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JÓ EXISTIU MESMO ?

JÓ EXISTIU MESMO ?Teria existido uma pessoa como Jó? "Na terra de Uz vivia um homem chamado Jó".

Jó foi uma pessoa real ou apenas um herói fictício?
Por causa da forma poética em que 39 dos 42 capítulos do livro de Jó foram
compostos e devido às forças sobrenaturais envolvidas nos desastres e aflições do herói (como também na restauração de sua saúde e fortuna), alguns eruditos têm questionado a historicidade do episódio. Teria existido uma pessoa como Jó?
 Onde teria ele vivido, e quando?
Muitos têm especulado que ele seria mera figura fictícia, de certo modo um representante do povo hebreu durante o período de profunda aflição no cativeiro babilônico.
Jó viveu no período patriarcal como Abraão, Isaque e Jacó,
 Alegam que a grande porcentagem de palavras emprestadas do aramaico e o elevado nível de monoteísmo, que se reflete nos pontos de vista de todos os cinco personagens, ou seis, se incluirmos o próprio Deus, envolvidos nos diálogos, indicam uma data pós-exílica para a composição.
Em resposta a essa teoria a respeito da origem tardia e ficcional de Jó, devemos notar que se pode descobrir extensa base para apoio à completa historicidade de Jó, bem como das experiências pessoais e familiares por que ele passou.
Primeiramente, Jó 1.1 declara de modo positivo que:
 "Na terra de Uz vivia um homem chamado Jó".
A redação assemelha-se muito à de 1 Samuel 1.1, no que diz respeito à casualidade:
"Havia um certo homem de Ramataim, zufita[...] chamado Elcana, filho de Jeroão..."
etc. Também em Lucas 1.5 lemos: "No tempo de Herodes,rei da Judeia, havia um sacerdote chamado Zacarias...".Se Jó faz parte do cânon sagrado das Escrituras, segue-se logicamente que se deve atribuir credibilidade à declaração histórica que lhe serve de abertura, assim como em 1 Samuel ou Lucas — ou qualquer outro livro da Bíblia que afirme a historicidade de uma personagem cuja carreira ela registra.
Em segundo lugar, a historicidade de Jó é confirmada definitivamente pelas referências feitas a ele em outras passagens das Escrituras. Em Ezequiel 14.14, Jó é colocado ao lado de Noé e Daniel comon exemplos de piedade; ele é um intercessor eficiente: "Mesmo que estes três homens, Noé, Daniel e Jó, estivessem nela, por sua retidão eles só poderiam livrar a si mesmos.
Palavra do Soberano, o SENHOR".
Aqui encontramos o próprio Senhor Deus afirmando a existência factual de Jó, junto à de Noé e Daniel.
Portanto, se ele não houvesse existido, da mesma forma a historicidade dos outros dois seria questionada. Seguir- se-ia de igual maneira que o próprio Deus estaria enganado e precisaria ser corrigido pelos eruditos de nossos dias, imbuídos de ceticismo!
Nesse ponto, é interessante notar que até W. F. Albright, o qual se inclinava a uma datação mais tardia para a composição do livro de Jó, nenhuma dúvida tinha de que ele era uma personagem
histórica.
Em seu capítulo intitulado "The Old Testament and Archaelogy" (H. D. ALLEMAN & E. E. FLACK, orgs., Old Testament commentary, Filadélfia, Fortress, 1954), Albright indica que Jó teria sido um contemporâneo dos patriarcas na era pré-mosaica.
Tem se apoiado essa teoria por causa do emprego do nome ’Iyyōḇ. 
(Deve-se notar que nos textos da Execração de Berlim, ’Iyyōḇ aparece como sendo o nome de um príncipe sírio que residia perto de Damasco;
nos documentos de Mari, do século XVIIIa.C., Ayyabum é mencionado, e na correspondência de Tell el-Amarna, de 1400 a.C, faz-se referência a Ayab como sendo um príncipe de Pella.) 
Albright também certifica a credibilidade do nome de Bildade (um dos três amigos que "confortavam" Jó) como sendo uma forma abreviada de Yabil-Dadum, nome que se encontra nas fontes cuneiformes do início do segundo milênio a.C.
Em terceiro lugar, as objeções baseadas no confronto entre Iavé e Satanás, registrado nos primeiros capítulos de Jó, não têm uma base mais sólida que as apresentadas contra o episódio da tentação de Cristo por Satanás no deserto (Mt 4; Lc 4).
Se a Bíblia não pode ser considerada digna de confiança em questões como essas, daí, torna-se difícil dizer em que assuntos  ela consegue reter alguma autoridade ou credibilidade como documentando da revelação divina.
Em quarto lugar, o argumento de natureza lingüística, baseado na presença de termos mais característicos do aramaico que do hebraico, na verdade é bem tênue.
A língua aramaica era evidentemente conhecida e foi utilizada no norte da Arábia durante um longo período de tempo.
As numerosas inscrições do primeiro milênio dos nabateus dessa região foram escritas quase invariavelmente em aramaico; é possível que as negociações com os povos de fala aramaica tenham se iniciado antes de 2000 a.C.
 O sogro de Jacó, Labão, certamente falava o aramaico (cf. Gn 31.47).
Os contatos comerciais com o grande centro sírio de Ebla eram abundantes já em 2400 a.C. (embora seus habitantes talvez falassem um dialeto amorita, em vez de aramaico).
Além disso, deve-se salientar que a extensão da influência aramaica talvez tenha sido um pouco exagerada.
A. Guillaume ("The unit of the book of Job", Annual of Leeds University, Sec. Oriental 14 [1962-3]: 26-7) argumenta de maneira
conviniente que não existem aramaísmos demonstráveis nos discursos de Eliú (Jó 32-37), os quais têm a reputação de apresentar o maior número deles.
Afirma Guillaume que são quase todos termos existentes na língua árabe, a qual apresenta cognatos em aramaico também.
Ele apresenta uma lista de pelo menos vinte e cinco expressões como exemplos, citando os originais árabes em cada caso.
Visto que a ambientação da narrativa é Uz, localizada em algum lugar no norte da Arábia, a mistura de palavras árabes e aramaicas é exatamente o que seria de esperar de um texto de Jó, fosse originariamente composto em hebraico(pouco provável), fosse traduzido de um texto anterior, escrito numa língua prevalecente no norte da Arábia no período pré-mosaico.
À vista dessas considerações, devemos concluir que não há base sólida para a teoria de um Jó fictício. Portanto, o apóstolo Tiago tinha toda razão ao apelar para o exemplo desse patriarca, quando exortava os cristãos a permanecer pacientes na tribulação. Tiago 5.11 diz:
"Como vocês sabem, nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança. Vocês ouviram falar sobre a perseverança de Jó e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou. O Senhor é cheio de compaixão e misericórdia". 
Uma alusão à restauração final de Jó, quanto à saúde, riquezas e felicidade e como pai de uma família grande e temente a Deus. 
É desnecessário salientar que dificilmente o Senhor teria sido misericordioso e compassivo para com uma personagem fictícia, alguém que nunca existiu!

QUANDO SE DEU O ARREBATAMENTO DE ELIAS ?

O arrebatamento de Elias

Como poderia Jeorão, rei de Judá, ter recebido uma carta de Elias, tanto tempo depois de o profeta ter sido arrebatado (2 Cr 21.12-15)?
É óbvio que isso não poderia ter acontecido: Elias não podia escrever cartas após seu arrebatamento.
 Mas essa pergunta pressupõealgo que nunca aconteceu, a saber, a trasladação de Elias antes do reinado de Jeorão, filho de Josafá.
Somos  convidado a consultar W. Crockett, A harmony of Samuel, Kings, and Chronicles, p. 247, onde verá que "o arrebatamento de Elias"é registrado no reinado de Jorão, filho
de Acabe.
Portanto, teria sido perfeitamente possível que Elias escrevesse uma carta de advertência e repreensão em847 a.C, visto que o reinado de Jeorão de Judá (848-841) em grande parte se sobrepôs ao de Jorão de Israel (852-841).
É certo que Elias ainda estivesse em plena atividade no reinado do rei que precedeu imediatamente Jorão, a saber, Acazias de Israel (853-852), que também era
filho de Acabe.
 Sabemos disso por causado encontro que Elias teve com dois pelotões de soldados enviadoscom o objetivo de prendê-lo,os quais foram destruídos
pelo fogo que desceu do céu, em resposta à oração de Elias (2 Rs 1.3-16).
É bem provável que esse homem deDeus houvesse vivido mais quatro ou cinco anos, até que o caráter e os costumes do indigno filho de Josafá se tornaram aparentes.
(2 Cr 21.4 relata como Jeorão sentenciou à morte todos os seus irmãos tão logo setornou rei.
É possível que sua esposa, Atalia, filha de Jezabel,o tenha incitado a promover a matança de seus irmãos. Ela própria tentaria, mais tarde, matar todos os sobreviventes da casa de Acabe, depois queseu filho Acazias foi morto por Jeú em
841 a.C.).
É verdade que o relato do arrebatamento de Elias ao céuestá em 2 Reis 2.1 -11, e não há referência aoreinado de Jeorão de Judá senão em 2 Reis 8.16.
Mas devemos lembrar-nos de que o narrador de 1 e 2 Reis escreve sobre as carreiras dos reis e as dos principais profetas, Elias e Eliseu, alternando-as.
 Num momento, ele desenvolve certo tema e descreve uma façanha de Elias, sem abandonar a história enquanto não a termina.
Foi o que aconteceu ao narrar o episódio da partida de Elias para o céu.
Esse fato está intimamente relacionado à dotação de Eliseu com os poderes de seu amado mestre.
Primeiro, Elias o chamara para o discipulado, no reinado de Acabe, depois de haver atirado sobre ele, simbolicamente, seu manto (1 Rs 19.19-21), não muito tempo
depois do desafio no monte Carmelo.
Quando se aproximou o final da carreira terrena de Elias, no reinado de Jorão, filho de Acabe (852-841), o tema mais importante, do ponto de vista do autor de
Reis, ficam sendo a sucessão profética.
Portanto, com muita lógica, ele cuidou disso em primeiro lugar (i.e., o derramamento daporção dobrada do espírito de Elias sobre Eliseu, no momento em que se separam).
Não seria apropriado que o autor, antes disso, voltasse a escrever sobre os acontecimentos nacionais de Israel e Judá, narrados no capítulo 3.
(O escritor usa o mesmo procedimento em 2 Rs 19.37, em que trata do assassínio de Senaqueribe, ocorrido em 681 a.C, antes da doença de Ezequias, ocorrida em 714.)
No que concerne à narrativa de 2 Crônicas,não nos é informado se a partida de Elias, ocorreu antes ou depoisda ascensão de Jeorão, filho de Josafá, ao trono real, mas não existe nenhum aparente anacronismo a ser resolvido.
É muito provável que a carta de Elias a Jeorão houvesse sido escrita em 847 e entregue ao destinatário no
mesmo ano, um pouco antes de ele ser arrebatado ao céu pela carruagem de fogo (2 Rs 2.11).

SANÇÃO UM LIBERTADOR DE ISRAEL.

Sanção o libertador de Israel

Como poderia Deus ter incitado Sansão a manter um romance com uma jovem pagã, como forma de estimular uma contenda entre Israel e seus vizinhos (Jz 14.4)?
Parece que Sansão mantinha relações cordiais com os dirigentes filisteus, os quais conduziam a tribo de Dã subjugada.
 Esses estrangeiros agressivos, amantes da  guerra, vindos de Creta, mantinham grande parte de Israel sob escravidão humilhante,
havia muitos anos.
 Os filisteus haveriam deperturbar os israelitas por todo o período  de Samuel e Saul, até as vitórias finais do rei Davi, em torno do ano 1000 a.C. Sansão era o único capaz de derrotar os opressores.
No entanto, ele estava interessado demais  em si próprio, nos prazeres carnais, e não conseguia desempenhar suas tarefas de forma responsável.
Ele possuía uma força física fantástica e uma coragem que de modo algum se comparava à sua dedicação ao chamado de Deus.
 Fora consagrado desde a infância para servir ao Senhor como nazireu, mas, tendo desenvolvido um espírito voluntarioso, tornara-se um egoísta abominável.
Por isso, a única forma de estimulá-lo contra os opressores de seu povo era permitir que ele arranjasse um motivo de contenda com os filisteus, no contexto de seu interesse pessoal.
 Seus piedosos pais haviam-no exortado a que nada tivesse em comum com as filhas dos filisteus, não importando quão bonitas fossem.
 No entanto, Sansão deixou de lado a  admoestação de seus genitores e persistiu em fazer aquilo mais que lhe agradasse.
É nesse contexto que o versículo 4 nos informa: "Seus pais não sabiam que isso vinha do SENHOR, que buscava ocasião contra os filisteus; pois naquela época eles dominavam Israel".
Chegara o tempo de aparecer outro herói para livrar os israelitas da opressão pagã, como havia acontecido anteriormente, naépoca de Otoniel, Eúde e Gideão.
 Todavia, Sansão estava demasiado envolvido consigo mesmo não conseguia prestar atenção à voz de Deus e precisa dele assim mesmo.
Por isso, precisava de algum incentivo forte para virar-se contra os filisteus, por meio da vingança, por algum mal que eles lhe
fizessem.
 O Senhor usou até mesmo reação carnal de Sansão para realizar seu propósito gracioso de aliviar a opressão dos inimigos de Israel.
O resultado do ressentimento desse jovem contra os convidados para a festa de seu casamento, que haviam arrancado de sua noiva a solução do enigma que ele lhes propusera, foi ele partir para o ataque contra alguns guerreiros (possivelmente membros do exército) da cidade vizinha de Ascalom. Sansão lhes roubou as roupas a fim de poder pagar a aposta que perdera (14.19).
Esse episódio desdobrou-se para o mal: Sansão havia abandonado sua noiva, ressentido por ter descoberto que ela revelaraa resposta do enigma a seus inimigos.
Depois, descobriu que a mesma fora dadaa outro homem. Como retaliação, ele queimou as colheitas dos filisteus.
O resultado de tal vingança, é claro, resultou numa força expedicionária organizada por eles, quedecidiram prendê-lo e puni-lo pelo que
fizera (Jz 15.6-8).
Todavia, essa manobra oslevou à própria destruição ao lado da rocha de Etã e de Ramate-Leí (v. 14-17).
O fato abrandou a opressão férrea que a Filístia mantinha sobre os israelitas.
Até mesmo a tolice de Sansão em revelar o segredo de sua força à namorada Dalila induziu à morte a fina flor da liderança dos
filisteus, quando o templo de Dagom foi derrubado.
"Assim, na sua morte, Sansão matou mais homens do que em toda a sua vida" (Jz 16.30).
Como poderia o casamento de Sansão provir "do SENHOR", como Juízes 14.4 o
declara, se não era permitido aoscrentes casar-se com incrédulos?
Juízes 14.3 deixa bem claro que Sansãoestava errado em casar-se com uma filha dos filisteus, da cidade de Timna.
Seuspais o admoestaram pelo fato de ele estar se casando com alguém que não era de sua fé.
 Mas o jovem insensato não lhes deu ouvidos: "Consiga-a para mim.
É ela que me agrada".
 A seguir, diz o versículo 4, indicativo de que Deus pretendia usar Sansão como paladino contra os filisteus nos anos vindouros:
"Seus pais não sabiam que isso vinha do SENHOR, que buscava ocasião contra os filisteus".
Seria errado concluir, com base nessa última declaração, que Deus estava satisfeito por estar Sansão violando a lei mosaica, que proibia estritamente os casamentos mistos.
Mas essa passagem demonstra que o Senhor tencionava usá-lo como libertador de seu povo, alguém que livrasse os israelitas da tirania dos
impiedosos filisteus.
Visto, porém, que até essa época Sansão mantinha excelentes relações com esse povo, era improvável que ele viesse a fazer voluntariamente
alguma coisa para livrar Israel do jugo dos senhores pagãos.
 Era preciso que ele tivesse uma contenda com os filisteus antes de iniciar uma carreira libertadora em prol de seu próprio povo.
Ashorrendas conseqüências desse casamento infeliz, que na verdade nunca foi celebrado, criaram as circunstâncias pelas quais Sansão ergueuse contra a Filístia.
Como poderia Sansão apanhar 300 raposas para perpetrar a travessura em
Timna?
Juízes 15 fala-nos de como Sansão procurava uma vingança contra os filisteus de Timna, depois que sua noiva fora dadaa outro homem.
 O versículo 4 declara que Sansão "capturou trezentas raposas e asamarrou aos pares pela cauda.
Depois prendeu uma tocha em cada par de caudas".
 A seguir, Sansão "acendeu as tochas", deixou-as correr pela seara dos filisteus de Timna, que perderam toda a colheita.
 No que concerne ao método usado por ele para apanhar 300 raposas, quando a maioria das pessoas acha extremamente difícil pegar uma que seja, nenhuma informação o texto nos fornece.
Se sua força sobre-humana era igualada por uma agilidade também sobrenatural, que o capacitava a superar as raposas em velocidade, não podemos saber.
Talvez ele houvesse criado um tipo especial de armadilha, com grande poder de atração, capaz de prendê-las até acumular o número de animais suficiente para seus propósitos.
 Podemos presumir que Sansão tivesse usado um par de luvas grossas, capazes de protegê-lo contra dentes e garras tão afiados. Qualquer que tenha sido o método empregado por ele para prender tantas raposas, é certo que esse homem era um gênio.
Todavia, qualquer guerreiro que conseguisse matar mil soldados armados usando para isso apenas uma queixada de jumento como única
arma (v. 15) certamente saberia cuidar e capiturar com segurança, trezentas raposas sem grandes dificuldades. 

JEFTÉ CUMPRIU SEU VOTO ? VEJA AQUI.

Jefté cumpriu seu voto

Por que Deus permitiu que Jefté cumprisse aquele voto absurdamente tolo?
O voto de Jefté tem sido mal entendido por muitos. 
Em Juízes 11.30, 31 ele, na véspera de seu combate decisivo contra os poderosos invasores amonitas, fez uma solene promessa a Deus, se o Senhor concedesse a vitória sobre seus inimigos, quem quer que surgisse de dentro de sua casa a fim de encontrar-se com ele tornar-se-ia propriedade do Todo-Poderoso.
"E eu o oferecerei em holocausto", concluiu ele (v. 31).
Obviamente tratar-se-ia de um ser humano a ser sacrificado. Será que Deus iria permitir?
 Alguém da casa de Jefté, um membro de sua família, talvez, alguém que lhe teria tanto amor que seria o primeiro a vir encontrar-se com ele e saudá-lo.
O texto hebraico exclui essa possibilidade de algum animal servir como escolhido ao sacrifício queimado, visto que a frase que se traduziu por "aquele que estiver saindo da porta da minha casa ao encontro" jamais poderia ter sido  usada.
Se se tratasse de um animal, é claro que não haveria problema algum em sacrificá-lo no altar como oferta queimada, sacrifício de sangue (a palavra hebraica ‘ôlāhnormalmente indica sacrifício queimado).
Todavia, nesse caso específico,  tratar-se-ia de um ser humano, membro do lar de Jefté, o primeiro a cumprimentá-lo; tal pessoa sem dúvida seria oferecida em holocausto ao Senhor.
 Por quê?
 Não foram os sacrifícios humanos severa e reiteradamente proibidos por Deus, em suas leis?
 (V.  Lv 18.21; 20.2-5; Dt 12.31; 18.10.).
É inconcebível que Jefté ou qualquer outro israelita pensasse que estaria agradando a Deus ao cometer essa abominação terrível na presença do Senhor e em seu altar.
 "Não adorem o SENHOR, o seu Deus, da maneira como fazem essas nações, porque, ao adorarem os seus deuses, elas fazem todo tipo de coisas repugnantes que o  SENHOR odeia, como queimar seus filhos e filhas no fogo em sacrifícios aos seus deuses.
Apliquem-se a fazer tudo o que eu lhes ordeno; não acrescentem nem tirem  coisa alguma" (Dt 12.31, 32). Lemos ainda em Deuteronômio 18.10-12: 
"Não  permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos.
 O SENHOR tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por  causa dessas abominações que o SENHOR,O seu Deus, vai expulsar aquelas nações da  presença de vocês".
Em vista dessa proibição divina e aversão de Jeová a essa prática, o fato de Jefté haver assumido tal responsabilidade seria equivalente a Deus ter renunciado completamente a sua soberania.
Seria como repudiar a própria aliança, que exigia de Israel fosse santidade ao Senhor.
Igualmente incrível é a idéia de que Deus, sabendo antecipadamente que Jefté  teria a intenção de quebrar dessa forma sua lei e de pisotear sua aliança com Israel,  apesar de tudo lhe concedera a vitória sobre os inimigos.
A analise desse evento  nesses termos envolveria uma dificuldade teológica insuperável, pois implicaria em admitir um comprometimento sem esperança da integridade da parte do próprio Deus.
Então, o que na realidade teria acontecido? 
Se Jefté não chegou a oferecer a filha sobre o altar?
Como salienta alguns teólogos, o registro desse voto e da forma como ele foi cumprido salienta a dedicação daquela moça ao serviço do Senhor em um ministério que durou toda sua vida ao pé do santuário de Deus no altar.
Juízes 11.37, 38 declara que se concedeu à jovem um período de lamentação de dois meses, não para que ela chorasse a proximidade de sua morte, mas, antes, para que lamentasse sua  virgindade permanente e a resultante extinção da linha genealógica de seu pai, visto ser ela filha única e não se casaria.
Tendo sido colocada para trabalhar no tabernáculo ( vejam cf. Êx 38.8; Fez também a pia de cobre com a sua base de cobre, dos espelhos das mulheres que se reuniam, para servir à porta da tenda da congregação, e outras referências sobre virgens consagradas que serviam no templo), a jovem jamais se tornaria mãe, daí a ênfase na expressão "ela nunca deixou de ser virgem" (Jz 11.39).
Essa observação não teria sentido se de fato a moça tivesse sido sacrificada ao Senhor.
Jefté agiu como um homem de honra, ao cumprir a promessa e apresentar a filha em sacrifício vivo, como todos os cristãos devem fazer, ao preservar-se para Deus (Rm 12.1). 
Houvesse ele praticado a detestável abominação de matar a própria filha, jamais poderia ter sido inscrito entre os heróis da fé pelo autor da Epístola aos Hebreus. 

A BRAVURA DE JAEL MULHER DE HÉBER DA BÍBLIA.

Débora e Jael


De que forma morreu Sísera?
Juízes 5.24-27, parece discordar de Juízes 4.21 nesse ponto.
 Como é possível que Jael seja considerada digna de louvor por esse assassinato?
É o que vamos ver.
Bendita seja entre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja entre as mulheres nas tendas.Água pediu ele, leite lhe deu ela; em prato de nobres lhe ofereceu manteiga.
À estaca estendeu a sua mão esquerda, e ao martelo dos trabalhadores a sua direita; e matou a Sísera, e rachou-lhe a cabeça, quando lhe pregou e atravessou as fontes.Entre os seus pés se encurvou, caiu, ficou estirado; entre os seus pés se encurvou, caiu; onde se encurvou, ali ficou abatido.Juízes 5:24-27
Juízes 4.21 diz-nos que Jael, esposa de Héber, foi até seu hóspede, que dormia,e martelou em sua têmpora um pedaço pontudo de madeira, traspassando o crânio de Sísera com um único golpe. Presume-se que primeiro ela o alojou confortavelmente e estendeu um cobertor sobre ele, para mantê-lo aquecido para descansar.
Juízes 5.24-27 confirma a informação de que primeiro ela lhe deu uma tigela de coalhada, antes de pô-lo a dormir.
A seguir, estando o homem em sono profundo, ela de posse  uma das estacas da tenda cravou em sua fronte, como descreve o versículo 21, matando-o instantaneamente.
O versículo 27 acrescenta um pormenor: depois do impacto do golpe, o corpo de Sísera "se curvou, caiu e ali ficou prostrado" aos pés de Jael.
Não existe espécie alguma de contradição,entre as passagens bíblicas de modo que é difícil entender a razão de tal questionamento.
A pergunta mais difícil relaciona-se com a avaliação moral do ato cometido por Jael.
É certo que ela foi culpada hipoteticamente, de violação ao dever sagrado de proteger um hóspede que fora recebido em paz em sua casa.
Tecnicamente, ela cometeu assassinato em primeiro grau. Ainda que o texto de Juízes em parte alguma diga que Deus aprovou a ação dessa mulher, não pode haver dúvida deque Débora, profetisa do Senhor segundo (4.4), considerou-a digna de elogio.
Tanto ela quanto Baraque, companheiro de combates na derrota do exército de Sísera e no livramento do povo israelita da opressão de Jabim, deram uma expressão dramática, no capítulo 5, ao ato de Jael, revelando aprovação ou admiração pelo que ela fez, ao eliminar o temível guerreiro.
Ao avaliar o ato de Jael, há diversos fatores que devem ser levados em consideração;
Após a derrota do exército de Sísera e o restabelecimento do governo israelita, Jael poderia ter sido condenada, sob acusação de ter dado guarida a um  criminoso fugitivo.
Todavia, talvez estivesse sozinha no momento, e não pôderia recusar alojamento a um homem armado e poderoso, ordenando-lhe que fosse buscar refúgio em outro lugar.
Sem dúvida alguma, se Jael lhe houvesse recusado hospedagem,  Sísera a teria forçado de qualquer maneira;
talvez a houvesse matado, a fim de evitar que ela o denunciasse.
Afinal, ele representava a opressão brutal e tirânica sobre  o povo de Deus, a qual poderia renovar-se algum tempo depois se Jael permitisse que ele escapasse com vida.
 Isso significa que ela teria responsabilidade na matança de muitos inocentes, caso a Sísera fosse permitida uma carreira futura de agressão às tribos do norte de Israel.
Jael não estaria disposta a ser cúmplice do inimigo.
Tampouco desejaria enfrentar, com o marido, a condenação à morte por traição, depois que as  tropas vitoriosas de Débora e Baraque traçassem a fuga de Sísera até sua tenda.
Tampouco o senso de compromisso de Deus com seu povo Israel permitiu a essa mulher assumir posição ao lado do inimigo.
Portanto, ela não tinha muita escolha.
Na  verdade, só lhe restava a decisão,ela precisava pensar rápido,e o  que adotou?
 Enfrentou as angustiantes alternativas  entre dois princípios morais e acabou escolhendo o menor dos dois males,a favor do seu povo,já que o pior inimigo estava em suas mãos,e não o deixou escapar.

COM INTERPRETAR TEXTOS DIFÍCEIS DA BÍBLIA.

Como interpretar textos bíblicos

Procedimentos recomendados ao lidar com as  dificuldades do texto bíblico .
Quando estivermos  procurando esclarecer questões bíblicas de qualquer ordem, quer se refiram a situações reais, quer a doutrinárias, é bom seguir diretrizes
adequadas para descobrir a solução.
Isso fazem mais facilmente as pessoas que estudaram a Bíblia com cuidado e em oração ao longo de muitos anos, tendo
memorizado as Escrituras fiel e sistematicamente.
Algumas diretrizes seriam:
1. Esteja totalmente persuadido de que existe uma explicação satisfatória para a dificuldade, mesmo que você ainda não a tenha encontrado.
Um engenheiro especialista em aerodinâmica pode não entender como o abelhão consegue voar.
No  entanto, confia que existe uma explicação satisfatória e logica, para tão brilhante desempenho, porque, afinal de contas, o abelhão voa!
De maneira semelhante, podemos ter a  completa certeza de que o divino Autor de cada livro da Bíblia preservou o  instrumento humano que o escreveu, isentando-o de erros e enganos ao fornecer-lhe o
texto sagrado original.
2. Evite a falácia de trocar a posição apriorística pelo seu oposto cada vez que surgir um problema.
 Ou a Bíblia é a Palavra inerrante de Deus ou é o registro  imperfeito de homens falíveis.
Desde que tenhamos concordado com Jesus Cristo em  que as Escrituras são completamente dignas decrédito e plenas de autoridade, tornase impossível nos transferirmos para outra hipótese, a de que a Bíblia é apenas um
registro sujeito a erros, escrita por homens falíveis que escreveram a respeito de Deus.
Se a Bíblia, como afirmou Jesus, é defato a Palavra de Deus, deve então ser  tratada com respeito, confiança e completaobediência. Diferentemente dos demais livros escritos por homens, as Escrituras vieram da parte de Deus.
Nelas encontramos  o Deus que vive para sempre, que está presente em toda parte (2Tm 3.16, 17).
Quando nos sentirmos incapazes de entender os caminhos de Deus ou de discernir suas palavras, devemos humildemente curvar-nos diante do Senhor e esperar com toda a paciência que ele nos esclareça a dificuldade ou nos livre de nossas provações
conforme sua vontade e sabedoria.
Pouquíssima coisa Deus manterá fora de nosso  alcance, se tivermos o coração e a mente entregues a ele, como crentes sinceros.
3. Estude cuidadosamente o contexto e a estrutura verbal do versículo ou da passagem em que o problema se encontra, até obter uma idéia do que ele quer dizer dentro de seu ambiente.
Pode ser necessário estudar o livro todo em que essa passagem está inserida. Anote cuidadosamente como cada termo-chave ocorre em
outras citações.
Compare um versículo com outro, de modo especial todos os trechos da Bíblia que tratam do mesmo assunto ou doutrina.
4. Lembre-se de que nenhuma interpretação das Escrituras é válida se não se basear em exegese cuidadosa, a saber, no compromisso sincero desaber com exatidão o que o autor queria dizer na época com aspalavras que usou.
Isso se consegue mediante o estudo cuidadoso das palavras-chave, conforme definidas pelos dicionários (hebraico e grego) e usadas em textos paralelos.
Pesquise também o sentido específico dessas palavras em expressões  idiomáticas que aparecem em outras partes da Bíblia.
Pense sobre o quanto deve ficar confuso um estrangeiro ao ler em um de nossos textos algo assim:
"Fulano tomou um banho, depois tomou seu café e a seguir  foi tomar o ônibus"; "Tome conta de seu dinheiro, se não um ladrão o tomará de
você"; "Tome juízo, menino!"; "Vamos tomar nota disso". O verbo tomar tem sentido
diferente em cada frase.
 Presume-se que as palavras geradoras de sentidos diferentes possuem as mesmas raízes ou a mesma origem etimológica.
 Entretanto, pode haver  total confusão se a pessoa entender mal o que o autor escreveu, o que quis expressar ao usar esses vocábulos.
Tenha em mente quea inerrância acarretaa aceitação do que  o autor bíblico quis dizer ao usar determinadas palavras e a crença no sentido original delas.
Se ele queria que suaspalavras fossem entendidas literalmente, é errado tomálas em sentido figurado.
 Seas aplicou em sentido figurado, é errado tomá-las  literalmente.
É por isso que devemos aplicar-nos à exegese cuidadosa, a fim de descobrir o que o autor quis dizer à luz das situações e sentidos de sua época.
 Eis um  trabalho árduo. O uso da intuição ou do julgamento demasiado rápido pode apanhar o exegeta numa teia de falácias e de tendências a distorções subjetivas.
Isso em geral resulta em heresia prejudicial à causa do Senhor, a quem desejamos servir.
5. No caso de textos paralelos, o único método justificável é o da harmonização.
Isso significa que todos os testemunhos emitidos por várias pessoas  que presenciaram determinado acontecimento devem ser considerados dignos de confiança quanto ao que foi feito ou dito em sua presença, ainda que tenham
observado os fatos de ângulos diferentes.
 Quando os discernimos, os alinhamos e os  colocamos juntos, na perspectiva correta, obtemos uma compreensão mais completa dos fatos do que se considerássemos cadatestemunho individualmente.
Todavia,  como acontece no caso de qualquer processo investigativo conduzido de modo adequado num tribunal jurídico, o juiz e o júri devem considerar cada testemunho verdadeiro, desde que os fatos sejam vistosda perspectiva da própria testemunha — a menos, é claro, que essas autoridades estejam diante de mentirosos indignos de confiança.
 Só a injustiça seria bem servida se crêssemos em qualquer outro pressuposto
— como, por exemplo, o deque cada testemunha é tida por não fidedigna, a menos que seu testemunho seja corroborado por fontes externas.
(Esse, obviamente, é o pressuposto dos oponentes da inerrância das Escrituras, o que os leva a resultados totalmente infundados.)
6. Consulte os melhores livros disponíveis, de modo especial os produzidos por especialistas evangélicos que crêem na integridade das Escrituras.
Pelo menos 90% dos problemas são estudados e analisados por bons comentaristas (v. "Bibliografia").
7. Sempre que os registros históricos da Bíblia são questionados, com base em supostas discrepâncias com os achados da arqueologia ou com o testemunho de documentos não-hebraicos antigos, tenha em mente que a Bíblia é em si mesma um
documento arqueológico da mais elevada qualidade.
Quando um registro pagão discorda do registro bíblico, afirmar simplesmente que o autor hebreu é quem está errado é grosseira tendência unilateral da parte do crítico.
Osreis pagãos praticavam a propaganda do auto-endeusamento, da mesma forma que os atuais políticos.
Seria então incrível ingenuidade supor que uma declaração feita em linguagem assíria cuneiforme ou em hieróglifos egípcios contenha mais verdade e mereça maior
confiança que a Palavra de Deus escritaem hebraico.
Nenhum outro documento antigo oriundo dos tempos anteriores a Cristo apresenta tantas provas de precisão e integridade quanto o AT.
Por isso, constitui violação às regras da evidência presumir que as declarações da Bíblia estejam erradas cada vez que entram em desacordo com
as inscrições seculares ou com manuscritos de algum tipo. De todos os documentos conhecidos pelo homem, só as Escrituras hebraico-gregas apresentaram provas de
exatidão e de autoridade divina, medianteum padrão de predição e cumprimento inteiramente fora da capacidade humana, somente possível para Deus. 

COMO SURGIU O Hezbollah ?

Cmo surgiu o  Hezbollah?
O Hezbollah - ou Partido de Deus - é uma organização política e militar poderosa no Líbano, formada majoritariamente por muçulmanos xiitas. Seu líder é o xeque Hassan Nasrallah. -  (fonte bbc  Brasil).
O grupo surgiu com apoio financeiro do Irã no começo dos anos 1980, e começou uma campanha para expulsar tropas israelenses do Líbano.
A hostilidade em relação a Israel continuou a ser a principal plataforma do grupo mesmo depois de maio de 2000, quando as últimas tropas israelenses deixaram o Líbano, devido, em parte, ao sucesso do braço armado do Hezbollah - a Resistência Islâmica.
A popularidade do grupo chegou ao ápice nos anos 2000, mas caiu junto a libaneses pró-Ocidente quando se envolveu em uma enorme e destruidora guerra com Israel, em seguida à captura de dois soldados israelenses, em 2006.
Divisões libanesas
O Hezbollah é o grupo mais forte do bloco de oposição pró-Síria no Líbano, que se voltou contra o governo pró-Ocidente liderado por Saad Hariri.
A organização tem vários assentos no Parlamento e ministros em um governo de coalizão nacional formado no fim de 2009.
O grupo conseguiu impedir a eleição de um novo presidente, ao boicotar sessões do Parlamento repetidamente.
O impasse chegou ao fim no dia 21 de maio de 2008, quando o grupo chegou a um acordo com o governo, no qual seu poder de veto foi reconhecido.
Em janeiro de 2011, o Hezbollah e seus aliados causaram a queda do governo de coalizão libanês, ao renunciarem a seus postos.
A renúncia foi um protesto contra a investigação, feita por um tribunal apoiado pela ONU, sobre o assassinato do premiê Rafik Hariri. Estima-se que a investigação acuse integrantes do Hezbollah pelo atentado que matou Hariri em Beirute, em fevereiro de 2005.
Israel usou de forma intensa sua força militar contra o Hezbollah na guerra de 2006.
Há muito o governo dos EUA classifica o Hezbollah como um grupo terrorista, e o acusa de desestabilizar o Líbano à luz da retirada das tropas da Síria do país, em seguida ao assassinato de Hariri.
Há muito o grupo age com o beneplácito da vizinha Síria, protegendo os interesses do país no Líbano, e servindo como uma carta para Damasco em seu confronto com Israel em torno da ocupação das Colinas de Golã.
Líderes do Hezbollah continuaram a manifestar seu apoio à Síria, ressaltando sua oposição à "interferência ocidental" no Líbano como forma de tentar unificar o país.
Além de força política, o Hezbollah tem um apelo popular por fornecer serviços sociais e assistência de saúde. O grupo também tem uma influente emissora de TV, a al-Manar.
O maior teste do Hezbollah ocorreu em 2006, quando seus militantes capturaram dois soldados israelenses em um ataque além da fronteira - que deixou militares mortos.
O episódio deflagrou uma guerra de um mês com Israel, que chegou ao fim com um cessar-fogo.
Depois de sobreviver à ofensiva militar israelense, o Hezbollah declarou vitória, aumentando sua popularidade junto a muitos no mundo árabe.
Seus críticos, entretanto, o responsabilizam pela destruição que Israel causou no Líbano.
Apesar de duas resoluções da ONU conclamando ao desarmamento das milícias no Líbano, o braço militar do Hezbollah permanece intacto.
O Hezbollah foi criado em 1982 por um grupo de clérigos muçulmanos, após a invasão israelense no Líbano.
O grupo tinha um contingente de cerca de dois mil homens da Guarda Revolucionária do Irá, baseados no Vale do Bekaa, que foram enviados ao país para ajudar na resistência contra Israel.
No começo, o grupo sonhava em transformar o Líbano - onde vivem seguidores de várias religiões - em um Estado teocrático no modelo do Irã, apesar de a idéia ter sido abandonada depois, em troca de uma abordagem mais inclusiva, que sobrevive até hoje.
Em sua retórica, o partido pede a destruição do Estado de Israel e vê o país como ocupante de terra muçulmana, afirmando que não tem o direito de existir.

COMO REALISAR SONHOS ORANDO.

Realisar sonhos em oração

A Oração que Transforma Sonhos em RealidadTexto  transcrito de ;

Catherine Marshall

Uma das verdades mais estimulantes pa­ra nós, em minha opinião, é saber que cada objeto criado pelo homem, bem como a maio­ria de suas atividades, começaram com uma simples imagem mental. Minha mãe ensinou-me isto, e ao mesmo tempo demonstrou vividamente como é a oração que transforma os sonhos em realidade.Quando jovem, eu desejava ardentemente fazer um curso superior. Mas atravessáva­mos os anos da depressão econômica, e a igreja a que meu pai servia na Virgínia Ocidental tinha muitos problemas financei­ros. Eu já havia sido aceita para matrícula na Faculdade Agnes Scott, em Decatur, na Geórgia. Tinha economizado algum dinheiro de prêmios escolares. Além disso, recebera a promessa de uma bolsa de estudos para alunos que quisessem trabalhar na escola, mas ainda nos faltavam centenas de dólares.Certa noite, mamãe foi encontrar-me, dei­tada de bruços na minha cama, em prantos. Sentou-se ao meu lado para conversar comigo."Vamos orar, nós duas, por esse proble­ma", disse tranqüilamente.

Fomos para o nosso quarto de hóspedes e nos ajoelhamos junto a um velho leito doura­do de carvalho. Aquela fora a primeira cama que meus pais haviam comprado para seu lar.
"Eu sei que essa ideia de você ir para a faculdade está certa", disse mamãe. 
"Creio também que foi Deus quem colocou esse sonho em sua cabeça. 
Portanto, vamos pedir-lhe para nos dizer o que é que podemos fazer para que o sonho se transforme em realida­de."
Durante aqueles instantes de calma que passamos naquele aposento, senti nova con­fiança e uma forte determinação surgirem dentro de mim. 
Minha mãe tinha uma fé contagiante. 
A resposta viria. Como, não sabíamos.
Continuei a fazer os preparativos para ingressar na Faculdade Agnes Scott.
 Pouco tempo depois, mamãe recebeu um ofereci­mento de um departamento cultural do go­verno para que escrevesse a história de nossa comarca. 
O dinheiro que ela ganhou foi suficiente para pagar a maior parte de minhas despesas com a faculdade.
Houve um outro exemplo mais dramático de como mamãe aplicava a oração para a realização de sonhos. 
Foi o caso de Raymond Thomas, um rapaz de "Radical Hill", o bair­ro mais pobre da cidade. 
Além de pobre, ele fora criado por uma família do lugar, e nem sabia quem eram seus pais.
Aquele moço era tão pobre que não tinha um terno. 
Todas as vezes que vinha conversar com minha mãe, trajava macacão de trabalho e calçava botinas de cano alto; porém andava sempre impecavelmente lim­po.
 Nos dias quentes de verão, ele se postava no degrau superior da escadinha de nossa varanda ensombrada, e conversava... con­versava... conversava... enquanto mamãe se embalava numa cadeira de balanço, debulhando ervilhas, ou tirando a linha das va­gens, ou remendando meias. 
Em pouco tem­po, mamãe percebeu nele uma energia ilimi­tada e uma grande capacidade mental.

Certa tarde, ele deixou entrever o mesmo anseio interior que eu tivera — cursar uma escola superior. Logo que seu sonho se reve­lou diante deles, brilhante e claro, mamãe ficou encantada de ver a expressão de anelo, que se estampava nos olhos castanhos de Ray, transformar-se na chama da esperança.
"Mas como vou conseguir isto?"
___ pergun­tou o rapaz. 
"Não disponho de recursos eco­nomicos, nem vejo perspectivas de arranjar dinheiro."
Mamãe percebeu que, com Ray, a oração do sonho deveria ser mais abrangente, in­cluindo, além do curso superior, toda uma nova filosofia de vida.
"Raymond, qualquer que seja a sua ne­cessidade, Deus já possui os recursos prepa­rados para você, conquanto que você esteja pronto para recebê-los. E nossa pátria ainda é a terra da oportunidade, Raymond. 
Aqui, o céu é o limite. 
Haverá dinheiro para todo e qualquer sonho que você tiver e que for certo para você, para cada sonho pelo qual você estiver disposto a lutar."
Para uma esposa de pastor que dispunha de parcos recursos, esta maneira de pensar era um tanto audaciosa. 
Mas mamãe cria nisso, e já o provara muitas vezes. 
E aquelas verdades começaram a criar raízes na vida de Raymond.
Afinal, chegou o dia em que Ray aceitou o pensamento dela sem reservas, e mamãe pôde levá-lo a fazer a oração que transforma os sonhos em realidade. 
Depois de tê-la ouvi­do orar por mim naquela situação, posso bem imaginar como foi sua oração por ele.
"Senhor, tu concedeste a Ray uma mente privilegiada. 
Cremos ser a tua vontade que ela seja desenvolvida e que desejas usar os potenciais de Raymond para iluminar alguma região deste teu mundo. 
E como toda a rique­za que há na terra é tua, por favor, ajude o Raymond, para que ele encontre tudo de que necessita para fazer esses cursos.
"Pai, cremos também que tu tens projetos maiores para ele. Coloque em sua mente e coração imagens vividas e sonhos específicos a respeito das atividades que desejas que ele exerça após a faculdade.
 E também, Senhor, dá-lhe a alegria de sonhar .
— uma grande alegria."
E assim, com a carteira vazia, mas muita fé em seu sonho, Raymond Thomas embarcou em um ônibus com direção à faculdade. Se eu fosse relatar aqui como foi que ele conseguiu tudo de que precisava, iria alongar demasia­damente esta história. 
Mamãe arranjou uma senhora que emprestou parte do dinheiro para ele. Escreveu-lhe cartas de encoraja­mento e orou muito por ele.
 Ray se dispôs a aceitar responsabilidades e tomou a iniciati­va de conseguir trabalho. Durante os quatro anos do curso, ele trabalhou em doze empre­gos, manobrando o tempo e o dinheiro: tantas horas de aulas, tantas para estudo, igreja, lazer, etc.
 Mamãe ficou imensamente feliz e orgulhosa no dia em que Ray recebeu seu diploma de Bacharel em Ciências, com distin­ção.
Durante a Segunda Grande Guerra e nos anos que se seguiram, não mantivemos ne­nhum contato com Raymond, mas soubemos que ele fixara residência em Viena, na Áus­tria. 
Nos meados de julho de 1958, quando me preparava para fazer uma viagem à Europa, escrevi a Ray.
Quando cheguei em Roma, encontrei ali uma carta dele, à minha espera.
 "Preparei-lhe uma surpresa. Entrei em contato com a Reverenda Fabrica di San Pietro, e eles irão procurá-la. 
A questão é a seguinte: somente eles podem conce­der-lhe permissão para ver o que, a meu ver, é o ponto alto de Roma — as esca­vações da rua de túmulos, datando de mil e seiscentos anos atrás, que se a­cham sob o Altar Mor da basílica de São Pedro. 
Há dois anos atrás, visitei o local, canto por canto..."
 Depois foi em Florença; logo que me regis­trei no hotel, o encarregado da recepção entregou-me uma carta de Ray.
 "Quando visitar a cúpula do Duomo, lembre-se de que Brunelleschi levou quatorze anos para construí-la. No in­verno passado, subi à última sacada e dei a volta ao redor da cúpula..."
 A esta altura eu já ardia de curiosidade para saber mais coisas a respeito de Ray. 
O homem que escrevera aquelas cartas não parecia ter qualquer semelhança com o ra­paz lá do Radical Hill. Estava claro que ele conhecia a Europa como poucos americanos. Aquele vigor e aquele gosto pela vida que se espelhavam em suas cartas intrigavam-me.
E as cartas continuavam a chegar.
 Em Veneza  "Escrevi a um amigo da vidraçaria Salviati, e pedi-lhe que enviasse uma gôn­dola para buscá-la. Você precisa ver os sopradores de vidro trabalhando."
 E em Bad Gastein:
 "Creio que vai achar o lugar meio agres­te. Eu esquiei numa colina próximo daí."
 Em Viena, ele foi esperar-me no aeropor­to, levando-me flores.
 "As flores e a música são parte da vida de Viena", explicou. "Aqui sempre leva­mos flores para uma anfitriã, mesmo que se tenha sido convidado para um simples jantar."
 E mais tarde, quando saboreávamos sacher torte e café, ele passou a responder às minhas perguntas.
 "O fato de eu ter-me sentado na escada de sua casa e, sem ter dinheiro algum, ter sonhado com um curso superior, e ter conseguido realizar o sonho, ensi­nou-me uma coisa. Para simplificar, o que sua mãe disse era verdade; qual­quer sonho certo pode se tornar reali­dade. 
Os recursos materiais realmente estão à disposição de quem quiser so­nhar. 
A oração nos ajuda a descobrir se o sonho é certo, e ainda nos dá a força para persistir."
 Depois ele descreveu os anos de guerra: fora um dos poucos sobreviventes de um des­tróier torpedeado. Durante a convalescença, fizera projetos para o resto da vida.
 "Eu queria ser uma espécie de cidadão do mundo, para poder servir a meu país em tempos de paz. 
Queria viajar muito, falar vários idiomas muito bem, e ter um grau de doutorado."
 "É interessante notar como você tinha projetos tão específicos", comentei.
Ray sorveu o café devagarinho, parecen­do imerso em suas recordações, olhando para fora, pela janela.
 "Este processo de fazer projetos só fun­ciona se eles forem bem específicos. Isto acontece porque grande parte da ener­gia necessária para que o sonho se rea­lize deriva justamente do quadro mental que formamos. E para criar esse quadro mental, é preciso que tenhamos idéias bem claras e precisas."
 Depois, ele passou a falar-me de seus so­nhos que já haviam-se tornado realidade: viajara por sessenta países, conseguira o doutorado em Física, pela Universidade de Viena, o que significava perfeito domínio da língua alemã. Falava também espanhol, um pouco de francês e de italiano, holandês, sueco e um pouquinho de russo. Ele serve à sua pátria como funcionário do Projeto de Energia Atômica dos Estados Unidos, na Eu­ropa.
Uma história como a de Ray mostra a íntima relação que existe entre o sonho cons­trutivo e a oração. Pois, de certo modo, este tipo de sonho é uma oração. Certamente que é a vontade do Criador que os desejos e talentos que ele mesmo colocou em nós sejam concretizados. Deus está muito interessado em ver materializar-se a grande personalida­de que ele enxerga em cada um de nós. Ele quer que nos conscientizemos dos alvos que ele tem para nós. Pois é nisso exatamente que consiste a oração: os homens operando em união com Deus para trazer do céu os planos maravilhosos que ele tem para nós.
Mas, infelizmente, muitas vezes, não nos apercebemos desses planos, porque, devido a uma circunstância qualquer, nossa capa­cidade de sonhar se atrofiou, provocando em nós um complexo de pobreza. A primeira vez que notei isso foi em contato com uma ex-cole­ga de faculdade, que sofrera muito por causa da infância pobre que tivera. Dot era incapaz de visualizar seus interesses no campo voca­cional.
Entretanto, ela fora para Washington cheia de ideais com relação a um cargo público.
"Eu não quero um cargo qualquer", expli­cou-me pouco depois que ali chegara. "Eu aceito a idéia de que Deus tem um plano para a minha vida, mas acontece que eu ainda não descobri qual é. Então como é que vou orar com relação a esse problema de trabalho?"
"Qual seria a ocupação que lhe daria mais satisfação?" perguntei-lhe. "Geralmen­te, isso é um bom ponto de partida para se saber o que fazer."
Minha amiga olhou-me ligeiramente es­pantada, e abanou a cabeça.
"Você nunca sonha?" insisti. "Não existe alguma coisa que você sempre quis ser?"
"Não. Nada."
Esta jovem não tinha aspirações porque, durante os anos de sua vida em que a mãe passara por dificuldades financeiras, ela en­sinara à filha que quem não alimenta muitas esperanças nunca sofre muitas desilusões. Na realidade, isto nada mais era que uma excelente preparação para esperar pobreza. Infelizmente, minha amiga acabou ficando num serviço de arquivista pública, um tra­balho rotineiro, em que ela empregava ape­nas uma fração de suas muitas habilidades.
Hoje sei que existe uma saída para essa situação. Quando descobrimos que existem áreas afetadas em nosso subconsciente, po­demos apelar para o poder do Espírito Santo. Ele pode voltar conosco ao passado e extir­par todo o veneno, aplanar os terrenos aci­dentados, e criar uma estrada para Deus, a fim de que ele possa penetrar triunfantemen­te em nosso presente com a execução de seu plano para nossa vida, um plano muitas vezes quase esquecido e já em atraso.
Não há limites para o que essa associação de sonhos e oração pode realizar. Eu já tenho visto resultados admiráveis em diversos tipos de experiência, como: encontrar o cônjuge certo, ou o emprego mais conveniente, en­contrar a casa ideal, saber conduzir a cria­ção dos filhos, e na formação de uma empre­sa.
Fiquei conhecendo a história da Olivetti anos atrás, quando visitei as belíssimas ins­talações da sua fábrica de máquinas de escrever e equipamentos de escritório em Ivrea, no norte da Itália, uma região cercada pelos Alpes. Ali eu vi 22 hectares de terreno, belo projeto de paisagismo, com uma boa enfermaria para os funcionários, uma biblio­teca, fileiras de blocos de apartamentos pin­tados em cores claras. A empresa é notável não somente pelo seu alcance internacional, mas também pela assistência que dá aos empregados. Fiquei encantada ao descobrir que tudo aquilo nascera de um sonho...
Anos atrás, um jovem italiano que visita­va a fábrica da Underwood, em Hartford, nos Estados Unidos, deixara-se ficar no pátio da empresa olhando aqueles edifícios de tijo­los vermelhos. Um passante que visse o rapaz assim absorto teria se admirado com isso, pois não havia nada de extraordinário na­quelas instalações imensas que ele contem­plava tão atentamente: eram exatamente iguais a outros prédios de fábricas da região.
Entretanto, para Adriano Olivetti, aque­les prédios representavam o sonho de uma vida. Naquela época, Underwood era o maior nome em máquinas de escrever. Algum dia, jurou, ele possuiria uma empresa como aque­la, e o nome Olivetti teria o mesmo significa­do de qualidade que esse outro. Ao procurar fixar em seu coração e mente os edifícios que tinha diante de si, ele criava uma imagem mental que serviria de alvo para suas ora­ções.
Trinta e quatro anos depois, Adriano voltou aos Estados Unidos como Presidente da Ing. C. Olivetti & Co. Dali telefonou para um colega seu na Itália, a fim de dar-lhe a boa notícia: "Acabo de comprar uma coi­sa..." e neste ponto sua voz se embargou pela emoção, "... comprei a Companhia Underwood."
Oito milhões e setecentos mil dólares ha­viam passado de uma mão para outra. Com a aquisição do controle da velha companhia americana, Adriano Olivetti realizava um sonho que nascera havia trinta e quatro anos.
Existem pessoas que fariam objeções a esta oração que transforma os sonhos em realidade, porque têm dúvidas quanto à vali­dade de orarmos pelas necessidades mate­riais, como: o vestuário, o pão, uma pesca­ria, ou — para usarmos situações mais atuais — uma vaga para se estacionar o carro. Com toda a razão indagam: "Será que não é errado tentar utilizar o poder de Deus e os princípios espirituais para alcançarmos nossos objetivos pessoais?"
Ambas as perguntas são muito válidas e precisam ser respondidas. 
Quanto à questão de Deus querer que incluamos em nossas orações petições a respeito das coisas mate­riais, certamente Cristo estava
 interessado tanto nas necessidades materiais do homem quanto em sua alma. Ele se interessava por suas enfermidades e sua fome física. O cristianismo é uma das poucas religiões do mun­do que consideram as coisas materiais como sendo verdadeiras e importantes — tão ver­dadeiras que Cristo teve que morrer num corpo de verdade, numa cruz de verdade.
E quanto ao perigo de nossos sonhos serem resultado de nossa vontade humana e egoística, existem testes para verificarmos isto. Somente depois que nossas aspirações são aprovadas nesses testes — e assim, antes de orarmos, estivermos certos de que o anseio de nosso coração é também o de Deus — só então a oração que realiza os sonhos poderá ser feita com fé e, portanto, com poder.
Comecemos por reconhecer que as leis de Deus estão em operação em nosso univer­so, quer as aceitemos ou não. E nós temos que operar em harmonia com elas, e não desafiá-las. Por exemplo, façamos a nós mes­mos as seguintes perguntas:
 Será que a concretização desse sonho irá preencher os talentos, tempera­mento e tendências emocionais com que Deus dotou meu ser?
 Esta pergunta não é muito fácil de se responder. Ela exige bom conhecimento pró­prio, conhecimento da nossa verdadeira per­sonalidade, o que poucos de nós possuem.
  Será que meu sonho implicará em usurpar alguma coisa ou em prejudi­car alguma pessoa? Será que sua rea­lização vai magoar alguém? 
Se assim for, podemos estar quase certos de que essa aspiração não é a vontade de Deus para nós.
  Será que estou disposto a acertar meu relacionamento com outras pessoas? Se tenho ressentimentos, animosidades, amarguras — justificáveis ou não — esses sentimentos negativos e errô­neos nos separam de Deus, que é a fonte de toda a criatividade. 
Além disso, nenhum sonho pode ser reali­zado onde não haja bom   relaciona­mento humano.
 Basta um relaciona­mento errado para obstruir o canal de comunicação da oração.
    Eu desejo a realização desse sonho de todo o coração? Eles geralmente não frutificam numa personalidade dividi­da; somente um coração inteiramente dedicado a ele estará disposto a fazer integralmente a sua parte para a con­cretização da aspiração.
 Será que estou disposto a esperar pa­cientemente o tempo determinado por Deus?        
 Minhas aspirações são elevadas? Quanto mais elevado for o sonho, maior o número de pessoas que se beneficia­rão com a sua realização, e maior a possibilidade de ter-se originado nos infinitos desígnios divinos.
 Se o desejo do seu coração foi aprovado nesses testes, então só lhe falta agora dar o passo final e necessário para a oração que transforma os sonhos em realidade. Entregue o seu sonho a Deus, e deixe-o aos seus cuidados. Parece haver períodos quando o sonho é como uma semente que deve ser plantada na terra escura e deixada ali para germinar. Mas isto não significará passivida­de de nossa parte. Há muitas coisas que podemos fazer 
— fertilizá-la, irrigá-la, roçar o mato — e que implicam em muito trabalho e autodisciplina.
Mas o crescimento daquela semente, a­quela misteriosa e irreprimível germinação de vida nos recônditos da terra, em segredo, isso é a parte de Deus no processo. Nós não podemos ficar escavando o solo, a cada momento para examinar como vai indo o progresso do sonho.

AS 95 TESES DE Martin Luther

AS 95 TESES DE  Martin Luther


1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados.
Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando do purgatório para o céu.
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinasincompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de
indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus,
mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.
.39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou
pelo menos dá ocasião para tanto.
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis
às demais boas obras do amor.
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser
comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem
indulgências.
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se
torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as
indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa
e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de
oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém,
extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a
Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem
alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a
Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa
desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas
demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma
procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com
uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem
conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente,
mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano
exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua
época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes
tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais,
na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários
de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios
sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos
pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse
violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere
à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as
graças da administração (ou da cura), etc.,como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa
contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que
seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a
construção da basílica – que é uma causa tão
insignificante?
83. Do mesmo modo:
 Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em
favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo:
Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não
a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de
indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio
dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos
pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena
remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da
mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer
dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e
indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos
inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções
poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.
Martinho Lutero[1517 A.D.]

OS 500 ANOS DA REFORMA.


COMO DEUS SE REVELA?

Como DEUS se revela

Atributo é uma característica essencial de um ser, aquilo  que lhe é
próprio.
Os atributos de Deus são singulares e perfeitos. Só Ele os têm de modo absoluto.
2.1. Deus é vivo! 2.1.1. "Ele mesmo é o Deus vivo" (Jr   10.10)
A  vida  é  uma  expressão  de  existência,  seja  terrestre  ou  eterna...
Quem  tem  vida,  tem  condições  de  se  comunicar  com  outros  que  têm vida. Enquanto os "deuses" feitos por mão dos homens "têm boca, mas não  falam;  têm  olhos,  mas  não  vêem;  têm  ouvidos,  mas  não  ouvem; nariz tem, mas não cheiram." (Sl  115.4-8).
 "Mas o nosso Deus está nos céus  e  faz  tudo  o  que  lhe  apraz"  (SI  115.3).  Por  isso,  os  homens  são convidados  pelo  Evangelho  a  se  converterem  dos  ídolos  para  o  Deus vivo  e  verdadeiro  (cf.  1  Ts  1.9;  At  14.15). 
E  os  que  assim  fazem pertencem à Igreja do "Deus vivente" (cf. 2 Co 6.16).
2.1.2.  Deus é  também a fonte da vida.
Ele  tem  a  vida  em  si  mesmo  (cf.  Jo  5.26),  e  "dá  a  todos  a  vida,  a respiração e todas as coisas" (At 17.25) no sentido terrestre. "E a todos que  o  conhecerem  por  único  Deus  verdadeiro  e  a  Jesus  Cristo  a  quem ele enviou, Ele dá a vida eterna" (cf. Jo 17.3; 1 Jo 5.20). E essa vida é a luz do mundo (cf. Jo 1.4).
2.2. Deus tem personalidade"Personalidade  e  o  con junto  de  características  cognitivas,  afetivas,volitivas  e físicas de um indivíduo,  distinguindo-o  de outro indivíduo e da vida animal".
A  Bíblia  fala  da  "pessoa  de  Deus".  Retrata  Jesus  como  "sendo  o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa [ Deus]" (cf. Hb 1.3; Jó 13.8).
Enquanto  várias  filosofias  agnósticas  —  entre  elas  p  panteísmo  —afirmam  que  Deus  é  somente  uma  "força  Impessoal"  ou  que  "Deus  é  a natureza" e se identifica com a sua criação, isto é, onde está  à  criação,
aí está Deus, a Bíblia revela Deus como  uma Pessoa divina que possui
todas as características de uma individualidade.
Se  Deus  não  tivesse  personalidade  com  a  qual  pudesse  comunicarse,  os  homens  não  teriam  jamais  a  sua  sede  do  Deus  vivo  saciada  (Sl 42.2), porque jamais entrariam em contato com Ele.
 Mas o nosso Deus  é vivo e tem personalidade.2.2.1 Jesus  revela o  Pai Jesus veio revelar aos homens o Pai (cf. Lc 10.22) e fazê-lo conhecido (cf.  Jo  1.14).  Vejamos  alguma  coisa  que  Jesus  revelou  a  respeito  da
personalidade de seu Pai.
•  Jesus  falou  de  Deus  muitas  vezes  como  sendo  o  seu  Pai:  Ele  disse:  "Meu  Pai  e  vosso  Pai"  (Jo  20.17).  Foi  Jesus  que  nos  ensinou  a orar: "Pai nosso" (Mt 6.9).
Quem é Pai possui uma personalidade.
 Jesus  usou,  quando  centenas  de  vezes  falou  de  seu  Pai,  um pronome  pessoal:  Ele  disse: 
"E  todas  as  minhas  coisas  são  tuas,  e  as  tuas  coisas  são  minhas.  ...Vou  para  ti"  (Jo  17.10,11).
 O  uso  de  pronomes pessoais subentende a sua personalidade. Jesus falou de atividades de seu Pai que só são atribuídas a uma pessoa:
 Ele  disse:  "Meu  Pai  trabalha"  (Jo  5.17);  "o  Pai  ama"  (Jo  3.35);  "a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou" (Jo 6.29);
"o Pai  ama  o  Filho  e  mostra-lhe  tudo  o  que  faz"  (Jo  5.20). 
Falou  da  vontade de seu Pai (cf. Jo 6.39,40), expressão que só se atribui  a uma pessoa. Assim, necessariamente, Ele é uma Pessoa.
Jesus disse: "Meu  Pai é o lavrador" (Jo 15.1), nome que só é atribuído a uma pessoa com
personalidade. 2.2.2.
A personalidade revelada Deus falou muitas vezes de si mesmo, usando vários nomes, que por  si  revelam  a  sua  perfeita  personalidade.  Quando  Moisés  questionou sobre  qual  seria  o  seu  nome,  Deus  respondeu-lhe:  "EU  SOU  O  QUE SOU.
 Disse mais: Assim  dirás  aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a  vós" (Êx 3.14).
 É impossível imaginar uma expressão mais forte de uma  personalidade do que essa! 2.3.  Deus é eterno
"Mas  o  Senhor  Deus  é  a  verdade;  ele  mesmo  é  o  Deus  vivo  e  o  Rei eterno"  (Jr  10.10).  Em  Romanos  16.26,  lemos  a  respeito  do  "Deus eterno". Abraão plantou um bosque em Berseba e invocou lá o nome do Senhor  —  Deus  eterno  (cf.  Gn  21.33). 
Quando  Moisés,  despedindo-se,  abençoou  as  tribos  de  Israel,  usou  o  nome  de  "Deus  eterno"  (cf.  Dt 33.27).
2.3.1.
 Deus é inalterável.
Eternidade  é  o  infinito  quando  aplicado  ao  tempo.  Deus  não  tem início. "De eternidade a eternidade, tu  és  Deus" (Sl 90.2; 1 Cr 29.10; Hc 1.12). 
Ele  tem  auto-existência  um  atributo  do  eterno  Deus.  Não  deve  sua  existência   ninguém,  porque  Ele  é  o  princípio  e  o  fim,  0  Alfa  e  o  Ômega  (Cf.  Ap  1.8;  Is  44.6).  Ele  é  Jeová  (nome  usado  6.437  vezes)  "a eterna auto-existência do único Deus"2.3.2. 
Deus não está sujeito ao tempo Para Ele o passado, o presente e o futuro são um eterno presente.
O  domínio e o poder pertencem ao único Deus, "antes de todos os séculos,  agora  e  para  todo  o  sempre"  (cf.  Jd  25).  Por  isso  é  "que  um  dia  para  o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pd 3.8).
Os anos  de  Deus  nunca  terão  fim  (cf.  Sl  102.27).
 Ele  é  o  Rei  dos  séculos  (cf.  1Tm 1.17). Deus  habita  na  eternidade  (cf.  Is  57.15)  e  o  seu  trono  é  desde  a eternidade (cf. SI92.2).
O eterno Deus não  se cansa (cf.  Is  40.28).
Este eterno Deus é o nosso Deus.2.3.3.
Deus é imortal (cf. 1   Tm   1.17; 6.16).
É  por  isso  que  Ele  pode  ser  eterno.  Ele  permanece  para  sempre (cf.  SI  102.12). 
Os  sacerdotes  fora   impedidos  pela  morte  de permanecer  no  seu  serviço  (cf.  Hb  7.23),  mas  Deus  é  para  sempre. 
Os deuses  deste  mundo  tiveram  um  princípio  e  um  fim,  mas  Deus  é imortal — Ele é para sempre.
2.3.4. Deus  é  imutável  (cf.  SI  102.2 7:  Ml  3.6:  Tg  1.17;  Hb
1.12; 6.17,18)
O  Senhor  é  o  mesmo  (cf.  Hb  13.8).  Nunca  pode  mudar.  Deus  não pode  melhorar,  porque  sempre  foi  perfeito. 
Ele  jamais  pode  tomar atitudes que não se harmonizem com a sua perfeita personalidade.
Ele não pode negar a si mesmo (cf. 2 Tm 2.13).
2.4.  Deus é espírito.
Jesus  veio  para  revelar  Deus  aos  homens,  afirmando  que  Ele  é espírito  (cf.  Jo  4.23).  Não  disse:  Deus  é  "um  espírito",  mas  "espírito".
Que significa isso?
2.4.1. A essência.Sendo Deus espírito, Ele não tem um corpo  de substância material, com  sangue,  carne  etc.  Ele  tem  um  corpo  espiritual  (cf.  1  Co  15.44).
Embora o corpo espiritual tenha forma, porque Jesus veio em "forma de Deus" (cf. Fp 2.6) e foi  à  expressa imagem da sua pessoa (cf. Hb 1.3; 2 Co 4.4; Cl 1.15), não podemos imaginar qual seja esta forma!
 Embora a Bíblia fale do rosto de Deus (cf. Êx 33.20) e de sua boca (cf. Nm 12.8) e de  seus  lábios  (cf.  Is  30.27),  olhos  (cf.  Sl  11.4  e  18.24),  ouvidos  (cf.  Is59.1), mãos e dedos (cf. SI 8.3-6), pés (cf. Ez 1.27) etc, não devemos por isso  procurar  materializar  Deus  e  em  nossa  mente  criar  uma  imagem divina correspondente a essas expressões, comparando-a com um corpo
humano! 
A  Bíblia  diz  que  nós  não  devemos  nos  preocupar  se  a divindade  deve  possuir  a  forma  que  lhe  é  dada  pela  imaginação  dos homens  (cf.  At  17.29). 
É  por  isso  que  Deus  adverte:  "Para  que  não  vos  corrompais e vos laçais  alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea" (Dt 4.16).  Essa tentação provém do desejo de  procurar materializar Deus.
Deus  é  espírito  e  a  sua  natureza  é  essencialmente  espiritual.  Ele jamais  está  sujeito  à  matéria.  Nós  também  não  devemos  procurar chegar  a  alguma  imagem  ou  visão  física  de  Deus,  mas  esperar  aquele
grande dia quando nós o veremos como Ele é (1 Jo 3.2; 1 Co 13.12).
2.4.2.  Deus  é incomensurável.
Incomensurabilidade é o infinito quando aplicado ao espaço. Assim como  é  impossível  imaginar  a  forma  de  Deus,  também  é  impossível
medir,  pesar  ou  fazer  algum  cálculo  a  respeito  de  Deus.  Não  existe números  ou  expressões  que  possam  nos  fazer  compreender  Deus  (Sl 71.15,  40.5  e  139.6,17,18).  Medida  nenhuma  pode  dar  uma  ideia  da
sua grandeza  (Jó  11.9; 1 Rs 8.27).
 Nenhum cálculo de peso pode fazernos  compreender  o  seu  "peso  de  glória"  (2  Co  4.17).  Deus  é  espírito,  e na sua imensidade não está sujeito ao espaço.
2.4.3.  Deus é invisível (cf.  Rm 1.20; Cl 1. 15)
Sendo Deus espírito, a matéria não pode vê-lo. Isto não impede que Ele esteja presente no meio do seu povo. Não somente Noé (Gn 5.29) ou
Enoque  (Gn 5.24) andavam com o Deus invisível. É o privilégio de cada crente (Cl 2.6; 1 Ts 4.1), "Porque andamos por fé e não por vista" (2 Co 5.7).
2.5.   Deus é uma triunidade;
Esta é uma das grandes doutrinas da Bíblia. A palavra "triunidade" ou "Trindade"  não existe na Bíblia, mas  a verdade sobre o único Deus,
que é o Pai, ó Filho e o Espírito, se encontra em toda a Escritura, desde os  primeiros  versículos  (Gn  1.1-3)  até  o  último  capítulo  (Ap  22.3,17).
Nos  últimos  tempos  surgirão  falsos  ensinamentos  que  negarão  essa doutrina (cf. 1 Jo 2.18-23), motivo porque devemos conhecer bem o que
a Bíblia ensina sobre isso.
2.5.1.  A Bíblia afirma que há um só Deus . A Bíblia fala que "O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt 6.4).
Jesus disse:
"Deus é o único Senhor" (Mc 12.29).
 A doutrina monoteísta(crença em um só Deus) é intocável na Bíblia.
Aparece como o primeiro  mandamento  da  Lei  (Êx  20.2,3).  Existem  muitos  deuses  e  muitos  senhores,  mas  um  só  Deus  (cf.  1  Co  8.5,6). 
A  Bíblia  usa,  em  Gênesis  1.1 e em mais 2.700 outras passagens, a palavra Elohim para expressar
Deus.
Elohim  é um substantivo na forma plural, isto é, que inclui uma  pluralidade  de  personalidades  em  uma  só  pessoa.  Também  a  palavra
"único",  ligada  a  Deus  (Dt  6.4),  vem  da  palavra  hebraica  achad,  que  indica uma  unidade composta (quando essa palavra é usada no sentido absoluto, é empregada a palavra  yacheed). 
Quando Deus fala de si, em  várias  ocasiões,  usa  a  forma  plural.  "Façamos  o  homem"  (Gn  1.26);
"Eia, desçamos" (Gn 11.7); "Quem há de ir por nós?" (Is 6.8).
2.5.2.  Três Pessoas na Bíblia são chamadas de "Deus"Três  Pessoas  são  chamadas  "Deus":  o  Pai  é  chamado  Deus  (1  Co
8.6;  Ef.  4.6);  o  Filho  (1  Jo  5.20;  Is  9.6;  Hb  1.8);  o  Espírito  Santo  (At 5.3,4).  Para  todos  três  são  usados  pronomes  pessoais:  para  Deus  Pai (cf. Is 44.6), para Deus Filho (cf. Mc 9.7) e para Deus Espírito Santo (cf. Jo  16.13).
 Os  três  são  mencionados  em  João  14.16.
 A  todos  três  são  atribuídas  características  que  só  pessoas  podem  ter.  Os  três  falam,
amam,  sentem,  chamam,  ouvem  etc.  A  todos  três  são  dados  atributos