é, da descendência de Davi. Daniel foi um profeta de Deus cujos tem as são de alcance muito vasto.
 Vaticinou acontecimentos que ainda vão surgir na história do Planeta, os quais estamos estudando à luz do contexto do seu próprio livro.
 Ele, naquela corte, ganhou muita celebridade. O primeiro acontecimento pelo qual obteve influência na corte babilónica foi a interpretação que deu do sonho do rei. Ele foi, realmente um homem escolhido por Deus para tão grande tarefa espiritual.
 O Cativeiro Babilônico. E evidente que a grande batalha de Carquemis (605-604 a.C.), entre as forças de Nabucodonosor e as do Egito, marca o final do Reino de Judá e o início do grande império babilônico, que é o centro onde 12 vão desenrolar-se os primeiros atos de Daniel.
 Ele foi para Babilônia ainda jovem (1.4), talvez com a idade de 14 a 16 anos, no terceiro ano de Joaquim, ou seja, 605 a.C., e oito anos antes de Ezequiel. Certamente ele foi um dos 10 mil cativos que Nabucodonosor levou para a corte real na capital do mundo de então. (Cf. 1 Rs 2.14).
Foi colocado na corte de Nabucodonosor, e tornou-se para ele familiar a ciência dos caldeus, alcançando uma instrução superior à deles. Foi exaltado por Deus ali, e elevado pelo rei babilônico a uma alta posição, que conservou e só foi interrompida por sua morte.
As suas profecias abrangem todo o período do cativeiro (1.21), tendo profetizado pela última vez, dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1). O profeta Ezequiel, outro do cativeiro, refere-se a Daniel, citando-o ao lado de Noé e Jó, e diz que ele era um homem justo e dotado de especial sabedoria (Ez 14.14; 20.28). 1.2: “E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os vasos na casa do tesouro do seu deus”. “E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim ”.
O presente texto, e outros do mesmo gênero, mostra como Deus tem o domínio em suas mãos e como também controla todas as coisas. O próprio Daniel observa isso, com muita intensidade. No seu livro isto é retratado com muita clareza: “O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens,e o dá a quem quer”. Há exemplos na história de reis e presidentes que reconheceram isso e foram abençoados. Já outros não o reconheceram e foram castigados, como Napoleão Bonaparte, Imperador Francês. Quando foi prevenido: “O homem propõe, mas Deus depõe”, ele respondeu:“Eu proponho e eu deponho, também ”.
 A resposta de Deus a Napoleão foi sua derrota fragorosa na batalha de Waterloo e o exílio solitário na ilha de Santa Helena, até a morte. Enquanto a pequena nação de Israel respeitava a lei do Senhor, não havia quem profanasse o Templo em Jerusalém e escapasse de morrer. Exemplificando, temos Nadabe e Abiú que morreram perante o Senhor (Lv 10.1-11).
Porém, quando a iniqüidade de Israel transbordou, foi o próprio Deus quem os entregou nas mãos de Nabucodonosor.
Este monarca foi “O martelo de toda a terra” usado por Deus para executar juízos sobre nações e povos rebeldes. (Jr 27.6; 50.23). “
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). 1.3: “E disse o rei a Aspenáz, chefe dos seus eunucos,que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos nobres”.O texto em foco descreve como se processou a escolhade Daniel e seus três companheiros para servirem naquela corte. Primeiro: tinha de ser da linhagem real; segundo: tinha de ser uma pessoa nobre.
Daniel e seus companheiros preencheram todos estes requisitos exigidos pelo rei.
Daniel possuía os verdadeiros requisitos do homem cristão, que é perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (Ver 2 Tm 3.17). “... A spenaz...” Não se sabe com certeza a etimologia da palavra “aspenaz”. Alguns lingüistas acham que “aspenaz” quer dizer “focinho de cavalo”, mas isso não pode degradar a personalidade da pessoa a que ela se aplica.
Em virtude de ser Aspenaz o chefe dos “eunucos” na corte babilônica, tem se pensado que Daniel também fosse um deles. (Ver Dt 23.1; Is 56.3-5 e o texto em foco.)
É evidente que, se Daniel não era eunuco de outra forma, pelo menos o era pelo reino de Deus (Mt 19.12).
 Entre aqueles que a si mesmos se fizeram eunucos “por causa do reino dos céus”, temos João Batista e Paulo (1 Co 7.6, 26), Barnabé (1 Co 9.5, 6) e, provavelmente, de acordo com a tradição, o apóstolo João. O propósito do eunuquismo seria o de permitir ao indivíduo crente servir e adorar sem o tropeço dos obstáculos que m uitas vezes são impostos por um casamento desastroso. Paulo disse aos coríntios: “O solteiro cuida nas coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida nas coisas do mundo, em como há de agradar à mulher” (1 Co 7.32, 33). 1.4: “Mancebos em quem não houvesse defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sá­ bios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viverem no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus”. 14O presente versículo, e outros correlatos, apresenta Daniel com seus amigos:
Hananias, Misael e Azarias, num a fase de preparação para uma grande tarefa na corte babilônica. Daniel, porém, se distinguiu entre os demais, e foi um profeta cujos temas são de alcance muito vasto.
Ele era um hebreu da classe nobre, levado cativo a Babilônia por Nabucodonosor, o rei daquele Império. Este fez que Daniel e vários outros judeus nobres, que davam mostra de inteligência fora do comum, entrassem numa escola especial de homens sábios. Geralmente se denominavam “sábios” aos astrólogos e mágicos do Império babilônico; e Daniel foi exercitado em toda a sabedoria daquela gente, como foi Moisés no Egito (At 7.22). Tornou-se perito naquele campo de ciência, mas não se deixava levar por nada daquilo. Daniel, mesmo vivendo na época da Antiga Aliança, era possuidor dos dons da sabedoria e da ciência, pois o “Espí­rito é o mesmo” em qualquer tempo ou lugar (1 Co 12.4, 8).1.5:
“E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos para que no fim deles pudessem estar diante do ref. O presente versículo mostra a ardente prova por que tiveram de passar estes servos de Deus. Eles tinham de participar “da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia...” Mas Daniel e seus companheiros, cheios do Espírito Santo, não “cobiçaram” o manjar daquele que tinha os olhos malignos (Pv 23.3, 6).
 Os filhos de Jonadabe, o recabita, foram louvados pelo próprio Deus de Israel porque não se contaminaram com o “vinho” nem com bebida forte(Jr 35.1-6). Daniel e seus companheiros foram contemporâneos destes filhos fiéis à tradição de seu pai e seguiram o mesmo exemplo de fidelidade. O texto em foco ainda nos fornece outro detalhe importante: “que assim fossem criados por três anos”, etc. O leitor deve observar bem a frase: “criados” e deduzir que os quatro jovens hebreus, selecionados por Aspenaz, eram realmente adolescentes (talvez 14 a 16 anos). 1.6: “E entre eles se achavam, dos filhos de Judá,
Daniel, Hananias, Misael e Azarias”.Entre os hebreus, o nome de uma criança era de muito significado profético; em alguns casos este nome não só distinguia esta pessoa, mas também, na maioria dos casos,tinha conotação profética. (Ver Gn 5.29; 30.1-26).
Assim, Daniel e seus companheiros de exílio foram agraciados por seus pais com nomes proféticos.
 1 - Daniel, em hebraico “dãni êl”, significa: “Deus é meu juiz”.
2 - Hananias, em hebraico “Yahweh”, significa: “Tem sido gracioso”. Esse nome hebraico ocorre com freqüência no Antigo Testamento, bem como sua forma grega, “Hananiah”, no Novo Testamento em várias conexões.
3 - Misael, em hebraico significa: “Quem é o que Deus é (?)”.
4 - Azarias, em hebraico “zaryãhu”, significa: “ajudado do Senhor”. Todos esses nomes e outros encontrados nas Escrituras são confirmados pelo testemunho divino, que diz: “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as m uitas riquezas” (Pv 22.1).1.7:
“E o chefe dos eunucos lhes pós outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar,
 E a Hananias, o de Sadra que,
E a M isael o de Mesa que, e a Azarias o de Abednego”.
Vemos no presente texto, como o inimigo das nossas almas ataca. Os próprios nomes desses quatro jovens eram testemunhas, tanto da sua religião, como da sua nacionalidade.
“Essa mudança drástica nos nomes destes servos de Deus, foi um plano diabólico. Pois o fato de mudarem os nomes com significados especiais foi feito na esperança de apagarem a memória de Jerusalém, extinguir-lhes toda a idéia de religião e uni-los à política do mundo”. Observemos as tais mudanças:
1 - Beltessazar. Este nome foi dado a Daniel em alusão a “Bei”, o ídolo principal da corte babilônica, cujo significado é: “Guia do Rei”. É também a transliteração da palavra “bei” como está declarada em Isaías 46.1, com o sentido de “senhor vaidoso”.
 2 - Sadraque. Este significa: “Regozijando-se pelo caminho”. Mesaque. “Pronto, ativo”, ou, segundo um professor de língua semítica, “Tenho pouca importância”.
 4 - Abednego. Significa: “Ser da luz”. Este nome foi colocado em alusão de um deus chamado pelo profeta Isaías de “Nebo” (Is 46.1).
Lendo o capítulo 4.8 do livro de Daniel, podemos deduzir que os nomes dos jovens foram, em verdade mudados, com o objetivo de divulgar a falsa religião do monarca babilônico. 1.8:
“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.O versículo em foco nos faz lembrar o que está dito em Atos 15.29, que diz: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue e da carne sufocada...”
 A razão desta decisão do jovem profeta e seus companheiros é que geralmente a comida e bebida daqueles monarcas babilônicos era, antes de tudo, oferecida aos ídolos pagãos e,portanto, Daniel, como fiel judeu, não podia participar de comidas consagradas ou dedicadas a deuses pagãos.
 Daniel decidiu-se a servir a Deus, mesmo num país distante de sua terra natal, “com propósito do coração”, como o serviram os primitivos cristãos de Antioquia (At 11.23).
Um grupo de escravos, que tomaram tal decisão, serve de exemplo para os jovens cristãos da época atual. Eles foram considerados por Deus,
como primícias naquela corte pagã, pois não se contaminaram e nem se corromperam com a idolatria e corrupção ali existente. (Comp. c/ Ap 14.4).
 O verdadeiro cristão segue à risca o conselho divino que diz“Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec 9.8). 1.9: “Ora deu Deus a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos”.
As Escrituras, abundantemente, dão testemunho de pessoas que “acharam graça” diante dos olhos de poderosos monarcas. Neem ias, o governador dos tempos da restauração dos muros da cidade de Jerusalém, achou graça diante dos olhos do rei Artaxerxes (Ne caps. 1 e 2). Ester, a jovem judia, achou graça diante dos olhos do rei Assuero, na corte de Susã, a fortaleza (Et caps. 1 e 2).
 Maria, a jovem belemita, achou graça diante dos olhos de Deus, tornando-se, assim, a mãe de Jesus Cristo, nosso Senhor (Lc 1.30). No presente texto, temos Daniel, o profeta de Deus, recebendo de Deus o favor de achar graça diante dos olhos do chefe dos eunucos daquela corte. Só Deus (e mais ninguém) podia tornar possível tão grande favor de um oficial de alta patente como o que está em foco. Os fiéis são sem ­pre “ajudados em tempo oportuno” (Hb 14.16). 1.10:
“E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu Senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida: porque veria ele os vossos rostos m ais tristes do que os dos mancebos que são vossos iguais? Assim arriscareis a minha cabeça para com o rei”.
A proposta de Daniel, ainda que sábia, poria em risco a vida daquele eunuco-chefe; ele mesmo percebeu todo o risco possível de sua morte ao desobedecer ao rei, quando disse: “Tenho medo de meu Senhor, o rei...”
O caso era que,se os moços se alimentassem de modo diferente, poderiam aparecer perante o rei, no tempo determinado, mais magros e feios. Porém, o grande segredo neste transe é que a mão divina estava por trás, agindo na sombra de tudo aquilo, como bem pode ser observado na frase: “deu Deus a Daniel graça... diante do chefe dos eunucos”.
E assim, a proposta de Daniel para ser feita uma prova experimental durante “dez dias” foi aceita. Ela se baseava em dois pontos principais:
1. Em lugar de comerem das iguanas reais, comeriam legumes e frutas.
2. Em lugar de beberem do vinho do rei, beberiam água 1.11:
“Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias,Misael e Azarias”. "... ao despenseiro”. O diálogo do jovem profeta continua, mas não segue mais com o eunuco, mas sim, com o“despenseiro-chefe”. Evidentemente, esse “despenseiro”era um oficial debaixo das ordens do eunuco Aspenaz. Este por sua vez concedeu a Daniel o que ele solicitara. Deus estava agindo ali em tudo, pois seu é tanto o querer como o efetuar; um pedido desta maneira, feito por um escravo,numa corte daquela, humanamente falando, era difícil de ser atendido, mas o Deus Eterno, que é “o possível da impossibilidade”, tornou ali tudo possível; assim foi concedido a Daniel o que desejava seu coração. (Ver SI 37.4).
Deus pode e quer fazer o mesmo com o seu povo na época atual, é somente crer, a começar de hoje, pois aquele que “todas quantas promessas há de Deus, são nele SIM”, é o mesmo ontem, hoje e eternamente. (Ver 2 Co 1.20; Hb 13.8).1.12: “
Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias,fazendo que se nos dêem legumes a comer, e água a beber”.A solicitação do grande homem de Deus continua, ele pede ao despenseiro que faça apenas uma breve experiência, e que, ao fim de “dez dias”, teria a certeza se ela daria certo ou não. Daniel sabia que, diante da determinação divina, tudo ia dar certo. Paulo, cria e aceitava as promessas de Deus da mesma maneira, quando exclamou diante da tripulação do navio que o conduzia: “... creio em Deus, que há de acontecer assim como me foi dito” (At 27.27).
O exemplo de Daniel é notável. Ele insistiu veem ente com aquele oficial, e confiou, e deu certo. Daniel era muito jovem nesse tempo (14 a 16 anos), e como tal, tinha um bom apetite, mas a tentação de comer dos pratos da mesa do rei foi suprimida por este jovem fiel. Ele tinha na alma a firmeza que muitos anos depois nos deixaria o divino Mestre, Jesus, nosso Senhor. O Diabo lhe ofereceu um “reino” e um “trono”, mas Ele recusou a ambos, e aceitou a cruz no monte Calvário, pois tinha em vista a grande recompensa,no presente e na eternidade (Hb 11.24-27 e 12.1-2). 1.13: “Então se veja diante de tio nosso parecer, e o parecer dos mancebos que comem a porção do manjar do rei,e, conforme vires, te hajas com os teus servos.”
 De acordo com alguns historiadores renomados, era comumente observada a “face dos vassalos” quando estes se punham de pé diante do rei. (Ver Ne 2.1-2).
Se o parecer de algum servo se apresentasse formoso, então ele estava apto para servir ao monarca no que houvesse de mister, se não, seria morto sem misericórdia. (Comp. com Et 5.1-3). Os filhos dos reis também eram observados cada dia, se estavam magros ou gordos. (Ver 2 Sm 13.3-4). Daniel e seus companheiros estavam sujeitos a estas e outras penalidades impostas por aquela corte, mas a graça de Deus os salvou de toda aquela burocracia ali existente.
A Bíblia afirma categoricamente: “Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a JUSTIÇA livra da MORTE” (Pv 10.2). servo fiel, que anda em sinceridade de coração, só morrerá no dia em que Deus quiser.1.14: “E ele conveio nisto, e os experimentou dez dias”."... dez dias”. O número “dez” nas Escrituras aparece tanto em sentido literal como em cifra redonda (Cf Lc 15.8; 19.13; Ap 2.10, etc.).
Há 10 patriarcas, antes do Dilú­vio (Gn cap. 5),
 10 pragas antes que o Faraó desse liberdade a Israel no Egito (Ex caps. 7 a 12),
10 mandamentos na vontade de Deus (Ex cap. 20),
10 poderes impotentes contra o amor de Deus (Rm 8.38 e ss),
10 vícios que excluem o homem do reino de Deus (1 Co 6.10).
No presente texto e no seguinte, a experiência de dez dias trouxe um resultado satisfatório.
 Os discípulos de Cristo, após dez dias de oração no Cenáculo, foram revestidos de poder (At caps. 1 e 2). O chefe dos eunucos, em comum acordo com o despenseiro,creu na operação divina mediante aquela alimentação; o resultado foi: dez vezes mais formosos, conforme o original, e diante do rei, três anos mais tarde: dez vezes mais sábios. Isso é um grande exemplo para todos nós. O nosso trabalho é sempre do mesmo tamanho que nossa visão! 1.15: “E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam m ais gordos do que todos os mancebos que comiam porção do m anjar do rei”. Tem sido comprovado pela própria ciência que um crente “cheio do Espírito Santo” tem mais condições de viver do que uma criatura entregue ao pecado.
Recentemente, nos Estados Unidos da América do Norte, cientistas renomados examinaram 100 pessoas não-crentes, tomando como base uma certa faixa etária. Semelhantemente, depois, examinaram 100 pessoas crentes cheias do Espírito Santo. Eles ficaram surpresos! Aquelas 100 primeiras pessoas se encontravam envelhecidas prematuramente, ao passo que aqueles crentes cheios do Espírito Santo tinham condições de viver 10 anos além daqueles descrentes. Isso Paulo confirmou há 2.000 anos, quando disse:
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). O leitor deve observar bem a frase: “tudo se fez novo” e verá que isso não se prende exclusivamente à alma e ao espírito, mas também ao corpo. (Cf 1 Ts 5.23) E com muita propriedade que diz a Bíblia: “0 coração alegre aformoseia o rosto” (Pv 15. 13). E firmado por psicólogos que, quando uma pessoa estirada, funcionam cerca de 600 músculos faciais, ao passo que, quando está alegre, apenas 8.
O crente fiel sempre vive alegre, economizando saúde e anos de vida (SI 128). 1.16: “D esta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles, e o vinho que deviam beber, e lhes dava legumes’.O texto em foco, e outros correlatos neste capítulo, já foi considerado por alguém como sendo “o reduto da prova de Deus”.
Com ela, o cozinheiro-chefe tirou deles a ração oficial e deu-lhes a comer verduras e, em vez do afermentado vinho do rei, água. Estes quatro jovens estavam destinados a uma grande obra missionária naquele país distante, e o triunfo de tudo estava nas mãos de Deus.
Possivelmente eles ignoravam o que os aguardava no futuro, mas uma coisa fizeram: confiaram em Deus. Os versículos depreendidos neste capítulo não fazem referência especificada se Deus recompensou o eunuco Aspenaz e o cozinheiro mas uma coisa podemos deduzir: se Deus fez bem às parteiras egípcias na terra faraônica por causa dos filhos dos israelitas, evidentemente fez bem também a estes dois oficiais, por amor dos seus servos (Cf. Gn 39.5; Ex cap. 1). 1.17:
“Ora, a estes quatro mancebos Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria,mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”. O presente texto apresenta a pessoa de Deus como sendo a “fonte” de toda a sabedoria e conhecimento. Ele capacitou estes três jovens em toda a ciência daquela corte e daquela gente. Eles podiam discernir entre o que era veri­dico na instrução que recebiam, que dizia respeito aos campos das letras (literatura e sabedoria). Daniel também obteve entendimento ou facilidade na interpretação de sonhos e visões. Deus o usou na interpretação de dois sonhos do rei; com igual facilidade, ele também decifrou a misteriosa escritura da estucada parede do palácio real (caps. 2, 4, 5).
 O jovem José, na corte de Faraó, discerniu tanto os sonhos de seus ministros como os do próprio rei. Daniel, mesmo distante da sua pátria e numa terra de cativeiro, tornou-se um instrumento nas mãos de Deus que sempre ousava na grande capital do imponente império.1.18: “E ao fim dos dias, em que o rei tinha dito que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor*’. O presente versículo encerra a fase de preparação dos jovens hebreus, isso demonstra que, os versículos 15 a 18 cobrem um período de tempo de três anos completos (v. 5).
 Em uma figura de retórica, podemos ver nestes três anos de preparação dos quatro jovens cativos, para servirem naquela corte, os três anos de ministério terreno do Filho de Deus e que, tendo-os terminado, passou a servir na corte celeste (Hb 1.3). Paulo, após sua conversão, passou também por uma fase de preparação “no deserto da Arábia” (G1 1.17,18).
ALei determinava que os animais sacrificados ao Senhor tivessem pelo menos três anos para que fossem oferecidos como sacrifício perfeito. Os próprios discípulos de Cristo tiveram a mesma experiência, e depois serviram na grande obra do Mestre amado. Paulo diz que os obreiros devem ser “primeiro provados, depois sirvam”. 1.19:
“E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso permaneceram diante do rei”.O presente versículo nos faz lembrar do monarca Faraó, rei do Egito. Ele fez conhecida publicamente em seu País a sabedoria de José (Gn 41.38, 39); o rei Nabucodonosor segue também o mesmo exemplo daquilo que é precioso: reconhecer o valor da pessoa humana, não só por aquilo que ela representa, mas sobretudo, por aquilo que ela é. (Cf 1 Ts 5.12). Um sábio já frisou certa feita:
 “O homem não é grande pelo nome que tem, mas pelo trabalho que empreende na religião ou na sociedade a que pertence”. Daniel se destaca entre os demais sábios ali, não somente por sua habilidade e capacidade humana, mas sobretudo, por sua fidelidade a Deus. Em Ezequiel 14.14, 20, ele recebe testemunho do próprio Deus, como sendo um homem espiritual: “...
 Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça... etc”. No capítulo 28.3 do mesmo profeta, ele é citado novamente por Deus, como sendo um vulto de elevado saber. Isso mostra, realmente, que Daniel era dotado de inteligência intelectual e espiritualmente. 1.20:
“E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino”. De acordo com o que fala Paulo em 1 Coríntios 2.14 e 15, Daniel era de fato um homem espiritual. O rei Nabucodonosor lhe fez perguntas das mais variadas, mas ele discerniu “bem tudo”. Há muitas fontes que podem dar ao homem a verdadeira sabedoria, uma delas, sem dúvida, são os mandamentos de Deus, como declara o salmista, no Salmo 119.98: “Tu, pelos teus m andamentos,me fazes mais sábio que meus inimigos; pois estão sempre comigo”. Note-se como Daniel é um exemplo destacado de quem deseja ardentemente os maiores dons espirituais (1 Co caps. 12 a 14).
Tornou-se na corte do seu exílio um intérprete dos caminhos do verdadeiro Deus, uma testem unha perante reis e um dos maiores profetas não somente para aqueles dias, mas para todos os tempos, alcançando até as fronteiras da eternidade. Daniel tornou-se ali um profeta de elevado respeito, cujos temas são de alcance muito vasto. 1.21:
“E Daniel esteve até o primeiro ano do rei Ciro”. A obediência de Daniel fez com que Deus se agradasse dele, e, como resultado, o Senhor prolongou os seus dias.Jó foi também um maravilhoso exemplo. Deus prolongou a sua vida por causa da sua fidelidade (Jó 42.16,17).
 Daniel atravessou dias difíceis durante o reinado de quatro poderosos reis e conquistadores, de três nacionalidades e dinastias. Mas a sua vereda foi “como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).
Ele, ainda jovem, não somente foi honrado com o cargo de sátrapa, mas com o de “príncipe dos magos” e primeiro ministro, exercendo autoridade nas cortes babilônica e persa.
 Diante da corte celestial, porém, foi também elogiado e elevado à sua posição de grande autoridade; ele foi declarado por um elevado poder, como sendo um “homem mui desejado”. (Ver cap. 9.11, 19).

DANIEL NA CORTE DE NABUCODENOSOR.

Daniel em Babilônia

Daniel na Corte de Nabucodonosor
1.1: “No ano terceiro do remado de Joaquim, rei deJu- dá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou”.
Necessariamente, três pontos focais devem ser aqui analisados:
a) A definição do livro;
b) A pessoa de Daniel;
 em dois aspectos e;
 c) O cativeiro babilônico.
A definição do livro.
O livro de Daniel é considerado por todos como O APOCALIPSE do Antigo Testamento, em razão de suas predições futurísticas,e tem muito a ver,e  serem enriquecidas e aprofundadas no livro de Apocalipse, no Novo Testamento.
Assim, alguns pontos importantes devem ser aqui focalizados, a saber:
“A Bíblia divide a raça humana em três partes:
 os judeus, os gentios e a Igreja (Cf. 1 Co 10.32) e contém uma mensagem para cada uma das três.
O A.T. trata das duas primeiras divisões.
Por exemplo, o livro de Daniel trata dos judeus e dos domínios gentílicos, sem mencionar a Igreja. (Talvez mencione em alguma parte, por inferência).
 O N.T. dá a mensagem para a Igreja, e Paulo especialmente, em todas as suas epístolas trata delas, enquanto que temos a palavra final de Deus para judeus, gentios e a Igreja no livro de Apocalipse. Nele, encontramos a Igreja no princípio do livro;
Israel no meio, e as nações gentílicas no fim”.
 O Apocalipse, um livro maior, contém “22 capítulos, 404 versículos, 12 mil palavras (?) e nove perguntas”.
Enquanto Daniel, contém “12 capítulos, 357 versículos e 11.706 palavras (?).
E bem provável que Daniel foi o seu autor. (Cf. 7.2, 4; 8.1, 15; 9.2).
Visto que esse livro forma uma unidade, segue-se que o autor da primeira parte (histórica):
Capítulos 1 a 6 foi também quem compôs a segunda (profética):
Capítulos 7 a 12.
Pode-se observar que Daniel fala na primeira pessoa do singular e assevera que as revelações contidas no livro foram feitas a Ele. (Cf. 7.2, 4; 8.1; 9.2, etc.).
A autenticidade de seu livro, foi comprovada pelo próprio Cristo (Mt 24.15; Mc 13.14).
O escritor da epístola aos Hebreus elucida a mesma coisa. (Cf. Hb 11.33 a 34).
 João, o Apóstolo, faz cerca de vinte e sete (27) referências ao livro de Daniel (Comp. DANIEL 2.44; 5.4, 23; 7.7, 8,10,13,22, 25; 8.10; 10.5, 6,13; 12.1, 4, 7 com APOCALIPSE 1.7, 8; 2.18; 5.11; 7.14; 9.20; 10.4, 5, 6; 11.15; 12.7,10,14; 13.1,2,5,7; 14.14; 17.8; 19.12; 20.15; 21.27; 22.10, etc.).
Daniel foi um jovem hebreu da classe nobre, levado cativo a Babilônia por Nabucodonosor, rei do império.
Acerca de sua genealogia não sabemos muita coisa, apenas aquilo que é depreendido do livro que traz o seu nome.
Não era sacerdote, como Jeremias e Ezequiel, mas era, como Isaías, da tribo de Judá e provavelmente da Casa Real (Cf 1.3-6), isto é, da descendência de Davi.
Daniel foi um profeta de Deus cujos temas são de alcance muito vasto.
Vaticinou acontecimentos que ainda vão surgir na história do Planeta, os quais estamos estudando à luz do contexto do seu próprio livro.
Ele, naquela corte, ganhou muita celebridade.
O primeiro acontecimento pelo qual obteve influência na corte babilônica foi a interpretação que deu do sonho do rei.
Ele foi, realmente um homem escolhido por Deus para tão grande tarefa espiritual.
O Cativeiro Babilónico. E evidente que a grande batalha de Carquemis (605-604 a.C.), entre as forças de Nabucodonosor e as do Egito, marca o final do Reino de Judá e o início do grande império babilônico, que é o centro onde vão desenrolar-se os primeiros atos de Daniel.
Ele foi para Babilônia ainda jovem (1.4), talvez com a idade de 14 a 16 anos, no terceiro ano de Joaquim, ou seja, 605 a.C., e oito anos antes de Ezequiel.
Certamente ele foi um dos 10 mil cativos que Nabucodonosor levou para a corte real na capital do mundo de então. (Cf. 1 Rs 2.14).
Foi colocado na corte de Nabucodonosor, e tornou-se para ele familiar a ciência dos caldeus, alcançando uma instrução superior à deles. Foi exaltado por Deus ali, e elevado pelo rei babilônico a uma alta posição, que conservou e só foi interrompida por sua morte.
As suas profecias abrangem todo o período do cativeiro (1.21), tendo profetizado pela última vez, dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1).
O profeta Ezequiel, outro do cativeiro, refere-se a Daniel, citando-o ao lado de Noé e Jó, e diz que ele era um homem justo e dotado de especial sabedoria (Ez 14.14; 20.28).
1.2: “E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim, rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os vasos na casa do tesouro do seu deus”.
“E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim”.
O presente texto, e outros do mesmo gênero, mostra como Deus tem o domínio em suas mãos e como também controla todas as coisas. O próprio Daniel observa isso, com muita intensidade.
No seu livro isto é retratado com muita clareza:
“O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer”. Há exemplos na história de reis e presidentes que reconheceram isso e foram abençoados. Já outros não o reconheceram e foram castigados, como Napo- leão Bonaparte, Imperador Francês. Quando foi prevenido: “O homem propõe, mas Deus depõe”, ele respondeu: “Eu proponho e eu deponho, também”. A resposta de Deus a Napoleão foi sua derrota fragorosa na batalha de Waterloo e o exílio solitário na ilha de Santa Helena, até a morte. Enquanto a pequena nação de Israel respeitava a lei do Senhor, não havia quem profanasse o Templo em Jerusalém e escapasse de morrer. Exemplificando, temos Nadabe e Abiú que morreram perante o Senhor (Lv 10.1- 11). Porém, quando a iniqüidade de Israel transbordou, foi o próprio Deus quem os entregou nas mãos de Nabucodo. Este monarca foi “O martelo de toda a terra” usado por Deus para executar juízos sobre nações e povos rebeldes. (Jr 27.6; 50.23). “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).
1.3: “E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos nobres”.
O texto em foco descreve como se processou a escolha de Daniel e seus três companheiros para servirem naquela corte. Primeiro: tinha de ser da linhagem real; segundo: tinha de ser uma pessoa nobre. Daniel e seus companheiros preencheram todos estes requisitos exigidos pelo rei. Daniel possuía os verdadeiros requisitos do homem cristão, que é perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (Ver 2 Tm 3.17).
“... Aspenaz...” Não se sabe com certeza a etimologia da palavra “aspenaz”.
Alguns lingüistas acham que “aspenaz” quer dizer “focinho de cavalo”, mas isso não pode degradar a personalidade da pessoa a que ela se aplica. Em virtude de ser Aspenaz o chefe dos “eunucos” na corte babilónica, tem se pensado que Daniel também fosse um deles. (Ver Dt 23.1; Is 56.3-5 e o texto em foco.) É evidente que, se Daniel não era eunuco de outra forma, pelo menos o era pelo reino de Deus (Mt 19.12). Entre aqueles que a si mesmos se fizeram eunucos “por causa do reino dos céus”, temos João Batista e Paulo (1 Co 7.6, 26), Barnabé (1 Co
9.5, 6) e, provavelmente, de acordo com a tradição, o apóstolo João. O propósito do eunuquismo seria o de permitir ao indivíduo crente servir e adorar sem o tropeço dos obstáculos que muitas vezes são impostos por um casamento desastroso. Paulo disse aos coríntios: “O solteiro cuida nas coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida nas coisas do mundo, em como há de agradar à mulher” (1 Co 7.32, 33).
1.4: “Mancebos em quem não houvesse defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viverem no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus”.
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O presente versículo, e outros correlatos, apresenta Daniel com seus amigos: Hananias, Misael e Azarias, numa fase de preparação para uma grande tarefa na corte babilónica. Daniel, porém, se distinguiu entre os demais, e foi um profeta cujos temas são de alcance muito vasto. Ele era um hebreu da classe nobre, levado cativo a Babilônia por Nabucodonosor, o rei daquele Império. Este fez que Daniel e vários outros judeus nobres, que davam mostra de inteligência fora do comum, entrassem numa escola especial de homens sábios. Geralmente se denominavam “sábios” aos astrólogos e mágicos do Império babilónico; e Daniel foi exercitado em toda a sabedoria daquela gente, como foi Moisés no Egito (At 7.22). Tornou-se perito naquele campo de ciência, mas não se deixava levar por nada daquilo. Daniel, mesmo vivendo na época da Antiga Aliança, era possuidor dos dons da sabedoria e da ciência, pois o “Espírito é o mesmo” em qualquer tempo ou lugar (1 Co 12.4, 8).
1.5: “E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos para que no fim deles pudessem estar diante do ref.
O presente versículo mostra a ardente prova por que tiveram de passar estes servos de Deus. Eles tinham de participar “da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia...” Mas Daniel e seus companheiros, cheios do Espírito Santo, não “cobiçaram” o manjar daquele que tinha os olhos malignos (Pv 23.3, 6). Os filhos de Jonadabe, o reca- bita, foram louvados pelo próprio Deus de Israel porque não se contaminaram com o “vinho” nem com bebida forte (Jr 35.1-6). Daniel e seus companheiros foram contemporâneos destes filhos fiéis à tradição de seu pai e seguiram o mesmo exemplo de fidelidade. O texto em foco ainda nos fornece outro detalhe importante: “que assim fossem criados por três anos”, etc. O leitor deve observar bem a frase: “criados” e deduzir que os quatro jovens hebreus, selecionados por Aspenaz, eram realmente adolescentes (talvez 14 a 16 anos).
1.6: “E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias”.
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Entre os hebreus, o nome de uma criança era de muito significado profético; em alguns casos este nome não só distinguia esta pessoa, mas também, na maioria dos casos, tinha conotação profética. (Ver Gn 5.29; 30.1-26). Assim, Daniel e seus companheiros de exílio foram agraciados por seus pais com nomes proféticos. 1 - Daniel, em hebraico “dãni êl”, significa: “Deus é meu juiz”. 2 - Hananias, em hebraico “Yahweh”, significa: “Tem sido gracioso”. Esse nome hebraico ocorre com freqüência no Antigo Testamento, bem como sua forma grega, “Hananiah”, no Novo Testamento em várias conexões. 3 - Misael, em hebraico significa: “Quem é o que Deus é (?)”. 4 - Azarias, em hebraico “zaryãhu”, significa: “ajudado do Senhor”. Todos esses nomes e outros encontrados nas Escrituras são confirmados pelo testemunho divino, que diz: “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas” (Pv 22.1).
1.7: “E o chefe dos eunucos lhes pós outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sa- dra que, e a Misael o de Mesa que, e a Azarias o de Abedne- go”.
Vemos no presente texto, como o inimigo das nossas almas ataca. Os próprios nomes desses quatro jovens eram testemunhas, tanto da sua religião, como da sua nacionalidade. “Essa mudança drástica nos nomes destes servos de Deus, foi um plano diabólico. Pois o fato de mudarem os nomes com significados especiais foi feito na esperança de apagarem a memória de Jerusalém, extinguir-lhes toda a idéia de religião e uni-los à política do mundo”. Observemos as tais mudanças: 1 - Beltessazar. Este nome foi dado a Daniel em alusão a “Bei”, o ídolo principal da corte babilónica, cujo significado é: “Guia do Rei”. É também a transliteração da palavra “bei” como está declarada em Isaías 46.1, com o sentido de “senhor vaidoso”. 2 - Sadra- que. Este significa: “Regozijando-se pelo caminho”. 3 - Mesaque. “Pronto, ativo”, ou, segundo um professor de língua semítica, “Tenho pouca importância”. 4 - Abedne- go. Significa: “Ser da luz”. Este nome foi colocado em alusão de um deus chamado pelo profeta Isaías de “Nebo” (Is 46.1). Lendo o capítulo 4.8 do livro de Daniel, podemos deuzir que os nomes dos jovens foram, em verdade mudados, com o objetivo de divulgar a falsa religião do monarca babilónico.
1.8: “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminai>’.
O versículo em foco nos faz lembrar o que está dito em Atos 15.29, que diz: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue e da carne sufocada...” A razão desta decisão do jovem profeta e seus companheiros é que geralmente a comida e bebida daqueles monarcas babilónicos era, antes de tudo, oferecida aos ídolos pagãos e, portanto, Daniel, como fiel judeu, não podia participar de comidas consagradas ou dedicadas a deuses pagãos. Daniel decidiu-se a servir a Deus, mesmo num país distante de sua terra natal, “com propósito do coração”, como o serviram os primitivos cristãos de Antioquia (At 11.23). Um grupo de escravos, que tomaram tal decisão, serve de exemplo para os jovens cristãos da época atual. Eles foram considerados por Deus, como primícias naquela corte pagã, pois não se contaminaram e nem se corromperam com a idolatria e corrupção ali existente. (Comp. c/ Ap 14.4). O verdadeiro cristão segue à risca o conselho divino que diz “Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec 9.8).
1.9: “Ora deu Deus a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos”.
As Escrituras, abundantemente, dão testemunho de pessoas que “acharam graça” diante dos olhos de poderosos monarcas. Neemias, o governador dos tempos da restauração dos muros da cidade de Jerusalém, achou graça diante dos olhos do rei Artaxerxes (Ne caps. 1 e 2). Ester, a jovem judia, achou graça diante dos olhos do rei Assuero, na corte de Susã, a fortaleza (Et caps. 1 e 2). Maria, a jovem belemita, achou graça diante dos olhos de Deus, tor- nando-se, assim, a mãe de Jesus Cristo, nosso Senhor (Lc 1.30). No presente texto, temos Daniel, o profeta de Deus, recebendo de Deus o favor de achar graça diante dos olhos do chefe dos eunucos daquela corte. Só Deus (e mais nin-
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guém) podia tornar possível tão grande favor de um oficial de alta patente como o que está em foco. Os fiéis são sempre “ajudados em tempo oportuno” (Hb 14.16).
1.10: “E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu Senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida: porque veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos mancebos que são vossos iguais? Assim arriscareis a minha cabeça para com o rei”.
A proposta de Daniel, ainda que sábia, poria em risco a vida daquele eunuco-chefe; ele mesmo percebeu todo o risco possível de sua morte ao desobedecer ao rei, quando disse: “Tenho medo de meu Senhor, o rei...” O caso era que, se os moços se alimentassem de modo diferente, poderiam aparecer perante o rei, no tempo determinado, mais magros e feios. Porém, o grande segredo neste transe é que a mão divina estava por trás, agindo na sombra de tudo aquilo, como bem pode ser observado na frase: “deu Deus a Daniel graça... diante do chefe dos eunucos”. E assim, a proposta de Daniel para ser feita uma prova experimental durante “dez dias” foi aceita. Ela se baseava em dois pontos principais: 1. Em lugar de comerem das iguanas reais, comeriam legumes e frutas. 2. Em lugar de beberem do vinho do rei, beberiam água.
1.11: “Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias”.
"... ao despenseiro”. O diálogo do jovem profeta continua, mas não segue mais com o eunuco, mas sim, com o “despenseiro-chefe”. Evidentemente, esse “despenseiro” era um oficial debaixo das ordens do eunuco Aspenaz. Este por sua vez concedeu a Daniel o que ele solicitara. Deus estava agindo ali em tudo, pois seu é tanto o querer como o efetuar; um pedido desta maneira, feito por um escravo, numa corte daquela, humanamente falando, era difícil de ser atendido, mas o Deus Eterno, que é “o possível da impossibilidade”, tornou ali tudo possível; assim foi concedido a Daniel o que desejava seu coração. (Ver SI 37.4). Deus pode e quer fazer o mesmo com o seu povo na época atual, é somente crer, a começar de hoje, pois aquele que “todas 18
quantas promessas há de Deus, são nele SIM”, é o mesmo ontem, hoje e eternamente. (Ver 2 Co 1.20; Hb 13.8).
1.12: “Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer, e água a beber”.
A solicitação do grande homem de Deus continua, ele pede ao despenseiro que faça apenas uma breve experiência, e que, ao fim de “dez dias”, teria a certeza se ela daria certo ou não. Daniel sabia que, diante da determinação divina, tudo ia dar certo. Paulo, cria e aceitava as promessas de Deus da mesma maneira, quando exclamou diante da tripulação do navio que o conduzia: “... creio em Deus, que há de acontecer assim como me foi dito” (At 27.27).
 O exemplo de Daniel é notável. Ele insistiu veemente com aquele oficial, e confiou, e deu certo. Daniel era muito jovem nesse tempo (14 a 16 anos), e como tal, tinha um bom apetite, mas a tentação de comer dos pratos da mesa do rei foi suprimida por este jovem fiel. Ele tinha na alma a firmeza que muitos anos depois nos deixaria o divino Mestre, Jesus, nosso Senhor.
 O Diabo lhe ofereceu um “reino” e um “trono”, mas Ele recusou a ambos, e aceitou a cruz no monte Calvário, pois tinha em vista a grande recompensa, no presente e na eternidade (Hb 11.24-27 e 12.1-2).
1.13:
“Então se veja diante de tio nosso parecer, e o parecer dos mancebos que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos”.
De acordo com alguns historiadores renomados, era co- mumente observada a “face dos vassalos” quando estes se punham de pé diante do rei. (Ver Ne 2.1-2).
 Se o parecer de algum servo se apresentasse formoso, então ele estava apto para servir ao monarca no que houvesse de mister, se não, seria morto sem misericórdia. (Comp. com Et 5.1-3). Os filhos dos reis também eram observados cada dia, se estavam magros ou gordos. (Ver 2 Sm 13.3-4). Daniel e seus companheiros estavam sujeitos a estas e outras penalidades impostas por aquela corte, mas a graça de Deus os salvou de toda aquela burocracia ali existente. A Bíblia afirma categoricamente: “Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a JUSTIÇA livra da MORTE” (Pv 10.2).
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O servo fiel, que anda em sinceridade de coração, só morrerá no dia em que Deus quiser.
1.14: “E ele conveio nisto, e os experimentou dez dias”.
"... dez dias”. O número “dez” nas Escrituras aparece tanto em sentido literal como em cifra redonda (Cf Lc 15.8; 19.13; Ap 2.10, etc.). Há 10 patriarcas, antes do Dilúvio (Gn cap. 5), 10 pragas antes que o Faraó desse liberdade a Israel no Egito (Ex caps. 7 a 12), 10 mandamentos na vontade de Deus (Ex cap. 20), 10 poderes impotentes contra o amor de Deus (Rm 8.38 e ss), 10 vícios que excluem o homem do reino de Deus (1 Co 6.10). No presente texto e no seguinte, a experiência de dez dias trouxe um resultado satisfatório. Os discípulos de Cristo, após dez dias de oração no Cenáculo, foram revestidos de poder (At caps. 1 e 2). O chefe dos eunucos, em comum acordo com o despenseiro, creu na operação divina mediante aquela alimentação; o resultado foi: dez vezes mais formosos, conforme o original, e diante do rei, três anos mais tarde: dez vezes mais sábios. Isso é um grande exemplo para todos nós. O nosso trabalho é sempre do mesmo tamanho que nossa visão!
1.15: “E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam mais gordos do que todos os mancebos que comiam porção do manjar do rei”.
Tem sido comprovado pela própria ciência que um crente “cheio do Espírito Santo” tem mais condições de viver do que uma criatura entregue ao pecado. Recentemente, nos Estados Unidos da América do Norte, cientistas re- nomados examinaram 100 pessoas não-crentes, tomando como base uma certa faixa etária. Semelhantemente, depois, examinaram 100 pessoas crentes cheias do Espírito Santo. Eles ficaram surpresos! Aquelas 100 primeiras pessoas se encontravam envelhecidas prematuramente, ao passo que aqueles crentes cheios do Espírito Santo tinham condições de viver 10 anos além daqueles descrentes. Isso Paulo confirmou há 2.000 anos, quando disse: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). O leitor deve observar bem a frase: “tudo se fez novo” e verá que isso não se prende exclusivamente à alma e ao espírito, mas também ao corpo. (Cf 1 Ts 5.23) E com muita propriedade que
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diz a Bíblia: “0 coração alegre aformoseia o rosto” (Pv 15. 13). E firmado por psicólogos que, quando uma pessoa está irada, funcionam cerca de 600 músculos faciais, ao passo que, quando está alegre, apenas 8. O crente fiel sempre vive alegre, economizando saúde e anos de vida (SI 128).
1.16: “Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles, e o vinho que deviam beber, e lhes dava le- gumeá’.
O texto em foco, e outros correlatos neste capítulo, já foi considerado por alguém como sendo “o reduto da prova de Deus”. Com ela, o cozinheiro-chefe tirou deles a ração oficial e deu-lhes a comer verduras e, em vez do afermenta- do vinho do rei, água. Estes quatro jovens estavam destinados a uma grande obra missionária naquele país distante, e o triunfo de tudo estava nas mãos de Deus. Possivelmente eles ignoravam o que os aguardava no futuro, mas uma coisa fizeram: confiaram em Deus. Os versículos depreendidos neste capítulo não fazem referência especificada se Deus recompensou o eunuco Aspenaz e o cozinheiro mas uma coisa podemos deduzir: se Deus fez bem às parteiras egípcias na terra faraônica por causa dos filhos dos israelitas, evidentemente fez bem também a estes dois oficiais, por amor dos seus servos (Cf. Gn 39.5; Ex cap. 1).
1.17: “Ora, a estes quatro mancebos Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria, mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”.
O presente texto apresenta a pessoa de Deus como sendo a “fonte” de toda a sabedoria e conhecimento. Ele capacitou estes três jovens em toda a ciência daquela corte e daquela gente. Eles podiam discernir entre o que era verídico na instrução que recebiam, que dizia respeito aos campos das letras (literatura e sabedoria). Daniel também obteve entendimento ou facilidade na interpretação de sonhos e visões. Deus o usou na interpretação de dois sonhos do rei; com igual facilidade, ele também decifrou a misteriosa escritura da estucada parede do palácio real (caps. 2, 4, 5). O jovem José, na corte de Faraó, discerniu tanto os sonhos de seus ministros como os do próprio rei. Daniel, mesmo distante da sua pátria e numa terra de cativeiro,
21
tornou-se um instrumento nas mãos de Deus que sempre o usava na grande capital do imponente império.
1.18: “E ao fim dos dias, em que o rei tinha dito que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabu- codonosoi*’.
O presente versículo encerra a fase de preparação dos jovens hebreus, isso demonstra que, os versículos 15 a 18 cobrem um período de tempo de três anos completos (v. 5).
Em uma figura de retórica, podemos ver nestes três anos de preparação dos quatro jovens cativos, para servirem naquela corte, os três anos de ministério terreno do Filho de Deus e que, tendo-os terminado, passou a servir na corte celeste (Hb 1.3).
Paulo, após sua conversão, passou também por uma fase de preparação “no deserto da Arábia” (G1 1.17,18).
A Lei determinava que os animais sacrificados ao Senhor tivessem pelo menos três anos para que fossem oferecidos como sacrifício perfeito.
 Os próprios discípulos de Cristo tiveram a mesma experiência, e depois serviram na grande obra do Mestre amado. Paulo diz que os obreiros devem ser “primeiro provados, depois sirvam”.
1.19: “E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso permaneceram diante do rei”.
O presente versículo nos faz lembrar do monarca Faraó, rei do Egito.
Ele fez conhecida publicamente em seu País a sabedoria de José (Gn 41.38, 39); o rei Nabucodono- sor segue também o mesmo exemplo daquilo que é precioso: reconhecer o valor da pessoa humana, não só por aquilo que ela representa, mas sobretudo, por aquilo que ela é. (Cf 1 Ts 5.12). Um sábio já frisou certa feita: “O homem não é grande pelo nome que tem, mas pelo trabalho que empreende na religião ou na sociedade a que pertence”. Daniel se destaca entre os demais sábios ali, não somente por sua habilidade e capacidade humana, mas sobretudo, por sua fidelidade a Deus. Em Ezequiel 14.14, 20, ele recebe testemunho do próprio Deus, como sendo um homem espiritual: “... Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça... etc”. No capítulo 28.3 do mesmo profeta, ele é citado novamente por Deus, como sendo um vulto de elevado saber.
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Isso mostra, realmente, que Daniel era dotado de inteligência intelectual e espiritualmente.
1.20: “E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino”.
De acordo com o que fala Paulo em 1 Coríntios 2.14 e 15, Daniel era de fato um homem espiritual. O rei Nabuco- donosor lhe fez perguntas das mais variadas, mas ele discerniu “bem tudo”. Há muitas fontes que podem dar ao homem a verdadeira sabedoria, uma delas, sem dúvida, são os mandamentos de Deus, como declara o salmista, no Salmo 119.98: “Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos; pois estão sempre comigo”.
Note-se como Daniel é um exemplo destacado de quem deseja ardentemente os maiores dons espirituais (1 Co caps.
12 a 14). Tornou-se na corte do seu exílio um intérprete dos caminhos do verdadeiro Deus, uma testemunha perante reis e um dos maiores profetas não somente para aqueles dias, mas para todos os tempos, alcançando até as fronteiras da eternidade.
Daniel tornou-se ali um profeta de elevado respeito, cujos temas são de alcance muito vasto.
1.21: “E Daniel esteve até o primeiro ano do rei Ciro”.
A obediência de Daniel fez com que Deus se agradasse dele, e, como resultado, o Senhor prolongou os seus dias. Jó foi também um maravilhoso exemplo. Deus prolongou a sua vida por causa da sua fidelidade (Jó 42.16,17).
Daniel atravessou dias difíceis durante o reinado de quatro poderosos reis e conquistadores, de três nacionalidades e dinastias. Mas a sua vereda foi “como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).
Ele, ainda jovem, não somente foi honrado com o cargo de sátrapa, mas com o de “príncipe dos magos” e primeiro ministro, exercendo autoridade nas cortes babilônica e persa. Diante da corte celestial, porém, foi também elogiado e elevado à sua posição de grande autoridade; ele foi declarado por um elevado poder, como sendo um “homem mui desejado”. (Ver cap. 9.11, 19).
Meu querido internauta, seja um Daniel!

A que horas Estamos No Relógio De Deus? Veja a Profecia de Daniel (Dn 9.24,26) / A Segunda Vinda de Cristo/O que é, como e quando será?

A que horas Estamos No Relógio De Deus?   (Dn 9.24,26) Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.  E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações;Ao entrarmos nos estudos das profecias nos deparamos com isso.  Deus revela o futuro a Daniel;


A que horas Estamos no Relógio De Deus?  (Dn 9.24,26).
 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. 
E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
Ao entrarmos nos estudos das profecias nos deparamos com isso.
 Deus revela o futuro a Daniel; 
Esta profecia de Daniel a respeito de Israel e da cidade santa (Jerusalém) é fundamental para os últimos tempos. 
Nesta profecia, cada dia da semana significa um ano, (Porque eu já te tenho fixado os anos da sua iniqüidade, conforme o número dos dias, trezentos e noventa dias; e levarás a iniqüidade da casa de Israel. 
E, quando tiveres cumprido estes dias, tornar-te-ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a iniqüidade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei para cada ano. Ezequiel 4:5,6 e assim, a palavra traduzida por “semanas” significa, aqui, uma unidade numérica de sete anos, conforme (Levítico 25.8,Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.  uma semana tem sete anos);
A contagem.
 QUANDO COMEÇA SETENTA SEMANAS? 
Daniel teve a revelação: Dn 9.25. 
Deus revelou a Daniel que sete mais sessenta o, que totalizariam sessenta e nove (períodos de sete anos), somando portanto 483 anos.
 Iria da data da ordem para reconstruir Jerusalém , dada a Neemias copeiro do rei Artaxerxes e (Ne 2.1-8, Sucedeu pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele. E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? 
Não é isto senão tristeza de coração; 
E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo? 
E o rei me disse: 
Que me pedes agora?
 Então orei ao Deus dos céus,
E disse ao rei: 
Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. Então o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu um certo tempo. Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do rio, para que me permitam passar até que chegue a Judá. Como também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, para o muro da cidade e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu, segundo a boa mão de Deus sobre mim.,) era  no ano 445 a.C. 
Examinando mais amiúde os registros da história mostra que 445 a.C. foi a data deste decreto e nesta mesma data o início da contagem da primeira divisão, das semanas e terminou aproximadamente no ano 397 a.C. o que é relativo a 49 anos (7 semanas) da reconstrução dos muros e do templo em Jerusalém. 
Esta palavra cumpriu literalmente no período previsto veja; (ref. Ed 1.1; Ed 4.11-24, No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá.  Este, pois, é o teor da carta que mandaram ao rei Artaxerxes: Teus servos, os homens dalém do rio, em tal tempo. Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos.Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e os pedágios; e assim se danificará a fazenda dos reis. Agora, pois, porquanto somos assalariados do palácio, e não nos convém ver a desonra do rei, por isso mandamos avisar ao rei, Para que se busque no livro das crônicas de teus pais. E acharás no livro das crônicas, e saberás que aquela foi uma cidade rebelde, e danosa aos reis e províncias, e que nela houve rebelião em tempos antigos; por isso foi aquela cidade destruída.
Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela cidade se reedificar, e os seus muros se restaurarem, sucederá que não terás porção alguma deste lado do rio. E o rei enviou esta resposta a Reum, o chanceler, e a Sinsai, o escrivão, e aos demais seus companheiros, que habitavam em Samaria; como também aos demais que estavam dalém do rio: Paz! em tal tempo. A carta que nos enviastes foi explicitamente lida diante de mim. E, ordenando-o eu, buscaram e acharam, que de tempos antigos aquela cidade se levantou contra os reis, e nela se têm feito rebelião e sedição. Também houve reis poderosos sobre Jerusalém que dalém do rio dominaram em todo o lugar, e se lhes pagaram direitos, tributos e pedágios. Agora, pois, dai ordem para impedirdes aqueles homens, a fim de que não se edifique aquela cidade, até que eu dê uma ordem. E guardai-vos de serdes remissos nisto; por que cresceria o dano para prejuízo dos reis? Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes foi lida perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força e com violência. Então cessou a obra da casa de Deus, que estava em Jerusalém; e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.) .
Têm-se calculado 483 anos após o decreto da reedificação do templo à vinda do “Ungido”
(v. 25; Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.). 
A segunda divisão tem início aproximadamente no ano 397 a.C. e vai até os dias dos apóstolos de Cristo (Messias), neste período o Cristo iria nascer, morrer, e logo após Jerusalém seria invadida e destruída pelo Império Romano, neste caso, os 483 anos referentes as sessenta e nove semanas terminaram em 27 d.C. que foi aproximadamente o ano em que Jesus começou seu ministério na terra.
E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; Iniciou-se então, a dispensação da graça, formada por aqueles que o Todo poderoso purificou para si, a fim de serem povo zeloso me de boas obras. Nós (Igreja) somos agora: “...raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1ª Pe 2.9-10).
Seu povo especial, zeloso de boas obras (Tt 2.14). 
Então entra o tempo periudo de tempo que corresponde ao período da Igreja. Portanto, podemos notar que para septuagésima semana, falta uma, e sobre esta há grande expectativa E esta última semana terá início logo após o arrebatamento da Igreja, que serão os sete terríveis anos da Grande Tribulação.