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O Dia Da Morte Dos Sábios De Babilônia / Sonho Do Rei Interpretado Por Daniel


O dia da morte dos sábios de Babilônia 2.14: 
“Então Daniel falou avisada e prudentemente a Ano que, capitão da guarda do rei, que tinha saído para
m atar os sábios de Babilônia”.
"... falou avisada...”A pergunta de Daniel é relacionada com a “precipitação” e não com a severidade do decreto, como fica demonstrado: “Por que se apressa tanto o mandado da parte do rei?” (v. 15).
 Ele pede tempo e promete dar a interpretação, assim também o intuído de Daniel era poupar não s´a sua vida mais a dos seus patriotas e dos sábios. 
Daniel demonstra uma grande capacidade de manter a calma sob tão grande desatino e pressão da parte do rei. Daniel provou ser um homem de Deus emocionalmente equilibrado.
 - Será que nós, a exemplo de Daniel, estamos fazendo o mesmo? 
O texto sagrado mostra que as palavras meigas de Daniel obtiveram a possibilidade de abrandar a ira do rei. Daniel era um servo fiel, conhecedor da Palavra de Deus que dizia: 
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1). 
Isso revela para todos nós um bom exemplo para estes dias de tantas trevas. O livro dos Salmos é o livro da alma; ele nos revela como andar diante de Deus, nosso Pai. 
O livro de Provérbios é o livro didático de moral e cívica cristã, e ensina como a criatura deve andar diante dos homens, nossos semelhantes. 2.15: “Respondeu, e disse a Ano que, prefeito do rei:
 “Arioque, rei de Elazar” o homem poderoso que executava ordens do rei (Gn 14.1). 
Os versiculos 14 e 15 do presente capítulo revelam ser Arioque um homem de elevado poder naquela corte Babilônica; ele exercia uma dupla função: 
Era o comandante da seguran­ça do palácio real, e, ao mesmo tempo, era também um especie de  “prefeito” da capital do Império.
2.16: “E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que pudesse dar a interpretação”.
O profeta Daniel é citado nas Escrituras como sendo uma personagem ilustre, que merece destaque. (Ver Ez 14.14, 20; Mt 24.15). Note-se, neste versículo 16, como ele
manifestou sua grande fé naquele que “é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (SI 46.1). Ele tinha certeza de que Deus ia revelar-lhe o sonho esquecido pelo rei; e, na prontidão desta certeza, entrou e pediu ao rei que marcasse o tempo para voltar à sua presença, sem que ninguém fosse morto aina, e ele voltaria com o sonho e sua interpretação, a qual ainda não tinha. 
Esse servo de Deus viu o grande fundamento das coisas que ainda não se viam. Ele “ficou firme, como vendo o invisível” (Hb 11.27). O verdadeiro crente nesta Dispensação da graça, deve demonstrar o mesmo (e mais ainda) sentimento cristão, e permanecer firme como o monte de Sião,
que não se abala, mas permanece para sempre (SI 25.1). 2.17: 
“Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros”.
No presente versículo e nos demais que se seguem, temos a noção perfeita do primeiro círculo de oração (grupo) masculino organizado. 
Daniel, ao receber do rei a prorrogação do tempo (houve aí uma intervenção divina, pois jamais um monarca daquele voltaria atrás quanto à ordem e ao tempo) para fazê-lo lembrar do sonho e, a seguir, dar também a sua interpretação, não foi consultar os outros sábios, a fim de ver se havia ainda alguma coisa na sua arte, ou livros, que servisse para descobrir o sonho esquecido do rei. 
Em nossos dias há reuniões por todas as partes, pois há sempre alguém procurando “um elo perdido”; esse é o primeiro sinal de que Deus não está falando a tais pessoas. Mas Daniel confiava numa oração feita por um justo, pois vale mais do que toda aquela burocracia. (Ver Tg 5.16). 
Nunca jamais devemos ser insensíveis à suave voz do Espírito de Deus, mas sem ­ pre prontos a dizer-lhe: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve” (1 Sm 3.9). 2.18: 
“Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios de Babilônia”. O presente texto nos mostra como Daniel tinha, de fato, um espírito excelente. (Ver versículo 3 do capítulo 6). Ele não parou diante de tão grande transe, mas atacou o problema gigantesco com as armas da fé e da oração. 
Um sábio, certa feita, disse a um dos seus discípulos: “Nunca lutes contra os problemas; dá andamento na solução. O problema traz o cansaço, mas a solução o descanso!” Daniel e seus companheiros foram exemplos deste valioso princípio de mestre. 
Foi para sua casa, a fim de passar a noite em oração com seus três amigos. 
“A mocidade muitas vezes acha que somente um jovem fracassado deve orar. Mas Daniel e os outros três hebreus provaram que somente em oração é que um jovem pode fortalecer-se. Ainda mais, Deus responde à oração, provando que Ele atende ao clamor dos jovens que o buscam”.
2.19: “Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite: então Daniel louvou o Deus do céu”.
"... 
Numa visão de noite”. 
Analisemos neste versículo dois pontos focais:
 1. Coisas que estavam ocultas para os sábios da Babilônia mas foram reveladas a Daniel. Numa visão noturna, ele “viu” o que o rei tinha visto em seu sonho e ainda compreendeu do que se tratava. Pelo uso do conceito “visões noturnas” em Jó 4.13; 33.15, parece que aquele que tinha, ou recebia a visão se achava no “sono profundo”, embora de Daniel não se diga que ele estivesse sonhando, pois as imagens não vinham da sua própria mente e sim diretamente de Deus. 
Quem se volta para Deus em oração, pedindo misericórdia e colocando seus problemas nas suas mãos, humildemente, e prontificado a submeter-se a sua vontade, logo terá motivos para bendizê-lo. A oração é a porta aberta para os céus (Lc 3.21), que nos dá visões consoladoras das coisas eternas. Jesus, nosso Senhor, foi o maior exemplo de oração. 
Nada menos de 25 vezes, no Novo Testamento, temos menções de que nosso Senhor orou. Ele entrou no mundo orando (Hb 10.5-7). Viveu orando (Hb 5.7). E morreu orando (Lc 23.46). Daniel
era um homem possuído pelo mesmo sentimento de Cristo. 
Ele obteve conhecimento do “segredo” que estava perturbando a cidade inteira; aprendeu a confiar em Deus desde muito jovem, e este foi o fator principal de suas grandes conquistas, tanto na vida secular como na vida espiritual. 
Deus ainda é o mesmo! Devemos correr menos, e confiar mais em sua misericórdia. 2.20: “Falou Daniel, e disse: Seja bendito e nome de
Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força”35"... dele é a sabedoria...” O presente texto apresenta dois pontos focais: 
1) A sabedoria de Deus. 
2) A força de Deus. 
Essa sabedoria faz parte da “onisciência de D eus”, como bem a descreve o salmista Davi: “Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, TUDO conheces” (SI 139). A palavra “onisciência” deriva-se de duas palavras latinas: “omnes”, que significa tudo, e “sciencia”, que significa conhecimento. O termo denota a infinita sabedoria de Deus e seu conhecimento de todas as coisas. Deus conhece todas as coisas porque seu entendimento é infinito (SI 147.5). 
A Bíblia diz que “Ele é sábio de coração” (Jó 9.4). 
Isso são apenas as orlas do manto da sabedoria de Deus! Ninguém pode sondar “a profundidade e as riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus” (Rm 11.33). O Senhor Jesus, como um dos membros da santissim a Trindade, possui em si mesmo “toda a plenitude da Divindade” (Cl 2.9), e por essa razão Pedro podia dizer: 
“Senhor, tu sabes TUDO” (Jo 16.30; 21.17). "... e a força”. 
Essa força faz parte da “onipotência de Deus”. O termo denota o supremo poder pessoal de Deus.
Esse atributo significa que Deus tem poder ilimitado, que ele tem poder para fazer qualquer coisa que queira, dentro dos lim ites da sua santidade (SI 1.37). 
A onipotência de Deus é tanto física como moral. Ninguém jamais poderá ultrajar o caráter de Deus, apanhando-o numa fraqueza moral; e quanto a parte física, Ele é o Todo-poderoso. Jesus disse ao Sumo sacerdote que Deus “era o poder” (Mt 27.64). 2.21: “Ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis: ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos”.
Nos versículos 18,19, 27, 30, 47, o sonho do rei é chamado de “segredo”, porque, do ponto divino de observação, é o que ele é. Isso demonstra que se trata daquilo que não pode ser obtido apenas pela razão humana; pois essa, apenas isolada, jamais chegaria a tão grande sucesso como foi aqui alcançado. Daniel demonstra que todo o curso da história está nas mãos de Deus, o qual altera os tempos e as estações; e o destino dos governantes humanos, também está sob seu controle.
 Jesus declara, em Atos 1.7. que os “tempos ou as estações” foram estabelecidos pelo Pai, pelo seu
próprio poder. Quando a verdadeira sabedoria é encontrada entre os homens, ela é um dom de Deus, que os capacita a entender o tempo e o modo das coisas. 2.22: 
“Ele revela o profundo e o escondido: conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz’.
"... o profundo e o escondido”. 
O profeta Isaías declara em seu livro que com Deus estão “os tesouros das escuridades, e as riquezas encobertas” (Is 45.3). Para aqueles crentes fiéis a Deus, em qualquer tempo ou lugar, sua “vereda
é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”, pois Deus sempre está revelando algo “novo” na sua vida; Paulo disse:
 “o Espírito Santo de cidade em cidade me revela” (At 20.23). Para o servo fiel, Deus tira para a “luz” aquilo que se encontra escondido.
“... ele mora a luz. 
Isso significa conforme está declarado: “na luz inacessível” (1 Tm 6.16). A luz que está em foco, é a inacessível. Isso quer dizer que, onde nosso Deus habita, nossa luz lá seria como trevas, não tendo nenhum sentido. 
Assim, por esses e outros motivos, Daniel o louva com a voz do agradecimento, porque Deus não só mora na “luz”, mas exige também que seus filhos andem na luz (1 Jo 1.7). 2.23: “O Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força; e agora m e fizeste saber oque te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto . 
O texto em foco apresenta as palavras de Daniel numa voz de agradecimento. Sua oração é caracterizada pela pureza da alma. Linda oração! Até nós, ao escrevermos estas palavras deste grande servo de Deus, nos sentimos dominados pelo sentimento de Daniel, agradecendo, por si e por seus companheiros, ao Deus de toda graça, que o livrou da morte certa e terrível. 
Abraão, nosso pai, orou a Deus, para que os justos que habitavam na corrupta cidade de Sodoma não perecessem com os famigerados ímpios daquela metrópole. Deus ouviu sua oração e salvou Ló da grande destruição (Gn caps. 18 e 19). 
Daniel, foi também um exemplo com seus companheiros, pois, através da oração verdadeira, salvaram -se daquela destruição iminente decretada pelo monarca. 2.24: “Por isso Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para m atar os sábios de Babilônia: entrou , e disse-lh e assim : 
Não mates os sábios de Babilônia; introduze-m e na presença do rei, e darei ao rei a interpretação”.
O presente texto nos mostra que, revelado o mistério, Daniel apressadamente procurou o chefe da guarda, que estava encarregado de executar a grande matança dos sábios caldeus. Daniel conhecia muito bem o texto de Provérbios 24.11 que diz: 
“Livra os que estão destinados à morte, e os que são levados para a matança, se os puderes retirar”. A pressa de Daniel em falar com Arioque, o chefe da guarda, era exatamente porque ele era o homem a quem o rei tinha incumbido de destruir os sábios.
 Arioque demonstrou também ser um homem extremamente sensato, e depressa introduziu Daniel a presença daquele monarca. Ele creu na palavra do homem de Deus, e foi recompensado por isso. Se no mundo atual, os pecadores cressem nas palavras dos servos de Deus, o mundo seria outro e os homens também com ceteza.
2.25: “Então Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei, e disse-lhe assim: Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá, o qual fará ao rei a in terpreta­ção”.
"... filhos dos cativos de Judá”.
 O texto faz alusão ao cativeiro de Judá. Daniel, como Ezequiel, era um cativo judaico na Babilônia caldaica. Ele era de descendência real, como já ficou demonstrado em nota expositiva no primeiro capítulo deste livro. Devido à sua classe e à sua bela aparência, foi educado para o serviço no palácio
daquela corte. Na atmosfera contaminada de uma corte oriental, ele vivia uma vida de singular piedade e testem unho espiritual. 
Sua longa vida (talvez noventa anos) estende-se desde os tempos de Nabucodonosor até os de Ciro.
Foi contemporâneo de Jerem ias, Ezequiel (14.14, 20), Josué, o sumo-sacerdote da restauração, Esdras, o escriba, e
Zorobabel; portanto, o título: “filhos dos cativos de Judá” visto no referido texto, identifica-se bastante com a sua pessoa. 2.26: 
“Respondeu o rei, e disse a Daniel (cujo nome era B eltesazar): 
Podes tu fazer-m e saber o sonho que vi e a sua interpretação.
"... Podes...?’
 Diante da interrogação do monarca a Daniel, podemos observar a grande humildade deste servo
de Deus: ele não pode, mas Deus pode e vai fazer. Daniel não se mostrou vaidoso e confessou que o que o rei queria dos seus sábios era coisa impossível, pois nem magos nem encantadores nem astrólogos poderiam revelar tão grande mistério ao rei,mas, continuou Daniel dizendo que só o
Deus dos céus, poderia revelar tudo aquilo. 
Daniel, o verdadeiro profeta de Deus, não quis a honra para si, nem se apresentou como o mais capaz (ainda que era) dentre os sábios caldeus. Deu glória, porém, ao Deus merecedor de toda a glória e capaz de revelar todo e qualquer segredo no meio dos homens mortais. 
O verdadeiro espírito cristão é aquele que considera os outros superiores a si mesmo; o que disso passa é altivez (Pv 16.18; F1 2.3). 2.27: “Respondeu Daniel na presença do rei, e disse: O segredo que o rei requer; nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei”. “O segredo que o rei requer”. O sonho do rei foi uma revelação de Deus; nenhum ser mortal podia dar a sua interpretação, a não ser com autoridade divina, como o fez Daniel. O profeta mostra diante do monarca que nenhum de seus sábios era capaz de predizer com exatidão o futuro. O profeta Jeremias declara em seu livro que não é do homem o seu caminho e daquele que caminha o dirigir os seus passos. 
Deus tem na sua mão “a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda carne humana” (Jó 12.10). 
O rei Saul já no final de seu reino, consultou uma encantadora e teve como conseqüência disso a morte (1 Sm caps. 28 a 31). O ocultismo e outras espécies de magias têm se desenvolvido na presente era. Mediante este sistema, o Anticristo se apossará do mundo durante o período sombrio da Grande Tribulação, que sofrerá todos os ímpios (Ver Ap 13.2, 13).
2.28: “Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas”.
O texto mostra Daniel se preparando para dar início à grande interpretação diante do monarca; ele come­ça argumentando sobre a existência de Deus como, muito tempo depois, fez Paulo no meio do Areópago (At 17.23- 25). 
“Há um Deus nos céus”, diz o profeta. 
Isso mostra-nos que, quando ele compareceu perante o rei, procurou deixar muito claro que não viera dar a interpretação do sonho mediante seu próprio poder, ou saber, mas deu a glória merecida a
Deus. José, no Egito, já havia feito a mesma coisa que Daniel; ele disse a Faraó: 
“Isso não está em mim; 
Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). 
Os cristãos de todos os tempos têm um só espírito - o Espírito de Deus. O sonho do monarca foi de natureza escatológica, isto é, tinha a ver com o “fim dos dias”, em outras palavras, com a era messiânica. (Ver At 2.16, 17; 1 Tm 4.1; Hb 1.1). 
Daniel, numa breve interpretação, mas precisa, relata o conteúdo do sonho, descrevendo o colosso que o rei tinha visto, cujas partes eram feitas de diferentes materiais. Ao dar início às primeiras palavras, o rei realmente admite que o seu sonho teve início com uma grande estátua, cuja composição era
aquela descrita por Daniel; o monarca, pois, não teve mais dúvida de que se encontrava ali diante de um homem de Deus, possuidor de notável saber espiritual.
E ele começa, e precisa ser sucinto e preciso, ali estava em jogo sua própria vida 2.29: 
“Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há de ser depois disto. 
Aquele pois que revela os segredos te fez saber o que há de sei.
O presente versículo nos faz lembrar do sonho do monarca Faraó, rei do Egito. Aquele monarca achava-se também cercado de homens sábios. Eles pertenciam a uma classe educada entre os antigos egípcios: também afirmavam possuir conhecimento das coisas que pertenciam aos deuses e ao destino humano. 
Faraó descreve seu sonho com grande explicação, e até parece que se permitiu adicionar
alguns toques extras. Os sábios, porém, não entenderam nada daquilo, e, a despeito de tudo, nada puderam fazer. Finalmente apareceu José, cujos pés haviam apertado com grilhões quando o puseram a ferros. José tudo decifrou (Gn 41.25-32). 
O sonho de Nabucodonosor era de natureza mais profunda, não pelo sonho em si, mas por causa do esquecimento do rei, pois a exigência do monarca, antes da interpretação do sonho era fazê-lo lembrar do que havia sonhado. 
Finalmente aparece Daniel. Como Deus é o m esmo ontem, e hoje e eternamente, à semelhança de seu Filho (Hb 13.8), tudo ficou solucionado e ninguém pereceu. 2.30: 
“E a mim m e foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, m as para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu cora­ção.
“... Este segredo”. 
O sonho do monarca babilônico quando é pormenorizado é sempre chamado de “segredo”.
(Ver versículos 18,19, 27, 29, 30 e 47). 
O doutor Scofield, falando sobre “segredo” (mistério) descreve como segue: 
“Um mistério nas Escrituras é uma verdade anteriormente oculta, mas agora divinamente revelada, em que, porém, ainda reside um elemento sobrenatural, apesar da revela­ção que está ali. 
Os principais segredos, ou mistérios são: 
1) Do Reino dos Céus (Mt 13.3-50). 
2) Da cegueira de Israel durante o tempo presente. (Ver Rm 11.25). 
3) Do arrebatamento da Igreja, no fim desta dispensação (1 Co 15.51-52). 4) Da Igreja composta de judeus e gentios, formando um só corpo (Ef 3.1-11, 19). 
5) Da Igreja como a noiva de Cristo (Ef 5.28-32). 
6) de ‘Cristo’ em nós (G1 2.20; Cl 1.26-27). 
7) De Deus em Cristo, isto é, Cristo, como a encarnação plena da divindade em forma humana, em quem subsiste toda a sabedoria divina para os homens (Cl 2.2, 9). 
8) Dos processos pelos quais a semelhança de Deus é restituída aos homens (1 Tm 3.16). 
9) Da iniqüidade (2 Ts 2.7). 
10) Das sete estrelas (Ap 1.20). 
11) De Babilônia (Ap 17.2)”. O do presente texto, porém, é de ordem escatológica. (Ver Ef 1.9-10;
Ap 11.15 e ss.). 2.31: 
“Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua: esta estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrí­vel’.
Daniel relata o conteúdo do sonho do monarca, descrevendo o colosso que o rei tinha visto em sua visão noturna há duas noites. E evidente que o rei sonhou em uma noite o sonho, e Daniel recebeu a sua interpretação só na noite seguinte. (Ver 2.17-19). 
A proporção que Daniel ia fazendo aquela interpretação, o rei ia conferindo e lembrando-se de que, realmente, a estátua terrível de seu sonho era de material heterogêneo. 
Vários deles se incluíam pela ordem em sua composição: o ouro na cabeça, a prata no peito e bra­ços, o bronze no ventre e quadris, o ferro nas pernas e, misturado com o barro, nos pés. A qualidade e o valor dos m etais aparecem em ordem decrescente, da cabeça aos pés, a fim de atender ao simbolismo do valor dos impérios representados nesta visão da noite concedida ao rei Nabucodonosor.
2.32: 
“A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre”.
"... ouro... prata... cobre”. Quase todos os intérpretes do livro de Daniel seguem a mesma linha de pensamento diante dos versículos trinta e dois a trinta e cinco (32-35), isto é: 
1) A cabeça do colosso representava o Império Babilónico. Esta interpretação é tanto teológica como bíblica, como se pode depreender do versículo 38 do presente capí­tulo. 
2) O peito e os braços de prata representavam o Impé­rio da Medo-Pérsia, com Dario e Ciro, respectivamente. A propriedade de uma imagem de um homem representar estes dois impérios é evidente. O Império duplo da Medo Pérsia é representado pelos dois braços, e a sua unidade
pelo peito do colosso.
 Em figura geral: os dois braços são Dario e Ciro. 
Geograficamente falando, Dario é o braço esquerdo da imagem, enquanto que Ciro é o direito. Esses dois monarcas são chamados também, na simbologia profética, de “Os tufões de vento do Sul (Sul de Babilônia), que tudo assolam ” (Is 21.1). 
3) O ventre e as coxas representavam o Império Greco-macedônio.
2.33: “As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em p arte de barro”.
O presente versículo descreve a quarta e a quinta parte da composição da terrível estátua. E evidente que as pernas de ferro são o Império Romano, que começou como uma unidade, mas depois foi dividido; é representado pela parte inferior do corpo, dividindo-se nas duas pernas. Estas correspondências encontram-se outra vez nas outras visões deste livro.
 Este império de ferro teve um princípio de unidade, mas mesmo assim, essa foi fundada dentro dum paralelismo (as duas pernas). Roma: 
1) Fundada por dois irmãos: Rômulo e Rêmulo; depois Rômulo se desentendeu com Rêmulo e o matou em combate. 
2) Governada por monarquia e república. (Mais tarde:) 
3) Divisão do império em dois: o do Ocidente e o do Oriente. 
Condição atual: 
Socialismo versus Capitalismo. 
Comunismo versus Religião. 
Portanto, como bem pode ser depreendido dos textos divinos, o ferro seguirá misturado com o barro até o fim da presente Era (Ap cap. 17). 
2.34: “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou”.
"... Feriu a estátua nos pés...”
 O texto em foco, merece toda a nossa especial atenção. 
Ele mostra como as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe. A pedra aqui e (Cristo), cortada do monte, haveria de ferir a está­tua, não na cabeça (Império Babilónico); nem no peito e braços (Império da Medo-Pérsia); nem no ventre e coxas (Império Greco-macedônio) nem nas pernas (Império Romano daqueles dias); mas cairá sobre os “pés” do colosso (fragmentos do Império Romano restaurado: os dez reis escatológicos). 
Isso ocorrerá no vale de Armagedom. 
Isso acontecerá em virtude das predições contemporâneas preditas pelos apóstolos e pelo próprio Senhor (Mt 24.30); elas indicam que no retorno de Cristo à Terra, com poder e grande glória, Jesus será visto fisicamente na Palestina, quando forças confederadas do Anticristo tiverem conquistado a Terra Santa, ameaçando aniquilar o povo judeu.
Devemos observar que, quando o Filho de Deus veio a este mundo (durante o Império das pernas de ferro), Roma, não sentiu nada, não sentiu qualquer choque, nem começou a enfraquecer. Ao contrário, sob esse império de ferro foi morto nosso Salvador. 
Portanto, é evidente que a pedra cairá “nos pés” da estátua, numa era ainda futura. 
2.35: “Então foi juntam ente esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; m as a pedra, que feriu a estátua, se fez um grande monte, e encheu toda a terra”.
O presente versículo descreve aquilo que acontecerá na vinda de Cristo a este mundo, com poder e grande glória. Isso se encontra narrado em vários de seus elementos doutrinários. A pedra que esmiuçou a grande estátua pode ser representada num sentido tríplice: 
1) Cristo - sentido lato.
2) A Igreja. 
3) O Reino de Deus. (Ver Is 2.2; Mt 16.18; 1 Pe 2.5). 
O choque da grande pedra cortada da montanha terá lugar no vale do Armagedom, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso, e evidentemente, no tempo dos dez dedos da imagem. Jesus deixou muito claro este assunto em Mateus cap. 21.44, quando disse: 
“Quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á (os judeus); e aquele (o Anticristo e todo o poder gentílico do mundo) sobre quem ele cair ficará reduzido a pó”. 
E exatamente o que diz o presente texto e passagens paralelas em toda a extensão da Bíblia.
2.36: “Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei”.
Ainda hoje através da arqueologia e da história sabemos que a linha de interpretação estava correta.

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