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ESTUDO COMPLETO DAS SETENTA SEMANAS PROFETICAS DE DANIEL

Profecias




Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e  selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo,Daniel 9:24
O assunto principal deste artigo é  que, em suma, encerra uma série de 27 versículos, com a oração do profeta Daniel, para que Deus desse início ao regresso de seu povo que estava cativo em Babilônia. (Ver Salmo 126).
Pode se dividir o presente texto da seguinte maneira:
1) A introdução (versículos 1 e 3).
2) A oração propriamente dita (versículos 4 a 19).
3) A resposta da oração:
 Deus enviando o anjo Gabriel (versículos 20 a 27).
 Então o capítulo é dividido em duas partes:
1) A introdução (versículos 20 a 23).
 2) A resposta propriamente dita (versículos 24 a 27).
Agora a consolidação:
 A grande profecia das “setenta semana”
Os versículos 1 e 2 do presente capítulo, apontam no tempo esta oração: foi no primeiro ano do governo de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos. Não sabemos determinar se o “Assuero” do texto em foco é o mesmo que vem citado no livro de Ester 1.1.
Alguns comentadores aceitam que o Assuero do texto é Xerxes, e o nome “Assuero” pode ser um “título real aque- mênida”.
Seja como for, nós aceitamos o que fica depreendido dos textos divinos, o mais são especulações humanas.9.2:
“No ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as as assolações de Jerusalém, era de setenta anos”.
“Era de setenta anos”.
Daniel primeiro examina com cuidado as predições do profeta Jeremias sobre os “setenta anos de cativeiro” (Jr 25.11, 12).
Setenta anos de cativeiro sobre a nação foi para “que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.21).
 Deus ordenou a Israel, no deserto, que trabalhasse seis dias em sete e, semelhantemente, seis anos em sete. (Ver Ex 20.9, 10; Lv 25.1-7).
A guarda do sábado à risca foi observada por Israel logo no deserto, e um homem foi morto porque apanhou lenha no sábado. (Ver Nm 15.32-36).
A segunda ordem de Deus para que se guardasse o ano sabático só entraria em vigor com a entrada da nação na terra prometida.veja;(Ver Lv 25.2-4).
Isto significa que todo o “tempo pertence a Deus”.
Durante esse ano (de repouso), a terra não era lavrada, o fruto era livre, e a confiança do povo em Deus era provada.
Aprendemos de Deuteronômio 31.10-13, que este ano era empregado para dar instrução religiosa ao povo.
Durante os 490 anos da monarquia, esta lei não foi observada, como devia ter sido por 70 vezes.
Por isso, foram dados ao povo 70 anos de cativeiro.
 Deus, apenas, como sempre, só exigiu o dízimo dos 490 anos veja;(Ver 2 Cr 36.21).
 Daniel sabia que Deus é o “Justo Juiz” e só cobraria o “dízimo” dos anos, e pôs-se a orar confiantemente por um repatriamento. (Comp. SI 126).
9.3: “E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, e saco e cinza”.
Daniel, como já ficou demonstrado, sabia que Deus só exigia o que é seu e, numa confiança inaudita na grande misericórdia dele, e numa inteireza de fé, pediu a Deus que virasse o cativeiro do seu povo "... como as correntes do sul”. (Ver SI 126.4).
O ardente desejo deste servo fiel era ver seu povo perdoado, e a cidade de Jerusalém, mormente o templo do Senhor, reedificados.
Ele permaneceu em oração “velando nela com ação de graças”. (Ver Cl 4.2). Até as três horas da tarde (a hora do sacrifício da tarde), Daniel permaneceu em oração, exemplificando o centurião Cornélio (At 10.30). Então chegou Gabriel, um embaixador da corte celestial.
A oração, na vida de Daniel, era um costume regular. No seu aposento de janelas abertas, na direção de Jerusalém, ele podia ser encontrado orando três vezes por dia. (Ver 6.10).
Há uma promessa para aqueles que, em tempo de angústia, buscam a Deus virados para o santo templo. (Ver 1 Rs 46-49).
Davi orava a Deus três vezes no dia e, por essa razão, era bem sucedido (SI 55.15). - Quantas vezes nós oramos por dia?
9.4: “E orei ao Senhor meu Deus e confessei, e disse: Ah! Senhor!
Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamento^’.
"... e confessei, e disse”. O texto em foco mostra Daniel assumindo a posição de sacerdote (ainda que não o fosse) e fazendo confissão.
 A confissão é a expressão pública da fé. Enquanto o testemunho se dirige aos homens, a confissão dirige-se a Deus, num movimento espontâneo de gratidão e louvor. No Novo Testamento, a “confissão” possui três significados especiais:
1) Louvar ou celebrar.
2) Proclamar
o Senhor e sua libertação.
3) Reconhecer as próprias culpas.
Nessa parte da Bíblia, a palavra traduzida por “confessar” significa, inicialmente, “entrar em conciliação, concordar sobre uma base comum”. Daniel, o grande servo de Deus, não se sentia culpado, mas, mesmo assim, não se dava por justificado. (Ver Rm 8.33).
Ainda no N.T., a confissão acompanha o ministério do Senhor Jesus Cristo (Lc 5.8; 19.8), e está em parábolas por Ele proferidas. (Veja Lucas 15).
 Acompanha também o ministério apostólico. (Ver Jo 20.23; At 19.18).
Faz também parte das recomendações apostólicas (1 Jo 1.9; Tg 5.16).
9.5: “Pecamos, e cometemos iniqüidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos”.
“Pecamos, e cometemos iniqüidade”. Daniel demonstra sua grande humildade diante de Deus, em confessar o pecado de seu povo, mas se coloca também numa posição de culpa, como se fosse um pecador: Ele se apresenta como se fosse um anátema diante da situação. Paulo desejou
também ser até separado de Cristo por amor a Israel. (Ver
1 Rm 9.3). Moisés desejava ser riscado do livro da vida se porventura Deus não perdoasse o seu povo (Ex 32.33). Daniel, como já ficou explícito em outras notas expositivas, sabia que, segundo as Escrituras, o pecado “cortava” quaisquer laços de comunhão entre o homem e Deus, como declara o profeta Isaías (Is 59.2).
Em relação a Jesus, Ele disse aos judeus de seus dias: “Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados” (Jo 8.24). Jesus retrata a vida humana ideal, de comunhão com Deus, em todo o Novo Testamento.
 O pecado é a falta dessa comunhão. Jesus também localiza a fonte do pecado no íntimo dos homens.
O pensamento de Jesus, em cada elemento de seus ensinos, aprofunda muito o senso de culpa. Daniel, sendo possuidor do mesmo Espírito de Deus, aprofunda-se também nele o senso da culpa do seu povo e pede a Deus remissão.
9.6: “E não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes, e nossos pais, como também a todo o povo da terra”.
"... não demos ouvidos aos teus servos, os profetas”.
A presente passagem nos lembra as recomendações do Senhor Jesus em seus ensinamentos doutrinários, tanto nos Evangelhos como no Apocalipse.
Esta recomendação para “ouvir” a Palavra de Deus, da parte de Cristo, é feita em solene aviso, nos evangelhos. (Ver Mt 13.9,43; Mc 4.23).
 No texto de Ap 3.6, a recomendação é feita a “todas as igrejas”, e se repete nos caps. 2 e 3 por sete vezes. Os ouvidos de um homem são sua sensibilidade espiritual, e o seu “ouvir” e o uso de meios espirituais que produzem mudanças em seu íntimo, conforme se vê exigido nas advertências e promessas anteriores. Daniel nos informa que o castigo caído sobre a nação israelita era resultado do “não ouvir” a Palavra de Deus enviada pelos profetas do Senhor. Um dos mais solenes estudos da Bíblia inteira é aquele concernente ao “ouvido que ouve”.
9.7: “A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto, como se vê neste dia; aos homens de Ju- dá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel; aos de
perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa da sua prevaricação, com que prevaricaram contra ti.
"... prevaricaram contra ti. Numerosas são as palavras com a significação de pecado, na Bíblia. Se bem que o Antigo Testamento as empregue facilmente umas pelas outras. (Ver Dt 19.15: a iniqüidade, a falta, o pecado.)
E interessante retomar aos seus significados primários, que nos revelam a essência bíblica de pecado. Os sábios traduziram a palavra “hamartia” por pecado, no idioma português, que toma o sentido:
1) Tortuosidade (sentido próprio).
2) Errar o alvo (sentido religioso).
 Na Bíblia são numerosos os “pecadores”, cujas ações são definidas como desvio.
 Outra palavra corrente para o pecado vem de uma raiz que significa algo que é “torto” ou “curvo”. No sentido nacional, é a do presente texto: a nação inteira é tomada como um todo, na prática do pecado, como por exemplo: “Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto...” (Js 7.11). Mas havia também a prática, mesmo em Israel, no sentido individual, como por exemplo: “sacerdote... príncipe... congregação... qualquer outra pessoa...” (Ver Lv capítulo 4). Daniel, em sua oração a Deus, inclui a nação como um todo.
9.8: “O Senhor, a nós pertence a confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque pecamos contra ti”.
“Porque pecamos contra tf. O velho profeta em sua oração intercessora continua pedindo a Deus a expurgação do pecado, tanto praticado no presente como no passado. Daniel conhecia muito bem os males que o grande tirano (o pecado), tinha causado ao seu povo. Há o pecado congênito, herdado de Adão. Há ainda o pecado praticado; este é transgressão (Ver 1 Jo 1.9). O primeiro vem no singular, o segundo no plural. Quanto à prática do pecado, há duas espécies de pecado: a primeira por comissão. (Ver Tg 1.15). A segunda por omissão. (Ver Tg 4.17). Há pessoas que se exercitam conscientemente na prática do pecado, e, por conseguinte, são os obreiros da iniqüidade (SI 14.4). Ainda no que diz respeito aos aspectos maus do pecado, podemos analisar a posição do crente em relação ao peca-
do. 1) Somos salvos do pecado, mas não de sua presença que tão de “perto nos rodeia” (Hb 12.1). 2) Na mudança e transladação dos santos, que se chama “a redenção do corpo”, seremos para sempre salvos da presença do pecado. (Ver Rm 8.23; 1 Co 15.52, 53).
9.9: “Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele”.
“...a misericórdia e o perdão”. Essa é uma das mais conhecidas palavras da Bíblia. Isto é, a palavra “perdão”. Toda uma série de expressões, no Antigo e no Novo Testamento designam o ato de perdão e permitem definir sua natureza. A expressão mais correta é “remir”, “abandonar” (uma transgressão), em comparação com a remissão de uma dívida (SI 32.1; Mt 9.2; Lc 7.48). Há as expressões “não imputar” (Nm 12.11; SI 32.2; Rm 4.8), “cobrir”, como algo que mais não se quer ver. (Ver SI 85.3; Rm 4.7). Paulo diz que o perdão humano está baseado no perdão divino: “antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32). Em Mt 26.28, essa palavra é também traduzida por “remissão”; ela significa “mandar embora”. No Novo Testamento há diversos pontos notáveis. Um deles é que o pecador perdoado deve também perdoar aos outros. Isso é manifestado em Lc 6.37, na oração do Pai Nosso, e noutras passagens paralelas. No texto em foco, porém, Daniel pede a Deus, um perdão de cunho nacional, isto é, um perdão extensivo à nação como um todo.
9.10: “E não obedecemos à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu pela mão de seus servos, os profetas”.
"... não obedecemos à voz do Senho/’. São muitas as passagens correlatas da Bíblia, quanto ao assunto da desobediência.
1) Por um lado, esta revolta dos homens não desconcerta a Deus: os desobedientes não escapam do seu controle. Deus leva a sério a desobediência deles: Deus não os abandona a si mesmos: Ele endurece o homem desobediente (Êx 7.3; Jo 12.40). Ele o entrega ao pecado (Rm 1.24). Porém, muito mais: Deus usa a desobediência do homem, a qual, em lugar de contrariar a salvação divina, co-
labora com ela tornando-a “gratuita”.
 2) Por outro lado, Deus prepara o caminho para a vida de uma humanidade nova, obediente. Ele escolheu Abraão, elegeu Israel, deu sua lei, e, assim, a “queda” se torna em “elevação” (Comp. Rmcap. 11).
9.11: “Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz: por isso a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele”.
“Por isso a maldição”.
A maldição é uma palavra pela qual Deus faz cair a desgraça e a morte sobre o homem ou sobre as coisas, por causa do pecado. A serpente foi alvo de maldição (Gn 3.14), e até o solo (Gn 3.17 e 5.29), e também Caim, o fratricida (Gn 4.11): todos esses são malditos. Na boca de um homem a maldição atrai o julgamento de Deus para o inimigo (Nm 22.6; 23.8; 2 Rs 2.24; Lm 3.65). A cidade de Jericó foi também alvo de maldição por parte de Josué (Js 6.26), caindo muito depois sobre Hiel, o betelita, e fazendo morrer seus dois filhos (1 Rs 16.34). Há também aquela dirigida contra o próprio Deus. (Ver Lv 24.11,15; Jó
2.9). Ela é o pecado por excelência e conduz à morte: aquele que maldiz a Deus se exclui da aliança e da vida. O mesmo acontece com aquele que maldiz seus pais, pois é por intermédio deles que Deus lhe deu a vida (Êx 21.17; Pv 20.20; 30.11), ou com aquele que maldiz o rei, representante terrestre do rei divino. Morrerá sem misericórdia (1 Rs
21.13, etc).
No texto em foco, Daniel nos diz que a maldição veio a seu povo por causa da desobediência contra Deus. O homem, por esta razão, foi privado da bênção.
9.12: “E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juizes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto nunca debaixo de todo o céu aconteceu como em Jerusalém”.
O texto em foco e outros que seguem são a continuação da oração intercessora de Daniel. Nota-se que, como Davi no Salmo 51, Daniel não se justificava do pecado que cometera. O grande servo de Deus também não se desculpa, de forma alguma, como bem podemos presenciar nos versículos 7, 8, 11 e 18 do capítulo em foco; apesar de ter uma vida pura, irrepreensível e justa, ele se coloca ao lado dos
que pecaram e pede misericórdia da mesma maneira que Moisés se identificou com Israel como culpado (Ex 34.9). O Senhor Jesus Cristo é outro exemplo ideal. Para salvar seu povo, o verdadeiro Mestre se “fez pecado por nós” e foi contado como um malfeitor. Daniel, sendo grande conhecedor das Escrituras, invocava a Deus sobre a inspiração de suas palavras. Não é só neste capítulo que encontramos exemplos de oração como esta, mas já no passado existia um grande exemplo disto em Israel. (Ver 2 Sm 7.25-29; 1 Rs 18.1,41-46).
9.13: “Como está escrito na lei de Moisés, todo aquele mal nos sobreveio; apesar disso, não suplicamos à face do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas ini- qüidades, e para nos aplicarmos á tua verdade”.
Meditando sobre o presente versículo, o missionário O. Boyer diz:
“Nisso se encontra o segredo de toda a sua oração; (de Daniel) Israel podia estar em tais condições que Deus devia adiar o cumprimento da promessa de colocar seu povo de novo na terra da promissão. Daniel receava que o seu povo deixasse passar o dia da graça, como de fato a maior parte o fez, e Deus adiasse o cumprimento da promessa. (As setenta semanas são um exemplo disso).
Alguém pode perguntar sobre o capítulo em foco: - Então a oração de Daniel não valeu coisa alguma? -
Valeu; resultou na volta de alguns fiéis no fim dos setenta anos.
 O decreto de Ciro, rei da Pérsia (Ver Ed 1.1-4) foi a resposta gloriosa. E também resultou em muita luz preciosa para nós, hoje. Afinal de contas, qual é o crente fiel que não está pronto a orar a vida inteira para ter uma experiência tão gloriosa como esta?
9.14: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós; porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as suas obras, que fez, pois não obedecemos à sua voz”.
"... justo é o Senhor, nosso Deus”. O presente texto nos faz lembrar do que diz o salmista no Salmo 87.2: “Nuvens e obscuridade estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono”. A Bíblia Sagrada, em seu conceito geral, apresenta a pessoa de Deus como “O Justo Juiz” (2 Tm
4.8). Essa posição coaduna-se com a sua natureza. Deus não pode ultrajar o “direito de ninguém”, porque “justiça
e juízo são a base do seu trono”. A justiça é a expressão e a execução da retidão; essa pode ser chamada de santidade judicial. A palavra “justiça” aparece dezenas de vezes no Antigo Testamento, como tradução do termo hebraico “cedheq”. No Novo Testamento, o substantivo “justiça” aparece, como tradução do termo grego “dikaiosumê”, cerca de noventa (90) vezes. Em seu sentido lato, significa “e- qüidade legal”. A palavra, quando se aplica à pessoa de Deus, significa a “infinita retidão daquele que é justo”, e, neste sentido, ela se encontra na presente passagem. Daniel apela para essa “justiça de Deus” que, ao invés de punir o pobre homem culpado, o auxilia, dando-lhe o que ele precisa.
9.15: “Na verdade, ó Senhor nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e ganhaste para ti nome, como se vê neste dia, pecamos; obramos impiamente”.
"... com mão poderosa”. A "onipotência de Deus” é também pintada pelo patriarca Jó, quando diz: “Então respondeu Jó ao Senhor, e disse: Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.1-2). A palavra “onipotência” deriva-se de dois termos latinos, “ommis” e “potentia” que, juntos, significam “todo poder”. O termo denota o supremo poder pessoal de Deus. Esse atributo é peculiar à sua pessoa e significa que seu poder é ilimitado, que ele tem o poder de fazer qualquer coisa que queira. (Ver Lc 1.37). “A onipotência de Deus não significa o exercício de seu poder para fazer aquilo que está dentro dos limites da compreensão humana”. Exemplo: - Se Deus é onipotente, por que deixou a serpente entrar no Jardim, e tentar o primeiro casal? Devemos pensar primeiro que Deus é soberano e absoluto e, como tal, age de acordo com a sua natureza santa e com sua santa vontade. O texto em foco, como outros correlatos, focaliza sobre a “mão poderosa de Deus”, isto é, não o exercício da força muscular, mas sobretudo o supremo poder da Palavra da sua boca, como também do seu Ser. Deus é o Todo-poderoso em grau supremo!
9.16: “O Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do
teu santo monte; porquanto, por causa dos nossos pecados, e por causa das iniqüidades de nossos pais, tornou-se Jerusalém e o teu povo um opróbrio para todos os que estão em redor de nós”.
O presente versículo mostra como Daniel se sentia humilhado, aos olhos de todas as nações, porque o cativeiro de Judá e a não-existência do santuário de Jerusalém eram interpretados pelas nações como significando que o Deus de Judá ou Israel não tinha poder, que tudo era uma ilusão.
 Assim sendo, o fato de o nome de Deus ter sido desonrado pelas medidas disciplinares que o povo o forçou a tomar, exige, do apelo vindicado por Daniel, que Deus tome uma providência urgente a favor do seu povo.
 O templo do Senhor e a cidade de Jerusalém, tudo estando em grandes ruínas, era considerado por todo o judeu como “um opróbrio”. (Ver Ne 1).
Daniel estava consciente de tudo isso e pediu a Deus que, através da sua justiça e retidão, tirasse de seus servos esse opróbrio.
Quando o povo de Deus em qualquer tempo ou lugar fracassa, os inimigos zombam! Pois o pecado é o “opróbrio” das nações, e, se uma “nação santa” como é chamada a Igreja na simbologia profética, pecar, traz sobre si esse “opróbrio” sombrio da zombaria. (Comp. 2 Sm 12.14 e ss.).
9.17: “Agora, pois, ó Deus, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor’’.
O texto em foco mostra como Daniel usa expressões familiares de várias partes do Antigo Testamento.
Ele afirma a sua expectativa de que a sua oração será ouvida, e que Deus fará com que, tanto a cidade como o templo e as tranqueiras (circunvalações), em Jerusalém, sejam edificados, e que Deus o fará, agora, sem muita demora. Daniel era um crente fiel e não fanático; sua oração está pontilhada, tanto de sabedoria como em expressão.
 Montgomery diz que “o santo ora como a Igreja ora”; as grandes orações da Bíblia, incluindo a do presente versículo, provêm princípios que faríamos muito bem em incorporar, tanto à oração pública como à privada. Acima de tudo, porém, precisamos ter a certeza de que Deus responde à nossa oração em qualquer tempo ou lugar; é só clamar com confian-

ça no nome e no sangue de Jesus. Deus responde ao homem, não de acordo com o que ele merece (ele nada merece), mas de acordo com o que ele precisa. (Ver Mt 20.1-16).
9.18: “Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos; e ouve; abre os teus olhos e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias".
O presente versículo encerra vários elementos que retratam a bondade suprema de Deus. Daniel lança perante Deus toda essa oração, mas esclarece dizendo: “Não lançamos as nossas súplicas... fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.
A misericórdia divina, faz parte do seu grande amor.
Paulo pinta este amor como prova “para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. (Ver Rm 5.8). O amor de Deus se define como aquele atributo pelo qual ele se inclina a promover os melhores interesses de suas criaturas e a comunicar-se a elas, a despeito do sacrifício que nisso está envolvido. “Para mim (observa Robertson), essa é a mais profunda de todas as verdades que a totalidade da vida de Deus é o sacrifício próprio: amor e misericórdia. Deus é amor: amor envolve sacrifício: dar em lugar de receber; abençoar em lugar de amaldiçoar. Dar-se a si mesmo”. Ele deu Jesus como supremo sacrifício.
9.19: “O Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; á Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo se chamam pelo teu nome”.
O presente versículo é o clímax da oração de Daniel neste capítulo. E três pontos focais devem ser analisados aqui:
1) No versículo 17, Daniel pediu especificamente pela volta do povo. Mas ele o fez indiretamente. Ele pediu a Deus que demonstrasse o seu favor para com o seu santuário que estava desolado há tanto tempo.
2) No versículo 18, pediu a Deus que demonstrasse o seu favor para com os cativos na Babilônia e para com os que estavam lá, em Jerusalém. Mas outra vez Daniel acrescenta rapidamente que ele não estava fazendo o pedido por Israel merecer o favor de Deus.
 3) Finalmente, no texto em foco, Daniel pediu
francamente que Deus não se retarde. Isto é, ele queria que Deus permitisse ao seu povo voltar logo, uma vez que os setenta anos se estavam completando desde o começo do cativeiro, em 605 a.C.
O doutor Leon Wood nota: “Observe o cuidado que Daniel tinha na sua oração.
Ele não era imprudente, nem exigente, como se Deus tivesse a obrigação de dar algo a seu povo”.
9.20: “Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus”.
“Pelo monte santo do meu Deus”.
 O versículo em foco e os anteriores descrevem vários aspectos que dizem respeito, tanto a cidade de Jerusalém como ao povo escolhido, mas um dos pontos focais é, sem dúvida, a restauração do santo lugar onde sabemos ter sido erigido o “templo do Senhor Deus de Israel”. A palavra “Sião” significa monte ensolarado. E, ainda que a palavra tenha uma nata aplicação (incluindo até mesmo o local do templo de Jerusalém, algumas vezes), indica a colina mais oriental das duas sobre as quais Jerusalém foi edificada. O monte Sião, também é identificado como a Jerusalém “lá de cima”. (Ver G1 4.26). E também como a cidade de Deus nos céus (Hb
12.22). O monte Sião é mencionado no Novo Testamento nas seguintes passagens: Mt 21.5; Jo 12.22; 1 Pe 2.6 e Ap 14.1. A cidade de Davi era Jerusalém (1 Rs 8.1).
O templo foi edificado no monte de Moriá, e o palácio de Davi, no monte Sião. Portanto, Sião é sempre usado, na simbologia profética, como “o santo monte”, por se ter tornado, profeticamente falando, o lugar escolhido como sede do reino de Cristo durante o Milênio. (Ver Is 2.3 e Ob v. 17). Eis a razão por que Daniel tanto se interessava pela restauração do santo monte do Senhor.
9.21: “Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora do sacrifício da tarde”.
“Veio voando rapidamente”.
 Isso é dito acerca do “anjo Gabriel”. (Sobre o anjo Gabriel ver nota no capítulo oito versículo 16 deste livro).
O presente versículo, além de encerrar outros elementos doutrinários apresenta um dos pontos focais: a rapidez dos anjos. Podemos entender que a “rapidez” dos anjos, voando, pode-se comparar a “um relâmpago” ou a um pestanejo. Isso indica também a idéia de um “momento”. (Ver 1 Co 15.52). “Momento”, em grego, é “átomos”, que significa “sem divisão”.
E a única ocorrência desse vocábulo em todo o Novo Testamento. Segundo o doutor Russell, esse termo era originalmente usado para denotar uma partícula indivisível, devido a sua pequenez. Literalmente, essa palavra significa “impossível de ser cortado” ou de ser “medido”. Os anjos também voam com a rapidez de um relâmpago (Mt 28.3), a 300.000 quilômetros por segundo (?), mas, na escala celeste, são rápidos como o pensamento. (Comp. com Mt 26.53). Apenas quatro classes de seres são apresentados na Bíblia como tendo asas. 1) Os querubins (Ex 25.20; 2 Cr 5.7; Ez 1.6; Ap
4.8). 2) Os serafins (Is 6.1-6). 3) Os anjos (Ap 8.13; Dn 9.21). 4) .
E certamente o arcanjo Miguel (Jd 9).9.22: “E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido”.
O versículo em foco nos lembra o que diz o Senhor em Is 65.24:
 “E será que antes que clamem, eu responderei: estando eles ainda falando, eu os ouvirei”. Daniel ainda estava “falando” quando o mensageiro celestial apareceu trazendo já a resposta de Deus. Primeiro o anjo de Deus disse que tinha vindo para dar a Daniel entendimento sobre o sentido daquilo que lhe ia explicar.
Ele estava se referindo aos acontecimentos futuros. Esses acontecimentos relacionavam-se com o pedido de Daniel naquela longa oração que ele estava fazendo. Então Gabriel disse que, no exato momento em que Daniel tinha começado a orar, já tinha recebido a resposta de Deus. Como é importante para nós também permanecer em oração no gracioso favor divino, para que suas bênçãos fluam na nossa direção.
Todo aquele que está orando está pedindo, e quem pede recebe, disse o grande mestre Jesus aos seus discípulos. (Ver Lc 11.9,10).
9.23: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para te declarar, porque és mui amado: toma pois bem sentido na palavra, e entende a visão”.
Uma das contribuições mais importantes do livro de Daniel é a sua insistência na ligação entre a fé e a inteligência. Sabedoria e entendimento eram dons, mas ainda assim ele é exortado a considerar a causa e entender a visão.
Antes de terminar sua fervorosa oração, certamente dizendo a Deus que os setenta anos de cativeiro já tinham expirado. (Ver v. 2) ele, então, recebeu uma visita do “varão Gabriel”, que “veio voando rapidamente” com uma profecia de “setenta semanas” (ver v. 24). O número se relaciona com o perdão que é de “setenta vezes sete” (Mt
18.22). O anjo celeste explica a Daniel que aquela visão das setenta semanas é possível ser entendida, mas isso requer uma acurada investigação. A seguir, o anjo apresenta a profecia no sentido completo, e depois mostra a Daniel as suas divisões (v. 24), que são vistas nos versos 25 a 27.
A recomendação de Daniel feita pelo anjo foi, sem dúvida, por tratar-se de uma profecia cujo tema era de alcance muito vasto; ela alcança séculos e milênios!
9.24: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos”.
“Setenta semanas...”
 Entre os hebreus, em lugar da palavra “semana” usava-se a palavra “shabua”. Em hebraico “shabua” significa, literalmente, um “sete”. Pode ter o sentido de um “sete” de dias como também um “sete” de anos. Precisamente nesta profecia tem o sentido profético de anos e não de dias. (Ver Nm 14.34 e Ez 4.6). Assim sendo, estas “setenta semanas” são setenta “grupos de sete anos”, ou seja, 490 anos.
A grande profecia das setenta semanas, visava, não somente ao “povo” mas também à restauração da cidade que se encontrava em grande ruína. (Ver Ne 1.3).
Seis acontecimentos marcantes deviam acontecer no decorrer das setenta semanas escatológicas:
1) Extinguir a transgressão, em grego é “anomia”, e significa “violação da lei, desordem, anarquia; declínio para a margem esquerda ou direita da linha da santidade”; tudo isso Israel tinha praticado em grau supremo e, segundo o anjo intérprete, esta “transgressão” na vida da nação israelita não podia ultrapassar a “septuagésima semana”.
2) Dar fim aos pecados. O termo “pecado”, no grego, é “hamartia”, significa “tortuosidade” no sentido próprio, e “errar o alvo” no sentido religioso. Segundo o anjo, o pecado tinha de ser "tirado” da vida da nação, antes da introdução do reino milenar de Cristo. (Ver Rm 11.26).
3) Expiar a iniqüidade. O termo “iniqüidade” tem sentido lato, tanto no Antigo como no Novo Testamento, como por exemplo: “rãshã”, “ponêros”, “athesmos”, etc. Isso significa “desobediência, insubordinação”. Essa iniqüidade na vida de Israel seria “expiada”, de acordo com o texto em foco, dentro dos limites das setenta semanas. Isso porém, não aconteceu por desobediência de Israel, de não aceitar Jesus como seu Messias. (Ver Jo 1.11).
4) Trazer a justiça eterna.
 A “justiça eterna” do presente texto é a “Justiça de Cristo”, que ele ganhou na cruz. A promessa para Israel é que, antes do reino milenar Cristo será introduzido no mundo com essa “justiça”, e a nação inteira desfrutará dela em plenitude.
5) Selar a visão e a profecia. A “profecia” do texto em foco, sem dúvida, é a das setenta semanas; ela precisava ser selada com seu cumprimento. Isso terá seu cumprimento em plenitude, quando Deus “restaurar o reino a Israel”. (Ver At 1.6). 6) Ungir o Santo dos santos.
Em algum sentido, todos os templos, isto é, o de Salomão; o de Esdras; o de Herodes, e o que será usado pelos judeus descrentes sob a aliança com o Anticristo (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts 2.4), e o templo escatológico de Eze- quiel (Ez caps. 40 a 48), todos são tratados como uma só casa: a “casa de Deus”. Assim, Cristo purificou o “templo dos seus dias”, embora construído (ou reconstruído) por um usurpador idumeu (Herodes) para agradar aos judeus. A nova promessa, segundo o anjo, é de que este “santuário” onde ficava o “Santo dos santos”, será “ungido” por Cristo antes que as setenta semanas expirem. Todas essas “seis coisas” terão seu cumprimento pleno com o retorno de Cristo a este mundo com poder e grande glória, isto é, sete anos após o arrebatamento da igreja deste mundo. (Ver Ap 1.7).
9.25: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o
Príncipe, sete semanas; e sessenta e duas semanas: as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos
As setenta semanas do capítulo em foco apresentam três divisões principais, e a última semana está dividida em dois períodos de três anos e meio cada um.
a) “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas”.
 Aqui está o ponto de partida para a contagem das setenta semanas: a saída da ordem”. São encontradas duas ordens nesse tempo do cativeiro; a primeira foi promulgada por Ciro, rei dos persas, e a segunda por Artaxerxes
Longímano. Examinando Esdras 1.2, 3, fica esclarecido que a primeira “ordem”, dada por Ciro, não foi para “restaurar e para edificar Jerusalém”, e sim, para edificar o templo. (Ver 2 Cr 36.23; Ed 1.2). É evidente que a “ordem” referida por Gabriel não é a de Ciro e sim, a de Arta- xerxes, que a promulgou no dia 14 do mês de Nisã (abril) do ano 445 a.C., data da ordem para reedificação da cidade Santa (Ne cap. 2): durou “sete semanas” segundo o calendário profético. Mas a construção levou 49 anos pelo calendário humano. (A frase 49 anos aparece também em Lv 25.8 com sentido especial),
 b) “E sessenta e duas semanas: as ruas (praças) e as tranqueiras (circunvalações) se reedificarão, mas em tempos angustiosos”.
O primeiro período que começou no ano 445 a.C., terminou em 396 a.C. A partir daí se iniciaria um novo período que cobriria um lapso de tempo de 434 anos, dando seqüência ao primeiro que foi de 49 anos.
 O segundo período que é o das “sessenta e duas semanas” está ligado ao primeiro que, juntos, somam 483 anos, tempo esse em que “as ruas e as tranqueiras” seriam reedificadas, "mas em tempos angustiosos”. Esses tempos sombrios, marcam as atrocidades sofridas por Israel debaixo do poder dos monarcas selêucidas, e do domínio romano.
Dentro deste período de 69 semanas, (483 anos), um fato notável deveria acontecer: o nascimento do Messias, o Príncipe, e só depois da morte do Messias é que viria o terceiro período: uma semana,
c) “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana”. Essa terceira divisão seria dividida em duas seções de três anos e meio cada. Ela se
refere ao tempo sombrio da Grande Tribulação.
 Observemos agora um cômputo geral das semanas: vejamos desde seu ponto de partida até sua chegada, no Novo Testamento.
 A primeira divisão é de 49 anos; a segunda de 434 anos; as duas somam 483 anos. O ponto de contagem dos 483 anos, foi marcado no ano 445 a.C. Se somarmos os 49 a.C. com os 33 da vida de Cristo, temos apenas, 478 e não 483 anos. Mas é evidente que, 69 semanas não são 478 anos, mas 483. A predição dizia que o Messias, o Príncipe, seria morto no final das 69 semanas. (Ver v. 26), e realmente foi o que aconteceu. Cristo morreu, como sabemos, na 69s semana. (Ver Lc 24.44). O nosso calendário atual teve sua origem em Dionísio Exiguus, abade romano, tendo como ponto de partida a fundação de Roma em 754 a.C. Segundo os anais da história deste império, na hora da coroação de Rômulo, houve um eclipse lunar; os astrônomos calcularam que esse eclipse teria ocorrido no ano 750 a.C. Há, portanto, uma diferença de 4 anos não computados; isso é realmente o que lemos nas margens e rodapés de nossas Bíblias: 4 anos antes de Cristo.
Observemos: de 445 a.C. a 33 d.C. são 478 anos. De 1 a.C. a 1 d.C. é um ano.
 Este ano, junto aos 478, com mais 4 não computados, soma exatamente 483 anos; assim, as profecias são imortais e se combinam entre si em cada detalhe! A 69s semana terminou no dia 10 de Nisã (abril) - segunda-feira, quando Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho e “chorou sobre ela”. (Ver Lc 19.41).
Há apenas uma diferença de 4 dias, em virtude de 483 anos divididos por séculos, teriam 119 anos bissextos, pois os anos proféticos não marcam décadas, mas séculos.
 “A duração de um ano solar é de 365 dias e 1/4. Esta fórmula não se acha primariamente nos livros; está descrita nos céus, na mecânica celeste que rege os astros.
O dia solar por exemplo, é o espaço em horas e minutos em que a Terra faz uma revolução completa em torno do seu eixo.
A duração exata do dia solar é de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9/10 de segundos.
Os anos hebraicos são de 12 meses, e os meses são de 30 dias. Notemos que, tanto os acréscimos em dias como a diminuição em horas e minutos aqui são significativos; além disso, os anos contados em séculos absorvem os anos bissextos.
“Em 4 séculos temos um verdadeiro ano bissexto”. (Sir R. Anderson).
Com o aumento de dias em anos, e com a diminuição de horas em dias no que diz respeito à mecânica celeste, e com a absorção dos anos bissextos pelos séculos, temos os 4 dias computados pela mecânica divina. (Ver Jr
1.12). Deus vela sobre os dias, horas e meses e anos no cumprimento de suas predições (comp. Ap 9.15).
9.26: “E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e não será mais: e o povo do príncipe, que há de vir  destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra: estão determinadas assolações’.
“E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias”. (Ver notas expositivas sobre a morte do Messias, no versículo 25 do capítulo em foco).
"... do príncipe, que há de vir”. Dois príncipes são citados nos versículos 25 e 26; o primeiro está seu nome escrito com “p” maiúsculo, enquanto que o segundo, com “p” minúsculo. No versículo 25, o “Príncipe” escrito com “P” maiúsculo é chamado também, o Messias. No versículo 27, o “príncipe” escrito com “p” minúsculo é chamado “ele” que fará um concerto com muitos por uma semana. Aí surge grande dificuldade entre os comentadores, se “ele” aí se refere a Cristo ou ao Anticristo. “Gramaticalmente falando, poderia referir-se a qualquer um, porém, a presunção favorece o último por estar mais perto do pronome”.
O primeiro Príncipe (é Cristo) aparecerá dentro das 69 semanas; o segundo, porém, só na última semana. Observe bem a frase “e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário”. O texto em foco, não diz que “o príncipe” destruiria a cidade, e sim, o “seu povo”. Essa profecia se refere ao “povo romano” que destruiu a cidade de Jerusalém no ano 70 d.C. Portanto, o “Príncipe” (O Anticristo), ainda virá, não para destruir a cidade e o santuário, mas para o profanar. (Ver 2 Ts 2.4).
9.27: “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade, da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador
“SETE SEMANAS, E SESSENTA E DUAS SEMANAS” (Dn 9.25)
69 x 7 - 483 anos: L. Profética 14 de abril - 445 a.C.
(Nm 14.34 € (Ne 2.1 (“Ano vigésimo de Artaxerses mês de Nisã (Ne 2.1 a 8). Dia 14 - 445 a.C.”Dia 14 de abril, 33 d.C. (Lc 19.28- 40) Entrada Triunfal (Zc 9.9).
A IGREJA Abre -se uma  (lacuna profética)
A GRANDE TRIBULAÇAO - ARMAGEDOM (Ap 16.16)
O REINO MILENAR (Ap 20.1
“PARA: extinguir a transgressão, e dar fins aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para tingir a Santo dos santos”.
Aqui parou o grande relógio profético da nação israelita, e a septuagésimo semana escatológica voltará a reassumir sua ordem cronológica no início da ;
GRANDE TRIBULAÇÃO, terminando, porém, com o retorno de Cristo para terminar a grande guerra do Armagedom (Ap 16.16 e 19.11-29).
"... ele firmará um concerto com muitos por uma semana”. Tem sido afirmado por alguns que o hebraico “he- rith” (aliança), empregado aqui não pode ser uma “aliança” entre homens, mas tem de referir-se a uma aliança da parte de Deus. Eles porém, se esquecem de que o mesmo termo hebraico é usado acerca da aliança entre Acabe e Benadabe. (Ver 1 Rs 20.34), da aliança entre Efraim e a Assíria. (Ver Os 12.1), e também da aliança entre Antíoco e Ptolomeu. (Ver Dn 11.22). Essa “aliança” ou “concerto” é o que o profeta Isaías chama de “concerto com a morte” (Is 28.15), e continua o profeta: “O vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá”. (Ver v. 18). O objetivo do Anticristo neste concerto é exclusivamente tomar o lugar santo (o templo) e profa- ná-lo. (Ver 11.31).
O Anticristo se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus (2 Ts 2.4); será esse o momento em que “a abominação da desolação de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo” (Mt 24.15). Os judeus não aceitarão esse tipo de “abominação” na casa de Deus, e, certamente, reclamarão ao Anticristo; ele, indignado, “romperá” o concerto com eles, deflagrando uma grande perseguição. (Ver Mt 24.15-22). Eis a razão, por que, no retorno de Cristo à terra para exterminar o Anticristo e estabelecer o reino milenar, Ele purificará novamente o “santuário” e “ungirá o Santo dos santos”, conforme a profecia.
Pelo servo de Deus Pastor Severino Pedro Da Silva.

TEORIAS DA CRIAÇÃO DO MUNDO.

Teorias da criação do mundo

Há pelo menos  cinco teorias principais sobre a interpretação dos seis dias da criação.

1 - A teoria do dia pictórico afirma que os seis dias mencionados no livro de Gênesis são os seis dias durante os quais Deus revelou a Moisés os eventos da criação.
 Mas a Bíblia relata a criação de maneira clara, simples e histórica como relata quaisquer outros eventos.
Interpretar o texto desta forma exige o abandono de todos os princípios exegéticos.
2 - A teoria do hiato afirma que Gênesis 1.1 descreve uma criação original que foi seguida pela queda de Satanás e pelo grande juízo.
Supõe-se que Gênesis 1.2, então, seja uma descrição da recriação ou restauração que ocorreu (cf. nota em algumas bíblias de Gn 1.2).
 Êxodo 20.11 ensina que todo o universo, incluindo os céus e a terra (Gn 1.1) foi criado no período de seis dias mencionado no primeiro capítulo de Gênesis.

3 - A teoria do dia intermitente afirma que os dias mencionados são dias literais, mas que são separados por longos períodos de tempo.
Contudo, a menos que toda a atividade criativa seja limitada aos dias literais, esta interpretação é uma contradição direta ao texto de Êxodo 20.11.

4 -  A teoria do dia-era afirma que a palavra yôm, que é o termo hebraico para “dia”, é usada para se referir a períodos de extensão indefinida, e não dias literais.
Embora este seja um significado viável para o vocábulo (Lv 14.2,9,10), não é o mais comum.
 Logo, o sentido vernacular não é fundamento suficiente para sustentar a teoria.

5 - A teoria do dia literal aceita o significado claro do texto e etc:
 o universo foi criado em seis dias literais.
 Os vários esforços para unir o relato bíblico da criação e a evolução não são respaldados nem mesmo pelas várias teorias de hiato, porque a ordem da criação está em oposição direta às interpretações da ciência moderna (por exemplo, a criação das árvores antes da luz).
A expressão “dia e noite” indica dias literais (cf. Dn 8.14, onde a mesma expressão em hebraico é traduzida como “tardes e manhãs”).
E por seu poder absoluto, Deus chamou o universo à existência, criando-o a partir do nada examinando essas passagens Bíblicas(Êx 20.11; Sl 33.6,9; 102.25; Is 45.12; Jr 10.12; Jo 1.3; At 14.15; 17.24; Rm 4.17; Cl 1.15-17; Hb 3.4; 11.3; Ap 4.11).
 Quando se reconhece o poder absoluto de Deus, é necessário aceitar o seu po-der de criar e destruir, como declaram as Escrituras.
 Há muitos conceitos como este na Bíblia, os quais a mente finita não consegue compreender completamente.
 O crente deve aceitar estas coisas pela fé (Hb 11.3). 1.2.
 A Bíblia de Scofield afirma que a condição da terra, no versículo 2, é o resultado de juízo, razão pela qual interpreta o verbo hāyāh como “tornou-se. Contudo, a estrutura hebraica do versículo 2 é disjuntiva, descrevendo o resultado da criação descrita no versículo 1.
A expressão “sem forma e vazia” é frequentemente mal interpretada em função das possibilidades de sua tradução.
Estas palavras são encontradas apenas em poucas passagens (Is 34.11; 45.18; Jr 4.23), e não descrevem o caos, mas o vazio.
Uma tradução melhor seria “sem forma e desocupada”.
Deus é uma entidade singular (Dt 6.4; 32.39; Is 45.5,6; Jo 17.3; 1 Co 8.6) ou plural (Gn 3.22; 11.7; 18.1-3; Is 6.8; 48.16; Jo 10.30,34-38)?
A palavra hebraica para Deus é ’elōhîm (430), um substantivo plural.
Em Gênesis 1.1, o termo é usado concordando, gramaticalmente, com um verbo no singular bārā’ (1254), “criou”.
Quando são usados pronomes no plural – 
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” –, isto indica a pluralidade de pessoas (um plural de número), ou o conceito de excelência ou majestade que pode ser indicado desta maneira em hebraico?
Deus poderia estar falando com os anjos, a terra, ou a natureza, referindo-se a si mesmo em relação a algum deles?
Ou esta é uma indicação germinal de uma distinção de pessoas na Divindade?
Não se sabe, ao certo mais  é provável.
 Até a vinda de Jesus, a unidade” essencial (interna) da Divindade não era compreendida, em grande parte, ainda que fosse indicada em outras perícopes (Is 48.16).
Deus é, essencialmente, Espírito (Jo 4.24).
A Portanto, o homem que é “imagem e semelhança” de Deus, possui um espírito imortal. 
Os homens se assemelham a Deus em certos aspectos pessoais (Gn 1.26), sem que sejam iguais a Ele (Is 40.25).
A semelhança entre o homem e Deus é aquilo que distingue a criatura racional do resto da criação irracional.
O homem é um ser pessoal, com a capacidade de pensar, sentir e decidir. 
Ele tem a capacidade de fazer escolhas morais e a capacidade de crescimento ou declínio espiritual. 
No princípio, o homem amava a Deus e era uma criatura santa. O pecado mudou isto.
O seu espírito ficou tão alterado pelo pecado, que ele se escondeu de Deus, e agora ama o mal mais do que a justiça (Jo 3.19,20).
 Depois da época de Adão, somente aqueles que viviam com retidão diante de Deus eram considerados seus descendentes (Mt 3.7-10; 13.38; Jo 12.36; At 13.10; Cl 3.6).
 O homem não mais se encontra no estado perfeito de inocência em que estava na época da sua criação.
 Portanto, ele não tem os mesmos atributos e qualidades espirituais, semelhantes aos de Deus, que tinha em seu estado original. 
Jesus, o segundo Adão (1 Co 15.45), veio para desfazer as obras de Satanás (1 Jo 3.8), e para restaurar a semelhança espiritual do homem com Deus como no princípio (2 Co 3.18; Ef 4.24; Cl 3.10),
Gêneses2.4
 É bem sabido que parece haver dois relatos diferentes da criação nos dois primeiros capítulos do livro de Gênesis, mas isto não leva-nos necessariamente a concluir que eles sejam incompatíveis, como sugeriram alguns.
 As duas seções complementam-se. 
Gênesis 1.1–2.4a apresenta uma visão ampla e geral de todos os sete dias da criação, e trata da criação do homem e da mulher como um ato único. Então, em  gêneses 2.4b-24, o autor concentra-se no sexto dia, dando detalhes que não foram mencionados na visão geral do capítulo 1.
As origens separadas, do homem e da mulher, são trazidas a um nítido foco. 
Logo, os capítulos 1 e 2 não estão em sequência cronológica, mas Gênesis 2.4b-24 apresenta, com mais detalhes, aquilo que Gênesis 1.11,12,24-31 apenas resume.
 2.7 A palavra “alma” foi usada com vários significados por diferentes autores na Bíblia.
A palavra hebraica é nepheš (5315), que significa “aquilo que respira”. 
Ela corresponde ao grego psychē  que normalmente é traduzido como “alma” ou “vida” (veja Dicionário Comentados de Strong, onde há definições mais completas).
A expressão “alma vivente” não se refere ao espírito de Adão, como imortal, mas simplesmente ao fato de que era um ser físico, vivente.
A mesma expressão é usada em Gênesis 1.20,21 com referência as criaturas que voam e nadam. 
O termo significa meramente que Adão se tornou vivo. 
Isto nega a possibilidade da evolução teísta (a alma, com um sopro, passando a uma forma animal viva). Contudo, em Gênesis 1.26,27, é ensinada a imortalidade do espírito humano.

PROFECIAS CUMPRIDAS EM JESUS.


Profecias messiânicas cumpridas provam a inspiração divina da Bíblia por
John Ankerberg
Pense como seria difícil alguém prever – 700 anos antes – a cidade exata em que nasceria um futuro presidente americano.
O profeta Miquéias profetizou precisamente acerca da cidade natal e do tempo do nascimento do Messias, setecentos anos antes do evento (Miquéias 5.2).
Como seria difícil indicar, com precisão, o tipo de morte que um novo e desconhecido líder religioso sofreria, com 1.000 anos de antecedência!
Você seria capaz de prever um método de execução ainda desconhecido – que não seria inventado senão cem anos depois?
 Foi isso que Davi fez no ano 1.000 a.C. quando escreveu o Salmo 22!
Por outro lado, se você fosse capaz de elaborar 50 profecias específicas sobre algum homem no futuro, que você nunca conhecerá, quão difícil seria para aquele homem cumprir todas as suas 50 profecias?
Por exemplo, como alguém “se programaria” para nascer em uma família específica;
 (Compare: Gênesis 12.2,3; 17.1, 5-7; 22.18 → Mateus 1; Gálatas 3.15,16), em determinada cidade que sequer é o lugar onde sua família mora (Miquéias 5.2 → Mateus 2.5-6; Lucas 2.15)?
Como alguém se programaria para que Deus informasse e enviasse um mensageiro próprio para ir adiante de Si (Malaquias 3.1 → Mateus 11.10)?
Como alguém se programaria para ser considerado um profeta “como Moisés” (Deuteronômio 18.15 → João 1.45; 5.46; 6.14; Atos 3.17-26; 7.37)? E no que diz respeito a ser traído por uma quantidade específica de dinheiro – trinta moedas de prata (Zacarias 11.13 → Mateus 27.3-10)?
Como alguém poderia orquestrar a própria morte, que incluía ser executado por um estranho método de crucificação, e depois fazer com que seus carrascos lançassem a sorte por suas roupas durante a execução (Salmo 22; Isaías 53 → Mateus 27.31-38)?
 Como alguém planejaria antecipadamente que seus carrascos executariam sua prática usual de quebrar as pernas das duas vítimas que estavam ao seu lado, mas não as suas (Salmo 34.20 → João 19.33)?
https://youtu.be/7h02501tlUc. Profecias cumpridas em Jesus


Como alguém planejaria antecipadamente que seus carrascos executariam sua prática usual de quebrar as pernas das duas vítimas ao seu lado, mas não as suas (Salmo 34.20 — João 19.33)?

Finalmente, como um falsário, se passando pelo Messias, se programaria para ser Deus (Isaías 9.6, Zacarias 12.10 → João 1.1; 10.30; 14.6) e como poderia possivelmente escapar de dentro de um túmulo e aparecer a pessoas depois de ser morto (Salmo 22; Isaías 53.9, 11 → Lucas 24; 1 Coríntios 15.3-8)?
Tumulo de Cristo

Como Jesus poderia possivelmente escapar de dentro de um túmulo e aparecer a pessoas depois de ser morto também profetisado nestas passagens (Salmo 22; Isaías 53.9, 11; Lucas 24; 1 Coríntios 15.3-8)?

Pode ser possível “programar” uma ou duas dessas profecias, mas seria impossível para qualquer homem programar antecipadamente e cumprir todas elas (e muitas outras).
Ora, se puder ser provado que tais profecias foram feitas sobre o Messias centenas de anos antes, e que um homem cumpriu todas elas, então este homem logicamente precisaria ser esse
Messias profetizado no Antigo Testamento!
O que a ciência das probabilidades tem a dizer sobre isso? Deus providenciou centenas de profecias sobre o Messias por pelo menos duas razões:
 1) deixar clara a identidade do Messias e
2) tornar a tarefa de um impostor impossível.
 Com todas as características identificadoras no Antigo Testamento apontando para um homem, a ciência das probabilidades nos diz que, não só esse tal homem é o Messias, mas também que Deus de fato existe!
a razão:
A ciência das probabilidades tenta determinar a possibilidade de que um dado evento irá ocorrer. 
O Professor Emérito de Ciência da Universidade de Westmont, Peter Stoner, calculou a probabilidade de um homem cumprir algumas das principais profecias feitas sobre o Messias.
PETER W. STONER

 Peter Stoner, 16 de junho de 1888 a 21 de março de 1980. PETER W. STONER, M.S. Presidente dos Departamentos de Matemática e Astronomia no Pasadena City College até 1953; Presidente da divisão de ciências, Westmont College, 1953-57; Professor Emérito de Ciência, Westmont College; Professor Emérito de Matemática e Astronomia, Pasadena City College. ROBERT C. NEWMAN, S.T.M., Ph.D. Ph.D. em Astrofísica, Universidade de Cornell, 1967; S.T.M., Escola Bíblica de Teologia, 1972; Professor Associado de Física e Matemática, Shelton College, 19689-71; Professor Associado do Novo Testamento, Escola Bíblica de Teologia, 1971 - Science Speaks, por Peter W. Stoner. Copyright © 1958, 1963, 1968 pelo Moody Bible Institute of Chicago. Fabricado nos Estados Unidos da América. 
As estimativas foram desenvolvidas por 12 classes diferentes de 600 estudantes universitários.
Os estudantes pesaram cuidadosamente todos os fatores, discutiram cada profecia extensamente e examinaram as várias circunstâncias que poderiam indicar que homens conspiraram para cumprir uma determinada profecia.
As estimativas foram conservadoras o suficiente para que houvesse um acordo unânime até entre os estudantes céticos no final.
Mas o professor Stoner tornou os cálculos deles ainda mais conservadores. Ele também encorajou outros céticos ou cientistas a fazerem suas próprias estimativas para ver se suas conclusões eram mais que razoáveis.
No fim de tudo, apresentou seus números a um Comitê da Sociedade Científica Americana (American Scientific Affiliation) para revisão.
Depois de examinados, eles verificaram que os seus cálculos eram confiáveis e exatos com relação ao material científico apresentado.1
Depois de examinar oito profecias diferentes, o professor Stoner e seus alunos calcularam conservadoramente que a possibilidade de um homem cumprir as oito profecias era de uma para 1017!
Stoner deu uma ilustração para mostrar como o número 1017 (que tem 17 zeros) é grande. Imagine cobrir todo o estado do Texas (cuja área é aproximadamente equivalente à do estado de Minas Gerais) com moedas de dólares até 60 cm de altura.
 O número total de moedas necessárias para cobrir todo o estado seria 1017. Escolha agora uma dessas moedas, marque-a e atire-a de um avião. Em seguida, misture bem todas as moedas em todo o estado. Agora, coloque uma venda nos olhos de um homem e diga-lhe que viaje para onde quiser no estado do Texas. Mas, em algum ponto, ele deve parar, abaixar-se sobre os 60 cm de moedas e tentar pegar a moeda marcada.
A possibilidade de ele encontrar aquela moeda no estado do Texas seria a mesma que os profetas tiveram para que 8 de suas profecias se cumprissem em qualquer homem no futuro!
O professor Stoner concluiu:
“O cumprimento só dessas 8 profecias já prova sua inspiração divina de um modo tão indiscutível que falta apenas uma chance em 1017 para ser absoluto”.
2 Outra maneira de dizer isso é que qualquer pessoa que minimize ou ignore a importância dos sinais bíblicos de identificação relativos ao Messias é insensata.

JESUS É VERDADEIRO

Jesus é VERDADEIRO

Como alguém planejaria antecipadamente que seus carrascos executariam sua prática usual de quebrar finalmente, como um falsário, se passando pelo Messias, se programaria para
ser Deus (Isaías 9.6, Zacarias 12.10 → João 1.1; 10.30; 14.6).
E como poderia possivelmente escapar de dentro de um túmulo e aparecer a pessoas depois de ser morto (Salmo 22; Isaías 53.9, 11 → Lucas 24; 1 Coríntios 15.3-8)?as pernas das duas vítimas ao seu lado, mas não
as suas (Salmo 34.20 — João 19.33)?
Como Jesus poderia possivelmente escapar de dentro de
um túmulo e aparecer a pessoas depois de ser morto
(Salmo 22; Isaías 53.9, 11; Lucas 24; 1 Coríntios 15.3-8)?

Pode ser possível “programar” uma ou duas dessas profecias, mas seria impossível para qualquer homem programar antecipadamente e cumprir todas elas (e muitas outras). 
Ora, se puder ser provado que tais profecias foram feitas sobre o Messias centenas de anos antes, e que um homem
cumpriu todas elas, então este homem logicamente precisaria ser esse Messias profetizado no Antigo Testamento O que a ciência das probabilidades tem a dizer sobre isso?

Deus providenciou centenas de profecias sobre o Messias por pelo menos duas razões:
1) deixar clara a identidade do Messias .
2) tornar a tarefa de um impostor impossível.
 Com todas as características identificadoras no Antigo Testamento apontando para um homem, a ciência das probabilidades nos diz que, não só esse tal homem é o Messias, mas também que Deus de fato existe!

PROFECIAS BÍBLICAS MERECEM CONFIANÇA?


Profecias

"Lembrai-vos das coisas passadas da antigüidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Isaías 46.9-10).
A profecia bíblica é a chave para se entender tanto o passado quanto o futuro.
Embora aos céticos essa talvez pareça uma pretensão absurda, ela é facilmente comprovada. 
Pelo fato de ter se cumprido a maior parte das profecias registradas na Bíblia, fica muito simples determinar se essas profecias são ou não confiáveis.
Dois importantes assuntos da profecia estendem-se consistentemente por toda a Escritura: 
(1) Israel; 
(2) O Messias que vem para Israel e através de Israel para o mundo como Salvador de toda a humanidade.
Ao redor destes dois temas centrais quase todas as demais profecias se desenrolam e encontram o seu significado, seja o Arrebatamento da Igreja, o Anticristo, seu governo e religião vindouros, o Armagedom, a Segunda Vinda de Cristo, ou qualquer outra ocorrência profética.
A Bíblia é absolutamente única na apresentação dessas profecias, as quais ela registra com detalhes específicos, começando há mais de 3.000 anos.
Cerca de 30% da Bíblia são dedicados à profecia.
 Esse fato confirma a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado.
 Em contraste marcante, a profecia está completamente ausente no Corão, nos Vedas hindus, no Baghavad Gita, no Ramayana, nas palavras de Buda e Confúcio, no Livro de Mórmon, ou quaisquer outros escritos das religiões mundiais. Esse fato isolado já provê um inegável selo de aprovação divina sobre a fé judaico-cristã, que falta em todas as outras crenças. O perfeito registro do cumprimento da profecia bíblica é suficiente para autenticar a Bíblia, diferentemente de todos os outros escritos, como a única e inerrante Palavra de Deus.Profecia .
 A Grande Prova.
Cerca de 30% da Bíblia são dedicados à profecia.
 Esse fato confirma a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado.
Há muitas provas importantes para a profecia bíblica.
A primeira de todas, o cumprimento da profecia estabeleceu prova irrefutável da existência do próprio Deus que inspirou os profetas.
 Pelos importantes eventos da história mundial, profetizados centenas e mesmo milhares de anos antes de acontecerem, o Deus da Bíblia prova ser o único Deus verdadeiro, Criador do Universo e da humanidade, o Senhor da História – e que a Bíblia é a Sua Palavra infalível, dada a fim de comunicar os seus propósitos e meio de salvação a todos os que crerem.
Aqui está uma prova tão simples que uma criança pode entender e tão profunda que os maiores gênios não podem refutar.
A profecia, pois, desempenha um papel vital ao revelar o propósito de Deus para a humanidade.
 Ela também fornece uma prova inteiramente segura na identificação do verdadeiro Messias de Deus, ou Cristo, e desmascara o impostor de Satanás, o anticristo, de maneira que ninguém que observar a Palavra de Deus venha a ser por ele enganado.
Entretanto, por ser a profecia única na Bíblia, ela é única para Cristo.
Profecia nenhuma narrou a vinda de Buda, Maomé, Zoroastro, Confúcio, Joseph Smith, Mary Baker Eddy, os populares gurus hindus que têm invadido o Ocidente, ou qualquer outro líder religioso, todos eles sem as credenciais que distinguem Jesus Cristo.
Entretanto, há mais de 300 profecias do Velho Testamento que identificam o Messias de Israel. Séculos antes de Sua vinda, os profetas hebreus estabeleceram critérios específicos que deveriam ser preenchidos pelo Messias.
O cumprimento destas profecias nos mínimos detalhes da vida, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré demonstram indiscutivelmente ser Ele o prometido por Deus, o verdadeiro e único Salvador.
Visto que estes dois importantes itens da profecia bíblica, Israel e o Messias, são tratados em alguns dos meus livros, principalmente em "Quanto Tempo Nos Resta?", vamos resumi-los aqui rapidamente. Em Isaías 43.10, o Deus de Israel declara que os judeus são Suas testemunhas para o mundo do qual Ele é Deus. Tal é o caso, apesar de 30% dos israelitas hoje afirmarem ser ateus e a maior parte dos judeus do mundo inteiro jamais pensarem em dizer que Deus existe. Mesmo assim eles são testemunhas da existência dEle, tanto para si mesmos como para o mundo, por causa do espantoso cumprimento exato na história daquilo que Deus falou que iria acontecer a esse povo especial.
O Povo Escolhido ;
 Sua Terra e Destino;
Embora muito do que os profetas predisseram para Israel ainda seja para o futuro, noveprofecias importantes envolvendo detalhes específicos e verificáveis já se cumpriram, exatamente como fora previsto séculos antes.
1. Deus prometeu uma terra e fronteira claramente definidas (Gênesis 15.18-21) a Abraão (Gênesis 12.1; 13.15; 15.7, etc.) e renovou tal promessa a Isaque, filho de Abraão (Gênesis 26.3-5), ao seu neto Jacó (Gênesis 28.13) e aos seus descendentes para sempre (Levítico 25.46; Josué 14.9, etc.).
2. É um fato histórico Deus ter trazido esse "povo escolhido" (Êxodo 7.4-8; Deuteronômio 7.6; 14.2, etc.) à Terra Prometida; uma surpreendente história de milagres por si só.
3. Quando os judeus entraram na Terra Prometida, Deus os advertiu que, se eles praticassem a idolatria e imoralidade dos habitantes primitivos, os quais Ele havia destruído por praticarem o mal (Deuteronômio 9.4), Ele os lançaria também para longe (Deuteronômio 28.63; 1 Reis 9.7 e 2 Crônicas 7.20, etc.).
Que isso aconteceu é, também, inegável pela história.
Até este ponto, a história nada tem de especial. Outros povos acreditaram que uma certa área geográfica era a sua "terra prometida" e depois de entrarem nela foram posteriormente expulsos pelos inimigos. Porém, as próximas seis profecias e o seu cumprimento são absolutamente únicos na história dos judeus. A ocorrência desses eventos, exatamente como foram profetizados, jamais pode ter acontecido por acaso.
Deus declarou que o seu povo seria espalhado"entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra".
4. Deus declarou que o seu povo seria espalhado "entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra" (Deuteronômio 28.64; comp. 1 Reis 9.7; Neemias 1.8; Amós 9.9; Zacarias 7.14, etc.). E assim aconteceu. O "judeu errante" é encontrado em toda parte. A precisão com que essas profecias aconteceram exclusivamente aos judeus se tornou marcante, porque segue cumprimento após cumprimento até que a existência de Deus através do trato com o Seu povo escolhido se torne irrefutável.
5. Deus os admoestou que onde quer que vagassem, os judeus seriam "pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos" (Deuteronômio 28.37; 2 Crônicas 7.20; Jeremias 29.18; 44.8, etc.). Incrivelmente isso tem se tornado realidade a respeito dos judeus através de toda a história, exatamente como a geração presente pode muito bem constatar.
A maledicência, o desprezo, as piadas, o ódio violento chamado anti-semitismo, não apenas entre os muçulmanos, mas até mesmo entre os que se chamam cristãos, é um fato único e persistente na história peculiar do povo judeu.
 Mesmo hoje, apesar da freqüente memória do Holocausto de Hitler, que chocou e envergonhou o mundo inteiro como um desafio à lógica e à consciência, o anti-semitismo está vivo e recrudesce em todo o mundo.
História de Perseguição
Além do mais, os profetas declararam que esse povo espalhado não apenas seria difamado, denegrido e discriminado, mas:
6. Seria perseguido e assassinado como nenhum outro povo na face da terra, fato que a história atesta com eloqüente testemunho, pois foi exatamente o que aconteceu aos judeus, século após século, onde quer que fossem encontrados.
O registro histórico de nenhum outro grupo étnico ou nacional de pessoas contém algo que ao menos se aproxime do pesadelo de terror, humilhação e destruição que os judeus têm suportado na história, pelas mãos dos povos entre os quais foram espalhados.
Vergonhosamente, muitos que afirmaram ser cristãos e, portanto, seguidores de Cristo, que era um judeu, estavam na primeira fila da perseguição e extermínio dos judeus.
Havendo ganho completa cidadania no Império Romano pagão, em 212 d.C., sob o Édito de Caracalla, os judeus se tornaram cidadãos de segunda classe e objeto de incrível perseguição depois que o Imperador Constantino supostamente se tornou cristão.
A partir daí, foram os que se chamavam cristãos que se tornaram mais cruéis com os judeus do que os pagãos jamais haviam sido.
Os papas católicos romanos foram os primeiros a fomentar o anti-semitismo ao máximo. Hitler, que permaneceu católico até o fim, afirmaria que estava apenas seguindo o exemplo dos católicos e dos luteranos em concluir o que a igreja havia começado.
O anti-semitismo fazia parte do catolicismo, do qual Martim Lutero jamais se libertou. Ele advogava que se incendiassem as casas dos judeus, dando-lhes a alternativa de se converterem ou ficarem sem a língua.
 Quando os judeus de Roma foram libertados de seus guetos pelo exército italiano em 1870, sua liberdade finalmente pôs fim a cerca de 1.500 anos de inimaginável humilhação e degradação nas mãos dos que afirmavam ser os vigários de Cristo.
 Papa nenhum odiou os judeus mais do que Paulo IV (1555-1559), cuja crueldade foi além da imaginação humana.
O historiador católico Peter de Rosa confessa que uma inteira "sucessão de papas reforçou os antigos preconceitos contra os judeus, tratando-os como leprosos, indignos da proteção da lei. Pio VII (1800-1823) foi sucedido por Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI e Pio IX (1846-1878) – todos eles discípulos de Paulo IV.[2] O historiador Will Durant nos lembra de que Hitler teve bons precedentes para a suas sanções contra os judeus:
Os profetas declararam que o povo espalhado não apenas seria difamado, denegrido e discriminado, mas seria perseguido e assassinado como nenhum outro povo na face da terra.
O Concílio (católico romano) de Viena (1311) proibiu qualquer transação entre cristãos e judeus.
O Concílio de Zamora (1313) estabeleceu que se proibissem aos cristãos de se associarem aos judeus... E levou as autoridades seculares (como a igreja havia há muito estabelecido em Roma e nos estados papais) a confinar os judeus em quarteirões separados (guetos) e compeli-los a usar um distintivo (antes havia sido um chapéu amarelo) e assegurar sua freqüência aos sermões para que se convertessem. Dave Hunt

INSTITUIÇÕES DE DEUS NA TERRA PARA OS HUMANOS.

Instituições de Deus na terra

As Instituições Divinas
À medida que vemos o declínio dos remanescentes da cultura baseada na fé cristã nos Estados Unidos e em todo o mundo, precisamos lembrar dos padrões e do propósito de Deus para a humanidade.
 Instituições Divinas;
Livro de autoria do pastor Charles Cough, da Igreja Bíblica Lubbock nos anos 1970 de muita valia em informações.
Essas informações bíblica da nos  uma visão dessas questões que tem sido de grande ajuda para todos estudantes da Bíblia  até ao dia de hoje.
Instituições Divinas
As instituições divinas funcionam dentro das alianças bíblicas que se relacionam à vida social dos seres humanos com Deus.
 De acordo com Clough:
As instituições divinas são estruturas reais absolutas construídas dentro da existência social do homem.
O termo “instituição divina” foi usado durante séculos pelos cristãos, particularmente nos círculos reformados, para descrever as formas sociais básicas fixas.
As instituições divinas foram criadas por Deus, por isso são chamadas divinas, mas se aplicam a toda a humanidade, desde o tempo de Adão e Eva.
As estruturas sociais básicas do homem não evoluíram simplesmente com o tempo, mas foram parte do ato de criação de Deus.
Instituições Divinas Anteriores à Queda;
A primeira instituição divina é o domínio responsável vejamos;(Gn 1.26-30; Gn 2.15-17; Sl 8.3-8).
É a esfera na qual um indivíduo é responsável diante de Deus pelas escolhas que faz.
O homem foi criado para ser o vice-regente de Deus sobre o planeta Terra, a fim de governá-lo sob a autoridade do Senhor.
A queda resultou em uma perversão da responsabilidade do homem, mas Deus nunca isentou-o de tal responsabilidade.
 Isto significa que cada ser humano, individualmente, é responsável diante do Senhor pelo trabalho criativo projetado para glorificá-lO.
Deus o projetou para que, através das escolhas individuais, possamos demonstrar na história um registro de obediência ao Senhor, ou de rebelião contra o Criador.
Depois da Queda, observa Clough:
Em vez de um domínio piedoso e pacífico sobre toda a terra debaixo da autoridade de Deus e de Sua Palavra, o homem luta e abre seu caminho a um domínio falso feito por meio de suas próprias obras (cf. Tg 4.1-4).
A escolha individual é vista como a área em que a pessoa ou confia em Cristo como seu Salvador, ou O rejeita.
Ninguém pode fazer tal escolha em lugar de outro indivíduo.
A segunda instituição divina é o casamento (Gn 2.18-24).
Esta instituição tem sua origem no matrimônio entre Adão e Eva, em Gênesis 2.
É nesse âmbito que o relacionamento sexual deve ser experimentado e, juntos, marido e mulher devem cumprir com o mandado cultural de dominar sobre a criação.
Vemos que a mulher é chamada “ajudadora”, e foi trazida por Deus para Adão, pois este precisava de uma ajudadora que correspondesse com ele a fim de auxiliá-lo em seu chamado para dominar a natureza.
Diferentemente dos animais, a chamada diferenciação sexual da humanidade não existe meramente para a procriação; é também para o domínio.
Mais tarde, a extrema importância da estrutura do casamento aparece no Novo Testamento, quando Paulo revela que o casamento tipifica a união entre Cristo e a Igreja (Ef 5.22-23).
Clough faz o seguinte comentário bastante útil:
A humanidade não consegue expressar a imagem de Deus a não ser como ambos, “homem e mulher”, juntos (Gn 1.27).
Além disso, o papel da mulher como “ajudadora”, em Gênesis 2.18, não tem a intenção de ser menor em importância, nem secundário.
 O termo usado para “ajudadora” em outras partes é atribuído ao próprio Deus (Êx 18.4; Dt 33.7). Todavia, é inegável que a Bíblia coloca ênfase sobre o homem como aquele que recebe seu chamado de Deus, e que depois dá forma à sua escolha de esposa. (...) Juntos na divisão do trabalho, o homem e a mulher se separam de suas próprias famílias, em contraste com uma família extensa, sendo que o jovem marido tem que tomar completa responsabilidade de liderança diretamente sob as ordens de Deus.
A terceira instituição divina, edificada sobre as duas primeiras, é a instituição da família.
Na Bíblia, é a família, não o indivíduo, que é a unidade básica da sociedade.
 (As propriedades, por exemplo, são atribuídas às famílias na Lei Mosaica).
A família existe para o treinamento da geração seguinte (cf. Êx 20.12; Dt 6.4-9; Ef 6.1-4).
A família é a instituição responsável pela continuidade de cada legado familiar por ser responsável pela educação e pelos bens.
Mesmo que uma família escolha usar professores substitutos, a família é responsável por certificar-se que a criança seja adequadamente educada. Clough nos diz:
A família e o casamento não podem ficar separados do domínio.
Onde o domínio é pervertido e o ambiente é arruinado, a fome e a pobreza seguem como resultado. Onde o casamento é desonrado e onde as famílias estão degradadas, a sociedade fracassa.
Não há quantidades de leis, programas ou “redefinições” de casamento e de família que possam salvá-los.
Deus projetou as instituições divinas para proporcionarem domínio e prosperidade.
A família é a instituição responsável pela continuidade de cada legado familiar por ser responsável pela educação e pelos bens.
Pelo menos mais duas instituições divinas foram estabelecidas depois que o homem caiu em pecado. Ambas foram estabelecidas depois do Dilúvio e foram projetadas para restringir o mal em um mundo decaído.
 As três primeiras instituições divinas são positivas, ou produtivas, da sociedade, enquanto que as duas últimas são negativas e projetadas para restringir o mal em um mundo decaído.
A quarta instituição divina é o governo civil, por meio do qual Deus transferiu ao homem, através da Aliança Noaica, a responsabilidade de exercer autoridade no reino, ajudando a restringir a maldade depois do Dilúvio (Gn 9.5-6).
Antes do Dilúvio, o homem não poderia executar juízo sobre o mal, como pode ser visto na maneira que Deus ordenou aos homens que tratassem do assassinato de Abel por Caim (Gn 4.9-15). Esta instituição divina se baseia na punição capital (Gn 9.5-6) e existe para o propósito de restringir o mal (Rm 13.3-4).
A autoridade judicial está implícita na ordem dada por Deus para as instituições civis exigirem vida por vida. Embora a pena capital tenha se tornado desagradável à cultura ocidental apóstata, ela ainda é a base para o estabelecimento do governo civil por Deus.
A quinta instituição divina é a diversidade tribal, ou o nacionalismo, que também foi estabelecido depois do Dilúvio a fim de promover a estabilidade social em um mundo decaído (veja Gn 9.25-27 e compare com Gn 10-11 e Dt 32.8).
 Verifique que isto não é diversidade racial, mas sim diversidade tribal.
Essa instituição divina não envolve raças, mas tribos, ou famílias. Clough explica:
Durante todo o período pós-diluviano, Deus preservou a estabilidade e a saúde social do homem ao fazer um grupo ou tribo disputar contra outro a fim de maximizar o verdadeiro progresso e retardar a influência do mal (cf. At 17.26-27).[14]
Agora Vemos;
A diversidade tribal foi implementada através da confusão das línguas na Torre de Babel (Gn 11.1-9). Por que Deus quis separar a humanidade?
 Muitos crêem que a humanidade deveria ficar junta em unidade.
Gênesis 11.6 explica o motivo pelo qual Deus confundiu a linguagem humana:
“E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer”
 Desta forma, a única razão pela qual a humanidade quer se unir é para se rebelar mais eficientemente contra Deus, como foi visto no incidente da Torre de Babel.
É por isso que a história atual está se movendo em direção ao globalismo, à medida que nos movemos para mais longe de Deus, e é por isso também que o objetivo do Anticristo na Tribulação é maquinar a criação de um governo único estabelecido contra o plano e os propósitos de Deus.
A Tribulação terminará com a intervenção direta de Deus e o juízo, assim como foi no Dilúvio.
Nesse ínterim, Deus diminui a rebelião coletiva do homem através do governo civil e da diversidade tribal.
O propósito da diversidade tribal pode ser ilustrado pelas diferenças entre os cascos dos grandes navios.
Até cerca de 120 anos atrás, todas as grandes embarcações que navegavam no mar tinham um único e grande casco.
Se houvesse um buraco suficientemente grande no casco, o navio geralmente afundaria, uma vez que toda a embarcação se encheria de água.
 Então, os fabricantes de navios começaram a construir compartimentos múltiplos nos cascos das grandes embarcações, considerando que, se aparecer um buraco em um compartimento, os outros compartimentos poderiam manter o navio flutuando.
 Assim também acontece com a humanidade.
Se uma tribo se corrompesse, Deus não teria que julgar o mundo inteiro.
Ele poderia usar outros povos para julgar aquela tribo, sem necessidade de um julgamento de proporções mundiais.
 Esta é uma das maneiras com que Deus conduz as nações entre o Dilúvio e a Sua Segunda Vinda.
Concluindo;
A partir desta abordagem bíblica ao governo e à sociedade vemos que ela é, primeiramente, consistente com os princípios teológicos do Dispensacionalismo.
Assim, as responsabilidades sociais e políticas da pessoa são individuais, exceto no caso do cuidado com as viúvas, que é feito pela igreja (1Tm 5).
Essas responsabilidades foram dadas através de instituições divinas a toda a humanidade, na Criação ou depois do Dilúvio.
 Esse entendimento produz uma visão de governo conservadora e vê a responsabilidade individual, o casamento e a família como os setores produtivos de uma sociedade.
Como a responsabilidade principal do governo civil é restringir o mal para que as instituições anteriores à Queda possam ser produtivas, a Bíblia não dá apoio a nenhuma forma de planejamento ou interferência governamental nas instituições produtivas.
Durante a atual era da Igreja, um crente, como indivíduo, deveria funcionar socialmente dentro da estrutura das instituições divinas, levando em conta as ordens a ele dadas como membro da Igreja, o Corpo de Cristo. Maranata!Por Thomas Ice

HISTÓRIA JUDAICA



Flávio Josefo é considerado um dos maiores historiadores de todos os tempos. Acha-se ele, devido à sua importância não somente aos judeus mas também a toda a humanidade, ao lado de Herodoto, Políbio e Estrabão. Embora não fosse profeta, e apesar de não contar com a inspiração dos escritores bíblicos, mostra-nos ele claramente como as profecias do Antigo Testamento cumpriram-se na vida dos filhos de Abraão.
O que isto vem demonstrar?
Que a história, qual solícita e amável serva dos desígnios divinos, tem como função realçar a intervenção do Todo-Poderoso nos negócios humanos.
 Vejamos, a seguir, como podemos definir a história.
No Dicionário Teológico, assim a conceituamos:
"A palavra história é de origem grega. Vem de histor. "Aquele que sabe, que conhece, conhecedor da lei, juiz." Aprofundando-nos um pouco mais em sua etimologia, descobrimos que este vocábulo origina-se da raiz de um termo que significa conhecer: "id".
"Cientificamente, a História pode ser definidada como a narração metódi¬ca dos principais fatos ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida da humanidade, em geral.
"Usada pela primeira vez por Herodoto (484-425 a.C), tinha a palavra história as seguintes conotações: informação, relatório, exposição.
Na mesma obra, discorremos ainda sobre a função da história:
"David Ben Gurion lia regularmente a História Universal. Por causa deste seu compromisso com o estudo das antigas civilizações, conforme disse, certa vez, ao escritor brasileiro, Érico Veríssimo, não tinha tempo para outros entretenimentos.
Se pudéssemos perguntar ao fundador do Estado de Israel o por quê desta sua preferência, certamente responder-nos-ia com estas palavras de Cícero:
"Ignorar... o que aconteceu antes de termos nascido eqüivale a ser sempre cri¬ança". Como um estadista não se deve portar infantilmente, punha-se Ben Gurion aos pés da História para não repisar as asneiras passadas.
"Desgraçadamente, bem poucos foram os governantes que se dedicaram ao exame do pretérito. Eis porque são tão lamentáveis nossas crônicas; e, nossas memórias, tão cruentas.
 Que lições de História assimilou Napoleão?
Apenas aquelas que contavam as glórias de Alexandre?
E, Hitler?
 Limitou-se a circunscrever-se às efemeridades do Império Romano?
 Isto é aprender História?
Não! É repetir as idiotices de ontem com o nariz enterrado no dia anterior.
"Sendo didática a função primordial da História, com ela aprendemos a olhar o mundo de forma retrospectiva e perspectiva. Para que o primeiro olhar seja límpido, é mister que comecemos a estudar a História Universal pelas Sagra¬das Escrituras.
 Afinal, teremos de responder a algumas perguntas que, embora simples, não deixam de ser complexas e intrincadas àqueles que ignoram os escritos hebreus e cristãos. Eis as perguntas que tanto nos desafiam:
Quem criou o Universo?
Quem foram nossos primeiros pais? Proviemos todos de um mesmo tronco genético? E: Foi realmente Deus quem nos criou?
"Das respostas a estas indagações é que se formarão nossas filosofias de vida e de governo.
"Quanto ao segundo olhar, é desnecessário dizer que ele depende essencialmente do primeiro.
 Só conseguiremos trafegar com segurança, se os nossos retrovisores não estiverem quebrados. Doutra forma: atropelaremos o futuro por não perceber que o presente é uma estrada de mão dupla; e, que os semáforos desta via tão irregular, nem sempre funcionam.
Quando funcionam, o verde passa para o vermelho sem nenhuma contemplação. Mas quem aprende com a História Sagrada; e, da História Universal, faz-se discípulo (ambas são regidas pelo Altíssimo) sabe avançar e parar. Quando necessário, espera. Isto é aprender História: estar com os olhos no futuro, com o espírito no pretérito, e com o coração sempre presente".
O historicismo, porém, desconhece por completo a ação de Deus na his-tória.
Vejamos, em primeiro lugar, o que vem a ser esta filosofia. O historicismo é a "filosofia que ensina estarem todos os acontecimentos e fatos humanos condicionados pelas circunstâncias históricas. Desta forma, a religião, a moral e o direito nada mais são do que resultados dos vários processos e movimentos da histó¬ria. Como se vê, este método torna as coisas relativamente perigosas, inclusive a religião e a moral, induzindo o ser humano a deixar de lado os valores absolutos, a fim de se apegar às circunstâncias"
Quando a história é fielmente relatada, afigura-se-nos ela como algo além da história; poderíamos denominá-la, sem cometermos qualquer exagero, como a História da Salvação.
Recorramos, uma vez mais, à obra já citada: "A História da Salvação é ação redentiva de Deus no contexto da História, conduzindo amorosa e providencial-mente os filhos de Adão a usufruírem do sacrifício vicário de Nosso Senhor Jesus Cristo.
"Jesus é o personagem central da História da Salvação, que compreende quatro momentos distintos: o Antigo Testamento, o Novo Testamento, a História da Igreja de Cristo e a consumação de todas as coisas.
"Num sentido mais amplo, a História da Salvação compreende toda a História Universal; pois esta, à semelhança daquela, também é comandada por Deus.
Num sentido mais estrito, a História da Salvação é o conjunto dos fatos que compõem a vida e o ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo, que culminaram com a sua morte e ressurreição".
A obra de Flávio Josefo é uma leitura obrigatória aos que desejam conhe-cer a história judaica, principalmente o período que marcou a segunda maior tragédia dos filhos de Abraão - a destruição do Santo Templo no ano 70 de nossa era. Neste relato, observamos, claramente, como a profecia de Cristo, no que tange à ruína de Jerusalém, cumpriu-se nos mínimos detalhes. Embora Josefo não fosse cristão, demonstrou de forma indireta estarem os cristãos mais do que certos em depositar sua confiança em Jesus de Nazaré.
Josefo não se limitou à historiografia; foi um consumado artista da palavra.
Num estilo vivido, demonstra quão preciosa é a herança espiritual, cultural e emocional dos hebreus. Tantos nas Antigüidades Judaicas, como na Guerra dos Judeus, vai desvendando as conquistas da alma israelita. É claro que, nas Antigüidades Judaicas, Josefo não agiu propriamente como historiador. Dando asas à imaginação, coletando o exotismo do folclore judaico e aferrando-se à hermenêutica dos anciãos, narrou a seu modo os fatos que compõem a história do Antigo Testamento. Na Guerra dos Judeus, porém, escreveu o que testemunhara ele ocularmente, pois atuou como um de seus personagens.
De qualquer forma, temos uma obra indispensável aos que se dedicam à história judaica. É uma leitura obrigatória aos que procuram saber os detalhes da desventura da nação judaica no ano 70 de nossa era.
Claudionor Corrêa de Andrade

A BÍBLIA FALA

A bíblia fala
A Bíblia Fala.
Por volta de 1050 a.C., Israel esteve ameaçado em sua existência; viu-se em perigo de perder os frutos de suas conquistas e o trabalho de sua
colonização de quase duzentos anos.
Com efeito, esteve até ameaçado de cair sob o jugo dos filisteus, em irremediável escravidão. Israel só poderia
enfrentar o terrível perigo se conseguisse apertar os frouxos laços que ligavam as diversas tribos.
Sob a pressão mortal do mundo que o cercava, Israel tornou-se uma nação.
 As formas de governo daquele tempo só permitiam uma possibilidade  o regime monárquico.
A escolha recaiu
sobre Saul, um benjaminita, famoso por sua valentia e sua grande estatura (Samuel I 9.2), e essa escolha foi prudente, porque Saul pertencia à tribo mais fraca (Samuel I 9.21) e, assim, as outras tribos não teriam motivo de
inveja.
Saul elevou sua terra natal, Gabaa, à categoria de capital (Samuel I 10.26, 11.4), reuniu em volta de si uma pequena tropa permanente e iniciou uma campanha de guerrilhas (Samuel I 13.1 e seguintes). Por meio de ataques de surpresa, ele expulsou as guarnições dos filisteus do território das tribos.
Que Saul era um grande tático seria demonstrado novamente três mil anos mais tarde. Um simples exemplo servirá para mostrar o quanto a Bíblia é exata até nos menores detalhes e o quanto é digna de confiança em seus dados e tradições.
Devemos ao major britânico Vivian Gilbert a narrativa de um acontecimento verdadeiramente extraordinário.
Escreve ele em suas memórias de campanha 49:
"Uma ocasião, durante a Primeira Guerra Mundial, um ajudante-de-ordens de um general-de-brigada do exército do General Allenby na Palestina procurava na Bíblia certo nome com o auxílio de uma
vela. Sua brigada recebera ordem de tomar uma aldeia situada num monte rochoso, do outro lado de um vale profundo, chamada Macmas.
 Ele tinha a impressão de conhecer esse nome. Por fim, encontrou-o no capítulo 13 do Livro Primeiro de Samuel e leu: 'E Saul e Jônatas, seu filho, e a gente que tinha ficado com eles, estavam em Gabaa de Benjamim; os filisteus, porém,
estavam em Macmas'.
A seguir está escrito como Jônatas e seus homens de armas se dirigiram de noite à 'guarnição dos filisteus', chegando a uns 'rochedos agudos de ambas as partes', 'um dos quais se chamava Boses e o
outro, Sene' (Samuel I 14.4). 
Escalaram a rampa e dominaram os guardas 'na metade de uma geira, espaço que uma junta de bois costuma lavrar
num dia'.
O tumulto acordou o exército inimigo que, julgando-se cercado pelas tropas de Saul, 'dispersou-se e fugiu em todas as direções' (Samuel I14.14 e 16).
"Depois Saul atacou com todas as suas forças e venceu: 'E naquele dia o Senhor salvou Israel'.
"O ajudante-de-ordens pensou que aquele passo entre rochedos, as duas rochas altas e o 'campo' deviam existir ainda.
 Despertou o comandante e leu com ele toda a passagem da Bíblia.
Despacharam
patrulhas, que encontraram o passo, guarnecido por poucos soldados turcos, espremido entre dois picos  evidentemente Boses e Sene.
Lá no alto, junto a Macmas avistava-se um pequeno campo plano iluminado pelo luar.
O comandante modificou seu plano de ataque.
Em vez de mandar toda a brigada, enviou apenas uma companhia, no meio da noite, atravessar o desfiladeiro. Os poucos turcos com que toparam foram subjugados em
silêncio e a ladeira, escalada... e, pouco antes de romper o dia, a companhia encontrava-se na 'meia geira' de terreno plano."Os turcos despertaram e fugiram desordenadamente, pois julgaram
estar cercados pelo exército do General Allenby. Foram todos mortos ou feitos prisioneiros.

COMO FAZER APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS NO TEMPLO?

COMO FAZER APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS NO TEMPLO?

O ministro descerá do púlpito para encontrar-se com os pais da criança, e fará a seguinte leitura bíblica:
"Passado algum tempo, Ana concebeu e deu à luz um filho. Chamou-o Samuel, dizendo: Tenho-o pedido ao Senhor... Havendo-o desmamado, tomou-o consigo, com um novilho, de três anos, um efa de farinha e um odre de vinho, e o levou à casa do Senhor, em Silo.
Era o menino ainda muito criança... Pelo que também agora eu o entrego ao Senhor. Por todos os dias que viver pertencerá ao Senhor. E adoraram ali
ao Senhor... Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra." (1 Samuel 1:20,24-28:3:19).
Em seguida comentará:
"No Novo Testamento lemos a respeito de Cristo, que, ao completar oito dias de nascido, 'segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor... Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele... ele então o tomou nos braços, e louvou a Deus, dizendo:
 Agora, Senhor, despede em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois os meus olhos já viram a tua salvação... O pai e a mãe do menino admiraram-se das coisas que dele se diziam... E o menino crescia, e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.'" (Lucas
2:22,25,28-30,33,40).
"O Antigo Testamento também nos dá sábios conselhos a respeito da educação de crianças:'Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.' (Provérbios 22:6).
'Disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço...? Pois eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para que pratiquem a justiça e o juízo, a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.' (Gênesis 18:17,19).
'Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração.
Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, deitando-te e levantando-te.' (Deuteronômio 6:6-7)."
Pacto;
Dirigindo-se aos pais, o ministro dirá algo parecido com isso:
"Irmãos, estamos aqui reunidos neste momento solene e de muita felicidade.
Da mesma forma como Maria e Ana nos tempos bíblicos, vocês trouxeram esta criança ao templo para apresentá-la a Deus,isso é bíblico.
 Vocês já conhecem as palavras do Mestre: Deixai os pequeninos, e não os impeçais de vir a mim, pois dos tais é o reino dos céus.'
"É correto que vocês tragam esta criança com poucos dias de nascida. O mistério e a maravilha desta nova vida os faz vir com temor reverente perante o Pai de toda a vida, para que ele lhes dê uma nova
mensagem referente à dignidade da vida e a responsabilidade da paternidade.
"O propósito deste ato é ajudá-los, como pais, a apreciar a responsabilidade de instruir a este menino (ou a esta menina) nos caminhos do Senhor, para que quando estiver fazendo uso da razão,escolha o bem sobre o mal e aceite a Jesus Cristo como seu Salvador e Mestre.
Deus tem um propósito para a vida desta criança. Encontrar este propósito e executa-Io significará o êxito; rejeitá-lo ou ignorá-lo significará fracasso, não importa quanto nos considere e aplauda o mundo.
E seu privilégio e dever guiar o seu filho (ou sua filha) dentro da vontade perfeita de Deus para sua vida.
"Neste empenho, vocês devem consagrar-se hoje mesmo; para isto vocês hoje estão dedicando seu filho (ou sua filha) a Deus."
"De acordo com o propósito para o qual vocês vieram aqui, devem responder as seguintes perguntas."
Ministro: "Vocês estão apresentando esta criança perante Deus para dedicá-la solenemente ao serviço do Senhor?"
Os pais: "Sim."
Ministro: "Vocês se dedicarão, como pais desta criança, a instruí-la nos caminhos do Senhor?"
Os pais: "Sim."
Ministro: "Prometem instruí-la nos ensinamentos de Jesus Cristo, e guiá-la no desenvolvimento de um caráter cristão?"
Os pais: "Sim."
Ministro: "Prometem modelar até onde for possível a vida desta criança, mediante uma exemplar conduta doméstica, tanto pela palavra como pelo exemplo, para que na idade apropriada ela aceite a Jesus
Cristo, participe da comunhão dos crentes e realize serviços para a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo?"
Os pais: "Sim."
Ministro: "Visto que vocês prometeram diante de Deus e desta congregação dedicar esta criança a Deus, e o têm afirmado com suas próprias palavras, eu os exorto a se dedicarem a esta sagrada
responsabilidade com sabedoria, perseverança e santa devoção."
Oração dedicatória
"Agora, ó Pai, Criador dos céus e da terra, eu rogo-te pelo bem estar deste menino (ou desta menina). Livra-o (a) das ciladas do pecado e das enfermidades do corpo. Que à medida que ele (a) for crescendo em idade e em estatura, cresça também na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
 Conceda sabedoria a seus pais para que a criem em seus caminhos, dedicando esta criança a tua honra
e ao teu serviço, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Bênção pastoral "O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti.
 O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz."Hino ou corinho final Uma vez que o ministro tenha terminado de pronunciar estas palavras, a igreja cantará um hino ou um corinho apropriado.

UNIVERSALISMO.


UNIVERSALISMO.


Porque a doutrina universalista vem ganhando aceitação no Cristianismo.
 Deveríamos considerá-la como alternativa legítima para as nossas noções tradicionais sobre a eternidade?
Falando um pouco sobre isso.
O universalismo tem diversas variantes ;
– algumas reportam-se mais à Bíblia que outras.
Um ponto, porém, é comum a todos os universalistas, a saber: a ideia de que ao final de tudo, quando Deus for “tudo em todos”, Ele também terá reconciliado tudo e todos consigo mesmo.
 Em outras palavras:
 ao término, não haverá mais pessoas perdidas nem anjos caídos, mas todas as criaturas estarão salvas por Jesus Cristo – "inclusive aquelas que O rejeitaram."
Diante do que diz a Bíblia, essa noção universalista precisa ser definitivamente rejeitada.
 Por quais rasões?
Por mais atraente que essa ideia possa ser do ponto de vista humano, ela não passa de filosofia e especulação cristã que vai além da Palavra revelada de Deus.
Paulo nos adverte enfaticamente: “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo” (Cl 2.8).
E em outra passagem ele afirma: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2Co 10.5).
A Bíblia chega até o ponto de dizer que todo pensamento humano que não se submeter incondicionalmente à Palavra de Deus é incapaz de reconhecer Deus e Sua Verdade porque a mente humana está obscurecida pelo pecado. “Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se” (Rm 1.21).
Somente a Palavra de Deus pode ser o referencial para nossas questões – especialmente quando se trata da eternidade.
E se para certas questões a Bíblia não fornece respostas claras, nossa interpretação não pode ir além do conhecimento que ela proporciona. Se apesar disso o fizermos, será pura especulação e aquilo tudo pode desembocar em heresia.
Infelizmente, as doutrinas do universalismo denotam ir além da Palavra de Deus.
 Embora os universalistas lancem mão das declarações de Deus, eles as isolam do contexto.
Um versículo bíblico predileto dos universalistas é 1Coríntios 15.22:
Que diz;
“Pois, da mesma forma que em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados”.
No entanto, uma citação isolada deste versículo desconsidera que a própria Bíblia define claramente a quem esse “todos” se refere:
no versículo seguinte, Paulo limita “todos” inequivocamente àqueles “que lhe pertencem” (1Co 15.23).
A ressurreição para a vida eterna aplica-se apenas àqueles que foram salvos por meio da sua fé em Jesus e por Sua obra salvadora (Hb 11.6; Rm 3.28; 10.14).
“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hb 11.6).
Os universalistas creem que 1Coríntios 15.28 sustenta sua posição:
“Quando, porém, tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, a fim de que Deus seja tudo em todos”.
Nesta passagem, enxergam uma indicação de que na eternidade não poderiam existir dois grupos diferentes (o dos eternamente salvos e o dos eternamente perdidos).
No entanto, este texto não trata da salvação individual, mas da soberania universal de Deus. Trata-se do cumprimento da oração de Jesus: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10). O próprio Jesus Cristo testifica que haverá, sim, dois diferentes grupos na eternidade (Mt 25.31-46).
Um texto bíblico citado como testemunha principal a favor do universalismo é Colossenses 1.19-20:
“Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus” – aqui você pode ler, preto no branco, que ao final tudo e todos serão reconciliados com Cristo! – este é o argumento.
No entanto, basta continuar a ler as palavras do apóstolo Paulo para ver que para nós, seres humanos, essa reconciliação de todas as coisas está vinculada à condição da fé aqui e agora: “desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram...” (v. 23). Afinal, Paulo mesmo também cria na perdição permanente daqueles que rejeitam Cristo (Rm 2.12; 1Co 1.18; 2Co 2.15; 4.3; 2Ts 1.9; 2.10).
A reconciliação só é possível por meio da fé (Jo 20.31; Rm 3.22,25,28,30; 5.2; 11.20; 2Co 1.24; Gl 2.16; Cl 2.12).
Se no futuro todos tiverem de se submeter a Cristo, isto não será em todos os casos uma expressão da fé, mas da vitória de Cristo (Fp 2.9-11).
Submissão não é o mesmo que reconciliação, mas corresponde à capitulação incondicional de um inimigo diante do vencedor.
Contudo, argumenta a objeção perfeitamente compreensível em termos emocionais, seria a doutrina da perdição eterna do homem realmente compatível com a natureza de Deus?
Afinal, Ele é amor (1Jo 4.7-8).
O fato de Deus ser amor é inquestionável, mas esta verdade não pode ser separada da plena natureza de Deusque é Santo .
 Ele é também a perfeita Justiça (Sl 116.5), a perfeita Luz (1Jo 1.5) e a eterna Santidade (Ap 4.8).
De modo nenhum podemos contrapor um aspecto da natureza de Deus ao outro, mas temos de considerar a Escritura assim como ela se apresenta.
 Por isso também temos de rejeitar a ideia de que o “inferno” seja um lugar de purificação, como pensam os universalistas. Eles ensinam que no inferno se pregaria o Evangelho, reportando-se para isso a 1Pedro 3.19: “no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão”.
Também aqui se dá um erro interpretativo fatal.
 Pedro fala de uma proclamação, não de uma evangelização, e aplica a ocorrência para mostrar como seriam poucos os que encontram a vida eterna.
Ao término do longo período de pregação de Noé (120 anos), apenas oito pessoas se dispuseram a lançar mão da possibilidade de salvação (1Pe 3.20).
“Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram” (Mt 7.14).
A noção do “inferno” como lugar de arrependimento, purificação e conversão contradiz claramente a descrição fornecida pelo Senhor Jesus em Lucas 16.19-31, na qual o rico empedernido não foi capaz de transpor o abismo entre sua perdição e o paraíso.
Encerremos as nossas considerações com um último ponto:
 os defensores do universalismo enfatizam que as “eternidades” de que a Bíblia fala não expressariam infinitude, mas períodos de tempo limitados em si.
 Mas também aqui é preciso considerar o contexto. Jesus Cristo diz: “E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt 25.46; cf. Dn 12.2-3). De acordo com isso, para Jesus Cristo, a duração do castigo eterno e da vida eterna é a mesma. Falta aqui coerência lógica ao, por um lado, limitar o castigo eterno, mas não a vida eterna. Paulo também pensa assim: existem só esses dois destinos, a saber: “ira e indignação” ou “vida eterna” (Rm 2.6-10; cf. Ap 21–22). A Bíblia não conhece nenhuma via intermediária. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3.36).

O universalismo é uma heresia porque questiona a autoridade da Palavra de Deus e pensa conhecer a natureza de Deus melhor que Jesus Cristo e os apóstolos. Podem acusar-me de falta de misericórdia, mas certamente não de infidelidade para com aquilo que o próprio Jesus ensinou. É com Sua doutrina que quero permanecer; afinal, o nosso Senhor diz: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama” (Jo 14.21). —Por Samuel Rindlisbacher