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A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO


A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
]A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
Por que gastar tempo e espaço para descrever os sacrifícios do Antigo Testamento? Pela simples razão de que na palavra "sacrifício" temos a chave para o significado da morte de Cristo.
Muitas teorias modernas têm surgido para explicar essa morte mas qualquer explicação que deixe de fora o elemento da expiação é antibíblica, porque nada é mais assinalado no Novo
Testamento que o uso de termos sacrificais para expor a morte de Cristo.
Descrevê-lo como "o Cordeiro de Deus", dizer que o seu sangue limpa o pecado e compra a redenção, ensinar que ele morreu por nossos pecados tudo isso é dizer que a morte de
Jesus foi um verdadeiro sacrifício pelo pecado.
Visto que a morte de Jesus é descrita em linguagem que lembra os sacrifícios do Antigo Testamento um conhecimento dos termos sacrificais ajuda grandemente na sua interpretação. Porque os sacrifícios (além de proverem um ritual de adoração para os israelitas) eram sinais ("tipos") proféticos que apontavam para o sacrifício perfeito; por conseguinte, um claro entendimento do sinal conduzirá a um melhor conhecimento daquele que foi sacrificado.
Esses sacrifícios não somente eram proféticos em relação a Cristo, mas também serviam para preparar o povo de Deus para a dispensação melhor que seria introduzida com a vinda de Cristo. Quando os primeiros pregadores do Evangelho declararam que Jesus era o Cordeiro de Deus cujo sangue havia comprado a redenção dos pecados, eles não precisaram definir esses termos aos seus patrícios, porquanto estavam eles familiarizados com tais termos.
Nós, entretanto, que vivemos milhares de anos depois desses eventos, e que não fomos educados no ritual mosaico,necessitamos estudar a cartilha, por assim dizer, pela qual Israel aprendeu a soletrar a grande mensagem da redenção, mediante um sacrifício expiatório. Tal é a justificação para esta secção sobre a origem, história, natureza, e eficácia do sacrifício do Antigo Testamento.
1. A origem do sacrifício.
(a) Ordenado no céu. A Expiação não foi um pensamento de última hora da parte de Deus.
 A queda do homem não o apanhou de surpresa, de modo a necessitar de rápidas providências para remediá-la. Antes da criação do mundo, Deus,que conhece o fim desde o princípio, proveu um meio para a redenção do homem.
 Como uma máquina é concebida na mente do inventor antes de ser construída, do mesmo modo a expiação estava na mente e no propósito de Deus, antes do seu cumprimento.
 Essa verdade é afirmada pelas Escrituras. Jesus é descrito como o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apoc. 13:8).
 O Cordeiro Pascal era preordenado vários dias antes de ser sacrificado (Êxo. 12:3, 6); assim também Cristo, o Cordeiro imaculado e incontaminado, foi "conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos
por amor de vos" (1Ped. 1:19, 20).
 Ele comprou para o homem a vida eterna, a qual Deus "prometeu antes dos tempos dos séculos" (Tito 1:2). Que haveria um grupo de pessoas santificadas por esse sacrifício, foi decretado "antes da fundação do mundo" (Efés 1:4).Pedro disse aos judeus que apesar de terem, na sua ignorância, crucificado a Cristo com mãos ímpias, sem dúvida haviam cumprido o plano eterno de Deus, pois Cristo foi "entregue pelo poder do conselho e presciência de Deus" (Atos 2:23).
É evidente, pois, que o Cristianismo não é uma religião nova que começou há mil e novecentos anos, mas, sim, a manifestação histórica de um propósito eterno.
(b) Instituído na terra.
Visto como centenas de anos haviam de passar antes da consumação do sacrifício, que deveria fazer o
homem pecador?
Desde o princípio Deus ordenou uma instituiçãoque prefigurasse o sacrifício e que fosse também um meio de graça para os arrependidos e crentes.
Referimo-nos ao sacrifício de animais, uma das mais antigas
instituições humanas. A primeira menção de um animal imolado ocorre no terceiro capítulo de Gênesis.
 Depois que pecaram, os nossos primeiros pais se tomaram conscientes da nudez física o que era uma indicação exterior da nudez da consciência.
Seus esforços em se cobrirem exteriormente com folhas e interiormente com desculpas, foram em vão. Lemos então que o Senhor Deus tomou peles de animais e os cobriu. Apesar de o relato não declarar em palavras que tal providência fosse um sacrifício, sem dúvida, meditando no significado espiritual do ato , não se pode evitar a conclusão de que temos aqui uma revelação de Jeová , o Redentor, fazendo provisão para redimir o homem.
 Vemos uma criatura inocente morrer para que o culpado seja coberto; esse é o propósito principal do sacrifício — uma cobertura divinamente provida para uma consciência culpada. O primeiro livro da Bíblia descreve uma vitima inocente morrendo pelo culpado, e o último livro da Bíblia fala do Cordeiro sem mancha, imolado, para livrar os culpados de seus pecados (Apoc. 5:6-10).
2. A natureza do sacrifício.
Esta instituição original do sacrifício muito provavelmente
explica por que a adoração expiatória tem sido praticada em todas as épocas e em todos os países.
Apesar de serem perversões do modelo original, os sacrifícios pagãos baseiam-se em duas idéias fundamentais: (coração e expiação) O homem reconhece que está debaixo do poder de uma deidade tendo certos direitos sobre ele.
Como reconhecimento desses direitos, e como sinal de sua submissão, ele oferece uma dádiva ou um sacrifício.
Freqüentemente, entretanto, tomando-se consciente de que o pecado perturba a relação, instintivamente ele reconhece que o mesmo Deus que o fez, tem o direito de destruí-lo, a não ser que algo seja feito para restaurar a relação interrompida.
 Uma das crenças mais profundas e firmes da antiguidade era que a imolação de uma vitima e o derramamento de seu sangue afastariam a ira divina e assegurariam o favor de Deus.
 Mas como aprenderam isso?
 Paulo nos diz que houve um tempo "quando conheciam a Deus" (Rom. 1:21).
Assim como o homem decaído leva as marcas da origem divina, também os sacrifícios pagãos levam algumas marcas de uma original revelação divina.
 Depois da confusão de línguas (Gên. 11:1-9) os descendentes de
Noé espalharam-se por todas as partes, levando consigo verdadeiro conhecimento de Deus, porquanto até então não havia registro de idolatria.
O que ocorreu no transcurso do tempo é brevemente descrito em Romanos 1:19-32.
As nações se afastaram da adoração pura de Deus e cedo perderam de vista sua gloriosa
divindade. O resultado foi a cegueira espiritual.
Em lugar de verem a Deus por meio dos corpos celestes, começaram a adorar esses corpos como deidades; em vez de verem o Criador por meio das árvores e dos animais, começaram a adorá-los como deuses; em vez de reconhecerem que o homem foi feito a imagem de Deus,
começaram a fazer um deus da imagem do homem.
Desse modo a cegueira espiritual conduziu à idolatria.
 A idolatria não era meramente uma questão intelectual; a adoração da natureza, que é a base da maioria das religiões pagãs, conduziu o homem a deificar (fazer deuses de) suas próprias concupiscências, e o resultado foi a corrupção moral.
Todavia, apesar dessa perversão, a adoração do homem tinha leves indícios que indicavam ter havido um tempo quando ele
entendia melhor as coisas. [Através das idolatrias do Egito, Índia e China, descobre-se uma crença em um Deus verdadeiro, o Espírito eterno que fez todas as coisas.] Quando a escuridão espiritual cobriu as nações, como a corrupção moral havia coberto o mundo antediluviano, Deus começou de novo com Abraão, assim como havia feito previamente com Noé.
 O plano de Deus era fazer de Abraão o pai de uma nação que restauraria ao mundo a luz do conhecimento e a glória de Deus.
No Monte Sinai, Israel foi separado das nações, para ser uma
nação santa. Para dirigi-los na vida de santidade, Deus lhes deu
um código de leis que governaria sua vida moral, nacional
e religiosa. Entre essas leis estavam a do sacrifício (Lev. capítulos 1 a 7) as quais ensinavam à nação a maneira correta de aproximar se de Deus e adorá-lo. As nações tinham uma adoração pervertida; Deus restaurou em Israel a adoração pura. Os sacrifícios mosaicos
eram meios pelos quais os israelitas rendiam ao seu Criador a
primeira obrigação do homem, a saber, a adoração. Tais sacrifícios eram oferecidos com o objetivo de alcançar comunhão com Deus e remover todos os obstáculos que impediam essa comunhão.
 Por exemplo, se o israelita pecasse e dessa maneira perturbasse a relação entre ele e Deus, traria uma oferta pelo pecado  o
sacrifício de expiação. Ou, se tivesse ofendido ao seu próximo, traria uma oferenda pela culpa o sacrifício de restituição. (Lev. 6:1-7).
 Depois que, estava de bem com Deus e com os homens e desejava reconsagrar-se, oferecia uma oferta queimada (holocausto)  o sacrifício de adoração (Lev. capítulo 1)
Estava então pronto para desfrutar de uma feliz comunhão com Deus, que
o havia perdoado e aceito; portanto, ele apresentava uma oferenda de adoração — sacrifício de comunhão. (Lev. capítulo 3) O propósito desses sacrifícios cruentos cumpre-se em Cristo,
o sacrifício perfeito. Sua morte é descrita como morte pelo
pecado, como ato de levar o pecado (2 Cor. 5:21) Deus fez da alma de Cristo uma oferta pela culpa do pecado (tal é a tradução literal); ela pagou a dívida que não podíamos pagar, e apagou o passado que não podíamos desfazer.
 Cristo é a nossa oferenda queimada (holocausto), porque sua morte é exposta como um ato de perfeito oferecimento próprio (Heb. 5:15; Efés. 5:).
Ele é a nossa oferta de paz porque ele mesmo descreveu sua morte como um meio para se participar (ter comunhão com) da vida divina. (vide Lev. 7.15,20).
3. A eficácia do sacrifício.
Até que ponto os sacrifícios do Antigo Testamento foram eficazes? Asseguravam realmente perdão e pureza?
Que benefícios asseguravam para o ofertante? Essas perguntas são de verdadeira importância, porque, comparando e contrastando os sacrifícios levíticos com o sacrifício de Cristo, poderemos compreender melhor a eficácia e finalidade do último. Este tema é tratado na carta aos Hebreus.
O escritor dirige-se a um grupo de cristãos hebreus, os quais, desanimados pela perseguição, são tentados a voltar ao
Judaísmo e aos sacrifícios do templo. As realidades nas quais eles criam são invisíveis, ao passo que o templo com seu ritual parece tangível e real. A fim de evitar que tomassem tal decisão, o escritor faz a comparação entre o Antigo e o Novo Concertos, sendo imperfeito e provisório o Antigo, mas perfeito e eterno o Novo.
Voltar ao templo e ao seu sacerdócio e sacrifício seria desprezar a substância preferindo a sombra, o perfeito pela imperfeição.
 O argumento é o seguinte: o Antigo Concerto era bom, na medida de sua finalidade e para o seu determinado propósito ao qual foi
constituído; mas o Novo Concerto é melhor.
(a) Os sacrifícios do Antigo Testamento eram bons.
 Se não fossem, não teriam sido divinamente ordenados. Eles eram bons no sentido de terem cumprido um determinado propósito incluído no plano divino, isto é, um meio de graça, para que aqueles do povo de Jeová que haviam pecado contra ele pudessem voltar ao estado de graça, serem reconciliados, e continuarem no gozo de comunhão com ele. Quando o israelita havia fielmente cumprido as condições, então podia descansar sobre a promessa; "o sacerdote por ele fará expiação do seu pecado, e lhe ser perdoado" (Lev. 4:26).
 Quando um israelita esclarecido trazia oferta, estava ele cônscio de duas coisas: primeira, que o arrependimento em si não
era o suficiente; era indispensável uma transação visível que
indicasse o fato de ser removido o pecado. (Heb. 9:22.) Mas
por outro lado, ele aprendia com os profetas que o ritual sem
a correta disposição interna do coração também era
mera formalidade sem valor. O ato de sacrifício devia ser a
expressão externa dos sacrifícios internos de louvor, oração,
justiça e obediência — sacrifícios do coração quebrantado e
contrito. (Vide Sal. 26:6; 50:12-14; 4:5; 51:16; Prov. 21:3; Amós
5:21-24; Miq. 6:6-8; Isa. 1:11-17.) "O sacrifício (oferta de sangue)dos ímpios é abominação ao Senhor", declarou Salomão (Prov.
15:8). Os escritores inspirados, em termos claros externaram o fato de que as "emoções ritualistas não acompanhadas de emoções de justiça eram devoções inaceitáveis".
[b) O sacrifício único do Novo Testamento é melhor.
Embora reconhecessem a divina ordenação de sacrifícios de animais, os israelitas esclarecidos certamente compreendiam que
esses animais não podiam ser o meio perfeito de expiação.
1) Havia grande disparidade entre um irracional e
irresponsável e o homem feito à imagem de Deus.
Era evidente que o animal não constituía sacrifício inteligente e voluntário.
 Não havia nenhuma comunhão entre o ofertante e a vítima. Era evidente que o sacrifício do animal não podia comparar-se em valor à alma humana, nem tampouco exercer qualquer poder sobre o
homem interior. Nada havia no sangue da criatura irracional que
efetuasse a redenção espiritual da alma, a qual somente seria
possível pela oferta duma vida humana perfeita.
 O escritor
inspirado externou o que certamente foi a conclusão à qual
chegaram muitos crentes do Antigo Testamento, quando disse:
"Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os
pecados" (Heb. 10:4). Quando muito, os sacrifícios eram apenas
meios temporários e imperfeitos de cobrir o pecado até que viesse uma redenção mais perfeita.
 A lei levou o povo à convicção dos pecados (Rom. 3:20),e os sacrifícios tornaram inoperantes esses pecados de forma que não podiam provocar a ira divina.
2) Os sacrifícios de animais são descritos como "ordenanças
carnais", isto é, são ritos que removeram contaminações do corpo, e expiaram atos externos do pecado (Heb. 9:10) mas em si mesmos nenhuma virtude espiritual possuíam "... o sangue dos touros e bodes... santifica, quanto à purificação da carne" (Heb. 9:13); isto é, fizeram expiação pelas contaminações que excluíam um israelita
da comunhão na congregação de Israel. Por exemplo, se a pessoa
se contaminasse fisicamente seria considerada imunda e cortada
da congregação de Israel até que se purificasse e oferecesse
sacrifício (Lev. 5:1-6); ou se ofendesse materialmente seu próximo,estaria sob a condenação até que trouxesse uma oferta pelo pecado (Lev.6:1-7).
No primeiro caso o sacrifício purificava a contaminação
carnal; no segundo, o sacrifício fazia expiação pelo ato externo mas não mudava o coração).
O próprio Davi reconheceu que estava preso por uma depravação da qual os sacrifícios de animais não o podiam libertar (Sal.51:16; vide 1Sam. 3:14}; ele orou a Deus pedindo a renovação espiritual que sacrifícios não podiam proporcionar (Sal 51:6-10).
3) A repetição dos sacrifícios de animais denuncia a
sua imperfeição; não podiam aperfeiçoar o adorador (Heb. 10:1,
2), isto é, não podiam dar-lhe uma posição ou relação perfeita
perante Deus, sobre a qual pudesse edificar a estrutura do seu
caráter. Não podia experimentar de uma vez para sempre uma
transformação espiritual que seria o inicio duma nova vida.
4) Os sacrifícios de animais eram oferecidos por sacerdotes
imperfeitos; a imperfeição de seu ministério era indicada pelo fato
de que não podiam entrar a qualquer hora no Santo dos Santos, e,
portanto, não podiam conduzir o adorador diretamente à divina
presença. "Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o
caminho do santuário não estava descoberto..." (Heb. 9:8). O
sacerdote não dispunha de nenhum sacrifício pelo qual pudesseconduzir o povo a uma experiência espiritual com Deus, e dessa
forma tomar o adorador perfeito "quanto à consciência" (Heb. 9:9).
Ao ser interpelado o israelita espiritual com respeito às suas
esperanças de redenção, ele diria, à luz do mesmo discernimento
que o fez perceber a imperfeição dos sacrifícios de animais, que
a solução definitiva era aguardada no futuro, e que a
perfeita redenção estava em conexão, de alguma maneira, com a
ordem perfeita que se inauguraria à vinda do Messias. Em
verdade, tal revelação foi concedida a Jeremias. Esse profeta havia
desanimado de crer que o povo seria capaz de guardar a lei; seu
pecado fora escrito com pena de ferro (Jer. 17:1), seu coração era
enganoso e mau em extremo (Jer. 17:9). Não podiam mudar o
coração como o etíope não podia mudar a cor de sua pele (Jer.
19:23); tão calejados estavam e tão depravados eram, que os
próprios sacrifícios não lhes podiam valer (Jer. 6:20). Na realidade,
haviam-se esquecido do propósito primordial desses sacrifícios. Do
ponto de vista humano o povo não oferecia nenhuma esperança,
mas Deus confortou a Jeremias com a promessa da vinda dum
tempo quando, sob uma nova aliança, os corações do povo seriam
transformados, quando haveria então uma perfeita remissão dos
pecados (Jer. 31:31-34). "Porque lhes perdoarei a sua maldade, e
nunca mais me lembrarei dos seus pecados." Em Heb. 10:17, 18
encontramos a inspirada interpretação dessas últimas palavras em
que se concretizaria uma redenção perfeita mediante um
sacrifício perfeito que dava a entender que os sacrifícios de animais
haviam de desaparecer. (Vide Heb. 10:6-10.) Por meio desse
sacrifício o homem desfruta duma experiência "uma vez para
sempre" que lhe dá uma aceitação perfeita perante Deus. O que
não se conseguiu pelos sacrifícios da lei obteve-se pelo perfeito
sacrifício de Cristo. "E assim o sacerdote aparece cada dia,
ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que
nunca podem tirar os pecados; mas este, havendo oferecido um
único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à
destra de Deus..." (Heb. 10:11, 12).
5) Resta uma questão a ser considerada. é certo que havia
pessoas verdadeiramente justificadas antes da obra expiatória de
Cristo. Abraão foi justificado pela fé (Rom. 4:23) e entrou no reino
de Deus (Mat. 8:11; Luc. 16:22); Moisés foi glorificado (Luc.
9:30, 31); e Enoque e Elias foram transladados. Sem dúvida houve
muitas pessoas santas em Israel que alcançaram a estatura
espiritual desses homens dignos. Sabendo que os sacrifícios deanimais eram insuficientes, e que o único sacrifício perfeito era o
de Cristo, em que base então foram salvos esses santos do Antigo
Testamento? Foram salvos por antecipação do futuro sacrifício
realizado. A prova dessa verdade encontra-se em Heb. 9:15 (vide
também Rom. 3:25), que ensina que a morte de Cristo era, em
certo sentido, retroativa e retrospectiva; isto é, que tinha uma
eficácia em relação ao passado. Hebreus 9:15 sugere o seguinte
pensamento: a Antiga Aliança era impotente para prover uma
redenção perfeita. Cristo completou essa aliança e inaugurou a
Nova Aliança com a sua morte, a qual efetuou a "redenção das
transgressões que estavam debaixo do primeiro testamento". Isso
significa que Deus, ao justificar os crentes do Antigo Testamento,
assim o fez em antecipação da obra de Cristo, "a crédito", por
assim dizer; Cristo pagou o preço total na cruz e apagou a dívida.
Deus deu aos santos do Antigo Testamento uma posição, a qual a
Antiga Aliança não podia comprar, e assim o fez em vista duma
aliança vindoura que podia efetuar. Se perguntassem aos crentes
do Antigo Testamento se durante a sua vida gozaram dos mesmos
privilégios que aqueles que vivem sob o Novo Testamento, a
resposta seria negativa. não havia nenhum dom permanente do
Espírito Santo (João 7:39) que acompanhasse seu arrependimento
e fé; não gozavam da plena verdade sobre a imortalidade revelada
por Cristo (2 Tim. 1:10), e, de modo geral, eram limitados pelas
imperfeições da dispensação na qual viviam. O melhor que se pode
dizer é que apenas saborearam algo das boas coisas vindouras.

COMO E ESPÍRITO SANTO OPERA?

Como o Espírito Santo age?

Falando das várias operações do Espírito em relação com os homens.
1. Convicção.
Em João 16:7-11 Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo. O Espírito agirá como "promotor de Justiça", por assim dizer, trabalhando para conseguir uma condenação divina contra os que rejeitam a Cristo.
 Convencer significa levar ao conhecimento verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta.
Os homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo; portanto, precisam ser convencidos da verdade espiritual. Por exemplo, seria inútil discutir com uma pessoa que declarasse não ver beleza alguma numa rosa, pois sua incapacidade demonstraria falta de apreciação pelo belo.
 Precisa ser despertado nela um sentido de beleza; precisa ser "convencida" da beleza da flor. Da mesma maneira, a mente e a alma obscurecidas nada discernem das verdades espirituais antes de serem convencidas e despertadas pelo Espírito Santo.  Ele convencerá os homens das seguintes verdades:
(a) O pecado de incredulidade.
Quando Pedro pregou, no dia de Pentecoste, ele nada disse acerca da vida licenciosa do povo,
do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não entrou em detalhes sobre sua depravação para os envergonhar.
 O pecado do qual os culpou, e do qual mandou que se arrependessem, foi a crucificação do Senhor da glória; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem a crer em Jesus.
Portanto, descreve-se o pecado da incredulidade como o pecado único, porque, nas palavras dum erudito, "onde esse permanece, todos os demais pecados surgem e quando esse desaparece todos os demais desaparecem".
É o "pecado mater", porque produz novos pecados, e por ser o pecado contra o remédio para o pecado.
Assim escreve o Dr. Smeaton:
Q"Por muito grande e perigoso que seja esse pecado, tal é a ignorância
dos homens a seu respeito que sua criminalidade é inteiramente desconhecida até que seja descoberta pela influência do Espírito Santo, o Consolador. A consciência poderá convencer o homem dos
pecados comuns, mas nunca do pecado da incredulidade. Jamais homem algum foi convencido da enormidade desse pecado, a não
ser pelo próprio Espírito Santo."
(b) A justiça de Cristo. "Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais" (João 16:10). Jesus Cristo foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de
Pentecoste, o derramamento do Espírito e a realização do milagre em seu nome convenceram a milhares de judeus de que não somente ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho
da justiça.
 Usando Pedro, o Espírito os convenceu de que haviam crucificado o Senhor da Justiça (Atos 2:36, 37), mas também ele lhes assegurou que havia perdão e salvação em seu nome (Atos
2:38).
(c) O juízo sobre Satanás.
 "E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (João 16:11).
Como se convencerão as pessoas na atualidade de que o crime será castigado?
 Pela descoberta do crime e seu subseqüente castigo; em outras palavras, pela demonstração da justiça.
A cruz foi uma demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre a vida dos homens foi destruído, e de que sua completa ruína foi decretada. (Heb. 2:14,15; l João 3:8; Col. 2:15; Rom. 16:20.) Satanás tem sido julgado no sentido de que perdeu a grande causa, de modo que já não tem mais direito de reter, como escravos, os homens como seus súditos.
Pela sua morte, Cristo resgatou todos os humanos do domínio de Satanás, devendo estes aceitar sua
libertação.
Os humanos são convencidos pelo Espírito Santo de que na verdade são livres (João 8:36). Já não são súditos do tentador; já não são obrigados mais a obedecer-lhe, agora são súditos leais de Cristo, servindo-o voluntariamente no dia do seu poder. (Sal. 110:3.) Satanás alegou que lhe cabia o direito de possuir os homens que pecaram, e que o justo Juiz devia deixá-los sujeitos a ele.
O Mediador, por outra parte, apelou para o fato de que ele, o Mediador, havia levado o castigo dos humanos, tomando assim o seu lugar, e que, portanto, a justiça, bem como a misericórdia, exigiam que o direito de conquista fosse anulado e que o mundo fosse dado a ele, o Cristo, que era o seu segundo Adão e Senhor de todas as coisas.
O veredito final divino foi contrário ao príncipe deste mundo e ele foi julgado.
Ele já não pode guardar seus bens em paz visto que Um mais poderoso o venceu CRISTO (Luc. 11:21, 22.).

O QUE É O POÇO DO ABISMO? / INFERNO /TRIBULAÇÃO / MORTE

POÇO DO ABISMO

10. Abismo ou poço do abismo.
 No último livro da Bíblia, João, por sete vezes, descreve o inferno como um “abismo” (9.1-2, 11;
11.7; 17.8; 20.1,3).
 Em cada caso, o abismo está intimamente associado a demônios, que geralmente estão sendo aprisionados
ou libertados do abismo.
O AT também utiliza a ilustração de um abismo para falar nobre o destino dou ímpio» ao morrer. A piiluvra "abismo" refere-se a um lugar fundo, de onde no há como escapar.
Trevas exteriores. Uma outra ilustração de Cristo para falar sobre o inferno foram as “trevas”. Na escatologia do NT, o céu é retratado como um lugar claro e bem
iluminado.
Ser expulso do céu significava ser lançado nas trevas exteriores. Jesus, ao utilizar a palavra skotia, sugere uma escuridão extrema, muito superior à penumbra
de um dia enevoado ou nublado.
Destruição.
Em certa ocasião, Paulo utilizou a expressão “eterna destruição, banidos da face do Senhor” (2 Ts 1.9) para descrever o inferno. Apesar de “destruidor” ser um dos muitos títulos de Satanás
(Ap 9.11), somente Paulo identifica o inferno de forma específica como um local de destruição.
O conceito não era estranho ao pensamento judaico e acreditavase que esta era exatamente a sorte do iní­ quo: a destruição. Paulo, no contexto da passagem, afirma ser este o destino daqueles que “não conhecem a Deus e [...] não
obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1.8).
Tormentos.
O inferno também é descrito como um lugar de tormentos (Lc
16.23,28). Das várias palavras que significam sofrimento no NT, esta deve ser a que transmite maior severidade.
 Denota dor,angústia e formas de extremo sofrimento humano, como é demonstrado pelo homem rico que descreve o hades como “um
lugar de tormentos” (Lc 16.28).
Vermes.
Tanto Isaías como Jesus usaram imaginária de vermes inextinguí- veis para descrever a sorte dos ímpios (Is 14-11; 66.24; Mc 9.44, 46, 48).
 O verme pertence mais à descrição do geena que do hades.
A imagem de um verme no geena tcriu sido compreendida pelo» que ouviam Jesus como uma tenebrosa representado do juízo de Deus.
Este é o assunto do último versículo de Isaías (Is 66.24).
 Fogo.
 Muito provavelmente, a mais conhecida imagem do inferno é o fogo.
O homem rico é descrito sendo atormentado por chamas (Lc 16.24), homens são salgados com fogo (Mc 9.49) e lançados na
fornalha de fogo (Mt 13.42).
Também fogo e enxofre (Ap 21.8), além de chamas que não se apagam (Mc 9.43, 45-46, 48), são utilizados para descrever o inferno.
O uso do fogo para retratar o inferno não possui caráter apenas descritivo, mas também enfatiza o contínuo sofrimento da perda.
Segunda morte.
O destino eterno dos perdidos é também denominado de “segunda morte”, em contraste com a morte física. Aqueles que defendem uma visão aniquilacionista ou pregam o sono da alma não raro redefinem este termo. Atribuem a ele o sentido de
um estado de não existência ou existência inconsciente.
Na Bíblia, porém, a morte de um  ser nunca diz respeito à extinção da vida, mas a uma separação de algo a que este ser pertence.
As Escrituras denominam um corpo sem espírito como morto, e o mesmo vale para a fé que não possui obras que a evidenciem (Tg 2.26).
Da mesma forma, a expressão “segunda morte” enfatiza a separação entre o homem e Deus. A consciência do homem fica evidente na descrição da segunda morte no Juízo final.
A ira de Deus.
 O inferno também é descrito como uma manifestação da ira de Deus. Como uma expressão da sua santidade, verdade e justiça, Deus deve punir o pecado. Uma vez que sabemos que o pecado é uma ofensa pessoal contra Deus, não
deveria nos surpreender a ira dEle contra o pecado.
 Negar a existência da ira de Deus é negar a necessidade da obra redentora de Cristo na cruz.
De acordo com Paulo, a ira de Deus pode ser revelada na natureza (Rm 1.18). Esta ira contra o pecado, que hoje é parcialmente revelada, será algum dia plenamente expressa no inferno. Eternidade.
Todos os adjetivos atribuídos ao inferno possuem um nível de sofrimento que ultrapassa a capacidade do entendimento humano. Então acrescente a palavra “eternidade” a todas as palavras que descrevem este sofrimento e a realidade do inferno
ultrapassa totalmente a compreensão humana.
 Uma coisa é ser o objeto da ira de Deus;outra é encontrar-se nesta situação por toda a eternidade. Uma coisa é ser atormentado; outra é ser eternamente atormentado.
Se o inferno pudesse ser de alguma forma tolerável por seus habitantes, o conceito de eternidade toma-o completamente intolerável.
Duas palavras gregas, aion e aionios, são os termos utilizados para expressar um tempo sem fim, ou a eternidade.
 O uso neotestamentário destes termos não é limitado às descrições do inferno.
Se eles não significam “eterno” quando aplicados ao inferno, não podem querer dizer “eterno” em relação a Deus ou à salvação eterna do povo de Deus após a morte. O castigo eterno é a derradeira conseqüência para todos aqueles
que acabam no inferno.

O QUE É GNOSTICISMO ?DOUTRINAS /ENSINOS / BIÍBLIA

O QUE É GNOSTICISMO ?

O gnosticismo é um movimento filosófico-religioso muito complexo, cuja maior disseminação ocorreu em II e III século da era cristã.
O termo gnosticismo deriva da palavra grega gnósis (γνῶσις), «conhecimento». um definição bastante parcial do movimento baseado na etimologia da palavra pode ser:
"doutrina da salvação através do conhecimento.
"Enquanto o judaísmo sustenta que a alma alcança a salvação através da observância da 613 mitzvot e Evangelicos e catolicismo sustenta que a alma alcança a salvação da condenação eterna pela graça
pela fé (Efésios 2.8 [1]) [2]; para o gnosticismo, em vez disso, a salvação da alma depende de uma forma de conhecimento superior e esclarecido (gnose) do homem, do mundo e do universo, fruto da experiência pessoal e de um caminho de busca da verdade.
 Os gnósticos eram "pessoas que sabiam", e seu conhecimento os constituía em um classe de seres superiores, cujo status presente e futuro era substancialmente diferente daquele daqueles que, por
qualquer motivo, eles não sabiam.
Uma definição mais completa do gnosticismo poderia ser:
"nome coletivo que indica um grande número de seitas panteísta - idealista fortemente diferente entre eles que surgiu pouco antes da era cristã ao século V e que,emprestando a fraseologia e alguns dos dogmas das principais religiões contemporâneas, especialmente do Cristianismo, eles alegaram que a matéria era uma deterioração do espírito e todo o universo uma depravação da Divindade, e ensinou que o objetivo final de cada ser era a superação da baixeza da matéria e da retornar ao espírito pai; este retorno, eles alegaram, tinha sido facilitado pelo aparecimento de alguns salvadores enviados
de Deus ".
Por mais insatisfatória que esta definição possa parecer, a escuridão, a multiplicidade e a confusão dos sistemas.
Os gnósticos dificultam a formulação de outro.
Um traço comum para muitas correntes gnósticas é a distinção que eles trabalharam entre o verdadeiro Deus incognoscível (Primeiro Aeon) e do perverso deus menor Yahweh (também conhecido como Yaldabaoth, Samael e Demiurge), dos quais os gnósticos portanto desprezavam as leis e o universo material criado por ele para aprisionar as almas dos homens.
Origens e história
As origens do gnosticismo têm sido objeto de controvérsia e ainda são interessantes tópico de pesquisa.
 Quanto mais essas origens são estudadas, mais parece que suas raízes afundam nos tempos pré-cristãos. Enquanto anteriormente o gnosticismo era considerado acima de tudo uma das heresias do cristianismo, agora parece,inequivocamente, que os primeiros traços de sistemas gnósticos já podem ser encontrados alguns séculos antes da era Christian.
No quinto congresso de orientalistas (Berlim, 1882), Kessler apontou a conexão entre gnosis e Religião babilônica, não a religião original da Babilônia, mas a religião sincrética que se desenvolveu após a conquista da região por Ciro, o Grande. Sete anos depois, F.W. Brandt publicou o seu "Mandäische Religião "em que ele descreveu a religião mandíbula, em que o autor demonstrou que esta religião existiu independentemente, e antes de Cristianismo.
Em vez disso, muitos estudiosos têm procurado a fonte das teorias gnósticas no mundo helenístico e, especialmente, na cidade de Alexandria do Egito.
Em 1880, Joel tentou provar que a origem de todas as teorias gnósticas residia em Platão.
Embora a tese sobre Platão possa ser considerada como uma força, a influência grega no nascimento e na desenvolvimento do gnosticismo não pode ser negado.
De qualquer forma, esse pensamento Alessandrino teve algum influência pelo menos no desenvolvimento do gnosticismo cristão é mostrada pelo fato de que a maioria dos
A literatura gnóstica que possuímos vem de fontes egípcias (Copte).
Embora as origens do gnosticismo ainda estejam envoltas em trevas, muita luz tem sido feita sobre a questão.

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

1. Natureza geral dos dons.
Os dons do Espírito devem distinguir-se do dom do Espírito.
Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito para ministérios especiais; o segundo refere-se à
concessão do Espírito aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado. (Atos 2:33.)
 Paulo fala dos dons do Espírito ("espirituais", no original grego) num aspecto tríplice.
São eles:
"charismata", ou uma variedade de dons concedidos pelo mesmo  Espírito (1Cor. 12:4,7); "diakonai", ou variedade de serviços prestados na causa do mesmo Senhor; e "energemata", ou variedades de poder do mesmo Deus que opera tudo em todos.
Refere-se a todos esses aspectos como "a manifestação do Espírito", que é dado aos homens para proveito de todos. Qual é o propósito principal dos dons do Espírito Santo?
São capacidades espirituais concedidas com o propósito de edificar a igreja de Deus, por meio da instrução dos crentes e para ganhar novos convertidos
(Efés 4: 7-13). Em 1Cor. 12:8-10, Paulo enumera nove desses dons, que podem ser classificados da seguinte maneira:
1. Aqueles que concedem poder para saber sobrenaturalmente: a palavra de sabedoria, a palavra de ciência, en de discernimento.
2. Aqueles que concedem poder para agir sobrenaturalmente: fé, milagres, curas.
3. Aqueles que concedem poder para orar sobrenaturalmente: profecia, línguas, interpretação. Esses dons são descritos como "a manifestação do Espírito", "dada a cada um, para o que for útil"
(isto é, para o beneficio da igreja). Aqui temos a definição bíblica duma "manifestação" do Espírito, a saber, a operação de qualquer um dos nove dons do Espírito.
2. Variedade de Dons.
(a) A palavra de sabedoria. Por essa expressão entende-se o pronunciamento ou a declaração de sabedoria.
Que tipo de sabedoria? Isso se determinará melhor notando em quais sentidos
se usa a palavra "sabedoria" no Novo Testamento.
É aplicada à arte de interpretar sonhos e dar conselhos sábios (Atos 7:10); à inteligência demonstrada no esclarecer o significado de algum número ou visão misteriosos (Apo. 13:18; 17:9); prudência em tratar assuntos (Atos 6:3); habilidade santa no trato com pessoas de fora da igreja (Col. 4:5); jeito e discrição em comunicar verdades cristãs (Col. 1:28); o conhecimento e prática dos requisitos para uma vida piedosa e pura (Tia. 1:5; 3:13, 17); o conhecimento e habilidade necessários para uma defesa eficiente da causa de Cristo (Luc. 21:15); um conhecimento prático das coisas divinas e dos deveres humanos, unido ao poder de exposição concernente a essas coisas e deveres e de interpretar e aplicar a Palavra sagrada (Mat. 13:54; Mar. 6:2; Atos 6:10); a sabedoria e a instrução com que João Batista e Jesus ensinaram aos homens o plano de salvação. (Mat. 11:19.) Nos escritos de Paulo "a sabedoria" aplica-se a um conhecimento do plano divino, previamente escondido, de prover aos homens a salvação por meio da expiação de Cristo (1Cor. 1:30; Col. 2:3); por conseguinte, afirma-se que em Cristo "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Col. 2:3); a sabedoria de Deus é manifestada na formação e execução de seus conselhos. (Rom.11:33.) A palavra de sabedoria, pois, parece significar habilidadeou capacidade sobrenatural para expressar conhecimento nos sentidos supramencionados.
(b) A palavra de ciência é um pronunciamento ou declaração de fatos, inspirado dum modo sobrenatural. Em quais assuntos? Um estudo do uso da palavra "ciência" nos dará a resposta.
A palavra denota: o conhecimento de Deus, tal como é oferecido nos Evangelhos (2Cor. 2:14), especialmente na exposição que Paulo fez (2Cor. 10:5); o conhecimento das coisas que pertencem a Deus (Rom. 11:13); inteligência e entendimento (Efés. 3:19); o conhecimento da fé cristã (Rom. 15:14; 1Cor. 1:5); o conhecimento mais profundo, mais perfeito e mais amplo da vida cristã, tal como pertence aos mais avançados (1Cor. 12:8; 13: 2,8,14:6; 2Cor. 6:6; 8:7; 11:16); o conhecimento mais elevado das coisas divinas e cristãs das quais os falsos mestres se jactam (1 Tim. 6:20); sabedoria moral como se demonstra numa vida reta (2 Ped. 1:5) e nas relações com os demais (1Ped. 3:7); o conhecimento concernente às coisas divinas e aos deveres humanos (Rom. 2:20; Col. 2:3). Qual a diferença entre sabedoria e ciência?
Segundo um erudito, ciência é o conhecimento profundo ou a compreensão das coisas divinas, e sabedoria é o conhecimento prático ou habilidade que ordena ou regula a vida de acordo com seus princípios
fundamentais.
O dicionário de Thayer declara que onde "ciência" e "sabedoria" se usam juntas, a primeira parece ser o conhecimento considerado em si mesmo; a outra, o conhecimento manifestado em ação.
(c) Fé (Weymouth traduz: "fé especial".) Esta deve distinguirse da fé salvadora e da confiança em Deus, sem a qual é impossível agradar-lhe (Heb. 11:6). é certo que a fé salvadora é
descrita como um dom (Efés. 2:8), mas nesta passagem a palavra "dom" é usada em oposição as "obras", enquanto em 1Cor. 12:9 a palavra usada significa uma dotação especial do poder do Espírito. Que é o dom de fé?
Donald Gee descreve-oda seguinte maneira:... uma qualidade de fé, às vezes chamada por nossos teólogos antigos, a "fé miraculosa", parece vir sobre alguns dos servos de Deus em tempos de crise e oportunidades especiais duma maneira tão poderosa, que são elevados fora do reino da fé natural e comum em Deus, de forma que tem uma certeza posta em suas almas que os faz triunfar sobre tudo... possivelmente essa mesma qualidade de fé é o pensamento de nosso Senhor quando disse em
Marcos 11:22: "Tende a fé de Deus" (Figueiredo). Era uma fé destaqualidade especial de fé que ele podia dizer, que um grão dela podia remover uma montanha (Mat. 17:20). Um pouco dessa fé divina, que é um atributo do Todo-poderoso, posto na alma do homem que milagres pode produzir!
Vide exemplos da operação do dom em 1Reis 18:33-35; Atos 3:4.
(d) Dons de curar. Dizer que uma pessoa tenha os dons (notese o plural, talvez referindo-se a uma variedade de curas) significa que são usados por Deus duma maneira sobrenatural para dar saúde aos enfermos por meio da oração.
Parece ser um dom-sinal, de valor especial ao evangelista para atrair o povo ao Evangelho. (Atos 8:6,7; 28:8-10.)
Não se deve entender que quem possui esse dom (ou a pessoa possuída por esse dom) tenha o poder de curar a todos; deve dar-se lugar à soberania de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.
O próprio Cristo foi limitado em sua capacidade de operar milagres por causa da incredulidade de povo (Mat. 13:58). A pessoa enferma não depende inteiramente de quem possua o dom.
Todos os crentes em geral, e os anciãos da igreja em particular, estão dotados de poder para orar pelos enfermos. (Mar. 16:18; Tia. 5:14.)
(e) Operação de milagres, literalmente "obras de poder". A chave é Poder. (Vide João 14:12; Atos 1:8.) Os milagres "especiais" em Éfeso são uma ilustração da operação do dom. (Atos 19:11, 12; 5:12-15.)
(f) Profecia.
A profecia, geralmente falando, é expressão vocal inspirada pelo Espírito de Deus. A profecia bíblica pode ser mediante revelação, na qual o profeta proclama uma mensagem previamente recebida por meio dum sonho, uma visão ou pela Palavra do Senhor.
Pode ser também extática, uma expressão de inspiração do momento. Há muitos exemplos bíblicos de ambas as formas. A profecia extática e inspirada pode tomar a forma de exaltação e adoração a Cristo, admoestação exortativa, ou de conforto e encorajamento inspirando os crentes.
profecia se distingue da pregação comum em que, enquanto a última é geralmente o produto do estudo de revelação existente, a profecia é o resultado da inspiração espiritual espontânea.
Não se tenciona suplantar a pregação ou o ensino,senão completá-los com o toque da inspiração. A possessão do dom constituía a pessoa "profeta". (Vide Atos 15:32; 21:9; 1Cor.14:29.) O propósito do dom de profecia do Novo Testamento é declarado em 1Cor. 14:3 o profeta edifica, exorta e consola oscrentes.
A inspiração manifestada no dom de profecia não está no mesmo nível da inspiração das Escrituras. Isso está implícito pelo fato de que os crentes são instruídos a provar ou julgar as mensagens proféticas. (Vide 1Cor. 14:29.) Por que julgá-las ou
prová-las? Uma razão é a possibilidade de o espírito humano (Jer. 23:16; Ezeq. 13:2, 3) confundir sua mensagem com a divina,1Tess. 5:19-20 trata da operação do dom de profecia.  Os conservadores tessalonicenses foram tão longe em sua
desconfiança quanto a esses dons (v. 20), que estavam em perigo de extinguir o Espírito (v. 19); mas Paulo lhes disse que provassem cada mensagem (V. 21) e que retivessem o bem (v. 21), e que se abstivessem daquilo que tivesse aparência do mal (v. 22).
 Deve a profecia ou a interpretação ser dada na primeira pessoa do singular, como por exemplo: "Sou eu, o Senhor, que vos estou falando, povo meu"?
 A pergunta é muito importante, porque a qualidade de certas mensagens tem feito muita gente duvidar se foi o Senhor mesmo quem falou dessa maneira.
A resposta depende da idéia que tenhamos do modo da inspiração. Será mecânica? Isto é, Deus usa a pessoa como se fosse um microfone, estando a pessoa inteiramente passiva e tomando-se simplesmente um porta-voz?
 Ou, será o método dinâmico? Isto é, Deus vivifica dum modo sobrenatural o natureza espiritual (note: "meu espírito ora", 1Cor. 14:14), capacitando a pessoa a falar a mensagem divina em termos fora do alcance natural das faculdades mentais?
Se Deus inspira segundo o primeiro método mencionado, a primeira pessoa do singular, naturalmente, seria usada; de acordo com o segundo método a mensagem seria dada na terceira pessoa; por exemplo: "o Senhor deseja que seu povo olhe para cima e que se anime, etc." Muitos obreiros experientes crêem que as interpretações e mensagens proféticas devem ser dadas na terceira pessoa do singular. (Veja-se Luc. 1:67-79; 1Cor. 14:14, 15.)
(g) Discernimento de espíritos.
Vimos que pode haver uma inspiração falsa, a obra de espíritos enganadores ou do espírito humano. Como se pode perceber a diferença? Pelo dom de discernimento que dá capacidade ao possuidor para determinar se o profeta está falando ou não pelo Espírito de Deus.
Esse dom capacita o possuidor para "enxergar" todas as aparências exteriores e conhecer a verdadeira natureza duma inspiração.
A operação do dom de discernimento pode ser examinada por duas outras provas: a doutrinária (1João 4:1-6) e a prática (Mat. 7:15- 23). A operação desse dom é ilustrada nas seguintes passagens:João 1:47-50; 2:25; 3:1-3; 2Reis 5:20-26; Atos 5:3; 8:23; 16:16-18.
Essas referências indicam que o dom capacita a alguém a discernir o caráter espiritual duma pessoa. Distingue-se esse dom da percepção natural da natureza humana, e mui especialmente dum espírito critico que procura faltas nos outros.
(h) Línguas.
"Variedade de línguas." "O dom de línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por quem fala, sendo essa língua feita inteligível aos ouvintes por meio do dom igualmente sobrenatural de interpretação."
Parece haver duas classes de mensagens em línguas: primeira, louvor em êxtase dirigido a Deus somente (1Cor. 14:2); segunda, uma mensagem definida para a igreja (1Cor. 14:5).
 Distingue-se entre as línguas como sinal e línguas como dom. A primeira é para todos (Atos 2:4); a outra não é para todos (1Cor. 12:30).
(i) Interpretação de línguas.
 Assim escreve Donald Gee: O propósito do dom de interpretação é tornar inteligíveis as expressões do êxtase inspiradas pelo Espírito que se pronunciaram em uma língua desconhecida da grande maioria presente, repetindo-se claramente na língua comum, do povo congregado. É uma operação puramente espiritual.
 O mesmo Espírito que inspirou o falar em outras línguas, pelo qual as
palavras  ronunciadas procedem do espírito e não do intelecto, pode inspirar também a sua interpretação. A interpretação é, portanto, inspirada, extática e espontânea. Assim como o falar em
língua não é concebido na mente, do que  fala a  interpretação emana do espírito antes que do intelecto do homem.
Nota-se que as línguas em conjunto com a interpretação tomam o mesmo valor de profecia. (Vide 1Cor. 14:5.) Por que, então,
não nos contentarmos com a profecia?
 Porque as línguas são um "sinal" para os incrédulos (1Cor. 14:22). Nota: Já se sugeriu que os ministérios enumerados em Rom. 12:6-8 e em 1Cor. 12:28, também derem ser incluídos sob a classificação de "charismata"  ampliando-se dessa forma o alcance dos dons espirituais para incluir os ministérios inspirados pelo Espírito.
3. Regulamento dos dons.
A faísca que fende as árvores, queima casas e mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas.
A diferençaestá apenas em que a da usina é controlada.
Em 1Coríntios capítulo 12, Paulo revelou os grandiosos recursos espirituais de poder disponível para a igreja; no cap. Ele mostra como esse poder deve ser regulado, de modo que edifique, em lugar de destruir, a igreja.
A instrução era necessária, pois uma leitura desse capítulo demonstrará que a desordem havia reinado em algumas reuniões, devido à falta de conhecimento das manifestações espirituais,era gritaria e linguas estranhas e ninguém entendia nada.
 O capítulo 14 expõe os seguintes princípios para esse regulamento:
(a) Valor proporcional.
 (Vs. 5-10.) Os coríntios haviam-se inclinado demasiadamente para o dom de línguas, indubitavelmente por causa de sua natureza espetacular.
 Paulo lembra-lhes que a interpretação e a profecia eram necessárias para que o povo pudesse ter conhecimento inteligente do que se estava dizendo.
(b) Edificação.
O propósito dos dons é a edificação da igreja, para encorajar os crentes e converter os descrentes. Mas, diz, Paulo, se um de fora entra na igreja e tudo que ouve é falar em línguas sem interpretação, bem concluirá: esse povo é demente.
(Vs. 12, 23.)
A operação desse dom é ilustrada nas seguintes passagens: João 1:47-50; 2:25; 3:1-3; 2 Reis 5:20-26; Atos 5:3; 8:23; 16:16-18. Essas referências indicam que o dom capacita a alguém a discernir o caráter espiritual duma pessoa.
Distingue-se esse dom da percepção natural da natureza humana, e mui especialmente de um espírito critico que procura faltas nos outros.
(c) Sabedoria.
(Vs. 20) "Irmãos, não sejais meninos no entendimento." Em outras palavras: "Usai o senso comum."
(d) Autodomínio.
 (Vs. 32.) Alguns coríntios poderiam protestar assim: "não podemos silenciar; quando o Espírito Santo vem sobre nós, somos obrigados a falar. Mas Paulo responderia:
"Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas."
Isto é, aquele que possui o dom de línguas pode dominar sua expansão e falar unicamente a Deus, quando tal domínio seja necessário e se comunicar com a igreja normalmente.
(e) Ordem. (Vs. 40.)
"Mas faça-se tudo decentemente e com ordem." O Espírito Santo, o grande Arquiteto do universo com toda sua beleza, não inspirará aquilo que seja desordenado e vergonhoso.
 Quando o Espírito Santo está operando com poder,haverá uma comoção e um movimento, e aqueles que aprenderam a render-se a ele não criarão cenas que não edifiquem.
(f) Suscetível de ensino.
 Infere-se dos versos 36 e 37 que alguns dos coríntios haviam ficado ofendidos pela critica construtiva de seus dirigentes. Nota 1. Infere-se, pelo cap. 14 de I Coríntios, que existe poder para ser governado.
Portanto, o capítulo seria sem nenhum significado para uma igreja que não nexperimenta as manifestações do Espírito. é muito certo que os coríntios haviam descarrilado quanto aos dons espirituais.
Entretanto, ao menos tinham os trilhos e uma estrada! Se Paulo tivesse agido como alguns críticos modernos, teria removido até a estrada e os trilhos!
Em lugar disso, ele sabiamente os colocou de novo sobre os trilhos para prosseguirem viagem! Quando a igreja do segundo e terceiro séculos reagiu contra certas extravagâncias, ela inclinou-se para o outro extremo e deixou muito pouco lugar
para as operações do Espírito.
 Mas essa é apenas uma parte da explicação do arrefecimento do entusiasmo da igreja e a cessação geral das manifestações espirituais.
Cedo na história da igreja começou um processo centralizador de sua organização e a formação de credos dogmáticos e inflexíveis. Ainda que isso fosse necessário como defesa contra as falsas seitas, tinha a tendência de impedir o livre movimento do Espírito e fazer do Cristianismo uma questão de ortodoxia mais do que vitalidade espiritual. Assim escreve o Dr. T. Rees: No primeiro século, o Espírito era conhecido por suas manifestações, mas do segundo século em diante era conhecido pela regra da igreja, e qualquer fenômeno espiritual que não estivesse em conformidade com essa regra era atribuído a espíritos maus.
As mesmas causas, nos tempos modernos, têm resultado em descuido da doutrina e da obra do Espírito Santo, descuido reconhecido e lamentado por muitos dirigentes religiosos.
Apesar desses fatos, o poder do Espírito Santo nunca deixou de romper todos os impedimentos do indiferentismo e formalismo, e operar com força vivificadora. Nota 2. Devemos diferenciar entre manifestações e reações. Tomemos a seguinte ilustração: a luz da lâmpada elétrica é uma manifestação da eletricidade; é da natureza da eletricidade manifestar-se na forma de luz.
 Mas quando alguém toma um choque elétrico e solta um grito ensurdecedor, não podemos dizer que o grito seja manifestação da
eletricidade, porque não está na natureza da eletricidade manifestar-se em voz audível. O que aconteceu foi a reação da pessoa à corrente elétrica! Naturalmente a reação dependerá docaráter e temperamento da pessoa.
Algumas pessoas calmas e de
"sangue frio" apenas suspirariam, ofegantes, sem dizer nada. Apliquemos essa regra ao poder espiritual.
As operações dos dons em 1Cor. 12:7-10 são biblicamente descritas como manifestações do Espírito.
Muitas ações porém em geral chamadas "manifestações", realmente são reações da pessoa ao movimento do Espírito. Referimo-nos a tais ações como gritar, chorar, levantar as mãos e outras cenas. Que valor prático há no conhecimento dessa distinção?
1) Ajudar-nos a honrar e reconhecer a obra do Espírito sem atribuir a ele tudo o que se passa nas reuniões.
Os críticos, ignorando a referida distinção, incorretamente concluem que a falta de elegância ou estética na manifestação de certa pessoa
prova que ela não está inspirada pelo Espírito Santo. Tais críticos poderiam ser comparados ao indivíduo que, ao ver os movimentos grotescos de quem estivesse tomando forte choque elétrico, exclamasse:
"A eletricidade não se manifesta assim"! O impacto direto do Espírito Santo é de tal forma comovente, que bem podemos desculpar a frágil natureza humana por não se comportar como se fosse sob uma influência mais gentil.
2) O conhecimento dessa distinção, naturalmente, estimulará a reagir ao movimento do Espírito duma maneira que sempre glorifique a Deus. Certamente é tão injusto criticar as extravagâncias dum novo convertido como criticar as quedas
e tropeços da criancinha que aprende a andar. Mas ao mesmo tempo, orientado por 1Cor. ?, é claro que Deus quer que seu povo reaja ao Espírito, duma maneira inteligente, edificante e disciplinada. "Procurai abundar neles, para edificação da igreja"
(1Cor. ?:12).

DOUTRINA DAS ESCRITURAS SAGRADA

 DOUTRINA DAS ESCRITURAS SAGRADAS
"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mat. 24:35).
"Seca-se a erva, e caem as flores, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente" (Isa. 40:8).
“Quem destruísse este Livro, como já tentaram fazer os inimigos da felicidade humana, nos deixaria profundamente desconhecedores do nosso Criador, da criação do
mundo que habitamos, da origem e dos progenitores da raça, como também do nosso futuro destino, e nos subordinaria para sempre ao domínio do capricho, das dúvidas e da concepção visionária.
A destruição deste Livro nos privaria da religião cristã, com todos os seus confortos espirituais, esperanças e perspectivas animadoras, e no lugar desses, nada nos deixaria a não ser a penumbra triste da
infidelidade e as monstruosas sombras do paganismo.
 A destruição deste Livro despovoaria o céu, fechando para sempre suas portas contra a miserável posteridade de Adão, restaurando ao rei dos terrores o seu aguilhão; enterraria no mesmo túmulo que recebe os
nossos corpos, todos os que antes de nós morreram, e deixando a nós o mesmo triste destino. Enfim, a destruição deste Livro nos roubaria de uma vez tudo quanto evita que a nossa Existência se tome a maior
das maldições; cobriria o sol; secaria o oceano e removeria a atmosfera do mundo moral, e degradaria o homem a ponto de ele ter ciúmes da posição dos próprios animais”.Dr. Payson.
E o Dr. Hodges escreve: "A inteligência divina nos leva a crer que Deus tenha adaptado os meios ao fim, e que ele, enfim, coroará essa natureza religiosa com uma religião sobrenatural.
A benevolência de Deus nos conduz a esperar que ele solucione a grave perplexidade e evite o perigo para as suas criaturas.
 A justiça de Deus nos conduz à esperança de que falará ele em tons claros e com autoridade à nossa consciência."
3. Essa revelação deveria estar em forma escrita. É razoável que sua mensagem tomasse forma de livro. Como disse o Dr. Keyser: "Os livros representam o melhor meio de preservar a
verdade em sua integridade e transmiti-la de geração a geração. A memória e a tradição não merecem confiança. Portanto, Deus agiu com a máxima sabedoria e também dum modo normal dando ao homem a sua revelação em forma de livro. De nenhuma outra maneira, pelo que podemos ver, podia ter ele entregue aos homens um ideal infalível que estivesse acessível a todos os homens e que
continuasse intacto através dos séculos e do qual todos os povos pudessem obter a mesma norma de fé e prática."
 É razoável concluir que Deus inspirasse os seus servos a arquivarem essas verdades, verdades que não poderiam ser descortinadas pela razão humana.
E, finalmente, é razoável crer que Deus tivesse preservado, por sua providência, os manuscritos das escrituras bíblicas e que tivesse influenciado a sua igreja a incluir no cânon
sagrado somente os livros que fossem divinamente inspirados.

A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS.

A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS.

A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUSMc9.2
Registrada em três Evangelhos (Mt 17.1-8; Me 9.2-8; Lc 9.28-36) eatestada por Pedro eJoão (cf. 2Pe 1.16-1 B; Jo 1.14), a
Transfiguração
foi uma revelação da divindade de Jesus. Atransformação na aparência de Jesus, quando ele orava (Lc 9.29),
foi uma transição momentânea do ocultamento da sua glória divina, que marcou seus dias sobre aterra, para a
manifasta~ã\)da glória que será revelada quando ele voltar.
Aresplandecente luz que brilhou de Jesus, quando seu rosto foi transfigurado (Lc 9.29), era aglória intrínseca aele como oFilho divino, o"resplendor da glória" (Hb 1.3). Avoz que veio da nuvem confirmou aidentificação que avisão já havia fornecido.
ATransfiguração foi também um acontecimento significativo na revelação do Reino de Deus. Moisés eElias representaram
a Lei eos Profetas dando testemunho de Jesus esendo suplantados por ele. A"partida" (do grego
exodos), arespeito da qual
eles e Jesus conversaram (Lc 9.31 ), referia-se
à morte, ressurreição e ascensão de Jesus. Esses acontecimentos não eram\ apenas um modo de deixar este mundo, mas também de redimir seu povo, exatamente como oêxodo do Egito, conduzido porLMoisés, foi a libertação de Israel da escravidão

O COMEÇO DO MINISTÉRIO DE CRISTO.

Mas sua cidade de origem o rejeitou. Por isso, ele foi para Cafarnaum, uma próspera cidade pesqueira situada junto a uma rota comercial internacional.

As cidades do ministério na Galiléia.
Jesus iniciou seu ministério público em Caná, onde honrou uma festa de casamento com a sua presença e transformou água em vinho (Jo 2.1-11 ).
Na sinagoga de Nazaré, Jesus anunciou que ele é o cumprimento da profecia do Livro de Isaías (Lc 4.16-22).
Mas sua cidade de origem o rejeitou.
Por isso, ele foi para Cafarnaum, uma próspera cidade pesqueira situada junto a uma rota comercial internacional.
Ali estabeleceu a base do ministério.

O CRENTE NÃO SE PERDERÁ DISSE CALVINO.

O crente não perde a salvação

A experiência prova a possibilidade duma queda temporária da graça, conhecida por "desviar-se".
O termo não se encontra no  Novo Testamento, senão no Antigo Testamento.
Uma palavram hebraica significa "voltar atrás" ou "virar-se"; outra palavra  significa "volver-se" ou ser "rebelde". 
Israel é comparado a um bezerro teimoso que volta para trás e se recusa a ser conduzido, e torna-se insubmisso ao jugo.
Israel afastou-se de Jeová e obstinadamente se recusou a tomar sobre si o jugo de seus mandamentos.
O Novo Testamento nos admoesta contra tal atitude, porém usa outros termos.
O desviado é a pessoa que outrora tinha o zelo de Deus, mas agora se tomou fria (Mat. 24:12); outrora obedecia à Palavra, mas o mundanismo e o pecado impediram seu
crescimento e frutificação (Mat. 13:22); outrora pôs a mão ao arado, mas olhou para trás (Luc. 9:62); como a esposa de Ló, que havia sido resgatada da cidade da destruição, mas seu coração voltou para ali (Luc. 17:32); outrora estava em contacto vital com Cristo, mas agora está fora de contacto, e está seco, estéril e inútil espiritualmente (João 15:6); outrora obedecia à voz da consciência, mas agora jogou para longe de si essa bússola que o guiava, e, como resultado, sua embarcação de fé destroçou-se nas rochas do pecado e do mundanismo (1 Tim. 1:19); outrora alegrava-se em chamar-se cristão, mas agora se envergonha de confessar a seu Senhor (2 Tim. 1:8 ;2:12); outrora estava liberto da contaminação do mundo, mas agora voltou como a "porca lavada ao espoja-douro de lamae agora ?" (2 Ped. 2:22; vide Luc. 11:21-26).
É possível decair da graça; mas a questão é saber se a pessoa que era salva e teve esse lapso, pode finalmente perder-se, será?
Aqueles que seguem o sistema de doutrina calvinista respondem negativamente; aqueles que seguem o sistema arminiano (chamado assim em razão de Armínio, teólogo holandês, que trouxe a questão a debate) respondem afirmativamente.
1. Calvinismo.
A doutrina de João Calvino não foi criada por ele; foi ensinada por santo Agostinho, o grande teólogo do quarto século também. em tampouco foi criada por Agostinho, que afirmava estar interpretando a doutrina de Paulo sobre a livre graça.
A doutrina de Calvino é como segue:
A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com sua salvação.
Se ele, o homem, se arrepender, crer e for a Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito de Deus.
Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se corrompeu tanto desde a queda, que, sem a ajuda de Deus, não pode nem se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente.
Esse foi o ponto de partida de Calvino  a completa servidão da vontade do homem ao mal.
A salvação, por conseguinte, não pode ser outra coisa senão a execução dum decreto divino que fixa sua extensão e suas condições.
Naturalmente surge esta pergunta:
Se a salvação é inteiramente obra de Deus, e o homem não tem nada a ver com ela, e está desamparado, amenos que o Espírito de Deus opere nele.
Então, por que Deus não salva a todos os homens, posto que todos estão perdidos e desamparados?
A resposta de Calvino era:
Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. 
"A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um e de todos os indivíduos. Pois nem todos são criados na mesma condição, mas a vida eterna está preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros." 
Ao agir dessa maneira Deus não séria injusto, pois ele não é obrigado a salvar a ninguém,  a responsabilidade do homem permanece, pois a queda de Adão foi sua própria falta, e o homem sempre é responsável por seus pecados.
Posto que Deus predestinou certos indivíduos para a salvação, Cristo morreu unicamente pelos "eleitos"; a expiação fracassaria se alguns pelos quais Cristo morreu se perdessem.
Dessa doutrina da predestinação segue-se o ensino de "uma vez salvo sempre salvo", porque se Deus predestinou um homem para a salvação, e unicamente pode ser salvo e guardado pela graça de Deus, que é irresistível, então, nunca poderia perder-se.
Os defensores da doutrina da "segurança eterna" apresentam as seguintes referências para sustentar sua posição: João 10:28,29: Rom. 11:29; Fil. 1:6; 1 Ped. 1:5; Rom. 8:35; João 17:6.
2. Arminianismo.
O ensino arminiano é como segue:
 A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (1 Tim. 2:4-6; Heb. 2:9; 2 Cor. 5:14; Tito 2:11,12.)
Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos.
Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir.
Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la.
Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.  
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina " a todos os que querem" a ser salvos e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos.
 Essa verdade tem sido explicada da seguinte maneira:
Na parte de fora da porta da salvação lemos as palavras: 
"quem quiser pode vir", entao quando entramos por essa porta e somos salvos, lemos as palavras no outro lado da porta: 
"Eleitos segundo a presciência de Deus".
Deus, em razão de seu conhecimento, previu que essas pessoas aceitariam o evangelho e permaneceriam salvos, e predestinou para essas pessoas uma herança celestial. 
Ele previu o destino delas, mas não fixou .
A doutrina da predestinação é mencionada, não com propósito especulativo, e, sim, com propósito prático. Quando Deus chamou Jeremias ao ministério, ele sabia que o profeta teria uma tarefa muito difícil e poderia ser tentado a deixá-la.
 Para encorajá-lo, o Senhor assegurou ao profeta que o havia conhecido e o havia chamado antes de nascer (Jer. 1:5).
 Com efeito, o Senhor disse: 
"Já sei o que está adiante de ti, mas também sei que posso te dar graça suficiente para enfrentares todas as provas futuras e conduzir-te à vitória." 
Quando o Novo Testamento descreve os cristãos como objetos da presciência de Deus, seu propósito é dar nos certeza do fato de que Deus previu todas as dificuldades que surgirião à nossa frente, e que ele pode nos guardar e nos guardará de cair.
3. Uma comparação.
A salvação é condicional ou incondicional?
Uma vez salva, a pessoa é salva eternamente?
 A resposta dependerá da maneira em que podemos responder às seguintes perguntas-chave:
 De quem depende a salvação?
É irresistível a graça?
1) De quem depende, em última análise, a salvação:
  De Deus ou do homem?
Certamente deve depender de Deus, porque, quem poderia ser salvo se a salvação dependesse da força da própria pessoa?
Podemos estar seguros disto:
Deus nos conduzirá à vitória, não importa quão débeis ou desatinados sejamos, uma vez que sinceramente desejamos fazer a sua vontade.
Sua graça está sempre presente para nos admoestar, reprimir, animar e sustentar. 
Contudo, não haverá um sentido em que a salvação dependa do homem?
As Escrituras ensinam constantemente que o homem tem o poder de escolher livremente entre a vida e a morte, e Deus nunca violará esse poder.
2) Pode-se resistir à graça de Deus?
Um dos princípios fundamentais do Calvinismo é que a graça de Deus e irresistível.
Quando Deus decreta a salvação de uma pessoa, seu Espírito atrai, e essa atração não pode ser resistida. Portanto, um verdadeiro filho de Deus certamente perseverará até ao fim e será
salvo; ainda que caia em pecado, Deus o castigará e pelejará com ele.
Ilustrando a teoria calvinista diríamos: é como se alguém estivesse a bordo dum navio, e levasse um tombo; contudo está a bordo ainda; não caiu ao mar.
Mas o Novo Testamento ensina, sim, que é possível resistir à graça divina e resistir para a perdição eterna (João 6:40; Heb. 6:46; 10:26-30; 2 Ped. 2:21; Heb. 2:3; 2 Ped. 1:10), e que a
perseverança é condicional dependendo de manter-se em contacto
com Deus.
Note-se especialmente Heb. 6:4-6 e 10:26-29.
Essas palavras foram dirigidas a cristãos,  as epístolas de Paulo não foram dirigidas aos não-regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez iluminados, havendo provado o dom celestial, participantes do Espírito Santo, havendo provado a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro.
Essas palavras certamente descrevem pessoas regeneradas.
Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10:32-39), estavam tentados a voltar ao Judaísmo.
Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10:29):
Que Jesus não era o Filho de Deus;.
Que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor qualquer, e que seus milagres teriam sido operados pelo poder do maligno.
Tudo isso está implícito em Heb. 10:29.
 (Que tal repúdio da fé podia haver sido exigido, é ilustrado pelo caso dum cristão hebreu na Alemanha, que desejava voltar à sinagoga, mas foi recusado porque desejava conservar algumas
verdades do Novo Testamento.)
Antes de sua conversão havia pertencido à nação que crucificou a Cristo, voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério,  seria o terrível pecado da apostasia (Heb. 6:6), seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não poderia ser "renovada para arrependimento", seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10:28),  e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10:30, 31).
Não se declara que alguém houvesse ido até esse ponto,  de fato , o autor está persuadido de "coisas melhores" (6:9).
 Contudo, se o terrível pecado da apostasia da parte de pessoas salvas não fosse ao menos remotamente possível, todas essas admoestações careceriam de fundamento.

O CRISTÃO PEREGRINO EM BUSCA DA PERFEIÇÃO

O CRENTE PODE SER PERFEITO?

Possibilidades de perfeição.
O Novo Testamento apresenta dois aspectos gerais da perfeição:
 1) A perfeição como um dom da graça, o qual é a perfeita posição ou estado concedido ao arrependido em resposta à suafé em Cristo.
 O crente  é considerado perfeito porque tem um Salvador perfeito e uma justiça perfeita.
 2) A perfeição como realmente efetuada no caráter do crente.
 É possível acentuar em demasia o primeiro aspecto e descuidar do Cristianismo prático (cuidado).
Tal aconteceu a certo indivíduo que, depois de ouvir uma palestra sobre a Vida Vitoriosa, disse ao pregador:"Tudo isso tenho em Cristo." "Mas o senhor tem isso consigo,agora, aqui em Glasgow?"
foi a serena interrogação.
Por outra parte, acentuando demais o segundo aspecto, alguns praticamente têm negado qualquer perfeição à parte do que eles encontram em sua própria experiência.
João Wesley (o fundador do Metodismo) parece haver tomado uma posição intermediária entre os dois extremos.
Ele reconhecia que a pessoa era santificada na conversão, mas afirmava a necessidade da inteira santificação como outra obra da graça.
 O que fazia essa experiência parecer necessária era o poder do pecado, que era a causa de o cristão ser derrotado.
 Essa bênção vem a quem buscar com fidelidade; o amor puro enche o coração e governa toda a obra e ação, resultando na destruição do poder do
pecado.
Essa perfeição no amor não é considerada como perfeição absoluta, nem tampouco isenta o crente de vigilância e cuidados constantes. Wesley escreveu: "Creio que a pessoa cheia do amor de Deus ainda está propensa a transgressões involuntárias.
Tais transgressões vocês poderão chamá-las de pecados, se quiserem; mais eu não."Diz MYER PERMAN".
 Quanto ao tempo da inteira santificação, Wesley escreveu:
"É esta morte para o pecado e renovação no amor, gradual ou instantânea?
 Um homem poderá estar à morte por algum tempo; no entanto, propriamente falando, não morre enquanto não chegar o instante em que a alma se separa do corpo; e nesse momento ele vive
a vida da eternidade.
Da mesma maneira a pessoa poderá estar morrendo para o pecado por algum tempo; entretanto, não está morto para o pecado enquanto o pecado não for separado de sua alma; é nesse momento
que vive a plena vida de amor.
 E da mesma maneira que a mudança sofrida quando o corpo morre é duma qualidade diferente e infinitamente maior que qualquer outra que tenhamos conhecido antes, tão diferente que até então era impossível conceber, assim a mudança
efetuada quando a alma morre para o pecado é duma classe diferente e infinitamente maior que qualquer outra experimentada antes, e que ninguém pode conceber até que a experimente.
No entanto, essa pessoa continuará a crescer na graça, no conhecimento de Cristo, no amor e na imagem de Deus;
e assim continuará, não somente até a morte, mas por toda a eternidade. Como esperaremos essa mudança?
 Não em um descuidado indiferentismo, ou indolente inatividade; mas em obediência vigorosa e universal, no cumprimento fiel dos mandamentos, em vigilância e trabalho, em negarmo-nos a nós mesmos, tomando
diariamente a nossa cruz; como também em oração fervorosa e jejum, e atendendo bem às ordenanças de Deus.
E se alguém pensa em obtê-la de alguma outra maneira (e conservá-la quando a haja obtido, mesmo quando a haja recebido na maior medida) esse alguém engana sua própria alma."
João Calvino, que acentuara a perfeição do crente pela consumada obra de Cristo, e que não era menos zeloso da santidade de que Wesley, que dá o seguinte relato da perfeição cristã:
"Quando Deus nos reconcilia consigo mesmo, por meio da justiça de Cristo, e nos considera como justos por meio da livre remissão de nossos pecados, ele também habita em nós, pelo seu Espírito, e santifica-nos pelo
seu poder, mortificando as concupiscências da nossa carne e formando o nosso coração em obediência à sua Palavra.
Desse modo, nosso desejo principal vem a ser obedecer à sua vontade e promover a sua glória. Porém, ainda depois disso, permanece em nós bastante imperfeição para repelir o orgulho e constranger-nos à humildade." ( Ecl. 7:20; 1Reis 8:46.)
Ambas as opiniões, a perfeição como dom em Cristo e a perfeição como obra real efetuada em nós, são ensinadas nas Escrituras; o que Cristo fez por nós deve ser efetuado em nós.
O Novo Testamento sustenta um ideal elevado de santidade e afirma a possibilidade de libertação do poder do pecado.
Portanto, é dever do cristão esforçar-se para conseguir essa perfeição. (Fil. 3:12; Heb.6:l.)
Em relação a isto devemos reconhecer que o progresso na santificação muitas vezes implica uma crise na experiência, quase tão definida como a da conversão.
Por um meio ou outro, o crente recebe uma revelação da santidade de Deus e da possibilidade de andar mais perto dele, e essa experiência é seguida por um conhecimento interior de ter ainda alguma contaminação. (Vide Isa. 6.)
Ele chegou a uma encruzilhada na sua experiência cristã, na qual deverá decidir se há de retroceder ou seguir avante, com Deus.
Confessando seus fracassos passados, ele faz uma reconsagração, e, como resultado, recebe um novo aumento de paz, gozo e vitória, e também o testemunho de que Deus aceitou sua consagração.
Alguns têm chamado a essa experiência uma segunda obra da graça.
Ainda haverá tentação de fora e de dentro, e daí a necessidade de vigilância (Gál. 6:1; ICor. 10:12); a carne é fraca e o cristão está livre para ceder, pois está em estado de prova (Gál.5:17; Rom. 7:18, Fil. 3:8); seu conhecimento é parcial e falho;
portanto, pode estar sujeito a pecados de ignorância. Porém ele pode seguir avante, certo de que pode resistir e vencer toda a tentação que reconheça (Tia. 4:7; 1 Cor. 10:13; Rom. 6:14; Efés. 6:13,14); pode estar sempre glorificando a Deus cheio dos frutos de justiça (1 Cor. 10:31; Col. 1:10); pode possuir a graça e o poder do Espírito e andar em plena comunhão com Deus (Gál. 5:22, 23; Efés. 5:18; Col. 1:10,11; 1 João 1:7); pode ter a purificação constante do sangue de Cristo e assim estar sem culpa perante Deus. (1 João 1:7; Fil. 2:15; 1Tess. 5:23).

FESTAS JUNINAS SÃO CONSIDERADAS IDOLATRAS

Festas juninas

OS EVANGÉLICOS E AS FESTAS JUNINAS
Diante de tudo isso, perguntamos:
“Teria algum problema os evangélicos acompanharem seus filhos em uma dessas festas juninas realizadas nas escolas, quando as crianças, vestidas a caráter (de caipirinha), dançam quadrilha e se fartam dos pratos oferecidos nessas ocasiões: cachorro-quente, pipoca, milho verde etc.?”.
É óbvio que nenhum crente participa dessas festas com o objetivo de praticar a idolatria, pois tal procedimento, por si só, é condenado por Deus!
Quanto à essa questão, tão polêmica, é oportuno mencionar o comportamento de certas igrejas evangélicas, com a alegação de estarem propagando o evangelho durante o carnaval, dedicam-se a um tipo duvidoso de evangelização nessa época do ano.
 Fazem de tudo, inclusive usam blocos carnavalescos com nomes bíblicos.
Não devemos nos esquecer, no entanto, de que as estratégias evangelísticas devem ocorrer o ano todo, e não apenas em determinadas ocasiões, O mesmo acaba acontecendo no período das festas juninas.
 Ultimamente, surgiram determinadas igrejas evangélicas que, a fim de levantar fundo para os necessitados e distribuir cestas básicas aos pobres, estão armando barracas junto com os católicos em locais em que as festas juninas são promovidas por órgãos públicos.
Os produtos que vendem, diga-se de passagem, são característicos das festividades juninas.
Os “cristãos” que ficam nas barracas vestem-se a caráter e pensam que, dessa forma, estão procedendo biblicamente.
E o que dizer das igrejas que promovem festas juninas em suas próprias dependências com a alegação de arrecadarem fundos?
As festas juninas têm um caráter religioso que desagrada a Deus. Nestas festas ocorrem rezas, canções e missas; as comidas e doces são oferecidos a estes santos -claro que os que comem não são os santos, mas os que participam dela.
Este procedimento de "oferecer comida aos santos" é muito parecido aos despachos espíritas nos cemitérios e encruzilhadas; talvez a diferença seja o local da "festa". Então, como separar o folclore da religião se ambas estão intrinsecamente ligadas?
 O povo de Israel abraçou os costumes das nações pagãs e foi criticado pelos profetas de Deus.
A vida de Elias é um exemplo específico do que estamos falando. Ele desafiou o povo de Israel a escolher entre Jeová Deus e Baal. O profeta pôs o povo à prova: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o”(l Rs 18.21).
É claro que o contexto histórico do texto bíblico em pauta é outro, mas, como observadores e seguidores da Palavra de Deus, devemos tomar muito cuidado para não nos envolvermos com práticas herdadas do paganismo.
Pois é muito arriscada a mistura de costumes religiosos, impróprios à luz da Bíblia, adotada por alguns evangélicos. É preciso que os líderes e pastores aprofundem a questão, analisem a realidade cultural do local em que desenvolvem certas atividades evangelísticas e ministério e orientem os membros de suas respectivas comunidades para que criem e ensinem os filhos nos preceitos recomendados pela Palavra de Deus. O simples fato de proibirem as crianças de participar dessas comemorações na escola em que estudam não resolve o problema, antes, acaba agravando a situação.
O que diz a Bíblia
Para muitos cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades juninas não tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O apóstolo Paulo, no entanto, declara em I Coríntios 10.11 que as coisas que nos foram escritas no passado nos foram escritas para advertência nossa. Vejamos o que ele disse: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”.
O que nos mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito para Canaã?
Quando os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao monte para receber a lei da parte de Deus.
A demora de Moisés despertou no povo o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi consultado e, depois de concordar, ele próprio coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material, O texto bíblico diz o seguinte:
“Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).
Qual foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os puniu severamente:
“Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças”. acendeu-se-lhe a ira, e arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do monte. Então tomou o bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o até que se tomou em pó, e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos de Israel.
O teor religioso das festas juninas não passa de um ato idólatra quando se presta culto a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como crentes, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o Senhor Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele a Deus sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O texto de Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando:
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas nas suas mãos. E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”.
É possível imaginar um cristão cantando louvores a São João Batista? O cântico seria mais ou menos assim:
“Onde está o Batista?”.
“Ele não está na igreja”,
Anda de mastro em mastro,
“A ver quem o festeja”.
Lembramos a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que certos homens quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava.
 E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes.
Porém, ouvindo isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas?
 Nós também somos homens como vós, Sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (At 14.11-15).
Os Santos não Podem Ajudar
Normalmente, as pessoas que participam das festas juninas querem tributar louvores a seus patronos como gratidão pelos benefícios recebidos.
Admitem que foram atendidas por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Creem também que esses santos podem interceder por elas junto a Deus. Entretanto, os santos não podem fazer nada pelos vivos.
Pedro e João, como servos de Deus obedientes que foram, estão no céu, conscientes da felicidade que lá os cercam (Lc 23.43; 2Co 5.6-8; Fp 1,21-23).
Não estão ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das pessoas que os cultuam aqui na terra. O único intercessor eficaz junto a Deus é Jesus Cristo. Diz a Bíblia: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (um 2.5).
E mais:
“É Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os monos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, ternos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propriciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos. mas também pelos de todo o mundo” (l Jo 2.1-2).
Foi o próprio Senhor Jesus quem nos disse que deveríamos orar ao Pai em seu nome para que pudéssemos alcançar respostas aos nossos pedidos: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei”(Jo 14.13-14).
Quanto ao teor religioso das festas juninas, podemos declarar as palavras de Deus ditas por meio do profeta:
“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro” (Am 5.21).
Como seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta delicada exposição, que Deus nos conceda sabedoria para que consigamos proceder de uma maneira que o agrade em todas as circunstâncias, pois: “toda ação de nossa vida toca alguma corda que vibrará na eternidade” (E. H. Chapin).
Algo em Que se Pensar
O Brasil é um dos maiores paises agrícola do mundo. Até conhecemos aquela frase elogiando as terras brasileiras: nas quais, "... em se plantando tudo dá". No entanto (pasmem), o governo está importando (isto é, comprando) de outros países arroz, feijão, trigo, café, cacau etc. Era para estarmos exportando, vendendo, aumentando o capital, e não comprando, pois temos terras de excelente qualidade.
Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do "homem do campo". Sabemos que existe um êxodo rural muito grande, 80% da população brasileira vive nas cidades e somente 20 % vivem no campo. Não estaria as festas juninas contribuindo para formar uma imagem negativa de nosso povo da zona rural? Não é exagerado o ponto de vista em que sugere que a imagem do homem do campo por vezes é humilhada nas festas juninas.
Veja: qual criança se espelharia no típico caipira das quadrilhas de festas juninas? Quais delas diria: "quando crescer quero ser um caipira, ou homem do campo, com as roupas remendadas"?
 As crianças querem ser médicos, professoras, atrizes, pois estes não são humilhados nas festas juninas.
As Festas Juninas inconscientemente ou não, servem mais para humilhar as pessoas do campo do que para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não é banguela, é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, uma alusão ao espantalho, um pobre coitado! - pois talvez seja assim que os grandes latifundiários vêem o caipira, e essa visão é reproduzida por nossas crianças nas escolas. Poderia isto ser chamado de FOLCLORE e CULTURA?
A Bíblia diz categoricamente que "o que escarnece (humilha) do pobre insulta ao que o criou" (Pv. 17:5). Disso decorrem problemas urbanos graves como o favelamento e os menores abandonados, pois como os "caipiras" não conseguem sobreviver no campo, pensam que na cidade encontrarão trabalho. A esse processo dá-se o nome de "Êxodo Rural". E o nosso país agrícola é desmatado, onde só se planta pasto para boi gordo, e expulsa o homem do campo.
Motivos para não Participar de Festas Juninas
Diante de tudo o que foi dito acima daremos uma recapitulação expondo o "por que" de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:
1 - Plágio do Paganismo - Como vimos, as bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas pelas colheitas.
As festas juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida adverti-os severamente para que não usassem esse tipo de costume, diz Ele:
 "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos." [Deut. 18:9]. Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido por Deus.
2 - Os Santos não Intercedem - É notório que estas festividades são para homenagear os três santos. Nestas datas as pessoas invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta intercessão. Não obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações que os devotos tanto acreditam.
A Bíblia nos diz que existe um só mediador entre Deus e os homens: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem," [I Tm. 2:5].
Este verso exclui todos os demais mediadores forjados pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a alguém, esse alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: "...e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei." [João 14:13,14].
 Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos pedidos, promessas e votos a terceiros.
3 - Os Santos não Escutam Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus "santos" ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos!
 Mais uma vez a Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em relação aos vivos: "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. 6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." [Eclesiastes 9:5,6].
Veja que o verso nos diz que os que já morreram não sabem coisa nenhuma do que acontece aqui em nosso mundo, na terra (debaixo do sol). é claro que há consciência onde eles estão, mas aqui em nosso mundo eles não podem ajudar ou atrapalhar ninguém.
4 - Invocação de Espíritos dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em que o espírito de São João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, a fim de vir participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete de modo perfeito a crença católica da invocação dos santos. é claro que se o santo já morreu, o que é invocado é o espírito dele, e isto bate de frente com a advertência bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos:
 "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?" [Isaías 8:19]. E mais:
"Não se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti." [Deut. 18:9,-12]. No fundo a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática espírita e como tal, é reprovada por Deus.
5 - Outro Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficou demonstrado biblicamente os espíritos dos santos não sabem de nada do que acontece em nosso mundo, portanto não podem interceder por ninguém. Já que eles são neutros nisso tudo, para quem vai então às honras e os louvores destas festividades afinal?
O apostolo Paulo estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse: "Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.
" Um pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é ( 8:4 ), ou seja, quando os gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais oferendas), pois o ídolo nada é.
Não estaria acontecendo algo similar nas festas juninas?
 Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades a tais santos que segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o que está acontecendo, quem então as recebe?
 Ou então, quando o pedido é atendido, quem concede estas "graças" às pessoas nas festas juninas? De uma coisa temos certeza: dos santos é que não são!
6 - Comidas e Imagens - Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são benzidas e oferecidas ao santo que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se fazem orações, carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela etc. Como exemplo, temos o famoso pãozinho de Santo Antonio!
 Entretanto, a Bíblia diz:
"Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos...não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios." [Atos 15:29 ; I Co. 10:21]. Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia nos seguintes termos:
 "Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te encurvarás diante delas, nem as servirás;" [Deut. 5:8,9]. Estes são resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar de tais festividades.
Conclusão
Pare e pense: como vimos, todas as práticas encontradas nas festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra?
 Será que os católicos realmente estão honrando a Deus com isso?
 Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas somente a Ele [Amós 5:21-23] , mas que haviam sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas "cristã" dedicada aos santos?